Buscar

trabalho de ecologia florestal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

As áreas tropicais se caracterizam principalmente por estarem em menores latitudes, o que faz com que recebam maior radiação solar, os raios solares chegam perpendiculares à superfície incidindo numa menor área e consequentemente proporcionando maior calor nos trópicos. A base da cadeia alimentar (produtores) é constituída por seres fotoautótrofos que utilizam a radiação solar como fonte de energia. A luz solar é capturada nas folhas de plantas via fotossíntese, convertido em açúcares simples, e transferidos à toda o sistema energético da floresta como as folhas e frutos são consumidos ou decompostos por diversos organismos. A base da cadeia alimentar depende diretamente da incidência de radiação. A principal medida do ecossistema líquido de produção primária é a fixação de carbono pelas plantas. Um acre de floresta tropical armazena mais carbono do que um acre de qualquer outro tipo de vegetação, logo possuem maior produtividade liquida (3,4%).  
Todos os organismos vivos conhecidos da Terra precisam de água para realizar seu metabolismo, logo a água pode ser um fator limitante para a vida e sua biodiversidade. As temperaturas altas fazem com que haja maior evaporação das aguas, garantindo muitas chuvas e maior umidade. As células de Hadley saem dos trópicos com parte dessa umidade, se encontrarem massas de ar frio em determinado local farão chover, mas se encontrarem massas de ar quente retirarão a umidade e retornarão. As espécies que vivem nessas áreas tropicais quentes e úmidas não precisam de características especiais para se adaptar a falta de água, pois elas terão o ano todo. O clima tem pouca variação durante o ano o que faz com que as espécies não precisam de características especificas para suportá-lo. Portanto, o clima quente, úmido e estável é favorável para o desenvolvimento da fauna e flora. 
Quanto a estrutura, o dossel da floresta tropical implica que há mais espaços para as plantas crescerem e animais viverem, o que aumenta a criação de novos nichos sob a forma de novas fontes de alimentos, novos abrigos, esconderijos novos, e novas áreas para a interação com outras espécies. Os riachos, lagos e pântanos das florestas tropicais são os lares da maioria das espécies de peixe de água doce do mundo. 
Milhões de anos de batalha entre predadores e presas, resultaram em uma ampla variedade de defesas, armas, e especializações. Camuflagem, mimetismo, reprodução e hábitos alimentares especializados, relações simbióticas com outras espécies, bem como outras adaptações complexas têm permitido espécies para competir com rivais, fazendo uso de recursos não disponíveis para generalistas. 
O solo da floresta tropical não é grosso, tem cobertura de húmus (de 30 a 50 cm), proveniente da decomposição de folhas, frutos, fezes e cadáveres de animais mortos. O dossel alto das árvores faz com que a radiação incidente no estrato mais inferior (banco de sementes e plântulas) seja apenas 1%, e ainda desvie à água das chuvas e os ventos. Muitos solos de florestas tropicais são muito antigos e empobrecidos, em especial nas regiões como a bacia amazônica, onde não houveram qualquer atividade vulcânica recente para abrir novos nutrientes. Os solos da Amazônia são em grande parte desprovidos de minerais como o fósforo, potássio, cálcio e magnésio, mas são ricos com óxido de alumínio e óxido de ferro, que dão aos solos tropicais a sua distinta coloração avermelhada ou amarelada e são extremamente tóxicas. Nessas condições, é de perguntar como é que estes solos pobres podem suportar tal crescimento vigoroso.

Outros materiais