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História da sociedade e avanços

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Fernanda Sesnick, 1573764
Isabelle Aparecida Costa, 1742760
João Vitor Butzge, 1826050
Leandra Karpinski, 1826077
Tássia Mayara Fochesato, 1740652
OS AVANÇOS MEDICINAIS ADVINDOS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)
	
TOLEDO-PR
2017/1
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Reconstrução da face de um soldado
Fonte: History, 2017.
Figura 2 - Joseph Pilates, aqui demonstrando seu método, foi prisioneiro de guerra.
Fonte: Google Imagens.
Figura 3 – Haste Intramedular em um fêmur.
Fonte: Google Imagens.
Figura 4 – Marie Curie e sua filha Irene.
Fonte: Google Imagens.
Figura 5 – Kit britânico de transfusão de sangue.
Fonte: Wellcome Images.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Apesar das destruições geradas pela primeira guerra, que atingiu todas as partes do mundo, há sempre um viés permitindo extrair ensinamentos que quando aperfeiçoados trazem melhorias para a população; uma premissa que se aplica a área da saúde. Como cita Orlando (2016) na obra “Vencendo a Morte – Como as guerras fizeram a medicina evoluir”, os campos de batalha foram verdadeiros laboratórios a céu aberto para a ciência médica. 
Para a profissão médica, as grandes guerras foram experiências de aprendizado intensivas – enormes laboratórios e desafios clínicos – que envolveram diretamente milhares de profissionais a mais do que qualquer acontecimento antecessor. Muito menos soldados caíram diante de “inimigos invisíveis”, como a febre tifóide, do que no passado, e apesar dos avanços médicos, uma em cada três baixas acabaram em morte durante combate na primeira guerra versus uma em cada sete na segunda. (WILLMOTT, 2003)
Dessa forma, o presente estudo representa uma modesta contribuição no sentido de aprimorar cada vez mais o conhecimento sobre as técnicas cirúrgicas que foram desenvolvidas nas frentes de batalha, além da criação de instrumentos como as hastes intramedulares e o aprimoramento das transfusões sanguíneas, ambos produtos advindos da Grande Guerra. 
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 
Há pouco mais de cem anos, as guerras deixavam vítimas letais causadas por infecções e epidemias. Ocorriam mais mortes de malária, cólera, varíola, anti-higiene nas trincheiras e pernas arrancadas em cirurgias sem anestesia do que de bala ou espada. 
Esse cenário só foi drasticamente alterado a partir da 1ª Guerra Mundial, devido ao desenvolvimento de novas formas para diagnóstico e tratamento de doenças, da descoberta do poder dos antibióticos, das cirurgias mais complexas que agora podiam ser conduzidas com maior segurança, da melhoria das condições sanitárias e da prevenção graças ao surgimento de vacinas. (ORLANDO, 2016)
AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA MEDICINA
CIRURGIAS PLÁSTICAS
A 1ª Guerra Mundial computou um total de 2 milhões de mortes e um número inestimável de soldados feridos. Entre estes soldados, muitos sofreram amputações e/ou foram desfigurados. Estilhaços eram causas de ferimentos no rosto, e as balas também podiam afetar os membros. (REDAÇÃO ND, 2014)
O cirurgião neo-zelandês Harold Gillies se horrorizou com o estado dos soldados e foi um pioneiro nas técnicas de reconstrução facial, focando seu trabalho para dar a alguns sobreviventes a oportunidade de voltar a ter uma vida normal, atividade retratada na Figura 1.
De acordo com o periódico History, durante o tempo em que esteve no front da batalha, o doutor e soldado Harold Gilles observou os esforços de um dentista francês-americano para consertar a dentição de soldados feridos por bala. 
Foram essas as circunstâncias que fizeram Gilles notar o quão importante era poder ajudar a reconstruir não apenas os dentes, mas o rosto dos soldados feridos. Assim, ao voltar à Inglaterra, por volta de 1917, ele pressionou as autoridades militares a iniciarem reconstruções faciais no Hospital Militar de Cambridge.
Após um sucesso imprevisto, em 1917, foi aberto um novo hospital dedicado exclusivamente a esse tipo de tratamento. O Dr. Harold Gilles, quase sem se dar conta, havia dado os primeiros passos no terreno que, hoje, conhecemos como cirurgia plástica. 
PILATES
“Joseph H. Pilates (Figura 2), nasceu na Alemanha, com problemas respiratórios e raquitismo, mas apesar disso, não desistiu de praticar esportes. Emigrou para Grã-Bretanha em 1912, e quando a guerra estourou, ele foi para um campo de prisioneiros. Lá incentivava os colegas de prisão a se exercitarem. Usando molas de colchão e faixas das camas, ele desenvolveu o método hoje mundialmente famoso.” (REDAÇÃO ND, 2014)
HASTES INTRAMEDULARES
No que diz respeito à ortopedia esse período da história deixou como legado as hastes intramedulares de Kuntschner, retratadas na Figura 3. Segundo Barbosa (2015), “estas hastes revolucionaram o tratamento das fraturas da diáfise do fêmur principalmente as transversas. Hoje elas estão aperfeiçoadas sendo usadas em outros tipos de fratura com o bloqueio distal e proximal.”
RAIO-X PORTÁTIL
Levando em consideração todos os adventos citados anteriormente, talvez uma das inovações mais importantes da época foi a capacidade de transportar as ferramentas de diagnóstico para a linha de frente de batalha. Porém um equipamento ainda era muito grande e delicado para ser levado: o aparelho de raio-X.
Pensando em tornar o transporte e uso mais prático para o serviço médico dos campos de batalha, a cientista Marie Curie (Figura 4) levantou fundos na França para desenvolver pequenas máquinas de raios-X móveis. Os equipamentos foram então instalados em carros e caminhões do exército francês. Ela mesma dirigiu alguns desses veículos para levar até as linhas de combate, e trabalhou em estações de remoção de vítimas com o uso dos aparelhos de raio-X para localizar fraturas, balas e estilhaços. (BORGES, 2014)
TRANSFUSÃO DE SANGUE
Por definição, transfusão sanguínea consiste em transferir sangue de um doador para o sistema circulatório de outra pessoa, denominada receptora. Essa prática médica é realizada em casos de perda excessiva de sangue ou quando o paciente é incapaz de produzir o próprio sangue. (JUNQUEIRA et al., 2005)
Até o fim do século XIX, transfusões de sangue eram considerados procedimentos arriscados. Com o desenvolvimento científico e tecnológico conquistado rapidamente pela Grande Guerra, as técnicas de transfusão foram aperfeiçoadas (Figura 5), e assim, aumentou gradativamente a taxa de sobrevivência nas frentes de batalha.
De acordo com Cunhac (2017), a “primeira transfusão sanguínea efetiva foi realizada durante a I Guerra Mundial, sendo possível devido a descoberta da existência dos tipos sanguíneos, o citrato de sódio passou a ser uma substância química poderosa no sentido de interromper a coagulação e resfria-lo.” Dessa forma, este feito conduziu ao avanço até o progresso da transfusão sanguínea e a possibilidade de realizar estocagem para uso posterior, que resultaram na criação dos bancos de sangue. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS	
Entre 1914 e 1918 houveram milhares de perdas, mas apesar dessa lástima, grande parte das vítimas passaram anteriormente por hospitais. Nessas ocasiões, os médicos da época se depararam com uma situação propícia a inovação: um grande número de pacientes, muitos deles com casos similares e passíveis de estudo. Os problemas desconhecidos aliados aos recursos escassos e a gravidade dos ferimentos justificavam se arriscar em técnicas inovadoras.
“Não se trata de exaltar a violência, mas de ver como a medicina militar beneficiou e influenciou certas práticas da medicina civil. Se você reparar bem, o funcionamento de um pronto socorro tem um clima de disciplina militar.” (ORLANDO, 2016)
Com efeito, os conflitos bélicos são resultantes de relações de poder entre países, situações que geram números estrondosos de mortos e feridos, mas também, se trata de um período de avanço no campo da saúde. Umaprova dessa premissa é o desenvolvimento de todas as tecnologias citadas neste estudo, e com elas, a possibilidade de salvar vidas na atualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, S. T.. A guerra e os avanços da medicina. 2015. Disponível em: <http://www.tribunahoje.com/blog/11590/sergio-toledo-barbosa/2015/06/03/as-guerras-e-o-avanco-da-medicina.html>. Acesso em: 18 maio 2017.
BORGES, C.. 6 das invenções mais surpreendentes da Primeira Guerra Mundial. 2014. Disponível em: <http://www.megacurioso.com.br/guerras/51334-6-das-invencoes-mais-surpreendentes-da-primeira-guerra-mundial.htm>. Acesso em: 18 maio 2017.
CUNHAC, P. F.. A transfusão de sangue e as guerras. 2017. Disponível em: <https://journaldedados.files.wordpress.com/2017/05/a-transfusc3a3o-de-sangue-e-as-guerras.pdf>. Acesso em: 14 maio 2017.
HISTORY. Como a primeira guerra deu início as cirurgias estéticas. Disponível em: <https://seuhistory.com/noticias/veja-como-primeira-guerra-deu-inicio-cirurgias-esteticas>. Acesso em: 18 maio 2017.
JUNQUEIRA, P. C.; ROSENBLIT, J.; HAMERSCHLAK, Nelson. História da Hemoterapia no Brasil. São José do Rio Preto: Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 2005.
ORLANDO, J. M.. Vencendo a morte: Como as guerras fizeram a medicina evoluir. São Paulo: Matrix, 2016.
REDAÇÃO ND. 22 coisas que não teríamos hoje sem a Primeira Guerra Mundial. 2014. Disponível em: <https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/22-coisas-que-nao-teriamos-hoje-sem-a-primeira-guerra-mundial>. Acesso em: 18 maio 2017.
WILLMOTT, H. P.. A Primeira Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.

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