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SIG - Rio Cochá, Minas Gerais

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1. Introdução 
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG), nos últimos anos torna-se um importante 
instrumento de auxílio na resolução de problemas, no âmbito do georreferênciamento. 
Tal afirmativa se faz possível após observar que inúmeros estudos se utilizam desse tipo 
de sistema de informação no planejamento, na gestão, na operação e na análise de 
sistemas. As aplicações do SIG são diversificadas, intrincando listar as aplicações atuais 
que envolvem imagens digitais, o mais recente no Brasil é o sistema de televisão digital. 
A bacia hidrográfica é considerada uma unidade espacial ideal para o planejamento e o 
gerenciamento integrado dos recursos naturais no meio ambiente por ela definido. Um 
dos principais objetivos do sensoriamento remoto é o de distinguir e identificar as 
composições de diferentes materiais superficiais, sejam eles tipos de vegetação, padrões 
de uso do solo, rochas e outros, podendo exatamente fazer essa análise sobre uma bacia 
hidrográfica (DEMARCHI et al., 2011). 
Determinar uma área com base nos aspectos morfométricos permite o conhecimento de 
variáveis existentes, e uma ferramenta que auxilia o estudo do uso e ocupação do solo é 
software ArcGis, de modo a facilitar o gerenciamento As Informações morfométricos de 
uma bacia hidrográfica permite conhecer a dinâmica ambiental e sugere indicadores 
físicos específicos para um dado local. 
O objetivo dessa atividade é determinar as características morfométricas, precipitação 
média da bacia hidrográfica do Rio Cochá, bem como classificação do uso e cobertura do 
solo a partir de parâmetros físicos da bacia hidrográfica do Rio Paramirim, localizado no 
estado da Bahia, utilizando dados SRTM em ambiente de informação geográfica (SIG), 
tendo como principal ferramenta o software ArcGis, manipulando imagens do satélite 
Landsat 8. 
 
2. Material e Métodos 
2.1 Caracterização da área de estudo 
A área de estudo refere-se a bacia hidrográfica rio Cochá (Figura 1) sub-afluente do Rio 
São Francisco. Está contida na zona 23S, considerando o sistema de projeção Universal 
Transversa de Mercartor (UTM), as coordenadas 14° 2’ e 15° de Latitude Sul e 44° 1’ e 45° 
3’ que está localizada no norte de Minas Gerais dentro da Bacia do Rio São Francisco, 
sua extensão territorial é de 2935,322617 km2, é a segunda sub-bacia com maior 
porcentagem de vegetação nativa em Minas Gerais, onde prevalece o Cerrado. O relevo 
é caracterizado como predominantemente plano apresentando a ocorrência de chapadões, 
com altitudes variando de 500 a 700 metros. 
Tem sua nascente no município de Januária, próxima do limite com o município 
de Bonito de Minas. O Rio Cochá Banha os municípios de Manga, Montalvânia, 
Juvenília, Bonito de Minas, Cônego Marinho onde tem sua foz no rio Carinhanha. 
 
Figura 1. Planta de localização da bacia hidrográfica do Rio Cochá 
 
2.2 Delimitação da Bacia e obtenção de MDEHC 
Para obtenção das características morfométricas da bacia foi utilizado o MDE obtido 
através de imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), com resolução de 90 x 
90 m foi baixada gratuitamente a carta no sítio eletrônico do EMBRAPA – Empresa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária. A manipulação da imagem SRTM foi feita através 
do software ArcGIS 10.0/ArcMAP® do ESRI. Para tanto foi feito o preenchimento das 
depressões espúrias, definindo-se a direção do escoamento e a acumulação do fluxo. A 
partir dessa etapa do MDE, a drenagem numérica da bacia foi realizada através de um 
acúmulo de 1000 células. Foram utilizadas algumas ferramentas para que o MDE fosse 
limitado apenas à bacia hidrográfica (Figura 2). 
 
Figura 2. Delimitação da Bacia do Rio Cochá 
Foi iniciada uma nova etapa para obter o MDEHC. A hidrografia do MDE foi afinada, 
aprofundada em 1000 metros. Em seguida foram refeitos os procedimentos de 
preenchimento das depressões espúrias, alcançando uma nova direção de escoamento e 
um novo fluxo acumulado. Portanto, pode ser considerado que o MDEHC está pronto, 
com o condicionamento hidrológico finalizado. 
 
2.2.1 Determinação dos parâmetros morfométricos 
Com a bacia delimitada foram obtidas diversas características morfométricas, como o: 
Área de drenagem (A) - compõe todo o sistema fluvial delimitado por seus divisores de 
água, projetada de forma horizontal. 
Perímetro (P) - representa a medida do contorno imaginária formada pelo divisor de águas 
topográfico que compõe toda a bacia hidrográfica, a suavização das bordas do polígono 
constituem resultados mais satisfatórios. 
Coeficiente de Compacidade (Kc): representa a relação da forma/perímetro da bacia com 
a circunferência de um círculo de área igual, dependendo assim apenas da forma da bacia: 
𝑲𝒄 = 𝟎, 𝟐𝟖 ∗ ⌊ 𝑷 √𝑨 ⌋ (1) 
Fator de Forma (F): relaciona a forma da bacia com a de um retângulo, correspondendo 
à razão entre a largura média e o comprimento axial da bacia (da foz ao ponto mais 
longínquo do espigão). 
𝑭 = 𝑨 𝑳² (2) 
Densidade de drenagem (Dd): Asoocia o comprimento total de todos os canais presentes 
na bacia com sua área de drenagem. 
𝑫𝒅 = 𝑳𝑻 𝑨 (3) 
 
Onde: 
Lt – Comprimento total de todos os canais (Km) 
2.2.2 Classificação Declividade do terreno 
A Ordenação dos Cursos d’água refere-se ao grau de ramificação do sistema e foi 
realizado considerando a metodologia de hierarquização fluvial estabelecida por Strahler 
(1957). A determinação dessa ordem segue o sistema o qual considera a ramificação dos 
tributários ou afluentes a partir do leito principal. Deste modo, cursos d’água de primeira 
ordem são aqueles sem tributário, de segunda ordem àqueles que recebem tributários de 
primeira ordem, e assim por diante. Para classificação do relevo foram utilizados seis 
intervalos distintos de classes, de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de 
Solos (EMBRAPA, 2009). 
Tabela 1. Classificação da Declividade segundo Embrapa (2009) 
 
Declividade (%) Discriminação 
0 - 3 Relevo plano 
3 – 8 Relevo suave ondulado 
8 – 20 Relevo ondulado 
20 – 45 Relevo forte ondulado 
45 – 75 Relevo montanhoso 
≥ 75 Relevo forte montanhoso 
 
2.3 Precipitação média da bacia hidrográfica 
Com o uso de pesquisa realizado no site HIDROWEB – Sistema de Informações 
Hidrológicas é possível a obtenção de dados pluviométricos por meio de informações 
relacionadas as estações que cobre a bacia do Rio Cochá, e as que compõe bem como o 
seu perímetro. Informações são baixadas e interpoladas no software Excel. 
Tabela 2. Precipitação média anual 
Nome da estação Nº da Estação Longitude Latitude P. Média 
Juvenília 1444004 590.202,70 8.422.847,45 800,8 
Gauchos 1545004 433.207,46 8.308.917,64 1189,91 
Serra das Araras 1545002 458.607,51 8.285.634,26 1218,34 
Carinhanha 1443002 633.762,02 8.418.984,53 772,77 
Maravania 1444003 563.382,72 8.369.242,76 1039,42 
 
2.4 Classificação do uso e cobertura do solo 
Para realizar a classificação foi baixada imagen de satélite no site Earth Explorer, 
encontrando linha da banda 219, a linha 70. Nno software, foram feitas as composições 
das bandas e por seguinte criado um arquivo de composição, que teve por finalidade 
facilitara a visualização e utilizando da escolha da composição RGB desejada, podendo 
o usuário escolher a composição manipulando as cores (Red, Green ou Blue). 
Foi realizada a classificação supervisionada como uns dos objetivos desse artigo, nessa 
etapa foram escolhidos temas, sendo elas urbanização, floresta, plantações, solo exposto, 
nuvens, pastagem, rochas. Para a produção desse trabalho cogitou-se a possibilidade ter 
escolhido o tema rio ao invés de água, entretanto analisando as imagens de satélite e poroutros bancos de dados como o Google Earth que a vegetação das margens do rio encobria 
boa parte dele sendo difícil a visualização do mesmo pelo software, foi então decidido o 
tema água que contemplou lagos e partes do canal do Cochá 
Para a remoção dos ruídos ou das regiões isoladas, após a classificação, foram realizados 
o refinamento da classificação não supervisionada, para tanto obter um resultado 
visualmente mais consistente e apresentável. A imagem foi filtrada por realce e filtrado, 
como também suavizada e remoção de bordas. A intenção é eliminar as regiões isoladas 
com poucos pixels para a obtenção de uma melhor qualidade da imagem. 
 
3. Resultados e Discussão 
 
Na Tabela 3, encontra-se o resumo das características físicas calculadas para a bacia do 
Rio Cochá 
 
Tabela 3. Características morfométricas da bacia hidrográfica do Rio Cochá 
Características Morfométricas 
Área de drenagem (Km²) 2935,322617 
Perímetro (Km) 425,503596 
Comprimento axial da bacia (Km) 136 
Coeficiente de compacidade – Kc 2,199041 
Fator de forma – F 0,16106 
Comprimento Total de todos os canais 
(Km) 
183560 
Comprimento do canal principal (Km) 177317 
Densidade de drenagem (Km/Km²) 0,228936 
Ordem 4 
 
Para definição da potencialidade hídrica de uma bacia deve-se conhecer a área da mesma, 
tendo em vista que quanto menor a área, maior possibilidade de ocorrer picos de 
enchentes. 
O fator de forma (0,16) indica que a bacia é sujeito a enchentes caso as condições de 
precipitação não sejas normais e o coeficiente de compacidade (2,19), indica que a bacia 
hidrográfica do Rio Cochá aponta um formato alongado e ramificado. O formato 
alongado e ramificado contribui para que seja menos comuns precipitações intensas 
cobrirem toda a extensão da bacia, diminuindo assim o risco de extravasamento da água 
no canal. O sistema de drenagem da bacia é de 4º ordem, de acordo com a hierarquia de 
Strahler, o que denota que a bacia possui um sistema de drenagem com ramificação 
significativa, que poderá receber canais de terceira ordem ou inferiores 
A densidade de drenagem encontrada foi de 0,27 km.km-2, sendo considerada mal 
drenada, pois apresenta Dd < 0,5 km/km2. 
Dados apresentado na Tabela 2, demonstram precipitação média pluviométrica 
relacionadas a estações no perímetro da bacia do Rio Cochá com 1133,32 de máxima e 
800,915 de mínima. 
Quanto a classificação do uso e cobertura do solo, foram escolhidos os temas: plantação, 
urbanização, solo exposto, água, nuvens, pastagem, florestas e rochas nota-se uma vasta 
quantidade de área de solo exposto, entretanto, é possível notar que a área da bacia é 
conservada constatando-se que áreas no entorno da bacia com florestas extensa e 
vegetação. 
4. Conclusão 
 
Após a aplicação do estudo realizados em relação a bacia hidrográfica do Rio Cochá, 
foram obtidos dados consistentes que permitiram uma melhor interpretação da influência 
das características fisiografias da região no seu comportamento hidrológico. Analisando 
os resultados obtidos, conclui-se que a bacia apresenta formato ramificado, tendo em vista 
os valores encontrados para o coeficiente de compacidade, fator de forma, o que ressalta 
o fator de que a bacia se apresente pouco susceptível a cheias quando o índice de 
pluviosidade anual está em padrões normais anuais. A bacia apresenta ordem fluvial igual 
a 4(quatro). Para drenagem obtida, conclui-se que a bacia possui uma superfície de 
contribuição relevante. Havendo a variabilidade relevante de altitude, a bacia hidrográfica 
do Rio Cochá se encontra numa situação em que há variações significativas pluviosidade. 
Com base na classificação realizada de modo digital da bacia do Rio Cochá, 
denotam que os resultados visíveis se aproximaram ao real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Referências 
 
 
LISBOA FILHO, Jugurta. Projeto de Banco de Dados para Sistemas de Informação 
Geográfica. Viçosa, MG, Brasil: Universidade Federal de Viços, 2000. 3-16 p. 
 
ASSAD, E.D.; SANO, E.E. Sistemas de Informações Geográficas - Aplicações na 
Agricultura. Brasília, EMBRAPA, 1993 
 
CRÓSTA, A.P. Processamento digital de imagens desensoriamento remoto. Campinas, 
Universidade deCampinas, 1992. 170p 
 
MARIA MARTINS PIEDADE , Aldina . MODELAÇÃO ESPACIAL EM SISTEMAS 
DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA DA SUSCEPTIBILIDADE A DESLIZAMENTOS 
NA ÁREA DE LOUSA-LOURES. Lisboa: FCSH, 2009. 1-50 p. 
 
PÉRICO, Eduardo et al. Efeitos da fragmentação de hábitats sobre comunidades animais: 
utilização de sistemas de informação geográfica e de métricas de paisagem para seleção 
de áreas adequadas a testes. Goiânia: Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento 
Remoto, 2005. 2339-2346 p. 
 
M.VALERIANO, Márcio et al. Mapeamento da declividade em microbacias com 
Sistemas de Informação Geográfica.. Campinas; SP: Instituto Agronômico de Campina, 
2003. 1-8 p. v. 7. 
 
EMBRAPA, Brasil em relevo Disponível em: 
https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/relevobr/download/mg/mg.htm Acesso em: 21. 
Nov. 2017 
 
HIDROQEB, Sistema de Informações Hidrológicas Disponível em: 
http://hidroweb.ana.gov.br/default.asp Acesso em: 22. Nov. 2017 
 
EarthExplorer Disponível em: https://earthexplorer.usgs.gov Acesso em: 21. Nov. 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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