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ESPORTE 3 (resumo part1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DISCIPLINA: ESPORTE 3
PROFESSOR: ROBERTO COLAVOLPE
ESTUDANTE: MAYTTA MARTINELLI
RESUMO
Referência: MANHÃES, Eduardo Dias. Políticas de esportes no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. (p.13-28).
O autor relembra as origens da cultura física na antiguidade grega, quando os exercícios físicos tinham fins militaristas, entre outros exemplos nos quais podemos perceber que as atividades desportivas surgiram a partir de desafios cotidianos enfrentados pelo homem nos tempos mais remotos da humanidade.
Com a evolução da sociedade, o desporto institucionalizado passa a ser considerado atividade meio para o lazer, saúde, educação, e outros aspectos da vida do homem. Segundo o autor, esse fato, consequentemente, deveria estimular a população às suas práticas, não pela questão do rendimento, mas pelos tantos benefícios que o esporte pode proporcionar.
No entanto, as diversas disputas, em vários âmbitos, entre nações e a “necessidade” de algumas em mostrar superioridade e subjugar as demais, estenderam-se para o desporto, tornando o esporte altamente seletivo, com sua prática restrita voltada quase que exclusivamente para o objetivo de formar atletas para grandes competições, visando exclusivamente os resultados.
Geralmente vemos o esporte ser abordado em duas manifestações: o desporto recreativo e desporto competitivo, nas quais os objetivos, métodos e resultados são praticamente opostos e não se cruzam. Todavia, o autor acredita que no caso do desporto recreativo, mesmo tendo como objetivo inicial a diversão, com decorrer do tempo, sua realização e o envolvimento dos participantes pode levar a um determinado grau de competição, bem como no desporto rendimento alguns praticantes, em determinados momentos, podem considera-lo como hobby.
Por conta disso, nos é apresentado o conceito de desporto seletivo e desporto participativo. Para o autor, ao contrário do que acontece com a classificação anteriormente citada, não existe oposição entre essas duas manifestações, uma vez que tendo caráter seletivo é impossível ocorrer sem a participação de pessoas, ao mesmo tempo em que tendo caráter participativo, em determinado momento, poder ocorrer também seleções.
Diante do exposto, foram destacados três pontos para tratar das práticas e objetos de políticas do estado:
O surgimento dos esportes a partir da cultura física, tendo organizações diferentes.
Os pontos de interesse a serem abordados são as políticas de esporte, deixando as outras questões em segundo plano.
A oferta de esportes a população visando simples acesso a prática ou seleção de talentos.
Assim sendo, o objetivo de estudo do autor é a política de esporte no Brasil, desde como isso ocorreu historicamente, até seu direcionamento, prioridades e determinantes.
Dentre os determinantes, o autor cita as condições de vida de boa parte da população brasileira, que - apesar de uma constituição que estabelece acesso a serviços essenciais como saúde, educação, moradia, trabalho, etc – vive de muita luta para conseguis acessar a esses direitos em suas formas mais básicas. Então, se os direitos fundamentais ainda não são garantidos, o que esperar da questão participativa do esporte?
Devido à falta comprometimento – e a mínima participação inspirada nas politicas neoliberais – do Estado, atrelada aos interesses do capital, o esporte, que deveria ser disponibilizado para população como direito, acaba sendo apropriado pelas instituições privadas, que o oferecem a alto custo, restringindo seu acesso à pequena parcela “rica” da sociedade. Além disso, outro ponto a ser evidenciado é o direcionamento e a procura, cada vez maiores, para os espetáculos (eventos) esportivos de alto rendimento.
O capítulo 2, “O método”, aborda os caminhos metodológicos e seu referencial teórico. Manhães parte da definição do objeto central de seu estudo, a política de esporte, entendendo “que esta é o discurso hegemônico e sua concretização no nível da organização social: as estruturas – entidades e órgãos – e a ordem desportiva instituída” (p. 23).
As principais análises que o autor faz sobre as políticas de esporte no Brasil centram-se no período do nacional-desenvolvimentismo-fascista, pois, todas as medidas definidoras de política, conceito e prioridades, no campo do esporte, foram originárias do período chamado Estado-Novo, permanecendo inalteradas até hoje, com modificações apenas periféricas ou formais (p. 25).
As políticas públicas de esportes são constantemente utilizadas pelas forças dominantes da sociedade para ter controle sobre o aparelho do estado que organização o desporto.

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