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7 VIROLOGIA

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VIROLOGIA aula 08
INTRODUÇÃO:
Os vírus não são considerados seres vivos por duas características principais: Não tem independência para a reprodução E não possuem uma maquinaria metabólica própria. Desse modo os vírus dependem de uma célula para que consigam realizar suas funções, tanto de reprodução quanto de metabolismo. São estruturas moleculares dotadas de informações genéticas e que conseguem se replicar utilizando estruturas celulares. Não possuem estrutura celular, possuem material genético que podem ser DNA e/ou RNA e tem proteínas que vai formar o capsídeo. (CITOMEGALOVÍRUS tem DNA e RNA). Existem vírus que infectam uma grande diversidade de organismos, eles podem infectar bactérias no caso dos bacteriófagos, plantas, animais e seres humanos.
MORFOLOGIA:
O tamanho dos vírus variam bastante e ele são muito menores do que as bactérias. A partícula microviral ela pode ser chamada de virion (MATERIAL GENÉTICO E CAPSÍDEO), este é formado por dois componentes essenciais:
O material nucleico ou ácidos nucleicos ou genoma, que podem ser DNA e/ou RNA.
O capsídeo que é formado por estruturas menores conhecidas como capsômeros, estes podem ser esféricos ou cilíndricos.
Alguns vírus possuem envelope, que são estruturas membranares que podem ser derivadas de 3 componentes das células que são parasitadas. Então podem ser derivadas da membrana celular, da membrana nuclear ou do retículo endoplasmático da célula parasitaria.
ESTRUTURA: 
Quando a simetria do capsídeo os vírus podem ser classificados em:
Vírus de simetria cúbica – forma um icosaedro, que é uma estrutura geométrica de 20 faces, cada face formada por um triângulo equilátero.
Vírus de simetria helicoidal – o material genético forma uma hélice simples e essa hélice esta intimamente associada com o capsídeo, essa estrutura é chamada de núcleocapsídeo. 
Vírus de simetria complexa – por exemplo o bacteriófago, que tem uma cabeça, uma cauda e tem algumas estruturas para o vírus se posicionar
CLASSIFICAÇÃO:
É classificado baseado em diversos critérios; Utilizam-se critérios morfológicos e bioquímicos (estruturais e moleculares);
Podem ser classificados quanto ao genoma: DNA ou RNA; RNA Fita simples ou dupla fita; (DNA sempre dupla fita); E pode variar na polaridade do RNA, ou seja, pode ser orientado de 5’ para 3’ ou de 3’ para 5’. Podem ter polaridade positiva ou sense e polaridade negativa ou anti-sense.
Quanto a simetria do capsídeo – cúbico, helicoidal ou complexo;
Quanto ao envelope: presença ou ausência do envelope;
De acordo com o diâmetro do virion.
REPLICAÇÃO (CICLO DE VIDA):
O vírus é um parasita celular obrigatório. As fases da replicação estão intimamente associadas com a célula parasitária.
Fase de adsorção: é a fase em que o vírus fica ligado a célula mas não penetra nela e essa adsorção acorre através de receptores de superfície que se combinam com moléculas do capsídeo,caso eles tenham envelope a ligação será através de proteínas do envelope que se liga aos receptores da membrana.
Fase de penetração: é a fase da replicação que o vírus penetra dentro da célula e isso pode ocorrer por pinocitose (viropexia). Quando o vírus penetra na célula ele se liberta do envelope e só entra na célula o capsídeo com o material genético.
Fase de desnudação: é quando o capsídeo é desintegrado(perde o capsômero) e o ácido nucleico fica livre no citoplasma da célula. 
Fase de síntese: nessa fase o material genético do vírus penetra no núcleo da célula e se combina com o material genético dela e utiliza suas enzimas para se replicar.
Fase de maturação: onde as proteínas do vírus são produzidas para formar o capsídeo, depois de formado o ácido nucleico entra nesse capsídeo que foi formado.
Fase de liberação: quando o vírus ele sai da célula para o meio para infectar outras células. E envelope volta a se formar a partir daquelas estruturas ditas anteriormente.
SÍNTESE PROTEICA (replicação do genoma): 
Existem os vírus de DNA e os de RNA; A replicação do DNA ocorre como nas células eucariotas; O RNA pode ser simples fita ou dupla fita, já o DNA só é dupla fita; O RNA pode ser positivo e negativo, já o DNA tem moléculas positivas e negativas que são complementares;
Os vírus de RNA têm RNA polimerase, que vai replicar o RNA;(O ORGANISMO NÃO TÊM, já temos aí uma ideia de poder fabricar medicamento contra essa enzima);
No caso do vírus que possui RNA de simples fita com polaridade positiva: ele vai ter a mesma polaridade que o RNA mensageiro, isso quer dizer que ele pode ser utilizado diretamente para transcrever alguma proteína. Ele vai se utilizar da enzima polimerase para ser transcrito na polaridade negativa. Posteriormente esse negativo é transcrito novamente e origina a polaridade positiva e essa positiva já é utilizado no material genético de formação dos novos vírus.
No caso do vírus que possui RNA de simples fita com polaridade negativa: é o inverso. Ele vai ser transcrito pela enzima polimerase em polaridade positiva. Posteriormente é transcrito novamente e origina a polaridade negativa e essa negativa já está pronto para ser utilizado no material genético de formação de novos vírus.
No caso de vírus que possui RNA de dupla fita, uma com polaridade positiva e outra com polaridade negativa: as fitas que tem polaridade negativa vão ser transcritas em fitas positivas, a partir dessas fitas positivas que vão ser transcritas as fitas negativas que vão complementar elas e as positivas iniciais são descartadas (não servem). Assim podem ser formados os novos vírus.
E tem os retrovírus (hiv), eles possuem uma enzima conhecida como transcriptase reversa. Esses retrovírus também são formados por dupla fita de RNA com polaridade positiva. A transcriptase reversa vai pegar uma das fitas e vai inverter a sua polaridade, transformando ela em uma fita negativa. A partir dessa fita negativa que também foi convertida em DNA se forma outra fita de polaridade positiva, também chamada de DNA complementar ou cDNA. Esse material se incorpora no material da célula e quando for feita a leitura, o material do vírus também vai ser lido, assim novos vírus são formados. 
Além dos ácidos nucleicos também existem proteínas que o vírus produzem, algumas dessas proteínas são enzimas como é o caso da RNA polimerase (proteínas não capsídicas) e tem as proteínas no capsídeo, depois que elas são formadas o vírus é liberado.
GENÉTICA: 
Os vírus não possuem mecanismo de verificação da sua replicação genética, o que seria importante para impedir a ocorrência de mutações. Eles podem sofrer recombinação gênica, através da mistura do material genético do vírus com o da célula hospedeira. Eles podem interferir no DNA do hospedeiro, fazendo com que ele funcione apenas para a sua replicação. Alguns vírus conseguem bloquear totalmente as funções da célula parasitária, fazendo com que ela sirva apenas para replicar o próprio vírus.
Existem alguns vírus que são de baixa virulência, ou seja, tem uma baixa agressividade. Ex: os vírus utilizados nas vacinas. São vírus atenuados, ou seja, não conseguem iniciar uma infecção,mas ainda têm os antígenos, para que o organismo possa reconhecer e criar resposta duradoura.
Os vírus eles também podem interferir nas funções uns dos outros, é o que chamamos de interferência fenotípica, um impede que o outro infecte o mesmo local, ou seja, uma coinfecção.
Alguns vírus eles se complementam, um exemplo é o vírus da hepatite. Existem vários tipos de hepatite no caso da D e da B. O vírus da hepatite D ele não produz capsídeo então se utiliza do capsídeo produzido pelo vírus da hepatite B para produzir novos vírus. Cada um fica com um capsídeo. Só se desenvolve hepatite D se a pessoa for infectada previamente pelo vírus da Hepatite B.
Quasispécies é uma variabilidade que exite dentro da espécie (sofrem tantas mutações que são quase uma espécie diferente).
RELAÇÃO ENTRE CÉLULA E HOSPEDEIRO:
O vírus ele pode exibir um tipo de infecção que a gente chama de infecção citocidal, que é quando o vírus causa danosna célula infectada, essa célula sofre alterações morfológicas. E tem o efeito citopático, que seria aquele efeito ocasionado quando o vírus causa a morte da célula.
Algumas células detectam que estão sendo invadidas e ativam a apoptose visando o bem comum do organismo como um todo.
Tem também a infecção não-citocidal que é aquela infecção que não mata a célula nem causa alterações morfológicas. A liberação da partícula viral não é feita pela lise da célula e sim por brotamento na superfície. Porém se a taxa de brotamento for muito alta, vai chegar um momento que a célula vai se desintegrar pela falta de estrutura membranares.
Outro tipo de infecção é a infecção latente, nela o vírus se integra no DNA da célula formando o que chamamos de provírus, assim ele sobrevive, porém não se encontra ativo, está de forma latente. Mas pode ocorrer a ativação viral, por diversos fatores (hormonais, baixa imunidade, extresse). Ex. O herpes virus.
Alguns vírus podem ativar a malignização da célula, ativar mutações na célula do hospedeiro. Essas mutações podem gerar neoplasias (câncer). Os virus podem fazer com que as células do hospedeiro tenha um crescimento descontrolado, altera a morfologia e o metabolismo celular.
PATOGÊNESE: origem das doenças
A transmissão da doença pode ser de duas formas: Horizontal: quando passar de um hospedeiro para outro. Vertical: quando é transmitida da mãe para o feto.
Portas de entrada das infecções: Mucosas, Microtraumas, Inoculações (insetos).
DISSEMINAÇÃO VIRAL:
Existe dois tipos de infecção:
Infecção local: o virus ele infecta uma célula após a outra e que está proximo a infecção originária. É uma infecção restrita que não se dispersa para outros tecidos.
Infecção generalizada: pode se disseminar pelo vasos linfáticos ou pela corrente sanguínea e alcançar todos os orgaos do indivíduo ou um orgão alvo (orgão em que o virus encontre um ambiente mais adequado para infectar), há também destruição celular mais significativa e quanto mais células são destruidas mais caracteristicas clínicas podem ser observadas.
Vírus infectam um ou poucos tipos de células,não há um vírus que infecte todos os tipos de células.
CURSO DA INFECÇÃO: 
Dependendo do tipo de virus e do tipo de infecção ela pode causar degeneração de órgãos ou tecidos, podem produzir reações inflamatórias.
Infecções subclinicas: o virus se replica, ocasiona dano celular, mas como a taxa de replicação é muito baixa então o dano é limitado, então o indivíduo não apresenta sinais clínicos de que esta com a infecção.
Infecções latentes: o virus não se replica, então não ocasiona dano celular.

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