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TRABALHO DE GESTÃO - Prof Marilza

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GESTÃO COMPARTILHADA
A gestão compartilhada é citada como um aspecto fundamental para que haja desenvolvimento. Para tanto, é apresentada uma metodologia de atuação que prevê o necessário envolvimento das lideranças do território e é composta por sete passos. O primeiro é a mobilização e sensibilização da comunidade local e o último é a implementação da agenda acordada com os atores, o monitoramento e a avaliação também traz as principais dificuldades normalmente enfrentadas no processo e formas de soluciona-las. 
Estratégia de desenvolvimento da Gestão Compartilhada
Vivemos em um país onde nossa cultura crê que o desenvolvimento depende somente do Estado, que são assim chamadas “políticas de desenvolvimento”. Entretanto, ao observarmos experiências bem sucedidas de desenvolvimento, descobrimos que na maioria dos casos existe um elevado nível de cooperação e parceria entre Estado, Mercado e Sociedade. A intervenção do Estado, como afirma Augusto de Franco, ainda que “necessária, imprescindível, insubstituível mesmo”, não é “suficiente” para promover o desenvolvimento. O desenvolvimento, sobretudo se quer ser humano, social e sustentável, exige o protagonismo local. Os maiores responsáveis pelo desenvolvimento de uma localidade são as pessoas que nela vivem. Sem o interesse e o comprometimento da sociedade local, nenhuma política de indução do desenvolvimento alcançará êxito. Para obter esse nível de participação da comunidade local, é preciso adotar estratégias de planejamento e gestão compartilhada do processo de desenvolvimento. Tais estratégias permitem, através da experiência prática, o aprendizado necessário para que ela seja capaz de identificar potencialidades, oportunidades, vantagens comparativas e competitivas, problemas, limites e obstáculos ao seu desenvolvimento, a partir dos quais poderá escolher vocações, estabelecer metas, definir estratégias e prioridades, monitorar e avaliar resultados, enfim, a capacitação requerida para planejar e gerenciar, de forma compartilhada, o processo de desenvolvimento local. As estratégias de planejamento e gestão compartilhada, por serem participativas, contribuem para o crescimento do capital humano e do capital social, ampliando as possibilidades de empoderamento da população local e facilitando a conquista da boa governança, que são algumas das condições necessárias para o desenvolvimento sustentável.
Desafios para o êxito da Gestão Compartilhada
O DLIS (desenvolvimento local integrado e sustentável) é apenas uma das formas possíveis de se aplicar uma estratégia de planejamento e gestão compartilhada do desenvolvimento local. Mas a descrição de sua metodologia provoca inúmeras dúvidas. Tirando proveito da possibilidade de estar 10 acompanhando mais de uma centena de experiências desse tipo, em todo o país, assim discutindo algumas das questões mais frequentes.
A credibilidade do poder público
A baixa credibilidade do poder público, é a primeira grande dificuldade encontrada na difusão de experiências de gestão compartilhada, seja ela no âmbito municipal, estadual ou federal. A população local tem inúmeras razões para ter dúvidas quanto ao real compromisso das organizações governamentais em respeitar os procedimentos e resultados de um processo genuinamente participativo. Nos últimos dez anos, a maior parte dos programas e projetos governamentais tem exigido algum tipo de participação popular. Assim, multiplicaram-se nos municípios os conselhos setoriais de todo tipo. Ocorre que na maioria dos casos, tais conselhos não funcionam de fato, não têm qualquer autonomia, são controlados pelos prefeitos e só existem para cumprir uma exigência na obtenção do repasse de recursos. Por isso, quando se fala em constituir um Fórum ou Conselho de Desenvolvimento Local, a maioria tende a considerar que é apenas “mais um”. Nesse caso, temos que trabalhar fortemente com a ideia de que a gestão compartilhada precisa ser uma conquista da sociedade, ou seja, uma ampliação da esfera pública, uma forma de radicalizar a democracia, ampliando as possibilidades de participação e controle social na gestão daquilo que é do interesse público. Portanto, é antes uma conquista social do que uma concessão estatal.Somente se as pessoas acreditarem, fizerem uma aposta, investirem suas energias, seu tempo, sua dedicação, é que os resultados se tornarão visíveis. Esse aliás é o grande desafio da sensibilização, conseguir que a comunidade local acredite em si mesma, na sua própria força e capacidade de realização. 
A pluralidade dos Fóruns ou Conselhos locais.
	Um grande desafio é conseguir compor o Fórum ou Conselho de Desenvolvimento Local como um colegiado efetivamente plural, legítimo, representativo, democrático e participativo. A primeira dificuldade é conseguir envolver os grupos políticos rivais.Nas pequenas localidades são tão personalizadas, que os líderes rivais se recusam até mesmo frequentar um mesmo ambiente.Outra dificuldade é convencer os líderes políticos, sobretudo os vereados, de que o Fórum ou Conselho local não os substitui, e sim será um espaço privilegiado de legitimação política, sendo um ambiente de debate sobre o futuro da localidade. Convém destacar que a pluralidade que se pretende obter não é apenas política, mas também social e econômica. Todos os segmentos sociais devem participar, não apenas só os líderes políticos; mas também aqueles que animam grupos e movimentos informais, como por exemplo: os que organizam as festas religiosas, os torneios esportivos, as manifestações culturais, entre outros. 
A capacitação continuada dos Fóruns ou Conselhos locais
	Os Fóruns ou Conselhos locais tendem a sofrer uma certa rotatividade entre seus membros. Muitos, ao longo do processo, perdem a motivação inicial e abandonam o grupo. Outros passam a ter interesse no processo depois de perceberem seus resultados. Assim, o grupo tende a estar sempre se renovando. Isso coloca o desafio de criar outras oportunidades de capacitação permanente e contínua dos Fóruns ou Conselhos locais, seja para manter a motivação dos seus integrantes, seja para desenvolver os conhecimentos, competências e habilidades requeridos pelo processo de desenvolvimento local. Quando o Fórum ou Conselho local, além de ser um ambiente de debate, também se torna um ambiente de capacitação, cresce a adesão dos participantes, porque as pessoas passam a obter uma vantagem imediata com a sua participação. Esse é um aspecto que não deve ser desprezado. 
O conteúdo dos Planos e Agendas locais
Um enorme desafio é conseguir que os Planos e Agendas locais não se transformem em um amontoado desconexo de reivindicações particulares ou de grupos. A perspectiva de negociação da Agenda com organizações governamentais e não governamentais muitas vezes acabam influenciando a comunidade local a tomar esse momento como uma oportunidade de “reivindicar” tudo aquilo que historicamente sempre desejou, mas até então não conseguiu obter. Claro que isso é legítimo, sobretudo quando se trata de localidades muito carentes. Ocorre que nem sempre essa lógica “reivindicativa” resulta em Planos e Agendas realmente capazes de “focalizar” ações que possam alavancar o desenvolvimento local. Na elaboração dos Planos e Agendas, é muito importante discutir conceitos como vocações, potencialidades, oportunidades, vantagens comparativas e competitivas, para definir um “eixo” que oriente o desenvolvimento local. Também é importante não perder a perspectiva da parceria e do protagonismo local, pois do contrário se mantém a tendência de considerar que a promoção do desenvolvimento é uma responsabilidade exclusiva do Estado, o que resultará em Planos e Agendas repletos de ações de competência governamental, muitas vezes sem qualquer tipo de iniciativa que seja assumida pela comunidade local. 
A expectativa imediatista na realização das Agendas
Mesmo tendo conseguido negociar e pactuar a maior parte dos itens da Agenda Local, muitas vezes o Fórum ou Conselho entra em crise devido à ausência de resultados imediatos.Isso é típico da nossa falta de visão estratégica. Nós não estamos acostumados a planejar ações de curto, médio e longo prazo. Nossa perspectiva é sempre imediatista. Se não temos resultados palpáveis, tangíveis, visíveis e imediatos, tendemos a considerar que nada está acontecendo. Mas na verdade, as coisas não acontecem desse modo. Há um tempo para plantar e outro para colher. Muitos negócios exigem anos de planejamento, estudos e investimentos para gerar resultados. Na vida profissional, mesmo em atividades tidas como simples, é necessário algum tempo de aprendizado, treinamento e experiência. Toda obra requer um projeto e um prazo para execução. Assim também é com o desenvolvimento local. Muitas vezes será preciso um grande investimento no crescimento do capital humano e do capital social, para só então começarem a surgir resultados econômicos.
A continuidade
Estratégias de planejamento e gestão compartilhada do desenvolvimento local exige tempo de maturação. Não se consegue constituir um Fórum ou Conselho de Desenvolvimento Local com autonomia e sustentabilidade a curto prazo. Não se consegue realizar as ações de uma Agenda Local e verificar seus resultados e impactos no curto prazo. Por isso, tais estratégias precisam ter continuidade por um largo período, para conseguirem efetivamente produzir uma mudança de modelos mentais, de visões de mundo. As estratégias de promoção do desenvolvimento local trabalham com a construção de um novo padrão de relacionamento entre Estado, Mercado e Sociedade. Seu horizonte utópico é a universalização da cidadania, no sentido da ampliação dos direitos e oportunidades para todos; a radicalização da democracia, no sentido da ampliação dos níveis de empoderamento; a conquista da sustentabilidade, no sentido da construção de novas formas de produção e consumo ambientalmente equilibradas. Todavia, falamos aqui numa utopia possível e realizável. Algo que podemos fazer aqui e agora. Só é preciso acreditar. Toda travessia, por mais longa que seja, começa sempre com um primeiro passo.
GESTÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
Desempenho Ambiental consiste em resultados mensuráveis da gestão de aspectos ambientais das atividades, produtos e serviços de uma organização.Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) corresponde a um conjunto inter-relacionado de políticas, práticas e procedimentos organizacionais, técnicos e administrativos de uma empresa que objetiva obter melhor desempenho ambiental, bem como, controle e redução dos seus impactos ambientais.
Implementar um SGA constitui numa estratégia em que o empresário identifique oportunidades de melhoria para sua empresa, a qual é reduzido os impactos das atividades sobre o meio ambiente e também melhorando sua situação no mercado e suas possibilidades de sucesso. 
Princípios básicos de gestão ambiental:
Ter total domínio no que deve ser feito; garantir comprometimento com o SGA e definir política ambiental.
Preparar um Plano de Ação para atender aos requisitos da política ambiental.
Implementar as ferramentas de sustentação necessárias e garantir condições para o cumprimento dos objetivos e metas ambientais.
Efetuar avaliações quali-quantitativas periódicas da conformidade ambiental da empresa.
Revisar e aprimorar a política ambiental, os objetivos, as metas e as ações implementadas para garantir a melhoria contínua do desempenho ambiental da empresa.
Ser atencioso a todos os critérios mencionados, por meio de uma metodologia prática para a implementação de um SGA é a garantia de redução de impactos ambientais e, ao mesmo tempo, de melhoria de imagem da empresa no mercado.
A ABNT NBR ISO 14000 especifica os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental e permite a uma organização desenvolver uma estrutura para a proteção do meio ambiente e rápida resposta às mudanças das condições ambientais. A norma leva em conta aspectos ambientais influenciados pela organização e outros passíveis de serem controlados por ela.
Um Sistema de Gestão Ambiental baseado na ISO 14001 é uma ferramenta de gestão que possibilita a uma organização, de qualquer dimensão, controlar o impacto ambiental. Um SGA possibilita uma abordagem estruturada para estabelecer objetivos, para atingir e demonstrar que foram atingidos.
Objetivos:
Um bom gerenciamento ambiental, além de diminuir riscos de acidentes ecológicos e melhorar a administração de recursos energéticos, materiais e humanos, também fortalece imagem da empresa junto à sua comunidade, fornecedores, clientes e autoridades, entre outros.
Traz ainda oportunidades de redução de custos ou mesmo de ganhos devido ao melhor gerenciamento (diminuição, eliminação ou reciclagem) dos resíduos gerados pela atividade produtiva. Também são conhecidos casos em que a certificação ISO 14001 ocasionou valorização dos preços das ações em empresas que estavam participando de processos de fusão ou mesmo de venda (BVQI BRASIL, 2005).
A norma ISO 14001 se propõe a fornecer, a organizações de todos os tipos e tamanhos, elementos para um SGA efetivo, que podem ser integrados com outros sistemas gerenciais para auxiliá-los a atingir objetivos ambientais e financeiros. 
Esta norma é aplicável a qualquer organização que deseje:
Implementar e manter um sistema de gestão ambiental;
Assegurar-se da efetiva conformidade aos itens estabelecidos em sua política ambiental;
Demonstrar a terceiros tal conformidade;
Buscar uma certificação de seu SGA por uma organização independente;
Elaborar uma declaração pública de conformidade à Norma.
Algumas Vantagens:
Redução e eliminação de riscos e responsabilidades ambientais;
Acesso a novos mercados e melhoria na competividade empresarial;
Evitar desperdícios e redução de custos;
Fortalece a imagem da empresa junto à sua comunidade, fornecedores, clientes e autoridades.
Gestão de resíduos sólidos; desafios da sustentabilidade
Sustentabilidade urbana e redução de resíduos
Um dos maiores desafios com que se defronta a sociedade moderna é o equacionamento da geração excessiva e da disposição final ambientalmente segura dos resíduos sólidos. A preocupação mundial em relação aos resíduos sólidos, em especial os domiciliares, tem aumentado ante o crescimento da produção, do gerenciamento inadequado e da falta de áreas de disposição final.
Segundo o Urban World Fórum (2002), a sustentabilidade urbana pode ser definida a partir de um conjunto de prioridades, tais como a superação da pobreza, a promoção da equidade, a melhoria das condições ambientais e a prevenção da sua degradação. Inclui-se também o fortalecimento da vitalidade cultural, do capital social e da cidadania; além das inter-relações com questões de âmbito regional e global, como o efeito estufa, que tem relação direta com a emissão de gases gerados na produção e disposição final de resíduos (McGranahan&Satterthwaite, 2002; IPCC, 2011).
A gestão e a disposição inadequada dos resíduos sólidos causam impactos socioambientais, tais como degradação do solo, comprometimento dos corpos d’água e mananciais, intensificação de enchentes, contribuição para a poluição do ar e proliferação de vetores de importância sanitária nos centros urbanos (Besen et al., 2010).
É cada vez mais evidente que a adoção de padrões de produção e consumo sustentáveis e o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos podem reduzir significativamente os impactos ao ambiente e à saúde.
Além do expressivo crescimento da geração desses resíduos, observam-se, ainda, ao longo dos últimos anos, mudanças significativas em sua composição e características e o aumento de sua periculosidade (OMS, 2010; EPA, 2010). Essas mudanças decorrem especialmente dos modelos de desenvolvimento pautados pela obsolescência programada dos produtos, pela descartabilidade e pela mudança nos padrões de consumo baseados no consumo excessivo e supérfluo.
Gestão integrada e sustentável de resíduos sólidos
A gestão integrada e sustentável dos resíduos sólidos (ISWM)inclui a redução da produção nas fontes geradoras, o reaproveitamento, a coleta seletiva com inclusão de catadores de materiais recicláveis e a reciclagem, e ainda a recuperação de energia (Klunder et al., 2001; Adedipe et al., 2005).
A administração pública municipal tem a responsabilidade de gerenciar os resíduos sólidos, desde a sua coleta até a sua disposição final, que deve ser ambientalmente segura. O lixo produzido e não coletado é disposto de maneira irregular nas ruas, em rios, córregos e terrenos vazios, e tem efeitos tais como acúmulo de areia de rios e córregos, entupimento de bueiros com consequente aumento de enchentes nas épocas de chuva, além da destruição de áreas verdes, mau cheiro, proliferação de moscas, baratas e ratos, todos com graves consequências diretas ou indiretas para a saúde pública.
Políticas públicas de resíduos sólidos no Brasil
A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) fortalece os princípios da gestão integrada e sustentável de resíduos. Propõe medidas de incentivo à formação de consórcios públicos para a gestão regionalizada com vistas a ampliar a capacidade de gestão das administrações municipais, por meio de ganhos de escala e redução de custos no caso de compartilhamento de sistemas de coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos. Inova no país ao propor a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a logística reversa de retorno de produtos, a prevenção, precaução, redução, reutilização e reciclagem, metas de redução de disposição final de resíduos em aterros sanitários e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos em aterros sanitários. 
Para ampliar as metas de reciclagem e gerar postos de trabalho na cadeia produtiva da reciclagem e na coleta seletiva para catadores, são previstos na PNRS, acordos setoriais a serem firmados entre o poder público e o setor empresarial. Esses têm por finalidade viabilizar a logística reversa e a implantação e universalização da coleta seletiva nos municípios brasileiros. Por meio de regulamento específico, também deverá ser implantado programa visando à melhoria das condições de trabalho e às oportunidades de inclusão social e econômica dos catadores de materiais recicláveis. 
A lei exige, a partir da sua regulamentação no prazo de dois anos, a elaboração de planos de resíduos sólidos em âmbitos nacional, estadual e municipal que erradiquem os lixões, apresentem metas gradativas de redução, reutilização e reciclagem, com o objetivo de reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição no solo.
Considerações finais
As questões técnicas, econômicas e institucionais dificultam aos municípios brasileiros realizar uma gestão integrada e sustentável dos resíduos de sua competência, tais como os resíduos urbanos e os da construção civil e de serviços de saúde produzidos pelos próprios municípios. 
Um dos aspectos não equacionados é a sustentabilidade financeira dos serviços prestados. No Brasil, mais de 50% dos municípios não cobram pelos serviços públicos de limpeza urbana, e, quando cobrados, esses valores são insuficientes para cobrir as despesas com a prestação dos serviços. 
Considera-se que não é possível, em especial nas metrópoles brasileiras, avançar para uma gestão mais eficiente e sustentável sem que haja uma cobrança socialmente justa pelos serviços prestados, assim como em outros serviços, como água, esgoto e energia. Entende-se que a cobrança de uma taxa proporcional às quantidades geradas também é um importante fator de conscientização e educação dos cidadãos para reduzir as quantidades produzidas e o desperdício. 
Existe um crescente investimento do governo federal na construção de aterros sanitários e recuperação de energia, centrais de triagem e de compostagem, infraestrutura e capacitação para organizações de catadores. No entanto, a realidade brasileira demanda muito compromisso dos dirigentes municipais na escolha de soluções adequadas de baixo custo, de tecnologias compatíveis com o contexto local e com a implantação da coleta seletiva com remuneração justa do serviço prestado pelos catadores de materiais recicláveis.
É fundamental destacar que, na lógica da sustentabilidade, a possibilidade do aproveitamento do metano de aterros para geração de energia e venda de créditos de carbono no mercado global não deve ser utilizada como justificativa para a manutenção dos padrões insustentáveis de produção e consumo e da prática de aterrar resíduos no solo. O aterramento deve ser efetuado como última alternativa e somente para a parcela que não apresenta condições de recuperação e reciclagem, como preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Existem, entretanto, barreiras associadas com os interesses econômicos privados envolvidos, que, por sua vez, fazem parte de um círculo vicioso que dificulta romper com a lógica baseada em contratos que priorizam coleta, transbordo e aterramento em detrimento de uma coleta seletiva mais ampla e abrangente. Atualmente, o desafio é inverter a lógica prevalecente e investir cada vez mais na redução da produção excessiva e no desperdício, assim como na coleta seletiva e na compostagem, e cada vez menos na destinação final.
Bibliografias:
Gestão compartilhada:http://www.ceap.br/material/MAT0404201191736.pdf
Gestão de desempenho ambiental: 
http://mundoambiente.eng.br/new/meio-ambiente/gestao-ambiental/
Gestão de sustentabilidade:
http://www.scielo.br/pdf/ea/v25n71/10

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