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Fundamentos de extensão
Discente: Victória Figueiredo Silva
Turma: 5A 
Resenha do artigo:
Produzir sem destruir: a experiência da Associação dos Produtores Alternativos de Ouro Preto do Oeste (RO)
Luciene Dias Figueiredo
Com o objetivo de uma agricultura sustentável surge em 1992 em Ouro Preto a Associação dos Produtores Alternativos (APA). No final da década de 1980 e início dos anos 1990, um grupo de 30 pequenos produtores rurais, homens e mulheres, dirigentes sindicais e militantes da evangelização de base buscaram discutir uma agricultura familiar que não desse continuidade à degradação ambiental e ao uso de agrotóxicos na produção de alimentos, a proposta também trazia o elemento da melhoria na alimentação familiar. Assim, buscaram através de discussões um modelo de agricultura alternativa, com o lema de Produzir sem destruí. 
Os órgãos oficiais de assistência técnica e fomento agrícola davam incentivo que se voltava para as atividades de desmatamento e implantação de monocultura e pecuária. Para a agricultura familiar, a única alternativa era a derrubada e a queima para realizar o plantio do arroz, milho, feijão e mandioca.
Na região de Ouro Preto do Oeste, vivia-se intensa movimentação de migrantes, a família migrante recebia 100 hectares de floresta que deveria ser derrubada para a formação de pastagem plantada. Se a operação fosse feita com rapidez, a família podia receber outros 100 hectares para proceder da mesma forma. Somando-se a isso, havia o comércio ilegal de madeira, acelerando a devastação da floresta.
No avanço da fronteira agrícola, alguns produtos tiveram momentos de auge econômico que precediam graves crises. O contexto geral é de ameaça à unidade familiar, uma vez que os 100 ou 200 hectares que as famílias receberam nos anos 1970 e 1980 hoje estão tomados por pastagem, não havendo mais terras férteis que garantam a reprodução do modo de vida das famílias. Muitos filhos de agricultores estão partindo para outras fronteiras agrícolas, ou mesmo para outros países como Portugal e Estados Unidos, em busca de melhores oportunidades.
Decidir o que implementar foi difícil, pois o agricultor familiar acreditar numa proposta que vai alterar seu sistema de produção é necessário que alguém lhe demonstre na prática que aquilo é possível de ser feito. Não basta apenas querer ensinar se o instrutor não tem domínio prático daquilo que busca transmitir. Um produto observou outro fazendo e assim foi sendo repassado, até mobilizarem os interessados. Assim, o APA faz sua assistência técnica, orientando e dialogando com outras pessoas, fazendo extensão.
Na execução da proposta, em sua fase inicial, estava voltada para atender as necessidades das famílias no que diz respeito à alimentação. Foi nesse sentido que os plantios foram planejados. Iniciaram com a produção de mel, o grupo conseguiu despertar o interesse de outras organizações. Foi quando se estabeleceu a parceria com um pesquisador que propôs a realização de experimentos agroflorestais. Logo após, ao consolidar a fase de ensaios, surge um novo desafio ampliar a produção, o beneficiamento e a comercialização, porém tinham limitações.
Ainda existe desafios para implantar o SAFs, como abolir totalmente o uso de agrotóxicos e de queimadas. E há pontos positivos que devem ser considerados como fornecer produtos de interesse do mercado externo, essa relação agricultor e mercado pode propiciar entrada de outras rendas para a família agricultora, possibilitando tanto o fortalecimento da sua economia quanto a própria sustentabilidade dos SAFs.
O objetivo e o projeto em questão são interessantes e enriquecedores, pois busca fazer agricultura de forma sustentável sem a degradação do meio ambiente (Produzir sem destruí) e sem priorizar uma cultura apenas, buscando diferentes formas de exploração da terra, aí onde entra os SAFs. Além de, fornecer alimentos e produtos mais saudáveis por não usarem agrotóxicos e conservantes químicos, renda aos agricultores, os sistemas também contribui para redução do êxodo rural provocado pelas fronteiras agrícolas, a pobreza rural e troca de experiência entre os produtores.

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