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Transtorno de Humor

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PESSOA COM MANIFESTAÇÕES DE COMPORTAMENTO DECORRENTE DO TRANSTORNO DE HUMOR: EPISÓDIO DEPRESSIVO OU DEPRESSÃO, EPISÓDIO MANÍACO OU MANIA.
Acadêmicos: Aline Kleim, Brenda Alves, Darliciane Cantelli, Eliane Pinho, Taisa C. R. Duarte, Vanessa Dutsch e Wellingnton Souza.
Curso: 4º Período de Enfermagem.
Professora: Renata Zanella
TRANSTORNO DO HUMOR - TH
	
É caracterizado pela alternância entre episódios de euforia (mania) e episódios de depressão, com momentos de normalidade nos intervalos.
 Geralmente se manifesta, durante o final da adolescência e o começo da vida adulta, embora existam casos onde a doença se manifesta na infância ou até mesmo na terceira idade. 
Na maioria dos casos os episódios se repetem em intervalos menores ao passar dos anos, embora possa variar, tendo casos em que a pessoa terá apenas um episódio de mania ou depressão.
CLASSIFICAÇÃO DOS TH
Os Transtornos afetivos, conhecido hoje como transtorno do humor, englobam uma gama de transtornos, classificados segundo a CID-10, sendo os mais comum:
Categoria
Descrição
F30
Episódiomaníaco
F300
Hipomania
F308
Outros episódios maníacos
F31
Transtornoafetivo bipolar
F32
Episódio Depressivo
F33
Transtornodepressivo recorrente
F34
Transtornos de humor [afetivos] persistentes
F340
Ciclotimia
F341
Distimia
Estão no CID-10 em um grupo inumerado do 30 ao 39.
EUFORIA
A pessoa tem altos e baixos de humor que variam entre sentimentos de alegria, felicidade e raiva.
Nessa fase o individuo fica exaltado “para cima”, com aumento de energia, de forma desproporcional ou sem relação com os eventos da vida, se irrita facilmente “pavio curto”, e o fluxo das ideias estão acelerados. 
EUFORIA OU MANIA
O termo usado não significa mania de alguma coisa e sim pretende caracterizar o período do transtorno bipolar no qual, a pessoa não está deprimida, nem alegre ou feliz por algum motivo e sim com euforia ou exaltação do humor.
Essa alegria ou exaltação que as pessoas com esse transtorno apresentam não é duradoura, nem oferece riscos como a que ocorre no estado de euforia (mania), que pode durar, semanas ou meses.
 Na mania acontecem mudanças importantes no comportamento, saúde física e raciocínio. A família e as pessoas à volta percebem essas mudanças que são geralmente abruptas.
ALGUNS SINTOMAS DA EUFORIA:
Irritabilidade, impaciência, sensação de “pavio curto”; pensamentos acelerados; fala rápida e contínua; sentimento desmedido de bem –estar, alegria ou raiva; sensações de poder, grandeza, riqueza, inteligência ou força exagerada; autoconfiança e otimismo exagerados; inquietação ou agitação física; aumento da ilido, erotização; insônia, redução da necessidade de dormir; pode haver delírios e/ou alucinações.
Por causa desses sintomas como falta de senso crítico, desinibição e hipersexualidade, energia e otimismo aumentado, os pacientes não conseguem controlar seus impulsos e irritam –se toda vez que são contrariados por alguém.
DEPRESSÃO
É um estado de humor que dura pelo menos duas semanas, onde o humor fica deprimido, melancólico, “para baixo”.
A depressão pode ser intermitente ou contínua, durar horas do dia ou o dia inteiro, semanas, meses ou anos.
	DEPRESSÃO
Alguns sintomas: 
Os indivíduos sentem angústia, ansiedade, desânimo e falta de energia. Podem sentir também apatia, perda da motivação, tudo fica sem graça ou sem sentido, nada o satisfaz, torna-se negativa, preocupa-se com tudo.
Causas e fatores de risco:
Genética e histórico familiar, uso de substâncias como álcool, tabaco e outras drogas ilícitas que podem causar confusão mental e desencadear comportamentos e sentimentos característicos dos episódios de mania ou depressão.
HIPOMANIA 
Hipomania, ou Episódio Hipomaníaco é uma alteração de humor semelhante à mania, porém com menor intensidade. A pessoa se sente muito bem, com bastante energia. Normalmente a necessidade do sono diminui. Há ausência de sintomas psicóticos e normalmente não é necessário tratamento ou medicação. 
CICLOTIMIA
Também conhecida como Personalidade ciclotímica.
 É um transtorno de humor que causa altos e baixos emocionais.
As mudanças de humor na ciclotimia não são tão extremas quanto as que ocorrem em pessoas com transtornos bipolares. Geralmente, pessoas com ciclotimia podem ter uma vida diária comum, embora isso possa ser difícil.
Os sintomas incluem altos e baixos psicológicos intermitentes que podem se tornar mais acentuados ao longo do tempo.
O tratamento costuma envolver aconselhamento e terapia. Em casos raros, é possível utilizar medicamentos.
DISTIMIA
Distimia é uma palavra que vem do grego e significa mau humor.
A distimia é definida como uma tristeza que ocorre durante pelo menos dois anos, juntamente com pelo menos dois outros sintomas da depressão, sendo assim descrita como transtorno persistente do humor.
Alguns exemplos de sintomas incluem perda de interesse em atividades normais, falta de esperança, baixa autoestima, falta de apetite, baixa energia, alterações no sono e falta de concentração.
O termo distimia é empregado para designar um subtipo da depressão.​
DEPRESSÃO PRÉ MENSTRUAL 
O transtorno disfórico pré-menstrual, também conhecido como TDPM ou super TPM, é uma condição que surge antes da menstruação e causa sintomas semelhantes à TPM, como desejos por comida, mudanças de humor, cólicas menstruais ou cansaço excessivo. É um conjunto de sinais e sintomas de ordem física, psicológica e comportamental que acomete a mulher na segunda fase de ciclos ovulatórios e que cessam com o inicio da menstruação.​
PRINCIPAIS SINTOMAS DA TDPM​
Além dos sintomas comuns da TPM, como dor nos seios, inchaço abdominal, cansaço ou alterações do humor, pessoas com transtorno disfórico pré-menstrual devem apresentar um sintoma do tipo emocional ou comportamental, como:​
Tristeza extrema ou sensação de desespero;​
Ansiedade e excesso de estresse;​
Alterações muito bruscas de humor;​
Irritabilidade e raiva frequente;​
Crises de pânico;​
Dificuldade para pegar no sono;​
Dificuldade para concentrar.;
Cefaleia, mastalgia, astenia, aumento de peso.
	TRATAMENTO DE TDPM
O tratamento da TDPM é feito para aliviar os sintomas da mulher e, por isso, pode variar de caso para caso. No entanto, as principais formas de tratamento incluem:​
Antidepressivos, como Fluoxetina ou Sertralina: ajudam a aliviar os sintomas de tristeza, desespero, ansiedade e alterações do humor e também podem melhorar a sensação de cansaço e dificuldade para dormir;​
Pílula anticoncepcional: permite regular o nível hormonal durante todo o ciclo menstrual, podendo reduzir todos os sintomas da TDPM;​
Analgésicos, como Aspirina ou Ibuprofeno: aliviam a dor de cabeça, as cólicas menstruais ou a dor nos seios, por exemplo;​
Suplementação de cálcio, vitamina B6 ou magnésio: podem ser uma opção natural para aliviar os sintomas em algumas mulheres;​
Plantas medicinais, como Vitex agnus-castus: reduzem a irritabilidade e as alterações de humor frequentes, assim como a dor nos seios, inchaço e as cólicas menstruai.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO (DPP)
A depressão pós-parto ocorre logo após o parto. Os sintomas incluem tristeza e desesperança. 
Muitas novas mães experimentam alterações de humor e crises de choro após o parto, que se desvanecem rapidamente.
Acontecem principalmente devido às alterações hormonais decorrentes do término da gravidez. No entanto, algumas mães experimentam esses sintomas com mais intensidade, dando origem à depressão pós-parto. 
Raramente, pode ocorrer uma forma extrema de depressão pós-parto, conhecida como psicose pós-parto. 
Acreditava-se que somente as mães sofriam desse mal, no entanto, novos estudos mostram que elas também podem afetar os pais.
CAUSAS DE DPP
Não há uma única causa para depressão pós-parto. Fatores físicos, emocionais e de estilo de vida podem influenciar de alguma forma no surgimento da doença.
DEPRESSÃO:
A depressão é uma doença silenciosa que pode afetar pessoas de todas as idades,
incluindo crianças e jovens. Trata-se de um conjunto de sinais e sintomas que provocam um profundo sofrimento psíquico o que, por sua vez, leva a alterações comportamentais, trazendo dificuldades no relacionamento familiar, afetivo e no trabalho.
O deprimido tem uma autoestima muito baixa e torna-se, por isso, um alvo fácil das más companhias, muitas das vezes, pelo caminho do álcool e das drogas.
Depressão é diferente de uma tristeza passageira, o que é normal na vida de qualquer pessoa.
SINTOMAS DE DEPRESSÃO:
• Tristeza ou sensação de vazio;
• Pessimismo ou culpa, falta de esperança;
• Sentimento de inutilidade;
• Incapacidade de tomar decisões;
• Concentração e memorização reduzidas;
• Falta de interesse;
 • Problemas na escola e com a família;
• Perda de energia e motivação;
• Insónias;
• Falta de apetite e Irritabilidade;
• Desejo de ficar sozinho a maior parte do tempo;
• Abuso de bebidas alcoólicas ou drogas; 
• Conversas sobre morte;
MANIA
Mania vem do grego- que significa estado de loucura.
 A mania é vista como antagonista da depressão.
DESCRIÇÃO DE EPISÓDIO MANÍACO
Apresenta-se episodio maníaco em cinco desdobramentos:
Hipomania; CID 10 F30.0
Mania sem episodio psicótico; CID 10 F 30.1
 Mania com episodio psicótico;CID 10 F30.2
 Outros Episódios maníacos CID 10 F 30.8
 Episódios maníaco não especificado; CID 10 F30.9
SINTOMAS DA MANIA
Humor eufórico;
 Energia aumentada;
 Sentimento intenso do bem estar;
 Redução do sono:
 Redução dos medos:
 Pensamento demasiado e fuga de ideias;
Irritabilidade e falta de paciência;
Agressividade;
Dificuldade de manter a atenção;
 Sexo exagerado;
 Ideias de grandiosidade;
 Comportamentos impossível e pouco auto controle.
MANIA COM SINTOMAS PSICÓTICOS
A psicose é um estado onde a pessoa perde o contato com a realidade, podendo ter alucinações, alterações de personalidade, desordem de pensamento, comportamento incomum, dificuldade de interação social e manter atividades cognitivas, podendo estar relacionado ou não com o estado de humor da pessoa.
Existem diferentes intensidades de psicose e cada uma delas define o nível em que a pessoa esta, ela tem inicio quando a pessoa passa a se relacionar com objetivos irreais, modificando as suas ideias, atitudes e visão do mundo.
TIPOS DE PSICOSE
Induzidas por drogas; 
Psicose orgânica;
Esquizofrenia;
Transtorno Bipolar;
Psicose reativa breve;
ÁREAS MAIS AFETADAS NESTE TIPO DE TRANSTORNO
Afetividade 
Cognição
Percepção
Psicomotricidade
Funções vegetativas
PREVENÇÃO
A prevenção da doença depende da causa do tipo da psicose apresentado, uma forma conhecida de prevenir a doença e evitar o consumo excessivo de álcool e cortar completamente o uso de drogas.
 Passar por longos períodos de estresse pode levar a depressão e ambos estresse e depressão são de alto risco para a psicose.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS TH 
Segundo uma pesquisa realizada pela OMS verificou-se que entre as dez maiores causas de anos vividos com incapacidade (AVI), em escala mundial, 5 são causados por transtornos psiquiátricos, sendo eles: depressão em primeiro lugar com 10,7%, e transtorno afetivo bipolar em sexto lugar com 3,0%. Somando ambas porcentagens temos o valor de 13,7% para os TH. 
Os transtornos de humor vem se tornando cada vez mais comum e afetando crianças e adolescentes em uma escala alarmante. Notou-se que as mulheres são as mais afetadas com as TH, sendo em uma proporção duas vezes maiores do que os homens, quanto a etnia e a classe social  não foi observada tal diversidade. 
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS TH 
A depressão foi observada com maior frequência em pessoas que não apresentam relações interpessoais ou que estão passando por divórcios ou separações. Já o TB é mais comum em pessoas já separadas ou divorciadas, talvez em decorrência do próprio transtorno.
Alguns autores afirmam que a depressão é mais comum em pessoas com idade entre 35 a 40 anos, já outros afirmam que é mais comum a partir dos 24. Apesar desta grande diferença apresentada pelos autores, foi realizada uma pesquisa que afirma que 15% das pessoas que possuem depressão e cerca de 11% das pessoas com transtorno bipolar cometem suicido. Tais dados são alarmantes visando que a cada ano os mesmos só aumentam, mostrando a necessidade de mais pesquisas e atenção a saúde publica e mental.
ETIOLOGIA DOS TH
Os transtornos de humor são considerados doenças psicológicas que se manifestam com súbitos episódios podendo ser únicos ou repetitivos, tornando se crônicos ou espontâneos. Deve se considerar os fatores biológicos, genéticos, psicossociais e ambientais, por exemplo os fatores genéticos são fundamentais para o TB, já os fatores psiquicossocial é de suma importância para a depressão.
Há inúmeras discussões entre os peritos e estudantes de TH sobre qual o melhor tratamento e a melhor maneira de manter o paciente instável e evitar recaídas, consequentemente mantendo esta pessoa a mais tempo possível em contato com a família e com a comunidade, para que a mesma se sinta útil, ao fazer parte da comunidade.
DADOS SOBRE TH
A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou o transtorno bipolar como uma das principais causas da redução do tempo de vida e saúde na população entre 15-44 anos de idade, ultrapassando causas como guerra, violência e esquizofrenia.
O transtorno bipolar provavelmente afeta até 2,4 milhões de pessoas no Reino Unido, cerca de 12 milhões nos EUA e 254 milhões no mundo inteiro.
O transtorno bipolar aumenta a taxa de suicídio em até 20 vezes.
Mesmo em países desenvolvidos, esse transtorno é muito pouco identificado. O tempo médio entre a aparição dos primeiros sintomas e a procura por ajuda é de cerca de 4 anos e meio. Uma pesquisa realizada nos EUA mostrou que leva dez anos (em média) para se chegar ao diagnóstico e tratamento corretos.
DADOS SOBRE TH
A mesma pesquisa constatou que, antes de se chegar ao diagnóstico correto, são feitos em média 3 vezes e meia diagnósticos equivocados.
Após o início dos primeiros sintomas, pessoas com transtorno bipolar passam cerca de 50% de suas vidas com sintomas significativos (principalmente a depressão), mesmo com os atuais tratamentos “não ideais”.
Outra pesquisa nos EUA constatou que cerca de 70% dos psiquiatras não tinham conhecimento das diretrizes de tratamento indicadas pelos especialistas da Associação Americana de Psiquiatria sobre o transtorno bipolar.
Em um estudo realizado na Austrália a partir de pessoas com transtorno bipolar que morreram por suicídio, 60% receberam tratamento inadequado. Muitos sequer receberam algum tratamento.
FISIOPATOLOGIA DOS TH
TRATAMENTOS
TRATRATAMENTO PARA TH E DEPRESSÃO
	O aparecimento desses transtornos se deve a uma combinação de fatores em que aspectos biopsicossociais desempenham papel importante no desencadeamento da doença. Tratamentos medicamentosos, orientação sobre a doença e psicológico são indicados. 
ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL
É preciso esclarecer o paciente e familiares sobre os sintomas da doença, suas causas, como ela pode seguir durante a vida da pessoa, quais os riscos, que atitudes tomar durante a depressão e na mania, como se preparar para as recorrências e assim por diante. Cuidar da decepção, da frustação, da desesperança e além disso prevenir consequências prejudiciais são fundamentais na recuperação.
TRATAMENTOS MEDICAMENTOSOS:
Estabilizadores de humor, antidepressivos, antipsicóticos e tranquilizantes. Estabilizadores de humor são os medicamentos mais importantes e devem ser usados a partir do diagnóstico, controlam o processo de ciclagem de um episodio à outro, reduzindo a quantidade de depressões e manias e a gravidade delas. 
Antipsicóticos podem ser usados durante um episodio de depressão, mania ou estado misto se houver sintomas psicóticos. Tranquilizantes representam substancias com ação hipnótica que devem ser usados temporariamente, quanto os estabilizadores de humor não fizerem efeitos.
ELETROCONVULSOTERAPIA:
É um dos tratamentos antidepressivos e antimaníacos mais eficazes, indicado nos extremos da mania e da depressão, para prevenir exaustão ou suicido, pelo rápido tempo de ação, inclui aplicar pequenas correntes de energia durante rápida aplicação de anestesia geral que induz uma crise convulsiva de aproximadamente 30 segundos. 
TRATAMENTOS PSICOLÓGICOS
Entrar em contato com os sintomas do transtorno pode causar sofrimento e pode ser traumatizante para o paciente e a família, o medo de como vai afetar sua vida, o preconceito, a aceitação do diagnóstico requerem atenção psicológica, para aceita é necessário conhecer a doença a ponto de diferenciar seus pensamentos e sentimentos e fazer decisões baseando em conhecimento e não em emoções, como medo ou raiva da doença, tratamentos psicológicos procuram fornecer boas informações, orientação e motivação.
ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRASCRANIANA REPETITIVA:
É indicado a pacientes que não respondem a antidepressivos ou que não toleram os efeitos colaterais de medicamentos. A técnica consiste em estimular o cérebro por meio de pulsos magnéticos, com o objetivo de incitar o sistema regulador do humor, aliviando os sintomas da depressão. O procedimento é indolor e não invasivo. As sessões são diárias, de aproximadamente 30 minutos. 
INFUSÃO DE CETAMINA:
A Cetamina, também conhecida como escetamina, quetamina ou ketamina, é um anestésico, o tratamento é realizado em ambiente hospitalar com monitorização cardíaca, a sessão consiste em dose baixa com infusão endovenosa lenta, por 40 minutos, durante todo o procedimento, o psiquiatra e o anestesista estão presentes e o paciente é monitorizado de forma adequada. Alguns efeitos colaterais podem ocorrer durante a infusão, como, sonolência, agitação psicomotora, alteração da sensopercepção, taquicardia, aumento de pressão arterial e náuseas. 
PROBLEMAS QUE COMPROMETEM O RESULTADO TERAPEUTICO
Gravidade dos sintomas, quantidade de episódios, tratamento adequado, não aceitação do tratamento, apoio familiar, associação ao alcoolismo ou abuso de drogas, associação a outras doenças.
COMO A FAMILIA E AMIGOS PODEM AJUDAR
O Apoio ao tratamento é fundamental para ajudar o paciente em momentos difíceis a manter os medicamentos na dose certa e no horário prescrito, compreender os sintomas não como o jeito de ser mas como a doença, alivia muito e reduz o sentimento de culpa do deprimido, o doente em euforia requer firmeza e paciência, porque o relacionamento se torna mais desgastante.
TRATAMENTO DE EPISÓDIOS MANIACOS 
O objetivo do tratamento da mania aguda é controlar sinais e sintomas de forma rápida e segura, e restabelecer o funcionamento psicossocial a níveis normais. A escolha do tratamento inicial leva em conta fatores clínicos, como gravidade, presença de psicose, ciclagem rápida ou episódio misto e preferência do paciente, quando possível, levando em conta os efeitos colaterais. 
Critérios clínicos como uso de antipsicóticos intramuscular em casos de agitação e maior número de evidências da literatura sobre eficácia também devem ser utilizados para nortear a seleção do medicamento.
TRATAMENTO DE EPISÓDIOS MANIACOS 
Ao selecionar um medicamento antimaníaco, deve-se dar preferência às medicações com maiores evidências de ação: lítio, valproato (ácido valproico, divalproato) e carbamazepina (CBZ), além dos antipsicóticos típicos, como clorpromazina e haloperidol, e dos atípicos olanzapina e risperidona; por serem mais novos, há menos estudos com ziprasidona, quetiapina e aripiprazole.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PARA TRASTORNO DE HUMOR
Risco de violência direcionado a si mesmo, a desesperança, perca do sentido da vida.
Risco de suicido relacionado a tristeza profunda.
Angustia espiritual relacionada a perda de significado e objetivo da vida relacionado ao sentimento de culpa.
Desesperança para visualizar alternativas de solução.
Baixa autoestima crônica relacionado à não valorização de si mesmo, verbalização de auto depreciação, sentimentos negativos de culpa e de impotência.
Baixo autoestima situacional relacionada à verbalização de depreciação de si mesmo sentimento de desamparo e inutilidade.
Processo de pensamentos perturbado relacionado ao seu conteúdo de cunho depressivo, de menos valia e ideia de suicídio.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PARA TRASTORNO DE HUMOR
Percepção sensorial perturbada relacionada à pouca concentração do mundo externo, à alteração nos padrões de comunicação e interpretação não apurada do ambiente.
Risco de sentimento de impotência relacionado a autoestima crônica, à falta de energia, à apatia e à visão pessimista de si mesmo e do mundo.
Sentimento de pensar disfuncional, relacionado à baixa autoestima, à tristeza e à perca de sentido da vida.
Comunicação verbal prejudicada relacionada à inibição psicomotora e à fala lentificada.
Desempenho do papel ineficaz relacionado a pensamentos pessimista, à descrença em relação a si e ao mundo e ao sentimento de impotência.
Interações sociais e familiares prejudicadas relacionada ao isolamento, fala monossilábica e distúrbio no autoconceito.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PARA TRASTORNO DE HUMOR
Risco de solidão, relacionada à falta de energia e ao isolamento social.
Isolamento social relacionado à preocupação com seus pensamentos, tristeza e embotamento.
Manutenção ineficaz da saúde relacionada à falta de interesse e de energia em busca atendimento para a sua saúde.
Não adesão ao regime de tratamento relacionada à manutenção ineficaz da saúde em consequência da ausência de perspectiva de vida.
Enfrentamento ineficaz relacionado à falta de energia, de interesse e incapacidade total ou parcial de sentir prazer.
Nutrição desequilibrada: menos que a necessidades corporais, relacionada à falta de energia e interesse pela vida em decorrência de seu transtorno; o cliente pode não se alimentar ou fazê-lo de forma insuficiente.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AO TH
Determinar a presença e o potencial de risco suicida.
Observar, registrar e comunicar a todos da equipe terapêutica, ao cuidador e aos familiares as mudanças de humor percebidas que podem ser indicativas de risco de suicídio.
Manter o cliente, se internado, em quarto próximo ao posto de enfermagem, para assegurar a sua proteção. Sempre que possível manter ele em quaro com outra pessoa, avaliando previamente as condições de ambos.
Oferecer apoio permanecendo ao lado do cliente, mesmo que ele não diga nada, pois seu silêncio deve ser respeitado.
Não utilizar frases estereotipadas para animar o cliente.
Utilizar frases curtas, objetivas e no nível de compreensão do cliente para explicar algo ou valorizar seus pequenos progressos. Não demonstrar para o cliente decepção ou ansiedade pela ausência de resposta.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AO TH
Manter observação constante dos aspectos aos quais o cliente tem acesso para manter sua segurança e intervir terapeuticamente quando necessário.
Manter-se atento a utilização de objetos potencialmente perigosos, mas que fazem parte do viver diário do cliente.
Esta alerta quanto a segurança do cliente, independentemente do número de pessoas designadas para cuidar dele.
Evitar solicitar repetições desnecessária sobre tentativa de suicídio anteriores, aproveitando a energia do cliente para analisar o presente voltado para o futuro. Se ele manifestar vontade, falar de tentativas anteriores, ouvi-lo e, e em sequência introduzir outro assunto voltado a ele.
Verificar sempre se o cliente ingeriu a medicação, pois ele pode armazena-la para usa-la em tentativa de suicídio, ingerindo-as de uma única vez.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AO TH
Manter o nível de estímulos reduzidos no ambiente.
Se houver música ambiente, ela deve ser suave e mantida em baixo volume.
A decoração do ambiente deve ser a mais simples possível, conservando os objetos essenciais para amenizar ameaças e riscos.
Observar constantemente os espaços aos quais o cliente tem acesso para manter a segurança dele e intervir terapeuticamente, quando necessário.
Evitar atividades de caráter competitivos.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AO TH
As atividades oferecidas não devem exigir esforções excessivos para evitar fadiga. 
Ensinar estratégias de organização das atividades e controle do tempo gasto com elas.
Auxiliar o cliente estabelecer metas e atividades realistas.
Não julgar o comportamento do cliente e nem o punir. Entender que o comportamento é decorrente dos sintomas.
Ao conversar com o cliente, utilizar tom de vós mais baixo do que o dele, porem audível, afim de que ele também diminua o tom de vós.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AO TH
Falar de maneira clara e simples que o limite que está sendo colocado é uma medida terapêutica e não punitiva, esclarecer que o comportamento dele é prejudicial aos demais e a ele próprio.
Não discutir com o cliente.
Não fazer ameaças, ser firme em relação a necessidade de restrição física, que deverá ser mantida pelo menor tempo necessário. Efetuar a avaliação do cliente a cada 15 minutos, isto é, até que acha remissão da manifestação que o motivou a restrição, não ultrapassando o período estritamente necessário. Decorrido este tempo, se não ocorrer remissão do comportamento que o motivou a restrição deverá haver uma nova avaliação por parte da equipe interdisciplinar.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AO TH
Explicar ao cliente o que está sendo feito e o porquê.
Falar de maneira clara e simples o que é uma medida terapêutica e não punitiva.
Administrar medicações prescrita.
Manter um funcionário, adequadamente orientado sobre os cuidados necessários, junto ao cliente, até que a contenção possa ser retirada.
Estar ciente e atualizado sobre as implicações ético-legais que envolve as intervenções. Cada serviço deve ter seu protocolo sobre está ação.
REFERNECIAS 
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