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29/10/2017 1 Curva S Material baseado na Disciplina de Orçamento e Gerenciamento de Obras da Profa. Mônica Santos Salgado – FAU/UFRJ/2012 MATTOS, A. D. (2010). Planejamento e Controle de Obras. Editora Pini Prof. Dr. Alexandre Marques Buttler INTRODUÇÃO Pergunta: Como balizar o avanço da obra ao longo do tempo? Trabalho (Homens-Hora – Hh) Custo Material + Mão de Obra + Equipamentos (R$) INTRODUÇÃO • Nível de atividade assemelha-se a uma distribuição normal (Curva de Gauss) 29/10/2017 2 INTRODUÇÃO • Curva do trabalho acumulado ou custo acumulado (forma da letra S – Curva S) Ponto de inflexão Reflete o progresso lento-rápido-lento do projeto CURVA S DE TRABALHO • Para avaliar o progresso da obra até determinado ponto, é preciso referenciar as atividades a um parâmetro comum: trabalho (homem-hora) ou custo • Valores acumulados de “homem-hora” são plotados em um gráfico avanço acumulado x tempo Cálculo de Homem-hora: • Quantidade de operários multiplicada por 200 horas mensais • Fundação (3 P + 6 S) = (3 + 6) x 200 = 1800 Hh 29/10/2017 3 CURVA S DE CUSTOS • Procedimento similar a curva S de trabalho • Parâmetro: valor monetário de cada atividade, considerando mão de obra, material e equipamento CURVA S DE CUSTOS • A Curva S de trabalho não é idêntica à curva S de custos • Ex: um atividade de 60 Hh que custe R$ 10.000 e uma de 20 Hh que custe R$ 100.000 • Há de se lembrar que não é só Hh que compõe o custo de uma atividade – entram também na conta material e equipamento • Curva S de Custos é a curva de avanço econômico (custo no momento em que é incorrido), sem considerar quando o desembolso é efetivamente realizado 29/10/2017 4 CURVA S PADRÃO • Curva S Padrão: planejamento ainda preliminar ou falta de dados reais de projetos similares para fins de estimativa de avanço • Curva S Padrão corresponde a um comportamento ideal Curva A: mais simétrica Curva D: eleva-se mais cedo (concentração maior de esforço no início do projeto) Curva E: eleva-se mais tarde (concentração maior de esforço no final do projeto) CURVA S PADRÃO Onde: % acum (n): avanço acumulado em % até o período n n = número de ordem do período N = prazo (número total de períodos) I = ponto de inflexão (mudança de concavidade da curva) s = coeficiente de forma (depende do ritmo e da particularidade da obra 29/10/2017 5 CURVA S PADRÃO • O coeficiente I é o percentual do prazo total no qual a curva de Gauss apresenta sua ordenada máxima. Nesse instante, a curv S muda de concavidade • Ex: I = 60 em um projeto de 15 meses (significa que o uso máximo do recurso ocorrerá no 9o mês = 60% x 15). A curva S muda de concavidade ---- é a curva S a 60% Curva S a 45% - curva cujo ponto de mudança de concavidade está a 45% do prazo total, ou seja, o pico de utilização do recurso se dá a 45% do prazo total CURVA S PADRÃO • O coeficiente “s” baliza o formato mais ou menos fechado da curva. Valores comuns em torno de 2 29/10/2017 6 Exemplo 1. Para um projeto de 12 meses, pede-se: a. Estabelecer a curva S (adotar I=40 e s=2,5) b. Comparar o formato da curva S para I=30, 50 e 70 (adotar s=2,5) c. Comparar o formato da curva para I=50 e s=1,5; 2,0 e 3,0 %0,25250,0 12 3 11)3(%3 %6,13136,0 12 2 11)2(%2 %6,4046,0 12 1 11)1(%1 5,2 40log 5,2 40log 5,2 40log acumMês acumMês acumMês Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 % acum. 4,6 13,6 25,0 37,6 50,6 63,2 74,6 84,2 91,7 96,8 99,4 100 29/10/2017 7 b. Curva S para I=30; 50 e 70 e s=2,5 c. Curva S a 50% com s=1,5; 2,0 e 3,0 • As 3 curvas tem o ponto de inflexão a 50% do avanço • Variação do coeficiente “s” altera a curvatura do S • Quanto maior o coeficiente “s”, mais íngreme é a curva S • A curva S é mais sensível à variação do coeficiente do que à variação do parâmetro “I” 29/10/2017 8 Ex 2. Sabe-se pelo orçamento da montagem da estrutura metálica de uma indústria que são requeridos 30.000 Hh em 10 meses. Qual é a distribuição teórica de Hh por mês? • Usando I = 50 e s=2, temos: Ex 3. Para o cronograma abaixo, comparar a curva S do projeto com a curva S padrão 29/10/2017 9 Curva S Padrão: I=50 e s=2 DICAS: • Se a curva do projeto ficar à esquerda da curva padrão (teórica): cronograma tem alta concentração de atividades na etapa inicial do projeto. Nesse caso, o custo/trabalho se acumula mais no início do que no final do cronograma • Se a curva do projeto ficar à direita da curva padrão (teórica): cronograma tem alta concentração de atividades na etapa final do projeto. Nesse caso, o custo/trabalho se acumula mais no final do que no início do cronograma DICAS: • Em ambos os casos, o planejador pode tentar replanejar algumas etapas da obra a fim de aproximar a curva S teórica e assim equilibrar melhor o esforço do projeto • Um cronograma com nivelamento de recursos tende a produzir uma curva S mais linearizada o que um cronograma sem nivelamente • Planejamento deficiente: curva S com degraus (pontos de angulação súbita) 29/10/2017 10 29/10/2017 11 Ex 5. O prazo total da construção de uma linha de distriuição de energia elétrica foi estimado em 16 meses. Uma vez iniciados os serviços de campo, o engenheiro da obra anotou o avanço da linha mês a mês 29/10/2017 12 Conclusão: A obra está atrasada desde o início e, ao longo dos 6 meses, o atraso é de 5%. Pela tabela a seguir, um progresso de 29% corresponde a um projeto de 18 meses Duas medidas podem ser tomadas: 1. Reprogramar a obra para 18 meses • O engenheiro deve seguir a tendência do progresso realizado, incorporando os 2 meses de atraso verificados até a data • Para os 12 meses restantes (7o ao 18o), usam- se os percentuais de avanço referentes ao prazo de 18 meses 29/10/2017 13 Duas medidas podem ser tomadas: 2. Reprogramar a obra para 16 meses • Engenheiro deve eliminar o atraso ao longo dos 10 meses restantes • Reprogramação diluirá o atraso atual ao longo do período remanescente • Planejador deverá somar a distribuição dos 5% de atraso – esses 5% são distribuídos como um projeto de 10 meses 29/10/2017 14
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