Buscar

O TRATAMENTO MÉDICO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES 2012 [Compatibility Mode]

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

“O TRATAMENTO MÉDICO”
Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan 
Clínica Médica com área de atuação em Endocrinologia e Cardiologia
Sanitarista pela UFRJ.
Equipe CETOM - Centro de Tratamento para a Obesidade Mórbida
Hospital Quinta D´or 
Instituto Flumignano de Medicina
Rio de Janeiro – RJ
2012
É necessário:
a) Reunir todas as informações possíveis, inclusive com 
familiares. 
b) Analisar e documentar:
- Perfil psicológico.
- Perfil neurológico
- Inventário dos alimentos ingeridos. 
- Usar questionários pré-elaborados. 
- Avaliar detalhes e gravidade dos sintomas. 
- Analisar os exames médicos complementares. 
c) Considerar que o tratamento é um processo dinâmico e 
multidisciplinar. (médicos, psicólogos, nutricionistas, etc)
ESTRUTURAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES
BITE – Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo - que permite 
identificar comedores compulsivos e obter dados sobre aspectos 
cognitivos e comportamentais da bulimia nervosa. 
EAT-26 – Teste de Atitudes Alimentares - que avalia os riscos de se 
desenvolver comportamento e atitudes típicos de pacientes com 
anorexia nervosa. 
TESTES PARA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE 
TRANSTORNOS ALIMENTARES
ECAP - ESCALA DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA – que tem 
como objetivo de estudar especificamente o comportamento do comer 
compulsivo. 
QEWP-R - Questionário sobre Padrões de Alimentação e Peso
BSQ - Questionário de Imagem Corporal
CLÍNICA DA ANOREXIA NERVOSA
O paciente recusa-se a manter o peso corporal mínimo 
para a idade e altura, ou IMC < 17,5. Tem pavor de 
engordar mesmo estando abaixo do peso mínimo. 
Apresentar conflito emocional na interpretação da forma 
do corpo – distorção da imagem corporal. 
Freqüentemente a doença inicia-se na adolescência e 
apresenta comorbidades comuns como sintomas 
depressivos, ansiosos, fobia social e transtornos de 
personalidade. Quando a doença encontra-se 
descompensada apresenta alevado risco de 
complicações como a desnutrição e o suicídio.
Subtipos :
1) Restritivo - não há episódios de compulsão ou purgação.
2) Compulsiva – períodos de compulsão e purgação.
ANOREXIA NERVOSA
Com distúrbio da imagem corporal
ANOREXIA DEPRESSIVA
Sem distúrbio da imagem corporal
CLÍNICA DA BULIMIA
Há episódios recorrentes de compulsão alimentar 
com ingestão de grande quantidade de alimentos 
em curto espaço de tempo seguido de sentimento 
de descontrole e culpa e há ações 
compensatórias, que pode ser de purgação –
vômitos, uso de laxativos, diuréticos, enemas ou 
sem purgação como jejuns prolongados, exercícios 
exagerados etc. 
A auto-crítica do paciente é centrada na própria 
forma física, que em geral o peso é normal ou 
sobrepeso. Queixam-se de fome apresentam 
comorbidades comuns como abuso de álcool, 
drogas, transtorno bipolar do humor etc.
2 subtipos:
1) Com purgação – uso de vômitos, diuréticos, laxantes, enemas etc.
2) Sem purgação – jejuns, exercícios excessivos.
CLÍNICA DO TRANSTORNO DA COMPULSÃO 
ALIMENTAR PERIÓDICA
Ocorre episódios recorrentes de compulsão alimentar 
para ingestão de grandes quantidades de alimentos 
sem fome, rápido, muitas vezes sozinho, escondido, 
com importante sentimento de angústia, depressão e 
culpa, sem mecanismos compensatórios de 
purgação, que culminam em obesidade grave. 
Ocorre mais em mulheres do que em homens, inicia 
frequentemente após a adolescência. Os doentes 
possuem autocrítica depreciativa, com sintomas 
depressivos ou ansiosos e este transtorno alimentar 
pode ser responsável por 25% dos casos de 
obesidade, que justificam sucessivos fracassos nas 
dietas para emagrecimento.
.
MANUEL URIBE
40 anos - 550 Kg 
2005
“ Transtorno Alimentar
Compulsivo “
Mexicano, com níveis hormonais,
colesterol, pressão e glicemia dentro da
normalidade. Foi abandonado pela
esposa e se refugiou na casa da mãe. Até
1992 pesava 130 quilos, mas depois
reconhece que comeu mais do que o
normal. "Depois, parei de comer
carboidratos e carnes, e comecei a comer
mais verduras, tentando emagrecer, mas
continuei engordando", acrescentou.
Dr. Bratman ( http://www.orthorexia.com )relata as seguintes 
caracterísitcas do orthorético:
1) Gasta mais de três horas por dia pensando em comida saudável. 
2) Planeja, com detalhes, o cardápio do dia seguinte. 
3) Tem mais prazer pelo “virtuoso” aspecto de sua comida do que o 
prazer propriamente dito. . 
4) Acha que sua qualidade de vida está relacionada com a “qualidade” 
de seus alimentos. 
5) É rígido e crítico sobre seu comer. 
6) Tem uma baixa opinião das pessoas que não observam com 
atenção os aspectos saudáveis dos alimentos. 
7) Prefere comer corretamente em casa declinando cada vez mais do 
convívio com amigos e família. 
8) Sente muita culpa quando come “incorretamente”. 
CLÍNICA DA ORTHOREXIA
CLÍNICA DA VIGOREXIA
A vigorexia se caracteriza pelo excesso de 
preocupação em ter um corpo forte. Os portadores 
desse transtorno exercitam-se em excesso e 
constantemente medindo sua musculatura para 
verificar se já obtiveram resultados. Apesar de 
fortes ainda sim se consideram fracos. Quase 
sempre usam suplementos alimentares 
anabolizantes e até mesmo esteróides, mesmo 
que saibam que isto possa prejudicar a saúde. 
Esta doença é mais comum nos homens,mas 
também há casos em mulheres. Não se conhece 
a prevalência mas observa-se que está cada vez 
mais comum. Diferente do fisiculturismo.
Caracteriza pela omissão da medicação 
necessária ao controle do diabetes com 
o objetivo de emagrecer por 
preocupação da forma corporal. Não se 
conhece a prevalência.
Distribuição de transtornos alimentares em
indivíduos com diabetes melito do tipo 1 e do
tipo 2: descrição de dois casos
CLÍNICA DA DIABEREXIA
A TRÍADE DA MULHER ATLETA
Nomenclatura criada em 1992 pelo Colégio 
Americano de Medicina Esportiva, caracteriza-se 
por AMENORRÉIA, DISTÚRBIO ALIMENTAR e 
OSTEOPOROSE. Nesta tríade há o balanço 
energético negativo, aparência magra e perda de 
densidade mineral óssea. A dieta apropriada e a 
redução dos exercícios físicos resulta no retorno 
da mestruação. A distúrbio comportamental 
repercute no sistema hipotalâmico que reduz a 
secreção hormonal feminina, as gonadotrofinas. 
Não se conhece a prevalência mas acomete as 
atletas jovens e observa-se que está cada vez 
frequente. 
OBJETIVOS DO TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS 
ALIMENTARES
1)Compreensão da etiologia.
2) Ações de alívio dos sintomas imediatos
3)Ações na reduções das perdas. 
4)Tratamento multidisciplinar a longo prazo.
ACOMPANHAMENTO A LONGO PRAZO: Muitas vezes o paciente
anoréxico pode tornar-se bulímico em algum momento do tratamento.
Mais raramente pode também evoluir para uma compulsão alimentar. Tal
deslocamento de sintomas significa que algumas resistências
psicológicas foram quebradas e novos recursos compensatórios foram
ajustados pelo paciente. Isto exige muita atenção dos terapeutas pois a
instabilidade dos sintomas indica maior gravidade dos transtornos
alimentares.
ANOREXIA
Paciente 
muito magro, 
que se vê 
acima do 
peso. Não se 
alimenta o 
suficiente e 
pode ou não 
ter sintomas 
purgativos. 
Pode ter 
períodos de 
compulsão. 
Freqüente-
mente inicia-
se na 
adolescência
BULIMIA
Paciente com 
peso normal 
ou acima,
alimenta-se 
aparentemen
te normal,
com períodos 
freqüentes de 
compulsão 
com 
sintomas 
purgativos ou 
compensatóri
os.
TRANSTORNO
PERIÓDICO
Com sobrepeso 
ou obesidade,
sem sintomas 
purgativos ou 
compensatórios.
Incia-se 
freqüentemente 
pós adolescência. 
Auto crítica 
depreciativa com 
sintomas 
depressivos e 
ansiosos. Atribui-
se como causa de 
25% da 
obesidade. 
Fracassos das 
dietas.
ORTOREXIA
Peso normal 
ou abaixo.
Obstinado 
pelaalimentação 
que “ele” 
julga 
saudável. 
Pensamento 
obsessivo na 
saúde.
VIGOREXIA
Peso normal e 
com 
musculatura 
hipertrofiada.
Alimenta-se 
visando o 
aumento da 
força muscular. 
Pensamento 
obsessivo na 
aparência 
física. 
Freqüente uso 
de 
anabolizantes.
QUADRO COMPARATIVO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES
O TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES 
- Ações culturais -
Foto de Oliviera Toscani, ex- colaborador da Benetton, financiada por uma 
marca de roupas e apoiado pelo governo. 
- Campanha publicitária contra anorexia -
Milão - Itália em 2007
izidoro@flumignano.com
O TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES
Equipe multidisciplinar 
- Ações nutricionais -
1) Oferecer Informações nutricionais tendo o foco dos distúrbios afetivos, do 
humor, da saciedade e da auto-crítica. 
2) Compensações nutricionais das deficiências. 
3) Acompanhamento a longo prazo da nutrição.
- Ações psicoterapêuticas -
1) Analisar e compartilhar as soluções dos conflitos psicopatológicos com o 
objetivo de aliviar as tensões da economia psicológica.
2) Prevenir ou amenizar a repetição sistemática do sintomas dos transtornos 
alimentares.
3) Acompanhamento a longo prazo da evolução da doença.
4) Prevenir recaídas.
AÇÕES MÉDICAS NO TRATAMENTO DOS 
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
1) Analisar e diagnosticar o nível do comprometimento 
bioquímico cerebral nos sintomas compulsivos, ansiosos e 
depressivos do metabolismo cerebral.
2) Compensar com medicação os sintomas emocionais 
extremos que dão causa a transtorno alimentar. 
3) Analisar a repercussão dos distúrbios nutricionais no 
metabolismo sistêmico e tratar as complicações orgânicas 
instaladas decorrentes dos transtornos alimentares.
4) Acompanhamento a longo prazo.
DINÂMICA PSICOSSOMÁTICA
DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES 
O cérebro é estruturado em 
setores funcionais sendo que os 
neurônios tem baixa capacidade de 
regeneração e grande plasticidade 
com neurogênese.
O funcionamento cerebral recebe 
uma ordenação genética e é 
influenciado pelos fatores 
psicológicos e ambientais.
O CÉREBRO
izidoro@flumignano.com
SINAPSES
A sinapse é a junção entre 
os neurônios que 
transmitem a informação 
pelos feixes nervosos.
A intensidade destas 
reações químicas modulam 
as respostas neurológicas a 
demanda solicitada.
Os principais 
neurotransmissores são a 
serotonina, dopamina e 
noradrenalina
O tratamento 
farmacológico é 
decidido pela 
avaliação individual 
do paciente, na 
gravidade e tipo dos 
sintomas, com a 
finalidade de diminuir 
a depressão, a 
compulsão e a 
ansiedade. 
TOPIRAMATO – É um anticonvulsivante aprovado para tratamento da 
epilepsia e profilaxia da enxaqueca. O mecanismo de ação é nos 
receptores GABA. 
FLUOXETINA – É um antidepressivo que inibe a captação de serotonina. 
SIBUTRAMINA : É um controlador do apetite através da inibição da 
recaptação de serotonina e da noradrenalina que reduz o ganho do 
peso corporal por uma dupla ação: diminui a ingestão calórica pelo 
aumento das respostas à saciedade pós-ingestão e aumenta o gasto 
de energia pelo aumento da taxa metabólica. 
CITALOPRAN - é um inibidor altamente seletivo da recaptação de 
serotonina com potente ação antidepressiva. Evolução para 
Escitalopran – Lexapro ® ainda em estudos controlados para os 
transtorrnos alimentares. 
SERTRALINA - é um antidepressivo inibidor altamente seletivo da 
recaptação de serotonina particularmente útil no tratamento da bulimia 
nervosa.
BUPROPIONA – aprovado para a depressão e terapia antitabágica. É um 
inibidor duplo da recapçãp da dopamina e da noradrenalina. 
Não existe ainda medicamentos específicos para os transtornos alimentares. 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DOS 
TRANSTORNOS ALIMENTARES
DESEMPENHO versus ANSIEDADE
Ansiedade é uma vivência universal representada pela reação adaptativa frente 
a percepção de algum perigo iminente que ameace a integridade física ou 
psíquica a curto prazo. A cognição ansiosa é a ameaça que a perda representa. 
A ansiedade é acompanhada por vários sintomas que incluem cefaléia, dispnéia, 
náuseas, vômitos, diarréia, palpitações, anorexia, polifagia etc... 
COMPULSÃO 
EFEITOS SISTÊMICOS DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES
•OBESIDADE é definida como
excesso de tecido adiposo a ponto de
acarretar danos ao sistema orgânico. Em
média, isto ocorre quando a gordura
corpórea está acima de 25% para os
homens e 30% para as mulheres.
DIAGNÓSTICO : Através da
medição da gordura corpórea.
MÉTODOS : Peso x Altura; prega
cutânea; imersão, condutividade,
impedância, tomografia, ultrasom,
ressonância magnética e outros.
O MAIS FREQUENTE TRANSTORNO ALIMENTAR 
A O B E S I D A D E
I.M.C. – INDICE DE MASSA CORPÓREA
IAC – INDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL
• IMC = peso dividido pelo quadrado da altura.
Exemplo : 75 Kg e 1,75m = 75 / 3,06 = 24,50 (NÃO USA A CA)
• A OMS estabelece : magro = menor que 18 / normal = 18 a 25 / obesidade grau 
1 = 25 a 30 / obesidade grau 2 = 30 a 40 / obesidade grau 3 = acima de 40 / 
superobesidade = acima de 50. 
• IMC = peso / altura²
• IAC = dividir a circunferência do quadril pela altura vezes a raiz quadrada da 
altura. Desse resultado, subtrai-se 18. (NÃO USA O PESO) 
• Homens, resultados entre 8 e 20 indicam uma quantidade de 
adiposidade normal. De 21 a 25 quer dizer que a pessoa está com sobrepeso. Já 
resultados acima de 26 indicam que a pessoa está com obesidade.
• Mulheres: normal entre 21 e 32; de 33 a 38 indica sobrepeso; acima disso a 
pessoa é obesa
• IAC = CQ / altura x raiz quadrada da altura – 18 
OBESIDADE VISCERAL
SÍNDROME METABÓLICA
Obesidade / hipertensão
diabetes / dislipidemia
Peso 115 Kg.
Alt : 1,55
IMC : 50 (grau 3)
SÍNDROME METABÓLICA
IAC = Circunferência do quadril / (altura x √ Altura) - 18
IMC = peso (kg) / altura (m) ao quadrado
I.M.C. X I.A.C.
O IMC não deve ser calculado 
para menores de 18 anos e nem 
para atlestas . O IAC conseguiu 
prever com precisão a gordura 
corporal nos casos acima de 20%; 
nos casos de gordura de 25% a 
30%, a precisão foi total, erro de 
0% na estimativa. Apenas nos 
casos de adiposidade abaixo de 
10% a equação não foi tão 
precisa, indicando um erro de 
17,4% a mais de gordura. De 
acordo com os autores do estudo, 
a fórmula ainda precisa de ajustes 
e deve ser testada em outros 
grupos étnicos.que desenvolver 
mais o músculo.
ADIPOSIDADE VISCERAL x OBESIDADE SUBCUTÂNEA
CAUSAS DA OBESIDADE
A obesidade é uma doença genética em que 
fatores ambientais como sedentarismo e 
dieta inadequada favorecem o seu 
aparecimento. 
É doença pois encurta a vida assim como é 
fator de risco para comorbidades. 
“A genética carrega a arma e o ambiente aperta o gatilho”
ETIOLOGIA DA OBESIDADE
AVALIAR:
- Fatores predisponentes genéticos, ambientais e patológicos que 
podem estar desempenhando papel expressivo no desequilíbrio 
energético determinante do excesso de peso.
- taxa de metabolismo basal, 
- os limites da saciedade,
- as taxas hormonais, 
- os estresses oxidativos e inflamatórios, 
- as instabilidades do humor, 
- as síndromes compulsivas, depressivas e ansiosas ,
- resposta metabólica aos fatores ambientais,
- hábitos alimentares e a atividade física. 
Portanto, a obesidade é a resultante de fatores 
poligênicos complexos e um ambiente obesogênico.
FUNDAMENTOS
DAS CAUSAS DA OBESIDADE
- Memória metabólica:
- hábitos históricos da evolução humana. O organismo humano vem 
originalmente de um processo histórico de atividades físicas intensas 
necessárias para a sobrevivência. Correr atrás da caça, colher os 
alimentos, construir habitação etc... O corpo da idade da pedra 
modifica-se mais lentamente enquanto o amodificação do ambienteé 
mais rápida. . 
- Causas genéticas :
- metabolismo basal, doenças hormonais etc
- Estilo de vida sedentária.
- Estilo de alimentação.
- Cultura familiar,das etnias e das nações.
O gene PER 2 causa o mal-estar associado à fome e os roncos no 
estômago : “O gene Per 2" está ativo tanto no cérebro como no restante do 
corpo e é relacionado com difusão dos sinais de fome, o aumento da 
temperatura corporal, os "roncos" do estômago e um mal-estar geral com a 
sincronização das horas das refeições. Este gene é responsável pelo círculo 
circadiano e pode influir de maneira indireta sobre o peso corporal. Fonte : Urs 
Albrecht e Etienne Challet. - Universidade de Freiburg e do centro universitário 
Louis Pasteur - publicado pela revista Current Biology – 2006.
OBESIDADE E GENÉTICA
Gene FTO está relacionado à obesidade. Pessoas com apenas uma cópia 
da variação "gorda" do FTO tiveram risco 30% maior de serem obesas 
comparadas àquelas sem nenhuma cópia da variação do gene. As que tinham 
duas cópias do gene mudado tinham risco 70% maior, e, além disso, eram três 
quilos mais gordas do que pessoas sem nenhum gene. Isso pode explicar 
porque duas pessoas diferentes podem comer os mesmos alimentos e fazer 
a mesma quantidade de exercícios, enquanto uma delas pode ter mais 
dificuldades para perder peso do que a outra. Fonte : Universidade britânica de 
Oxford - Publicado pela Revista Science - 2006.
O B E S I D A D E x M O R T A L I D A D E 
COMORBIDADES AGRAVADAS COMORBIDADES AGRAVADAS COMORBIDADES AGRAVADAS COMORBIDADES AGRAVADAS 
PELA OBESIDADEPELA OBESIDADEPELA OBESIDADEPELA OBESIDADE
- ISTO EXPLICA A MORTALIDADE ELEVADA DOS OBESOS -
ANÁLISE DO CONJUNTO BIOQUÍMICO
- Síndrome Metabólica _
ESTUDO SISTÊMICO E METABÓLICO DO OBESO
TRATAMENTO DA OBESIDADE
1) Controle do ambiente obesogênico.
2) Controle dos fatores calóricos.
- Dietas
- Exercícios
1) Diagnóstico metabólico.
2) Diagnóstico psicológico – humor.
3) Diagnóstico nutricional.
4) Tratamento medicamentoso:
- Anorexígenos (dietilpropiona/Fempreporex)
- Sacietógenos (sibutramina)
- Inibidores da absorção da gordura. (Orlistat) 
- Liraglutida – (obesidade + DM2) 
- Anorexígenos (dietilpropiona/Fempreporex/Mazindol) – Agem 
por via noradrenérgicas e diminuem o apetite, aumenta a PA, 
reduz o sono e a sensação de cansaço, euforia etc... Proibidos 
pela ANVISA desde 2011.
- Sacietógenos (sibutramina) – Agem inibindo a recaptação da 
serotonina, aumenta a saciedade após a ingestão de comida e 
aumento da taxa metabólica. (Proibidos pelo FDA e pelo EMA 
desde 2011, no Brasil sob controle da ANVISA).
- Inibidores da absorção da gordura: (Orlistat) - Agem inibindo a 
lipase intestinal reduzindo em até 30% a absorção de gorduras. 
- Análogos do hormônio intestinal GLP-1 (Victoza / Byetta) com 
indicação para diabéticos obesos. 
- Outros : fluoxetina, bupropiona, topiramato. (humor) 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO PARA OBESIDADE
PROPAGANDA ANTI-ÉTICA
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NA MÍDIA 
ABESO: ...Achamos, no mínimo, temerária a propaganda do 
uso indiscriminado deste medicamento para emagrecer. Está 
provocando uma verdadeira corrida aos consultórios médicos 
para a prescrição da medicação..... Isto ocorreu recentemente 
com o Rimonabanto (Acomplia ®) – a pílula da barriga... Isto 
não pode voltar a acontecer....
x
A SBD condena propagandas como esta, com um alto grau 
de sensacionalismo, aproveitando populações portadoras de 
problemas de saúde que podem levar a baixa estima, e por 
serem ávidos de soluções, se transformam num público fácil de 
serem persuadidos. Matérias como esta prestam um 
desserviço aos pacientes... 
Lucro trimestral da Novo Nordisk aumenta 17%
31/11/2011 -
O lucro da Novo Nordisk subiu 17% no terceiro trimestre, para os 4,2 
mil milhões de coroas dinamarquesas (800 milhões de dólares), devido às 
vendas do Victoza e produtos de insulina.
A receita total neste período cresceu 6% para os 16,5 mil milhões de coroas 
dinamaquesas (3,15 mil milhões de dólares), acima das expectativas dos 
analistas, que apontavam para 16,4 mil milhões de coroas dinamarquesas (3,13 
mil milhões de dólares), citou o “Firstword”.
A empresa adiantou que as vendas trimestrais do Victoza mais que 
duplicaram comparadas com o mesmo período do ano passado, que subiram 
dos 700 milhões de coroas dinamarquesas (133 milhões de dólares) para os 1,6 
mil milhões de coroas dinamarquesas (305 milhões de dólares), 10% acima das 
estimativas dos analistas.
METANÁLISES
MEDICAÇÃO 
(Número de estudos)
Semanas Perda de peso
Sibutramina (29) 52 -4,45 (-5,29 a -3,62) 
Orlistat (22) 52 - 2,75 (-3,31 a -2,20) 
Fluoxetina (9) 52 + 0,14 a -14,5
Dietilpropiona (13) 6 a 52 - 3,0 (-11,0 a 1,6)
Liraglutide (5) 20 - 3,00 
Fonte: Li e colaboradores (2005) 
CIRURGIA BARIÁTRICA
Cirurgia anatômica
EFEITOS METABÓLICOS
Cirurgia Metabólica
A cirurgia bariátrica é indicada após falha do 
tratamento clínico no mínimo por 2 anos em 
indivíduos com IMC > 40 ou > que 35 com 
comorbidades. É o tratamento mais eficaz para a 
redução e manutenção do peso a longo prazo.
ENCRETINAS
INCRETINAS
GLP-1 / GIP
HORMÔNIOS INTESTINAIS - INCRETINAS
Melhoram a função das células beta
Melhoram a secreção da insulina
Diminuem a secreção do glucagon
Diminuem a fome
GRELINA saciedade
A CIRURGIA BARIÁTRICA É CAPAZ DE...
- Promover e manter a perda do peso dos obesos grau III.
- Normalização da glicemia na grande maioria dos diabéticos.
-Podem reduzir a secreção da Grelina que diminui a fome.
-Aumenta a Adiponectina que melhora a sensibilização da ação 
insulínica.
-Aumenta a secreção das incretinas, que são os hormônios 
intestinais que aumentam com o estímulo alimentar, promovem 
a secreção da insulina e diminuem a secreção do glucagom, 
regeneram a células produtoras da insulina e portanto, 
melhoram o metabolismo da glicose.
- Diminui a resistência insulínica devido a redução da gordura 
visceral.
A cirurgia bariátrica prova ser a mais 
eficiente terapia para o diabetes mellitus 
tipo 2.
Pories W J et al. (1995) Ann. Surg. 222 : 339 – 352
META ANÁLISE 1999 A 2003
136 estudos com 22094 pacientes
(derivação, bypass, gastroplastia, banda gástrica)
1.846 diabéticos
74,8% remissão
85, 4% remissão ou melhoria 
Dislipidemia : 70% melhoria
Hipertensão arterial : 78,5 % melhoria 
Apnéia do sono : 83,6% melhoria
RESULTADOS METABÓLICOS
DA CIRURGIA BARIÁTRICA 
Bushwald H et al. (2004) JAMA 292 : 1724 : 1732
Estudo de Greenville – EUA, 165 diabéticos operados pelo by-
pass gástrico e 83% permaneceram em remissão do DM2 em 14 
anos de acompanhamento. (Pories WJ, MacDonald KG, Morgan EJ, at al. Am J Clin Nutr. 
1992; 55:582-5S)
Swedish Obesity Study (SOS) comparou um grupo de pacientes 
operados com outro não operado. Após dois anos de 
seguimento, os dados indicaram prevalência de 8% de 
diabéticos nos não operados e 1% no grupo operado. Dez anos 
após, 24% no grupo não operado e 7% no operado. (Sjostrom L, Lindroos 
AK, Peltonen M, at al. N Engl J M. 2004; 351: 2283-93.)
RESULTADOS METABÓLICOS
DA CIRURGIA BARIÁTRICA (2) 
EFICÁCIA DA CIRURGIA BARIÁTRICA
A perda significativa de peso após a cirurgia 
bariátrica proporciona redução do risco 
relativo de morte igual a 89%.
Fonte: Annais of Surgery, 2004; 240(3): 416-424 – Surgery Decreases Long-term Mortality, Morbidity
and Health Care in Morbidly Obese Patients. Pesquisa com modelo observacional de dois
estudos de coorte, com 1035 pacientes submetidos a cirurgia bariátrica entre 1986 a 2000 no
McGil University Health Centre – Canadá. Grupo controle com 5.746 pacientes com obesidade
mórbida não submetidos a cirurgia bariátrica. Redução média de 67,1% do excesso do peso.RISCOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA 
- A mortalidade varia de 0,2 a 2%. 
- Pós-operatório imediato :
embolias e hemorragia.
- Pós-operatório tardio :
deiscência da sutura, fístulas, estenoses, infecções, 
hérnia e torção da alça intestinal. 
- A longo prazo :
Deficiências vitamínicas e minerais, síndrome de 
dumping ou hiperosmolar, dilatação esofagiana.
NOVAS PROPOSTAS PARA 
INDICAÇÃO DA CIRURGIA BARIÁTRICA
A INDICAÇÃO DEVE CONSIDERAR :
- IMC igual e maior que 30 Kg/m2;
- As comorbidades clínicas ;
- Os antecedentes familiares;
- As repercussões psicológicas;
- As repercussões sócio-econômicas.
“Estas considerações, anuídas por uma equipe médica 
multidisciplinar, podem determinar uma melhor indicação 
desta cirurgia do que simplesmente o IMC”.
A obesidade é uma síndrome multifatorial, com pré-disposição genética,
influenciada pelos fatores emocionais e ambientais, sendo o estilo de vida
um fator relevante, mas não dominante.
OBRIGADO – izidoro@flumignano.com

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes