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fisioterapia no pos operatorio de fratura de plato tibial

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Estudo de Caso – Fisioterapia Traumatológica
Artigo - Fisioterapia no pós operatório de fratura de platô tibial : relato de caso
Autores: Camila Souza, Cyntya Karynna e Rosa Camila G. Paiva.
Local: Caruaru/PE
Data: Setembro de 2012
Fatores que podem levar á fraturas de platô tibial:
Acidentes automobilísticos;
Quedas;
Atropelamentos;
Osteoporose
Forças em valgo, varo ou compressivas
Podem levar a uma fratura de platô tibial lateral, medial ou bicondilar.
Tratamento 
Cirúrgico ou conservador 
Onde são utilizados talas ou tração
A eleição do melhor tipo de tratamento vai ocorrer de acordo com o tipo de fratura e da gravidade da lesão.
*Este tipo de fratura quando não tem intervenção rápida e eficaz, pode levar a pseudoartrose, daí a importância da fisioterapia no pós cirúrgico. 
Relato de Caso
Paciente A.A.L, 41 anos de idade, sexo masculino, admitido no IMIP, vítima de um acidente motociclístico em março de 2012, referindo dores no joelho direito. Na história, relatou que, ao frear bruscamente, a moto caiu sobre a perna direita. O exames de imagem, RaioX (figura 1a) e Ressonância Magnética (figura 2), mostraram uma fratura de platô tibial, com cominuição de côndilo lateral da tíbia. Foi submetido a tratamento cirúrgico, onde foram colocados placa e parafuso (figura 1b), e utilizado enxerto ósseo para o côndilo, retirado da crista ilíaca.
Após 15 dias do tratamento cirúrgico o paciente foi admitido num serviço particular de home care. Na avaliação, o paciente relatou como queixa principal “dor em fisgada”.  Na inspeção foi encontrado: edema em joelho e tornozelo direito, limitação na flexão do joelho; cicatriz levemente aderida, porém com boa cicatrização; hipotrofia de quadríceps, bíceps femoral e gastrocnêmios; e hipotonia de quadríceps.
Avaliação: inspeção (março)
Goniometria
Teste de Força Muscular
Flexão
22°
Extensão
0°
Flexores do joelho
Grau 2
Extensores do joelho
Grau 3
Flexores do quadril
Grau 3
Extensores do quadril
Grau 3
Abdutores
Grau 3
Adutores
Grau 3
Flexores plantar
Grau 4
Dorsiflexores
Grau 4
Perimetria da Coxa (ponto de referência: borda superior da patela)
Perimetria da Perna (ponto de referência: borda inferior da patela)
MID
MIE
0
47,5 cm
44 cm
7 cm acima
50cm
47 cm
14 cm acima
53,5 cm
53 cm
21 cm acima
59cm
57 cm
MID
MIE
0
45 cm
41 cm
7
44 cm
40,5 cm
14
45,5 cm
42 cm
21
44 cm
41 cm
Objetivos do tratamento fisioterapêutico
Diminuir edema;
Eliminar quadro álgico;
Prevenir deformidades;
Devolver a artrocinemática do joelho;
Aumentar a amplitude de movimento;
Aumentar o tônus e trofismo muscular;
Melhorar a propriocepção;
Treinar o equilíbrio;
Reeducar a marcha.
Plano de Tratamento (conduta)
Para alcançar tais objetivos, o tratamento foi dividido em três fases, onde os exercícios e o grau de dificuldade dos mesmos eram modificados de acordo com a evolução do paciente. 
Primeira fase (cinco vezes por semana, durante três meses)
Ultrassom no joelho e tornozelo direito;
Crioterapia, elevação e compressão, por 20 minutos, na região edemaciada;
Massagem pericatricial;
Alongamento da musculatura global de membros inferiores (passivo ou ativo-assistido);
Mobilização intra-articular de joelho;
Mobilização patelar;
Exercícios de ADM de movimento do joelho;
Fortalecimento de quadríceps com FES, e de abdutores, adutores e extensores do quadril;
Exercício de ponte;
Fortalecimento de inversores, eversores, dorsiflexores e plantiflexores com faixa elástica;
Descarga de peso parcial na bola;
Propriocepção com auxílio da bola.
OBS: Após 60 sessões de fisioterapia o paciente retornou ao médico, onde foi liberado para descarga de peso.
Segunda fase (duas vezes por semana)
Alongamentos (ativo);
Exercícios de fortalecimento foram intensificados.
Terceira fase (treino funcional)
Dissociação de cinturas;
Treino de equilíbrio;
Treino de marcha;
Exercícios pliométricos.
O que mudaríamos no plano de tratamento?
Citaríamos os parâmetros utilizados nos aparelhos:
 Ultrassom 
Tipo: contínuo 
F: 1Hz
Tempo: 15 minutos 
 
 FES
F: 35 Hz
Tempo ON: 6s
Tempo OFF:12s
Intensidade: contração ampla e uniforme 
Tempo de aplicação: 20 minutos.
Não utilizaríamos a crioterapia, por não se tratar mais de um quadro agudo, uma vez que o paciente iniciou o tratamento fisioterapêutico após 15 dias do tratamento cirúrgico;
A massagem pericatricial, mobilização intra-articular do joelho e mobilização patelar seria antes da cinesioterapia;
A mobilização seria de grau III e IV com oscilação de 1 a 2 segundos;
Citaríamos os parâmetros de séries e repetições de cada exercício:
Amplitude de movimento: 3X10 
Alongamento: 3x30’ 
Fortalecimento: 3x8 
 Ex. de ponte: 4X30’
Descarga de peso na bola: 3x6 – 3’
Dissociação de cinturas: 3x8
Propriocepção: 3x15
Os exercícios de ADM seriam antes dos exercícios de alongamento;
Avaliaríamos a ADM no movimento de rotação, para saber se também estaria comprometido;
Nos exercícios de fortalecimento iríamos priorizar contração isotônica de cadeia cinética aberta;
Os exercícios de propriocepção seriam apenas na segunda fase do tratamento.
Reavaliação (25 de setembro de 2012)
Dor 
Melhora do quadro álgico
Perimetria da Coxa
Perimetria da Perna 
Avaliação
Reavaliação
0
47,5 cm
44 cm
45 cm
44 cm
7 cm acima
50cm
47 cm
48 cm
47,5
14 cm acima
53,5 cm
53 cm
51 cm
53 cm
21 cm acima
59cm
57 cm
59 cm
57,5 cm
Avaliação
Reavaliação
0
45 cm
41 cm
41,5 cm
41 cm
7
44 cm
40,5 cm
41 cm
40,5 cm
14
45,5 cm
42 cm
42,5 cm
42 cm
21
44 cm
41 cm
41,5 cm
41 cm
Eliminação de edema.
Goniometria
Avaliação
Reavaliação
Flexão
22°
128°
Extensão
0°
0°
Ganho de amplitude de movimento
=
Grau de movimento
 Teste de Força Muscular
Avaliação
Reavaliação
Flexores do joelho
Grau 2
Grau 5
Extensores do joelho
Grau 3
Grau 5
Flexores do quadril
Grau 3
Grau 5
Extensores do quadril
Grau 3
Grau 5
Abdutores
Grau 3
Grau 5
Adutores
Grau 3
Grau 5
Flexores plantar
Grau 4
Grau 5
Dorsiflexores
Grau 4
Grau 5
Melhora da força muscular
=
 Grau.
Equilíbrio
Marcha 
Ganho
Reeducação
=
Melhorou
Conclusão
Após 80 sessões de fisioterapia 
Redução do edema;
Eliminação da dor;
Consolidação da fratura sem deformidades;
Aumento da amplitude de movimento;
Aumento da força;
Reeducação da marcha;
Alcançou melhor equilíbrio e coordenação.
Ionara Silva; 
Juliane Gabriele;
Marcela Maciel.
Caso Clínico apresentado ao Prof. Wlademir da disciplina de Fisioterapia Traumatológica do Curso de Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário do Vale do Ipojuca.
Caruaru, 2017.

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