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Saponinas: Propriedades e Usos

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1 SAPONINAS 
1.1 Propriedades gerais e usos 
As saponinas são glicosídeos de esteroides ou de terpenos policíclicos, com 
vasta distribuição. Esse tipo de estrutura, que possui uma parte com característica 
lipofílica (triterpeno ou esteroide) e outra parte hidrofílica (açúcares), determina a 
propriedade da redução da tensão superficial da água e suas ações detergente e 
emulsificante, sendo suas propriedades de ação superficial o que distingue estes 
compostos de outros glicosídeos.[1,2] 
Vegetais contendo saponinas foram procurados após o uso em detergentes 
domésticos [1]. A ocorrência destes compostos se dá em geral, em meios complexos, 
concomitante com um número variado de açucares ou ainda devido à presença de 
diversas agliconas, fatos que podem dificultar o isolamento e a elucidação estrutural das 
saponinas.[2] 
Estes glicosídeos são empregados na indústria farmacêutica porque formam o 
“starting point” para a semi-síntese de drogas esteroides, além disso, muitos possuem 
atividade farmacológica e são usados na fitoterapia e na indústria de cosméticos, e como 
adjuvantes também na indústria farmacêutica. [1,2] 
Em soluções aquosas formam espuma persistente e abundante, que é resistente 
à ação da ácidos minerais diluídos, sendo essa a propriedade que mais caracteriza este 
grupo de compostos, da qual deriva o seu nome. [2] 
Estas substâncias também possuem ações sobre membranas (ação hemolítica), 
atividade moluscicida, atividade antiiflamatória, ação antifúngica/antilevedura, 
antibacteriano/antimicrobiológico, antiparasitário, atividade citotóxica e antitumoral, 
antiviral, entre outras. [1,2] 
 
1.2 Detecção e identificação 
A detecção é realizada a partir de suas propriedades químicas e físico-
químicas: pela reação com ácidos minerais, aldeídos aromáticos ou sais de metais 
produzindo compostos corados, pela diminuição da tensão superficial e/ou pela ação 
hemolítica. Estes testes podem ser qualitativos ou quantitativos.[2] 
Os testes realizados durante este prática compreendem o Teste de espuma e o 
Índice de espuma ou afrosimétrico, que por sua vez é um teste semiquantitativo, ambos 
são descritos abaixo. 
1.2.i Teste de espuma 
O teste de espuma é realizado com o extrato aquoso obtido a partir do decocto 
do vegetal. Após agitação enérgica do extrato filtrado, em tubo de ensaio, a formação de 
espuma persistente, que não desaparece com a adição de um ácido mineral diluído, 
indica a presença de saponinas. [1,3] 
 
1.2.ii Índice afrosimétrico ou de espuma 
Define-se o índice de espuma na maior diluição do extrato aquoso em análise, 
referente a 1,0 g da droga vegetal, que após agitado vigorosamente apresenta um anel 
persistente de espuma de 1 cm de altura, depois de transcorridos 15 minutos. [3] 
As diluições a serem preparadas são de 1/9, 2/8, 3/7, 4/6, 5/6/, 6/4, 7/3, 8/2, 9/1 
e 10/0 de decocto/água, completando um volume de 10 mL, numeradas respectivamente 
de 1 a 10, e agitadas no sentido do comprimento do tubo de ensaio vigorosamente e 
deixados em repouso por 15 minutos. Transcorrido este tempo, verifica-se em que tubo 
há um anel persistente de 1 cm de altura, após a adição de um ácido mineral diluído. O 
índice de espuma (IE) é calculado então a partir da equação 1[3]: 
�� =
����
�
 (1) 
 
2 Ginseng (Panax ginseng e P. quinquefolium) 
O ginseng, foi o vegetal cuja droga foi utilizada nesta prática, e é utilizado na 
China há mais de 3000 anos como uma planta estimulante, reconstituinte, geradora de 
vitalidade, conhecido como elixir da longa vida.[2] É um dos mais importantes 
medicamentos tradicionais orientais e está sendo usado pelo mundo inteiro. [1] 
Muitos compostos foram isolados das partes subterrâneas do ginseng, 
principalmente saponinas triterpênicas tetracíclicas e pentacíclicas, cujo teor nas raízes 
pode variar de 0,5 a 3%.[1] 
No mercado brasileiro estão presentes dezenas de especialidades farmacêuticas 
com indicação para aumentar a resistência natural do organismo ao estresse e infecções 
e para reduzir a fadiga. Usualmente são utilizados 200 a 600 mg de extrato de ginseng 
(padronizado em 1,5% de ginsenosídeos expressos como ginsenosídeos Rg1), 
diariamente, durante 3 meses no máximo.[1] 
 
3 Referências Bibliográficas 
[1]. SPARGH, S.G.; LIGHT, M.E.; VAN STADEN, J. Biological activities and 
distribution of plant saponins. Journal of Ethnopharmacology, v.94, n.2004, p.219-
243, 2004. 
[2]. SIMÕES, Cláudia Maria Oliveira et al. Farmacognosia: da planta ao 
medicamento. 6ª Ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS; Florianópolis: Editora da 
UFSC, 2007 
[3]. COSTA, Aloísio Fernandes. Farmacognosia. 3ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste 
Gulbenkian, 2001. v.3. 992 p. Il.

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