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RESUMO COMPLETO IMUNOLOGIA

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Imunidade Inespecífica
	A imunologia é uma ciência que estuda os mecanismos fisiológicos que seres humanos e outros animais (a imunologia não é algo restrito a humanos) utilizam para se defender da invasão por agentes agressores, microorganismos. É o mecanismo fisiológico dotado de resposta à atividade de um agente agressor. Como e onde surgiu o estudo da imunologia? Através de observações e relatos históricos muito antigos da Grécia antiga e de Roma, relatos que demonstravam que pessoas, após entrarem em contato com um agente estranho e que sobreviviam a surtos e epidemias, tornavam-se, então, imunes, resistentes àquele agente agressor. Isso até a vó de vocês saberia... Ela deve ter falado pra vocês que, uma vez você tenha catapora ou sarampo, você não pega mais. O que ela tá falando nessa forma simples de dizer? Que o contato com aquele agente agressor inicial tornou você resistente, você imune a ele. Não é que nunca mais você vai entrar em contato com o agente causador da catapora, significa que você vai encontrá-lo novamente, porém não vai desenvolver a infecção porque já vai haver mecanismos de defesa pra isso. Essa palavra “imunidade”, ou seja, essa resistência gerada pelo sistema imunológico vem do Parlamento Romano. Na verdade, ela foi criada devido à imunidade que os parlamentares tinham e têm... Eles se tornavam protegidos e, por isso, não podiam ser julgados nos mesmos tribunais que os cidadãos comuns eram julgados, por isso até hoje eles roubam, recebem mensalão e não são julgados porque eles não são cidadãos comuns. Então, essa imunidade significa resistência, proteção.
A virulência de um microorganismo é a capacidade desse microorganismo se instalar e causar a doença... Alguns fatores são importantes para um microorganismo ser bastante virulento, agressivo, um deles é a sua velocidade de reprodução (replicação), pois à medida que eles vão se multiplicando rapidamente, eles vão mudando seu genoma e vão se tornando muito mais “inteligentes”, capazes de resistir ao hospedeiro. Em resposta a isso, o hospedeiro cada vez mais disponibiliza mecanismos de defesa também tentando melhorar para impedir a invasão e esses mecanismos de defesa, dentro do sistema imunológico, são operacionalizados por células dedicadas à defesa, que nós vamos ver quais são na aula de células do sistema imune. Aqui nós temos como exemplo um linfócito e um macrófago, que são duas células muito importantes na defesa do nosso organismo.
Bom, então vocês já viram que pra ter imunidade ou proteção, TEM que haver o 1º contato. Quando se tem o contato pela primeira vez, você tem grande risco de adquirir a infecção e essa infecção ser grave, podendo levar a óbito. Quando uma população desconhece totalmente um agente agressor e é exposta a ele pela primeira vez, é bastante grande o risco de haver vários óbitos nessa população. Aqui tem um exemplo de 1942, mas temos vários exemplos recentes disso, como a epidemia da SARS há uns 4 anos atrás na qual não se sabe se o microorganismo que causava doença em aves sofreu mutação e começou a atacar o homem ou se foi um vírus criado em laboratório que vazou e causou e epidemia. O que aconteceu na época? As pessoas que tinham contato, em sua maioria, iam a óbito, mas algumas, geneticamente mais resistentes, sobreviveram... Isso é o que a gente conhece por seleção da espécie. A maioria da população não tinha mecanismos de defesa, resistência àquele agente agressor. Ano passado, Campo Grande foi campeão em casos de dengue... um tipo de vírus que não tinha entrado aqui ainda... o tipo 3.Nós tínhamos tido contato com o tipo 1 e o tipo 2, mas não tínhamos imunidade ao tipo 3. Sendo assim, houve um grande número de doentes, ninguém tinha proteção. Nesse ano, o número de casos é bem menor porque grande parte da população já foi exposta ao vírus, o mosquito injeta o vírus, mas você tem capacidade de combatê-lo.
Um dos grandes avanços dentro do estudo da imunidade foi a aquisição de uma técnica chamada imunização ou vacinação que seria a proteção do indivíduo através do contato dele com o agente infeccioso numa forma que não causa infecção, isto é, a vacina. Foi um grande avanço de a imunologia descobrir que nós poderíamos controlar alguns agentes agressores, tornando-os inofensivos temporariamente e colocando em contato com o hospedeiro para que, mais tarde quando ele tiver o contato com o microorganismo em seu estado natural, ele já tivesse defesa e não desenvolvesse a infecção. Isso não é uma aquisição nova... Em 1721, na Ásia, observava-se que era muito comum passar a secreção da ferida de um paciente com varíola no braço do outro e isso chamou muito atenção porque o indivíduo que tinha passado por aquele procedimento, mesmo estando em um lugar onde todos tinham varíola, ele desenvolvia só uma infecção branda, com poucas seqüelas e isso foi relatado em cartas feitas por uma mulher e enviadas à Real Sociedade Médica Inglesa, isso ficou registrado lá, mas todos acharam absurdos por ter sido escrito por uma mulher. Mais tarde, 40 anos depois, um médico da Real Sociedade repetiu os procedimentos usando a secreção da varíola bovina que é chamada vaccina e ele viu que as pessoas submetidas a esse procedimento, não desenvolviam varíola. Em homenagem, ao vírus da vaccina, isso foi denominado vacinação. Aí então começaram os estudos de imunidade porque o contato com o hospedeiro com o agente agressor resulta em proteção, mas como se dá essa proteção?
Didaticamente, nós dividimos a imunidade em específica e inespecífica. O nome já fala... A específica é aquela proteção produzida e direcionada a um agente em particular... quando você toma a vacina da febre amarela, você não está imunizado contra dengue, porque a resposta é específica contra o vírus da febre amarela. Mas existem também nos hospedeiros mecanismos de resposta inespecífica ou inata ou natural que são mecanismos de resistência que independem do tipo de agente que entrar. Trata-se dos primeiros mecanismos, os mecanismos básicos, a primeira proteção que podem funcionar se, por exemplo, o agente agressor estiver em pequeno número, se não for muito virulento. Muitos agentes agressores não conseguem passar pela resistência inespecífica. Um mecanismo de resistência inespecífica muito famoso é o feito pelo neutrófilo que é a fagocitose (segundo ela,quem não souber isso, pode pular do viaduto hahahaha).
A resposta mais rápida é a inespecífica. Ela “chama a atenção” da imunidade específica, transição para a imunidade específica, ligação. No final, os mecanismos de resistência específica passam a colaborar, potencializar a resistência inespecífica, por isso é difícil dissociar as duas resistências. Uma diferença entre as duas resistências, é que a inespecífica não tem o reconhecimento do agente agressor, ou seja, ela funciona sempre do mesmo jeito para qualquer agente agressor. Já na específica, tem-se um trabalho direcionado pra cada tipo de agente. Essa especificidade é garantida pelo fato da célula reconhecer e trabalhar em resposta a um agente agressor em especial. Isso é feito através de uma estrutura presente na superfície das células de defesa da resistência específica que é denominada receptor. O que é um receptor? É uma molécula que recebe algo, que é complementar a um determinado agente agressor. Na imunidade específica, tem que haver, no nosso organismo, pelo menos um soldado com um receptor específico para aquele agente agressor. Na inespecífica, também temos um mecanismo de ativação das células, mas não é através de receptores específicos ao agente agressor. 
 Os mecanismos de resistência inespecífica, durante a evolução, são os primeiros exemplos de resistência que são encontrados nos diferentes organismos da natureza, está presente tanto em vertebrados quanto invertebrados. São mecanismos baseados na resposta multicelular. Já a resistência específica ou adaptativa é mais elaborada, já é uma característica de evolução daquela espécie, aparece primeiro em vertebrados mandibulados e está associada à habilidade daquele indivíduode sobreviver no ambiente, considerada um aperfeiçoamento da resistência inespecífica. As principais características da resistência inespecífica são: rapidez da resposta, pra mobilizarmos soldados específicos a um agente precisamos de tempo pra organizar a tropa, chegar até ao agente agressor... na resistência inespecífica, não temos isso,os mecanismos estão todos prontos pra trabalhar ao menor sinal de perigo, independente se esse perigo vem de uma molécula ou bactéria, vírus X ou vírus Y, então é uma resposta muito rápida e muito eficiente no início da infecção. Ela utiliza de alguns sinais para poder chamar a resposta específica. Alguns componentes estão o tempo todo ativos, prontos pra trabalhar. Outros estão inativos e vão ser então quebrados, ativados enzimaticamente a partir do momento que o agente estranho penetrar no hospedeiro. Quais os principais mecanismos de resistência inespecífica que nos protege? São as barreiras físicas, principalmente o revestimento da pele e da mucosa, as secreções desse epitélio, presença de enzimas, ph e a presença de cílios na superfície desse epitélio. Impedem fisicamente o acesso do microorganismo. Outro tipo de mecanismo são as barreiras moleculares compostas por um grupo muito grande de substâncias capazes de eliminar o agente estranho, de bloquear sua multiplicação, de bloquear adesão à célula. Exemplos são as protéinas do sistema complemento, interferons e citocinas. O que são citocinas? A resistência inespecífica sinaliza, comunica para a específica começar a trabalhar através da liberação de substâncias denominadas citocinas que são mediadores químicos. O macrófago (inespecífico), por exemplo, além de fagocitar, libera INF-γ que vai estimular, ativar o linfócito (específico) a migrar para a área da infecção. Citocinas, então, são mediadores químicos que estabelecem comunicação entre as células. Podem servir tanto pra ativar quanto pra inibir a função celular. Os interferons são citocinas também. As citocinas foram descobertas inicialmente estudando leucócitos.Achava-se que essa comunicação só ocorria com leucócitos daí os estudiosos deram o nome de interleucinas, que hoje fazem parte de um grande grupo de mediadores químicos denominado citocinas. As citocinas possuem ação inespecífica, pois são liberadas e agem sobre as células próximas. Exemplos de barreiras físicas são, principalmente, a pele e mucosa que reveste o trato respiratório, gastrointestinal...a pele, quanto a características como barreira, ela possui queratina que resseca a superfície criando um ambiente inapropriado para o desenvolvimento do microorganismo e, além de ser um obstáculo físico para a entrada do agressor no hospedeiro, os queratinócitos produzem algumas substâncias que têm atividade inflamatória, capazes de produzir uma reação inflamatória, mas o que é uma reação inflamatória? É uma reação de defesa, uma ativação celular, principalmente de macrófagos e neutrófilos com a função de eliminar o agente agressor. Então, os queratinócitos, além de produzirem queratina, produzem substâncias capazes de atrair para o epitélio várias células fagocíticas, células que participam da resposta inflamatória. Entre elas, uma célula muito importante que é o macrófago da pele, a célula de Langerhans que vai ficar “passeando” pela pele e capturando os agentes estranhos e avisar o linfócito através da liberação de citocinas. Além de tudo já falado, os queratinócitos produzem peptídeos pequenos chamados de defensinas que têm atividade antimicrobiana contra algumas bactérias, é um mecanismo da resistência inespecífica, ou seja, é o muro da nossa casa que protege contra qualquer ladrão que quiser entrar. Com relação à mucosa, ela é menos resistente como barreira física quando comparada à pele, mas ela cobre uma superfície muito maior do que a pele, ela não possui queratina, mas possui outros aparatos que irão auxiliar no mecanismo de resistência. Dentre eles, está a produção de muco (possui mucina) que impede a aderência, adesão de microorganismos à superfície das células e os cílios que estão em constante movimento. O microorganismo fica preso no muco e, com o movimento ciliar, ele é constantemente removido. Um exemplo é a saliva na cavidade oral e o muco do trato respiratório superior. Quando há uma alteração na produção desse muco, uma deficiência na produção, aumentam as chances do microorganismo penetrar no organismo por ter se aderido à mucosa. Alguns indivíduos têm deficiência no movimento ciliar o que é chamado de discinesia ciliar, que pode ser genética no caso da primária ou pode ser resultado de um fator ambiental (secundária) como o uso de um medicamentos, tabagismo. Sem o movimento dos cílios, há a retenção desse muco na superfície dessa mucosa, funcionando como se fosse uma espécie de água parada que é propício à proliferação bacteriana, o que torna o indivíduo mais suscetível à infecção. No trato respiratório inferior, não temos cílios, mas temos uma substância semelhante ao muco que é denominada surfactante, que corresponde a uma mistura de protéinas que ajuda,melhora a fagocitose. Abaixo do epitélio, temos tecido conjuntivo onde temos bastantes células de defesa inclusive macrófagos que estão sempre transitando e que, indo ao ambiente externo, fagocitam microorganismos. Colectinas são substâncias que vão ajudar nessa elevação da fagocitose. A mucosa do trato gastrintestinal tem diferenças em relação à do trato respiratório, como por exemplo, o pH, em alguns locais muito ácido, que cria um ambiente não propício para o crescimento de muitas bactérias. Além disso, são produzidas muitas enzimas que degradam os microorganismos, como lisozima, proteases e outras enzimas além de substâncias, peptídeos antimicrobianos denominados criptocidinas que possuem função análoga às das defensinas na pele. O que é uma atividade antimicrobiana? Inibe o crescimento ou a sobrevivência de microorganismos. As barreiras moleculares são representadas pelas citocinas,composta por um número muito grande de moléculas, como por exemplo, os interferons, as interleucinas (IL-1,IL-6,IL-8 agem no fígado induzindo a produção de protéinas de fase aguda da resposta inflamatória( C-reativas) que são importantes porque ajudam na fagocitose, estimulam a quimiotaxia,auxiliando na resposta inflamatória ; são dosadas bioquimicamente e são sinais de reação inflamatória ). A IL-1 é também conhecida como pirógeno-endógeno, pois age no hipotálamo, induzindo o aumento da temperatura, que aumenta o metabolismo, gerando mais energia pras células protegerem o hospedeiro. Além dessas citocinas, há o TNF (fator de necrose tumoral) que é extremamente importante na reação inflamatória, alterando o endotélio, o vaso, permitindo a passagem de leucócitos. Além das citocinas, há outro grupo de protéinas muito importante que são as protéinas do sistema complemento, constituído de mais ou menos 20 protéinas que, no final, acabam eliminando o agente estranho e temos as protéinas de fase aguda, produzidas pelo fígado em resposta às interleucinas. Existem dois tipos de interferons: tipo I, que compreende o INF-α(produzidos por neutrófilos) e β(produzido por fibroblastos) e tipo II, que compreende o INF-γ. Tipo I: uma célula parasitada por um vírus, como resposta isso, produz interferons que vai ativar a célula vizinha a produzir essas protéinas que vão degradar o genoma viral quando essa célula for infectada... daí o nome interferon, pois interfere, inibe a replicação viral. A célula infectada produz interferon e libera para o meio externo, sensibiliza a célula vizinha não-infectada a produzir protéinas antivirais. É um mecanismo de resistência inespecífica, pois o interferon não quer saber qual vírus está ali... ele induz a célula a produzir um tipo de proteína que bloqueia grande parte da replicação dos vírus. O outro tipo de interferon é o tipo II, que compreende o INF-γ. Ele não inibe a replicação viral, produzido por linfócitos e macrófagos e vai estimular outras células a fazer a fagocitose. Pra fazer fagocitose, uma célula tem que semovimentar, lançar pseudópodes, aderir... tudo isso demanda energia... o INF-γ age no aumento do metabolismo pra ela conseguir energia pra realizar fagocitose, como se fosse um “energético”.Ativa a fagocitose por macrófagos e, quando produzido por macrófagos,também ativa a atividade de linfócitos, contribuindo para a transição da imunidade inespecífica para a específica. Protéinas do Sistema Complemento compreendem cerca de 20 protéinas que se encontram inativas no nosso organismo e que, quando ativadas, podem estimular a reação inflamatória, estimulando a quimiotaxia, a fagocitose, podem formar poros na membrana do agente agressor, levando ele a lise e pode aumentar a permeabilidade vascular levando a edema. 
A fagocitose é o principal mecanismo da resistência inespecífica. Depois que o microorganismo rompeu a barreira física e depois que entrou em contato com as barreiras moleculares, se ele ainda resistir, ele tem que ser eliminado pela fagocitose. Os principais fagócitos são os neutrófilos e os macrófagos (cérebro- células da glia ; fígado-células de Kupfer; pele - Langerhans ; tecido linfóide – dendríticas...). Os macrófagos vão fagocitando e sinalizando, através de citocinas, para a resposta específica. A resposta inespecífica é baseada no reconhecimento de estruturas comuns a vários patógenos, tais como carboidratos, protéinas, lipídios, lipopolissacarídeos, ou seja, estruturas ubiqüitárias (comuns) que são reconhecidas pelos RECEPTORES-PADRÃO DE RECONHECIMENTO (TLRs). Esse tipo de receptor está presente nos neutrófilos, nos macrófagos e são capazes de reconhecer uma infinidade de substâncias sendo, pois, inespecíficos. Sendo assim, há um número de receptores-padrão limitado ao contrário do número exacerbado que há na resposta específica.Na resposta específica , tem-se receptores extremamente específicos a determinado microorganismo. Quando uma célula vai fazer fagocitose, ela tem que reconhecer, mesmo que grosseiramente, aquilo que ela vai fagocitar. O macrófago deve reconhecer estruturar comuns a patógenos (tais como um açúcar característico, um lipopolissacarídio) através dos receptores-padrão de reconhecimento. Reconhecer o que DEVE e o que NÃO DEVE ser fagocitado. Os receptores da resposta específica são mais completos, por serem específicos, dão informações completas aos linfócitos acerca do microrganismo. Resumo das diferenças entre as imunidades inespecífica e específica:
	INESPECÍFICA
	ESPECÍFICA
	- presença de componentes pré-formados ou rapidamente formados
	- eventos genéticos e por crescimento celular/ resposta leva dias
	- sem especificidade
	- muito específico
	- presença de moléculas-padrão de reconhecimento, ou seja moléculas compartilhadas por grupos de MO relacionados e moléculas produzidas por cels do hospedeiro lesionadas
	- presença de receptores extremamente específicos, para antígenos microbianos e não microbianos
	- não reativas contra o próprio
	- reativas contra o próprio
	- barreiras celulares e químicas: pele, epitélios das mucosas, moléculas antimicrobianas, pH etc
	- barreiras celulares e químicas: linfócitos nos epitélios, anticorpos secretados nas superfícies epiteliais
	- sem memória
	- memória imunológica
	- proteinas do sangue: complemento e outras 
	- proteinas do sangue: anticorpos
	- cels: fagócitos (macrófagos e neutrófilos), cels dendriticas e NK
	- cels: linfócitos B e T
	- encontrada em diferentes membros do reino animal
	- encontrada em vertebrados
	- raramente há disfunções
	- disfunções mais freqüentes (AIDS, por exemplo)
CÉLULAS QUE PARTICIPAM DA RESPOSTA IMUNE
Anteriormente, havíamos falado sobre mecanismo de resistência específica e mecanismos de resistência inespecífica. Hoje nós vamos falar das células que participam do fenômeno de resistência, ou seja, as células da resposta imune. Todas essas células têm origem na medula óssea. Na criança, ela está localizada em quase todos os ossos, e no adulto especificamente nas costelas, no osso ilíaco e no fêmur, ossos chatos em geral. Em idosos, essa produção de células é muito diminuída.
E o que há de tão importante na medula óssea? Tem um grupo de células chamadas de células primitivas, células germinativas, stem-cells, células tronco hematopoéticas, que são as células precursoras que têm a capacidade de se transformarem em outros tipos celulares. Ao serem influenciadas pelo microambiente da medula óssea, ou por informações repassadas por citocinas, elas param de formar células precursoras para formar um precursor de determinado tipo celular. De acordo com essas informações, ela pode produzir ou mais precursor mielóide, ou mais precursos linfóide ou mais precursor eritróide. Uma vez diferenciada, a célula não pode voltar a ser célula tronco hematopoética novamente, ou seja, ou ela dá origem a mais precursores da mesma linhagem, ou ela amadurece, formando a célula adulta.
Essas células maduras geradas por esses precursores serão enviadas para o sangue circulante, e algumas até mesmo para os tecidos. A vida média dessas células, após adultas, é de aproximadamente 5 a 7 dias.
O sangue é composto de 55% de parte líquida, com moléculas solúveis, o chamado plasma sangüíneo, e de 45% a porção sólida, os elementos figurados, formados por leucócitos, hemácias e plaquetas.
Os leucócitos são divididos em dois grandes grupos: o grupo dos mononucleares, ou agranulócitos, composto pelo linfócito e pelo monócito; e o grupo dos granulócitos, composto por basófilo, neutrófilo e eosinófilo. Uma vez formado o precursor linfóide, dependendo da influência do microambiente da medula óssea, podem formar os linfócitos. O precursor mielóide forma precursores da série granulocítica e precursores eritróide (hemácias), megacariocítico (plaquetas).
Começando pelo neutrófilo, é uma célula da resistência inespecífica, sabe-se que ele tem esse nome pois ele é corado tanto pelos corantes básicos quanto pelos ácidos. Ele também é conhecido por segmentado, ou polimorfonuclear (PMN), chamado assim pois em sua fase adulta possui núcleo excêntrico, formado por três a cinco lóbulos, unidos por cromatina. Quanto mais idoso o neutrófilo, mais lóbulos ele possui. Seu citoplasma possui dois tipos de grânulos: um mais fino e róseo, chamado de grânulo secundário ou específico, e outro mais grosseiro, chamado de grânulo azurófilo ou primário. Além de servir para identificação, esses grânulos são lisossomos, que armazenam vesículas importantes no processo de fagocitose. Assim, a principal função do neutrófilo é a fagocitose, principalmente por ele ser a célula fagocitária mais numerosa do sangue circulante. Os grânulos primários armazenam enzimam responsáveis, principalmente, pela digestão da parede bacteriana, como por exemplo, a lisozima, a mieloperoxidase e proteínas catiônicas. Nos grânulos secundários há lisozima e lactoferrina, também importantes na destruição de bactérias – a lisozima destrói a parede bacteriana e a lactoferrina retira o ferro do ambiente, impedindo a sobrevida da bactéria. Além dessas enzimas, o neutrófilo tem outras importantes enzimas para digestão tecidual (elastase, colagenese) que são importantes pois causam lesão tecidual no local em que o macrófago está fagocitando. Um número aumentado de leucócitos (neutrofilia) é encontrado em infecções bacterianas. Ele não tem um sistema de proteção contra a mieloperoxidase, assim, ele fagocita e morre logo em seguida, formando os piócitos, as células componentes do pus. 
Os eosinófilos são células da resistência inespecífica, têm ação citocida (mata outra célula) através da fagocitose ou eliminando enzimas lisossômicas no meio, para digerir o patógeno. Seu núcleo não é completamente segmentado, mas sim bilobulado. Possui inúmeros grânulos grandes e grosseiros, refringentes, corados pela eosina. Esses grânulos, além das várias enzimas que são encontradas também no neutrófilo (elastase, colagenase, protease), contêm enzimas específicas, como a proteína básica principal (MBP), a proteína eosinofílica catiônicae a neurotoxina eosinófilo-derivada. Essas três enzimas são especializadas em destruir membranas ou cutículas de protozoários ou helmintos. Assim, em infecções por esses seres vivos, haverá, conseqüentemente, uma eosinofilia. 
Os basófilos representam de zero a 1% dos elementos figurados sangüíneos de uma pessoa normal, atuando apenas na circulação sangüínea. Seu citoplasma é repleto de grânulos grandes, grosseiros, que se coram por corantes básicos, impedindo a visualização de sua massa nuclear. Esses grânulos contêm um número muito grande de aminas vasoativas, substâncias farmacologicamente ativas que têm ação, principalmente, sobre o endotélio vascular. Essas substâncias são a histamina e heparina, ou mesmo prostaglandinas, leucotrienos, cininas, enzimas de digestão tecidual, etc. Sua ação é percebida principalmente no fenômeno da alergia, assim, a basofilia está ligada diretamente a algum processo alérgico. 
O mastócito tem a mesma função do basófilo, mas atua, diferentemente dele, no tecido conjuntivo. Assim como o basófilo, contém um número muito grande de grânulos com histamina e heparina.
Iniciando a série agranulocítica, falemos sobre o monócito. Ele tem um tamanho relativamente grande, com citoplasma basofílico, cromatina frouxa, núcleo chanfrado em forma de rim. Está presente em 10% dos elementos figurados do sangue circulante. É uma importante célula fagocitária, tendo atuação muito importante em infecções virais. Sua concentração aumentada é chamada de monocitose. Circula poucas horas no sangue, pois possui tendência a realizar diapedese e migrar para os tecidos. Lá, ele sofre alterações morfológicas de acordo com o tecido que foi penetrado, formando a grande família dos macrófagos. Nos tecidos linfóides, se transforma em célula dendrítica, que contém linfócitos alinhados entre seus prolongamentos; no fígado, células de Kupfer; pro tecidos nervoso, células da Glia; no pulmão, macrófagos alveolares; na pele, células de Langerhans. Funcionalmente, todos eles continuam sendo fagócitos. Fazem parte da resistência inespecífica.
O macrófago possui três estágios de ativação: no primeiro estágio, ou estágio de repouso, ele fagocita restos teciduais, células velhas, ou seja, é o “lixeiro celular”. Ao encontrar algo estranho, ele emite sinais e se ativa bioquimicamente, tornando-se um fagócito “médio”. Em um estado maior de ativação, ele consegue eliminar bactérias como o Mycobacterium tubercolosis.
Ele é considerado a célula que realiza a transição entre a resposta inespecífica e a resposta específica. Quando um microorganismo entra em contato com um hospedeiro, os primeiros 7 a 10 dias são caracterizados pela resposta imune inespecífica. Se esse microorganismo contiver uma velocidade de multiplicação muito alta, ou mesmo fatores de virulência muito resistentes, os elementos da resposta específica são chamados a entrarem em ação. Essa “ponte” entre os dois sistemas é realizada pelo macrófago.
Todas as células fagocitadas por ele são quebradas em várias partículas, que são expressas em sua superfície. Esses “pedacinhos” são usados pelos linfócitos para identificar o organismo invasor, processo chamadado de apresentação do antígeno.
O linfócito é a célula da resistência específica. Não possui grânulos em seu citoplasma. Divide-se em células T, B e Natural Killer (NK), não sendo possível identificá-los pela morfologia, apenas pela função ou por marcadores de superfície. 
Um dos grupos de linfócitos, as células T ou linfócitos T, migrarão da medula óssea até o Timo para amadurecer. São os responsáveis pela IMUNIDADE CELULAR ,pois produzem citocinas, que ativam macrófagos, neutrófilos e até mesmo outros linfócitos para o local da invasão, organizando uma resposta basicamente composta por células.
Dividem-se em Linfócitos T helper ou auxiliar, e T citotóxico. Os linfócitos T Helper são os produtores de citocinas que estimulam outras células. O interferon-gama (IFN-γ) é uma dessas citocinas, que tem por função estimular a fagocitose. O linfócito T Citotóxico precisa da ajuda do T Helper para exercer sua função, que é a de ser tóxica para outras células, através da produção de citocinas que destruirão células tumorais e células infectadas.
Um outro grupo de linfócitos, que amadurece completamente dentro da medula óssea, são os linfócitos B, que uma vez estimulados, são capazes de produzir glicoproteínas (anticorpos) que são liberadas nos líquidos orgânicos, definidos como humores orgânicos, ou seja, sangue circulante, saliva, suor, lágrimas, leite materno, muco, LCR, etc. Assim, o linfócito B é responsável pela IMUNIDADE HUMORAL.
Quando célula adulta, raramente é encontrado no sangue circulante, apenas na medula óssea e nos órgãos linfóides secundários, na forma de plasmócitos. É uma célula especializada em produzir glicoproteínas, os anticorpos, que são moléculas específicas, que carregam a mesma especificidade que o receptor da célula B possui. Possui cromatina frouxa, em forma de carroça. Apesar de ter resposta específica, não é o anticorpo que elimina o organismo estranho, mas sim o sistema mononuclear fagocitário. São repassados da mãe para o filho através da placenta ou do leite materno
O que diferencia as outras células do sistema imune da resposta de um linfócito T ou B é que as outras células não possuem em sua estrutura uma molécula específica para reconhecimento de estruturas estranhas. Os linfócitos possuem, além de vários marcadores em sua superfície, receptores para antígenos diferentes em cada célula. Em nosso organismo possuímos aproximadamente 109 tipos distintos de linfócitos com receptores diferentes. Esses receptores são moléculas na superfície do linfócito com um formato característico, que ficarão esperando encontrar uma parte, uma subunidaded de uma proteína ou microorganismo estranho que seja complementar a ele.
A célula NK, apesar de ser um linfócito, não possui um receptor específico, é uma célula da resistência inespecífica. Possui toda sua maturação na medula óssea, e, ao sair de lá, não migra para os tecidos linfóides, mas sim para o fígado e para a pele. São especializadas em destruir células tumorais ou células infectadas por microorganismos, sem a especificidade obtida na célula T citotóxica, entretanto. Ela libera grânulos que vão lisar a membrana da célula infectada, causando sua morte. Esses grânulos são produzidos apenas no momento em que ela estiver atuando com sua função citotóxica, daí ser classificada como agranulócito. A célula Natural Killer reconhece uma célula infectada através da perda de marcadores celulares normais na superfície da célula. 
Além de se diferenciarem por sua função, eles são reconhecidos por marcadores presentes em sua superfície, conhecidos como marcadores de diferenciação ou cluster of diferenciation (CD), que diferenciam muito bem os tipos de linfócitos em T, B ou NK.
A resposta imune adaptativa tem por características a especificidade, que discrimina diferentes tipos de entidades moleculares. Outra característica é a diversidade, pois há uma capacidade de se responder a quase todos os antígenos que possam ser encontrados, diversidade garantida por mecanismo genéticos. Além disso, possui a característica de memória, que é a capacidade de responder melhor a cada novo encontro com o elemento estranho.
Os órgãos que formam e amadurecem linfócitos são chamados de órgãos linfóides primários. Uma célula amadurecida é uma célula imunocompetente, que possui um receptor para uma estrutura estranha e que é ativado ao encontrá-la, processo dependente de uma “maturidade” bioquímica da célula. Após estar amadurecido, ele deixa o órgão linfóide primário e migra para um “depósito” de linfócitos, o órgão linfóide secundário (baço, linfonodos, tonsilas, placas de Peyer, etc). O linfócito T migra em estágio precoce para o timo, onde se transforma em timócito, amadurece, e só então migra para os órgãos secundários. Os órgãos linfóides secundários funcionam como ponto de encontro entre os linfócitos e as células apresentadorasde antígeno.
A célula B, na medula óssea, vem da célula primordial, passa por um precursor linfóide, atinge várias etapas até chegar a uma célula B madura. Cada etapa representa uma parte na montagem do receptor específico da célula B. Chegando aos órgãos secundários como célula “virgem”, ou inativa, encontrará o elemento estranho específico, e, em resposta a isso, ele é ativado. Após isso, ele aumenta de tamanho e se prolifera, formando clones exatamente iguais aos que lhes deram origem, causando uma hiperplasia no linfonodo. Uma parte dessas células se transforma em linfócitos B de memória, que permanecem nos órgãos secundários aguardando por um segundo contato com o antígeno; outra parte se transforma em célula efetora, que se diferencia em plasmócito e secreta anticorpos, produzidos pelo linfócito, ou seja, o linfócito B produz e expressa os anticorpos em sua superfície, na forma de seu receptor, enquanto o plasmócito não os expressa, apenas os elimina para o meio extracelular. Um grande grupo de células, que não se diferenciou, entra em apoptose.
Ocorrendo o segundo contato do antígeno com as células B de memória, ela se prolifera novamente, uma parte se diferenciando em plasmócito e outra parte como células de memória. Há um certo equilíbrio entre o número de células B, característica conseguida porque todas as células que não forem ativadas em algum tempo morrem, assim como as células já ativadas são mortas também. As células de memória possuem o maior tempo de vida, mas também possuem um limite de sobrevivência. Essa é a chamada homeostase das células B.
A célula T provém, também, da célula primordial na medula óssea, deixa a medula óssea e migra para o timo, transformando-se em timócito. Passa por vários estágio de maturação, transformando-se em linfócito T maduro, ou helper ou citotóxico. Quando maduro, aparece na região medular do timo. Lá, interage com as células do estroma tímico, e migra para os órgãos linfóides secundários. No timo acontece a chamada seleção tímica, que é composta de duas fases: uma seleção negativa e uma seleção positiva. A seleção positiva serve para certificar-se de que só saiam do timo as células que possuem receptores capazes de interagir com o estranho, onde esta interação resulte em ativação. Entretanto, nosso sistema imunológico deve responder apenas ao ESTRANHO, e não ao PRÓPRIO, tipo de resposta que é garantida pela seleção negativa , que mata por apoptose todas as células que estiverem respondendo a receptores próprios do organismo. Só sai do timo aquele linfócito que reconhece o próprio, mas não exibe resposta a ele, e que interaja com o estranho, aí sim sendo capaz de ser ativado.
Os linfócitos T dividem-se em T Helper (CD4) e T citotóxico (CD8), na proporção aproximada de 2:1. Eles saem do timo em sua forma madura, mas inativa, e migram para o órgão linfóide secundário, onde, ao encontrar sua estrutura estranha específica, aumentam de tamanho, proliferam clones, uma parte se transformando em célula T efetora, ou célula produtora de citocinas; outra parte se transformando em célula T de memória de vida longa; algumas ainda sofrem apoptose. O principal objetivo da vacina é produzir células T de memória.
O linfócito T Helper divide-se em três subpopulações. Dependendo da forma em que ele é estimulado a se proliferar, ele escolhe um grupo de citocinas para produzir. As população TH1, ou T Helper 1, produz citocinas que estimulam a fagocitose, a ativação de T citotóxico, e outras células do sistema imune, ou seja, estimula a imunidade celular. A população TH2, ou T Helper 2, produz citocinas que são responsáveis pela diferenciação do linfócito B em plasmócito, ou seja, são responsáveis pela imunidade humoral. A terceira população, TH3, são células regulatórias, que produzem citocinas que bloqueiam ou estimular a atividade de todas as outras células.
 Formação de Células B
De acordo com o que já foi estudado, sabemos que os linfócitos B são produzidos na medula óssea, e sofrem todo o seu processo de maturação nesse mesmo local. Ao tornarem-se imunocompetentes (capazes de reconhecer e responder a um antígeno), deixam a medula óssea e migram para os órgãos linfóides secundários. Basicamente, adquirir imunocompetência significa produzir e expressar uma imunoglobulina de superfície, o receptor para antígeno, na superfície desse linfócito B. À medida que a célula B amadurece, vai adquirindo a capacidade de produzir essa imunoglobulina, que, posteriormente, será secretada como um anticorpo pelo plasmócito
A partir de uma célula precursora da medula óssea, que pode se transformar em qualquer outro tipo de célula sangüínea, diferencia-se um precursor linfóide, que pode deixar a medula e migrar para o timo, transformando-se em célula T, ou continuar na medula, sofrendo a influência das citocinas presentes nesse meio, e continuando sua maturação
O linfócito B em sua primeira fase de maturação, a chamada fase pré-B, produz e expressa, inicialmente, apenas as cadeias pesadas µ da imunoglobulina, não sendo, assim, capaz de reconhecer um antígeno. Isso acontece porque, no genoma, o gene que codifica a produção da cadeia µ é o primeiro a ser transcrito. Com o tempo, essa célula passa a ter capacidade de produzir, também, cadeias leves κ ou λ, conseguindo, assim, montar uma imunoglobulina (Ig) de superfície completa, expressando-a em seguida, tornando-se uma célula B imatura. Dessa maneira, a primeira Ig a ser expressa completamente na superfície de uma célula B é a IgM monomérica
Continuando na medula óssea, essa célula ganha também a capacidade de produzir cadeia pesada δ, co-expressando em sua superfície as imunoglobulinas IgM e IgD, ambas com a mesma especificidade para o antígeno. Se houver algum insucesso em alguma dessas etapas descritas, essa célula sofrerá a chamada seleção negativa e será eliminada por apoptose, para que seja garantida a produção de todos os seus componentes básicos. Ao interagir com as células do estroma da medula óssea, sofrem seleção positiva, e, sendo reativas, são também eliminadas, para se evitar que o próprio seja reconhecido como nocivo. Assim, a célula B que se encontra nos órgãos linfóides secundários irá expressar essas duas imunoglobulinas de superfície, o que marca sua condição de célula naive, e estará aguardando pelo reconhecimento de seu antígeno específico
O linfócito B não necessita de processamento e apresentação do antígeno para que possa reconhecê-lo, pois ele consegue se ligar a proteínas, carboidratos ou lipídios inteiros em vários epítopos diferentes. Ao haver esse reconhecimento, a célula B é ativada, mas apenas se estiver em um meio onde estão presentes citocinas liberadas por linfócitos T Helper do tipo 2 (células Th2). É então que o linfócito B perde sua imunoglobulina IgD, para indicar que está ativada, e prolifera-se, sofrendo a chamada expansão clonal, dando origem, assim, a vários tipos celulares diferentes: Células de memória, idênticas à que lhes deu origem; Células com mudança de isótipo, que mudam sua expressão de imunoglobulina de IgM para qualquer outro isótipo, exceto IgD; Células efetoras, os plasmócitos, que secretam anticorpos; e pode, ainda, sofrer a chamada maturação de afinidade
Isso ocorre da seguinte maneira: a célula B, ao sofrer proliferação,está muito susceptível à ocorrência de pequenas mutações, como ocorre em qualquer outra célula que se divida tão rapidamente. O local com maior probabilidade de sofrer essas alterações na molécula de imunoglobulina são os genes que codificam a formação da região variável. Assim, a especificidade da célula B resultante tornar-se-á levemente diferente à daquela célula que lhe deu origem, devido a mudanças espaciais no sítio de ligação com o epítopo, influenciadas pelas mudanças genéticas, aumentando-se o repertório de antígenos reconhecidos pelo organismo
A produção de células B de memória ocorre enquanto os antígenos que estimularam a ativação de sua célula-mãe ainda estão presentes no meio. Na ocasião da ativaçãoda primeira célula B, poucas dessas células tinham especificidade para o antígeno em questão, o que resultava numa “sobra” de antígenos. Após a proliferação, entretanto, várias células idênticas passaram a poder ser ativadas por aquele mesmo antígeno, fazendo com que “sobrem” células B específicas para ele. Dessa maneira, apenas as células que possuem um receptor mais específico que o das outras conseguem interagir com o antígeno que resta. Esta é a chamada seleção dos clones com maior afinidade, terminando o processo de maturação por afinidade. Avidez é uma propriedade do anticorpo permanecer ligado ao antígeno mesmo sob condições de redução. Mede, portanto, a força com que o anticorpo se liga ao antígeno. Anticorpos que passaram pela maturação de afinidade possuem alta avidez pelo antígeno
 
O receptor das células B, BCR, é análogo ao TCR, pois ambos possuem a mesma função, que é a de reconhecer o antígeno. É composto por uma imunoglobulina de superfície com uma parte extracitoplasmática, outra intramembranosa e um pequeno ramo intracitoplasmático, estas duas últimas que são perdidas ao ser secretado o anticorpo. Ao lado da Ig de superfície do BCR existe uma pequena molécula análoga ao CD3 do TCR, formada por duas cadeias compostas de Igα e Igβ. A modificação alostérica que ocorre na molécula receptora de Ig quando da ligação com seu antígeno altera a polaridade da membrana, fazendo com que Igα/Igβ sinalizem ao interior da célula, através da ativação de uma cascata enzimática, que essa alteração aconteceu, estimulando fatores de transcrição no núcleo que levam ao aumento da síntese protéica , para que haja proliferação e produção de anticorpos
 COOPERAÇÃO ENTRE LINFÓCITOS T E B
 Quando antígenos de natureza protéica ligam-se a uma célula B, ainda é necessário ocorrer uma etapa antes que a célula possa se ativar e proliferar. Esse antígeno é, inicialmente, endocitado juntamente com as imunoglobulinas de superfície da célula ligadas a ele. A célula B irá processar esse antígeno e o apresentará ligado ao MHC de classe II para uma célula T (lembrando que este é o motivo pelo qual os linfócitos B também podem ser APC´s). A célula B, após processar e apresentar o antígeno, passa a expressar em sua superfície várias moléculas co-estimulatórias que ajudam na ativação dos linfócitos T. Primeiramente, a molécula B7 do linfócito B liga-se à molécula CD28 do linfócito T, o que, juntamente com a interação TCR-MHC II – antígeno, faz com que a célula T expresse em sua superfície um ligante para a molécula CD40 do linfócito B, completando a interação entre as duas células e ativando o linfócito T, induzindo-o a produzir citocinas que irão, conseqüentemente, permitir que a célula B que o estimulou prolifere-se, devido a receptores para citocinas presentes em sua membrana. Esses receptores foram expressos assim que houve a interação completa célula B – célula T. As citocinas envolvidas na ativação das células B são: IL-2; IL-4; IL-5 e IL-10
Toda essa interação entre linfócitos está ocorrendo no interior dos órgãos linfóides secundários. Neles, os linfócitos T são encontrados normalmente na zona paracortical, enquanto os linfócitos B estão na região do centro germinativo da zona cortical. Ao haver reconhecimento de um antígeno, ambos perdem suas moléculas de adesão que os prendem à zona específica onde são encontrados, e migram em direção ao limite entre as regiões cortical e paracortical, onde ocorre a cooperação entre as células T e B
Nesse tipo de resposta cooperativa (resposta T dependente), ainda observa-se outros fenômenos exclusivos: uma expansão clonal muito maior, com conseqüente geração mais numerosa de células de memória e células efetoras, diferentemente do que aconteceria durante o reconhecimento de um antígeno não-protéico pela célula B (resposta T independente); e o chamado switch de classe, decorrente da produção de citocinas dos linfócitos T. Se houver predominância, no meio em que a célula B se encontra, de IFN-γ (resposta Th1), haverá uma mudança de classe de imunoglobulina presente nessa célula, e passará a expressar em sua superfície a molécula IgG. Se houver predominância de IL-4 (resposta Th2), expressará IgE, enquanto em mucosas a presença de TGF-β irá estimular a diferenciação em IgA. Esse switch é necessário por causa das diferenças biológicas entre cada imunoglobulina, fazendo com que cada uma funcione melhor em uma determinada parte do corpo
Em antígenos bacterianos de natureza polissacarídica, T-independentes, tanto na resposta ao primeiro contanto quanto ao segundo existe a produção de imunoglobulinas com o mesmo isótipo, IgM. Na resposta T-dependente, ocorre, após o segundo contato, uma mudança de isótipo para aquele que melhor se adapta ao antígeno em questão
Pode-se entender melhor essas diferenças ao analisar-se duas vacinas diferentes. Primeiramente, a vacina da febre amarela, de natureza protéica (T-dependente), induz uma proteção que dura por até 10 anos, ou seja, gera célula de memória de vida longa. Na vacina da cólera, com antígeno de natureza polissacarídica, a proteção é garantida por apenas 6 meses, pois há uma menor geração de células de memória, que têm vida bem mais curta
A resposta imune gerada pelo primeiro contato ao antígeno é chamada de resposta primária. No segundo encontro com o mesmo antígeno, a resposta é chamada de secundária. A concentração de anticorpos no organismo oferece um bom meio de se traduzir a intensidade com que o antígeno conseguiu ativar as células de defesa
O período de latência (1) está compreendido entre o contato com o antígeno e a detecção dos produtos da resposta imune a ele, não havendo anticorpos sendo produzidos até então. Este período varia, na resposta primária, de 7 a 15 dias. Na fase (2), ou de crescimento exponencial do anticorpo, existe uma intensa proliferação das células B, culminando na diferenciação em células de memória ou de células produtoras de anticorpos, chegando à fase (3), em que todos os linfócitos B já foram diferenciados, cliando um platô de produção de anticorpos. Com o tempo, os plasmócitos morrem, fazendo com que a velocidade de degradação das imunoglobulinas seja maior que a de produção, explicando o declínio mostrado na parte (4) da figura
Comparando-se as respostas primária e secundária, pode-se ver que a resposta secundária é muito mais rápida e eficiente, pois em menor tempo, são produzidos mais anticorpos. Isso acontece porque existem células de memória na resposta secundária, aumentando o número de plasmócitos formados, e, conseqüentemente, de anticorpos produzidos. Até mesmo a fase de declínio na resposta secundária é mais prolongada. Na resposta primária, há presença apenas de IgM, enquanto na secundária, pode-se encontrar IgG ou outro isótipo de imunoglobulina
 LINFÓCITOS T – ATIVAÇÃO
Para um linfócito ser considerado do tipo T, algumas moléculas precisam ser caracterizadas em sua superfície. O linfócito B, por exemplo, é caracterizado como tal por possuir algumas imunoglobulinas de membrana, os anticorpos de superfície. Todo linfócito T possui uma estrutura em sua superfície chamada de TCR, composto de duas cadeias polipeptídicas ancoradas à membrana da célula, muito semelhantes às cadeias de imunoglobulina. A maioria (90%) das células T possui TCR de cadeias αβ, enquanto uma pequena parte delas possui cadeia γδ, encontrando-se esta preferencialmente nas mucosas, sendo um tipo de cadeia de especificidade restrita, ou seja, o número de antígenos que se combina com esse tipo de linfócito é muito pequeno, sendo ele o primeiro a surgir na linha evolutiva. Sua ocorrência em excesso é indicativo de doença auto-imune.
O TCR é a molécula, no linfócito T, responsável pela interação com o peptídeo antigênico associado ao MHC, e, conseqüentemente, pela distinção entre o próprio e o não-próprio. Associado a ele estão as moléculas CD4 (interage com MHC II) ou CD8 (interage com MHC I), dependendo do tipo de linfócito T. O antígeno,como já vimos, deve estar em forma fragmentada peptídica, associado ao MHC do próprio indivíduo na superfície de uma APC. Essa especicificidade com relação ao MHC próprio deve-se à seleção tímica, que faz com que os linfócitos T entrem em contato com células presentes no próprio timo.
Por estar ancorado à célula, o TCR possui uma região intracelular, outra intra-membrananosa e outra extracelular. A parte extracelular é formada pelos domínios α1, α2, β1 e β2, sendo α1 e β1 seus domínios variáveis. Seus domínios intracitoplasmáticos são muito pequenos, não conseguindo sinalizar ao interior da célula que houve a interação com o complexo MHC-Antígeno. Por isso, o TCR está sempre associado a outro conjunto de moléculas, que também são exclusivas dos linfócitos T, os chamados CD3. Usando anticorpos monoclonais anti-CD3, pode-se saber exatamente quais linfócitos são T em um determinado cultivo, enquanto ao se usar anticorpos anti-imunoglobulina, sabe-se quais deles são linfócitos B
Quando o TCR completa a interação com o peptídeo-MHC, um sinal é enviado a CD3 e a CD4/CD8 para que estes enviem mensagens enzimáticas ao interior da célula (a TRANSDUÇÃO de sinal) que culminam na ativação do linfócito T. Este é o chamado primeiro sinal de ativação. O segundo sinal de ativação provém de várias outras moléculas co-estimulatórias que atuam nesse processo, fazendo com que uma cascata enzimática seja ativada dentro do linfócito T para estimular fatores de transcrição nucleares, resultando, finalmente, na produção de citocinas e na proliferação da célula que foi ativada
A mais importante dessas interações co-estimulatórias é a que ocorre entre CD28 do linfócito T com a molécula B7 da APC previamente ativada, o que faz com que a célula expresse o receptor para interleucina-2 (conhecido como CD25), e, além disso, inicie a produção dessa citocina. A IL-2, como toda citocina, só age sobre células que estiverem expressando receptores para ela, como o linfócito T ativado. Sua ação se dá tanto de forma autócrina (sobre a mesma célula que a produziu) quanto sobre qualquer outra célula que estiver próxima. Após ser ativado pela interleucina-2, o chamado terceiro sinal de ativação, o linfócito solta-se da APC e prolifera-se. A proliferação se dá pela formação de clones de linfócitos com exatamente o mesmo TCR da célula que lhes deu origem. Deficiências na interação entre B7 e CD28, na expressão de receptores para IL-2, ou mesmo na sua produção, tornam o indivíduo incapaz de ativar seus linfócitos T, ou seja, desenvolve-se uma imunodeficiência de resposta imune celular
Essa cascata de sinais é necessária para que haja um maior controle na ativação dos linfócitos T, fato que deve ocorrer apenas quando houver muita necessidade, pois sua ativação induz a produção de uma série de citocinas, que, entre outras ações, irão estimular a fagocitose, a produção de anticorpos, a ação de linfócitos T CD8+, ou seja, uma mobilização de todo o sistema imune do indivíduo
A partir de agora essa célula T ativada não perde mais o CD25, não se caracterizando mais como célula naive ou virgem, mas ou como célula efetora ou como célula de memória. As células de memória aguardam pelo segundo contato com a Interleucina-2, quando a reconhecem e proliferam-se mais rapidamente, desenvolvendo assim uma resposte imune muito mais efetiva. As células T helper efetoras tornam-se mediadoras da comunicação celular, produzindo inúmeros tipos de citocinas, como interleucinas, fator de necrose tumoral (TNF ou interferons) e fatores de crescimento e estimulação de colônia
A mesma citocina pode atuar sobre diversos tipos celulares, o que é chamado de pleiotropismo. A IL-4, por exemplo, produzida por células T Helper ativadas, pode agir sobre linfócitos B (induzindo a produção de IgE), sobre linfócitos T helper (induzindo sua diferenciação no perfil TH2) e sobre macrófagos (inibindo a fagocitose)
Várias citocinas diferentes podem ter a mesma ação, ou seja, são redundantes entre si, sem haver potencialização da ação entre elas. Isso acontece com IL2, IL4 e IL5, que induzem proliferação de linfócitos B. Algumas citocinas aumentam a ação de outra, ocorrendo a chamada sinergia. É o caso do IFN-γ e do TNF, que, juntas, aumentam a produção de MHC classe I e melhoram a fagocitose. Pelo contrário, outras citocinas têm ação antagônica, uma inibindo a outra. Isso ocorre com o IFN-γ, que ativa mecanismos da imunidade celular (como a fagocitose) e ativa mecanismos de imunidade humoral, enquanto a IL10 realiza a ação contrária, inibindo sua opositora. Todos esse fatores diferentes das citocinas são também responsáveis pela regulação da resposta imune
A IL2 é a primeira citocina produzida pela célula T helper logo após sua ativação, sendo extremamente importante na ativação e proliferação de outros linfócitos T (aumentando produção de citocinas), B (ativando produção de anticorpos) e de células NK (aumentando sua atividade citolítica). A IL2 recombinante (Interleucina produzida exogenamente por transferência de genes a outro organismo) pode ser usada como tratamento em pacientes com neoplasias, pois ela estimula o sistema imune do indivíduo aumentando seu número de linfócitos que estiverem especificamente ativados
Após essa expansão clonal e diferenciação, os linfócitos T saem do timo como linfócitos adultos imunocompetentes e terão, geneticamente, a capacidade de sintetizar qualquer citocina, sendo chamados linfócitos Th0. Estas células efetoras, em função do microambiente em que foram formadas, escolherão apenas um grupo de citocinas que irão produzir, o que caracterizará o pefil de sua resposta imune
As células T Helper 1, que sintetizam citocinas do grupo Th1, participarão da estimulação da imunidade celular, ou seja, melhoram a fagocitose, a apresentação de antígenos, ativam macrófagos para que se tornem capazes de matar micoorganismos como Leishmania e Neisseira, ativam linfócitos T citotóxicos e linfócitos B para produzir IgG. As principais citocinas produzidas por esse perfil são o IFN-γ a IL-2 e o TNF. Esse tipo de resposta é muito eficiente na eliminação de vírus e protozoários, pois são microorganismo intracelulares
As citocinas Th2 são responsáveis pela ativação da imunidade humoral, estimulando a produção de anticorpos, especialmente IgE e IgA, ativam a produção de eosinófilos e inibem ativação de macrófagos, ou seja, possui ação antagônica às citocinas Th1. As principais citocinas desse grupo são a IL-4, IL-5 e IL-10. A predominância de um determinado tipo de resposta (Th1 ou Th2) inibe a ativação do tipo subseqüente. Esse perfil de resposta é eficiente para eliminar bactérias capsuladas extracelulares, pois existe, juntamente com a produção de anticorpos, a ativação do sistema complemento
Se, durante a diferenciação de perfil do linfócito, houver IL-4 no microambiente em que o linfócito T helper estiver reconhecendo o antígeno, haverá um desvio de sua formação para o perfil Th2. Esta IL-4 pode provir de uma prévia resposta Th2 em que houve produção dessa interleucina, ou mesmo de mastócitos. A presença de IL-12, entretanto, desvia a formação de linfócitos para o perfil Th1
A Leishmania, por exemplo, é um protozoário intracelular que necessita de macrófagos hiperativados, produtores de óxido nítrico e ânion superóxido, para ser eliminada. Em pacientes contaminados por esse parasito que apresentem perfil de resposta Th1, espera-se que este indívuo esteja caminhando para a resolução dessa infecção. Pacientes cronicamente infectados, entretanto, tiveram um perfil Th2 de resposta ao encontrar tal protozoário, induzindo uma resposta errônea que não se mostra eficiente em eliminar o patógeno. O mesmo acontece na hanseníase, hepatite e HIV
Alguns indivíduos apresentam expressão exacerbada do perfil Th2, produzindo IL-4 e IgE, fazendo com que, sob qualquer exposição antigênica, seu perfil de resposta T Helper 2 entre em ação, não importando qual seja o tipo de antígeno
Assim, pode-se ver que toda resposta imune depende da apresentação do antígeno mediadapelo sistema inespecífico. Se o antígeno for “recepcionado” por macrófagos ou células NK, haverá produção de IL-12 e IFN-γ, desviando a resposta para o perfil Th1. Se houver mastócitos produtores de IL-4, entretanto, há um desvio para o perfil Th2
Células regulatórias seriam as células T Helper CD4 que foram previamente ativadas, ou seja, que possuíam o marcador CD25. Alguns autores denominam essa célula de Th3. Sua função é produzir citocinas que inibem a ativação e a função de células T. Nos últimos anos, têm surgido trabalhos que dividem as células em regulatórias naturais, as CD4+, e o grupo Th3 CD25+. A T Regulatória natural já sai do timo produzindo citocinas supressoras, sem que haja necessidade de reconhecer seu antígeno para isso. Ela é importante na tolerância ao próprio, ou inibição da auto-imunidade. O outro tipo de célula é gerado toda vez que ocorre ativação celular. As citocinas produzidas são principalmente IL-10 e TGF-β. Ao final de uma infecção, ambas estas citocinas são produzidas, para conter a ativação da resposta imune
 ÓRGÃOS LINFÓIDES
O que a gente chama sistema imunológico na verdade não é um sistema isolado. Na verdade é um conjunto de pesquisas de órgãos que muitas vezes permeiam outros sistemas, e que juntos coletam as células que estão interligadas pela rede linfática permitindo o movimento continuo de células, então o que a gente chama de sistema imunológico na verdade seria essa coletânea de tecidos que estão distribuídos de forma difusa ou podem estar como um órgão revestido por uma cápsula.Então nos vamos ter um conjunto de tecido linfóide distribuído principalmente abaixo da mucosa .A organização mais feliz desse tecido linfóide é uma organização folicular onde essas células compreendem a forma de folículo, porem podemos ter coleções desse folículos revestidos por uma mucosa , aí teremos tonsilas,placas de peyer,apêndice vermiforme, ou eu posso ter todo esse tecido linfóide delimitado por cápsula formando um órgão linfóide , como um linfonodo e assim por diante.
Os linfócitos T e B são células da resistência específica .Durante a formação do embrião a função de maturar essas células do sistema imune ela é inicialmente responsabilidade do timo no primeiro período de gestação durante algum tempo depois que o fígado fetal forma também mas ao nascimento nos vamos ter que essa função é da medula óssea que inicialmente nas crianças todos os ossos vão ter tecido tronco hematopoetico mas no adulto principalmente vértebras da costela em volta do fêmur. Essa medula óssea que já vimos na aula passada , vão ser precursores de tecido hematopetico e principalmente de precursores linfóides e precursores de linfócitos B e T. Como ela é um órgão formador de células ela vai ser enquadrada dentro de uma classificação de ógãos linfóides primários, então na criança esse lugar seria ocupado no fígado fetal, no adulto seria ocupado pela medula óssea como formador de linfócitos B e precursor linfóide .Para a formação do linfócito T nos precisamos do precursor linfóide que ta na medula óssea como prescisamos tb que passe pelo estagio de maturação no timo. Por isso medula óssea e timo são considerados órgãos linfóides primários formadores de linfócitos , nos vamos ver que possui todo ambiente preparado para o amadurecimento e para geração de imunocompetência. Os órgãos linfóides secundários seriam aqueles onde as células já maduras vão se instalar e esses tem um conjunto de todos os tecidos linfóides que estão dispersos pelo organismo, seriam principalmente esse órgãos vasos linfonodos mas tb aglomerados de folículos como tonsilas placas de peyer , apêndice vermiforme e todo tecido difuso abaixo da mucosa,nesse caso o orgão linfóide secundário não tem a função de formar o linfócito , os linfócitos que vão para esses órgãos já estão maduros , eles vão ter a função simplesmente de abrigar essas células assim como outras células como macrófagos e cel dentriticas para propiciar o ambiente adequado para o encontro desse linfócitos com o organismo estranho .
Vamos começar falando da medula óssea , o tecido hematopoetico é o centro do sistema imunológico , nos já falamos que na criança todos os ossos vão conter esse tecido hematopoetico mas aos poucos vão perdendo essa função e sendo substituído por tecido gorduroso .Com o tempo o tec hematopoetco vai se acumulando no fêmur , no esterno, nos ossos da bacia e no quadril e no idoso esses ossos vão diminuindo seu potencial formador de células .Na medula óssea nos vamos encontrar cel primitivas , cel precursoras e tb cel primitivas que se diferenciaram em precursores linfóides .Esses grupos de cel podem deixar a medula óssea ou podem permanecer na medula óssea .O grupo de cel que permanecer na medula óssea vão começar seu processo de maturação da região cortical próxima ao endosteo e maturando em direção a região medular , não é um órgão que tenha finalidade de promover encontro de cel maduras com elemento estranho então não há o fluxo de linfa para dentro da medula óssea ,não tem vaso linfático aferente chegando na medula óssea .Quanto a nutrição ela é feita por capilares sinusóides que são envolvidos mais ou menos 4 camadas de conjunto de membrana basal e epitélio impedindo que macromoléculas e elementos estranhos saiam da circulação e penetrem nesse microambiente .Por que? Porque nesse microambiente tem cel. que não são maduras que não estão preparadas ainda pra resposta, então elas não são capazes de responder e quando se encontram com elementos estranhos podem prejudicar a sua maturação.Então é um ambiente resguardado da entrada desses elementos estranhos.Nesse ambiente elas vão interagir com macrófagos,cel. reticulares, com fibras do estroma que vão recebendo estimulo para maturar .Essas interações com as cel que compõe o estroma vão fornecer o estimo necessário para que a cel. se mature até linfócito B .
O seu amadurecimento faz bioquimicamente ser sintetizado pelo seu receptor que é uma molécula protéica , esse receptor vai sendo gradativamente formado qd ele está completo e maduro ele cai na circulação e deixa a medula óssea indo para os órgãos linfóides secundários. Bom a medula óssea então ela é um órgão maturador de linfócitos B e um órgão formador de precursores linfóides. O linfócito B maduro com o seu receptor na superfície é uma célula imunocompetente , então ele deixa a medula óssea e vai pro órgão linfóide secundário. Mas por que que eles chamam linfócitos B? Bom essa função da medula óssea ela foi inicialmente estudada num ógão de uma ave chamada bursa de fabricius e é um órgão formador de linfócitos B e fica na cloaca e esse órgão e as células que foram ali encontradas deram então o nome de linfócito B e no homem análogo a bolsa de fabricius é a medula óssea. Então o processo de linfócito B, ele é todo resolvido na medula óssea que é essa célula adulta que deixa a medula óssea e vai habitar o órgão linfóide secundário. Nos órgãos linfóides secundários vai acontecer aquilo que a gente viu na aula passadaque é a ativação e a proliferação dos linfócitos. Nós medula óssea há proliferação mediados tanto pelo contato quanto pelas citocinas que precursores do linfóide proliferem. Só que essa proliferação que acontece no órgão linfóide primário ela não depende da entrada do elemento estranho, ela é uma proliferação estimulada pelo ambiente ali no órgão porpício para gerar um repertório de células no indivíduo adulto. È um processo fisiológico que envolve a maturação, no órgão linfóide secundário nos vamos ter a proliferação mas essa proliferação é em função do reconhecimento e da ativação daquele linfócito.Um outro órgão linfóide primario é o timo, ele se localiza atrás do esterno , tem dois lóbulos incompletos, a sua cápsula do conjuntivo e é um órgão formador de linfócitos T, mas os precursores linfóides que vão dar origem aos linfócitos T vieram da medula óssea, do saco vitelino e do fígado fetal. Ao nascimento quase todos os linfócitos T daquele indivíduo já vão estar formados ematurados, então mais ou menos pela terceira ou quarta semana de gestação se desprende uma bolsinha de tecido epitelial do 3ª e 4ª arco branquial e essa bolsinha epitelial vai ser o futuro timo e esse é o sinal para precursores linfóides do saco vitelinico, fígado fetal ou depois da medula óssea migre para o timo. Não tem vaso linfático no timo, então eles vão chegar via circulação sanguínea e nesse tecido tímico eles vão sofrer maturação e essas células chegando no timo são chamadas timócitos e o timo portanto possui maior atividade da fase embrionária ao nascimento até a puberdade. A relação entre o peso do timo e o peso corporal ela é significativa ao nascimento, então o timo na criança vai ser proporcionalmente maio na criança do que no adulto. Até a puberdade esse timo continua muito ativo, depois da puberdade ele gradativamente involue, não é que ele deixa de funcionar após os 12 anos, ele gradativamente vai perdendo a sua função, o tecido formador de linfócitos vai substituído por tecido conjuntivo fibroso e no idoso há somente um resquício do timo. Existe no peritônio um encontro de um aglomerado de células primitivas e de maturação de células linfóides que se tornam produtores de linfócitos T em indivíduos adultos., mas a maioria dos nossos linfócitos T vão ser formados na infância até mais ou menos a puberdade O timo tem uma histologia característica, uma região mais corada que é a cortical e na região mais clara que é a medular a gente vai encontrar o corpúsculo de hassal. Osprecursores linfóides saem da medula óssea, do fígado fetal, saco viteliníco e vão para o timo sendo chamados de timócitos e elas tendem a se situar na região cortical, por isso que na criança a região cortical é bem desenvolvida, além dos timócitos nós vamos ter células epiteliais corticais, células epiteliais medulares, células dendríticas, macrófagos e a interação entre o timócitos e essas células epiteliais principalmente é que vão juntamente com os produtos ali do timo é que vão estimular a maturação desses linfócitos e a medida que els vão maturando els vão direcionanado para a região medular.por onde eles deixam o timo quando maduros. No timo os linfócitos já saem pré- selecionados adquirindo receptores como os linfócitos B adquiriram os receptores específicos então essa maturação faz parte da aquisição de receptor, ele também vai adquirir o aparato bioquímico e moléculas que vão identificar ele ou com linfócito T helper ou como linfócito T citotóxicoe isso acontece no timo e inicialmente ele não decici se vai ser helper ou citotóxico, a medida que vai amadurecendo ele escolhe um aparato bioquímico para isso e sai do timo ou T helper ou T citotóxico. E aqui aquelas células que não conseguem amadurecer, que não conseguem sintetizar o receptor para conhecer o antígeno são eliminadas por apoptose. Essas células que são eliminadas por apoptosevão ser descartadas formando o corpúsculo de hassal. É importante para esse amadurecimento e para essa definição se ele vai ser T citotóxico ou helper é a geração dessas células epiteliais, então esses timócitos ficam alinhados por esses prolongamentos dessas células epiteliais tímicas do córtex e essas interações juntamente com os produtos produzidos no timo é que fornecem o estímulo de amadurecimento. E quais são os produtos são os produtos solúveis no timo? Na medula óssea a gente tinha falado as citocina IL3 e IL7 e no timo hormônios como a timopoetina que é um hormônio que estimula a multiplicação, a proliferação desses linfócitos. Como na medula óssea possuem o tecido possue 4 camadas impedindo que antígenos penetrem no tecido tímico porque é um órgão formador, no ambiente existem ainda células imaturas e se tiverem contato com o antígeno podem prejudicar a produção de linfócitos. Não tem linfático chegando porque o objetivo não é propiciar o encontro com o organismo estranho. As células epiteliais corticais e células epitelias medulares que produzem o hormônio responsável pela maturação. O marcador CD4 indica o linfócito helper e o marcador CD8 se for um linfócito citotóxico. Os linfócitos maduros vão via circulação sanguínea para o órgão linfóide secundário. 
O baço é um órgão linfóide secundário e é um conglomerado de tecido linfóide que vai ter como objetivo filtrar o sangue circulante, então então tem linfático aferente chegando, nós temos um hilo por vai sair o linfático eferente e filtrar artérias e veias que são responsáveis pela nutrição do baço. O baço dois tipos de tecidos, a polpa branca e a polpa vermelha, mas o que mais nos interessa é a polpa branca do baço que é o tecido linfóide. Para o sistema imunológico o baço tem a função de filtrar os possíveis agentes estranhos que penetrem o hospedeiro via circulação sanguínea. Nessa polpa branca nós vamos encontrar sempre linfócitos maduros e essa polpa branca pode ter dois arranjos histológicos bem característicos, um que reveste a artríola que invade os tecidos no estroma do baço e esse revestimento da arteríola como bainha periarteríolar e é um sítio preferencial de linfócitos T, mas pode ter macrófagos, pode ter linfócitos B, mas há um predomínio de linfócitos T. E ao lado da bainha periarteriolar nós vamos ter os folículos linfóides que são sítios de predomínios de linfócitos T. O folículo linfóide pode ser de dois tipos: folículo linfóide primário ou folículo linfóide secundário. O folículo linfóide primário é onde possui a mesma densidade celular. O folículo linfóide secundário é onde a zona medular, aonde ele é mais claro, então a gente chama isso de centro germinativo. Então o que quer dizer isso? Vocês viram que quando o linfócito T ou linfócito B vai ser ativado ele aumenta de tamanho e prolifera. Quando ele aumenta de tamanho o citoplasma dele passa a existir, antes quase não tem, e aí fica uma região mais clara no citoplasma em volta do núcleo. Então o centro germinativo é o folículo linfóide onde o elemento estranho penetrou e que esses linfócitos foram estimulados a proliferar formando no centro células se poliferando. 
Os linfonodos é outro órgão linfóide secundário são estações de filtração da linfa, que podem ter tamanho variáveldesde a o tamanho da cabeça de um alfinete até um caroço de um pêssego por exemplo. Então o tamanho pode variar. E normalmente eles estão imersos em tecidos conjuntivos e dificilmente estão isolados. Aí eles vão obter cadeias que são mais características,mas eles podem estar dispersos em todo o organismo.Quer dizer que existe só esses linfonodos dessas cadeias que conhecemos ? Não, existem muitos que estão dispersos no tecido conjuntivo e por não ficarem em cadeias não ficam palpáveis a infecção e nós nem tomamos conhecimento da existência deles.O linfonodo durante o processo infeccioso ele aumenta de tamanho , hiperplasia .Essa hiperplasia de linfonodo que é devida ao aumento do numero de linfócitos maduros(faz com que se torne palpável na superfície).E essa proliferação é justamente a função do órgão linfóide secundário que é de manter esse ambiente pra que a cel encontre o agente estranho e sofra essa proliferação.Todo linfonodo grande ou pequeno pode ser de tenacidade de regiões.Como ele é uma estação de filtração da linfa eu vou ter sempre linfático chegando aferente, e cápsula de tecido conjuntivo, região abaixo da cápsula, que essa linfa cai e é retida inicialmente que nós chamamos de tecido capsular, dpois nós vamos ter uma região marginal ou cortical e uma régio medular, e a região cortical é a região onde eu vou ter folículos linfóides e eu vou ter uma região de transição entre o cortical e o medular chamado de paracortical. O folículo linfóide vai ter uma região predominantemente de linfócitos B e a paracortical de linfócitos T. Esse folículo linfóide pode ser primário ou secundário, primário se ele nunca foi estimulado, um recém –nato que nunca sofreu uma infecção ele vai estar cheio de centro germinativo mas como nunca sofreu uma infecção, os folículos linfóides não vão ter folículos germinativos, vão ser densos e escuros. Um nati-morto que sofreuuma infecção intra-uerina ele vai ter centro germinativo claro que é o folículo linfóide secundário, característico de proliferação de células de produção de blastos ali no local. O sentido da linfa é do centro capsular para o medular, e nesse sentido ela vai atravessando essa malha de tecido linfóide e aí tudo que a linfa fica coletando nos tecidos vai ficar retido no linfonodo. Eu tenho ?, eu tenho macrófagos, tenho outras células que vão interagir com isso estimulando os linfócitos aponucleares, se aqui houver linfócitos específicos. As células T ou B, uma vez formadas elas se dirigem para a região medular, ficam em cordões no seio medular e ficam produzindo anticorpos e citocinas que caem via vaso linfático eferente. Os linfócitos podem deixar o linfonodo para fazer uma ronda pelo nosso organismo e eles saem pelo linfonodo também pelos vasos linfáticos eferentes mas eles chegam sempre via circulação sanguínea. A medida que vai sendo estimulado, o centro germinativo fica mais claro, e o centro germinativo sempre vai estar imerso no tecido conjuntivo. A região mais clara é a de proliferação. E aqui eu tenho uma região chamada de zona da manta que é a região de predomínio de linfócito B jovem. Os linfócitos B ou T, quando nunca foram estimulados são chamados de naives, ou linfócitos T e B virgem que é a mesma coisa. Esses linfócitos aqui na zona da manta foi os que não foram estimulados, no centro eu tenho os que foram estimulados.
Os linfócitos efetores ou maduro, eles caem no linfonodo via linfático eferente, quando eles saem para passear .Esse linfócito que cai na linfa ele vai sendo coletado em tubulo maior .Eles saem pelo linfático , vcs estão lembrados que no linfático começa em um fundo de saco reconhecendo a linfa no tecido conjuntivo , com o resto de liquido que extravasa ? que não conseguiu retornar para a vênula .Então é um liquido que vai estar rico em dentritos e elementos estranhos que por acaso penetrem no indivíduo , e aí essa linfa vai sendo recolhida cada vez em fluxos maiores .
 ? caírem do linfonodo via circulação linfática eles tb vão sendo recolhidos e conseqüentemente vão sendo drenados por outros linfonodos das cadeias próximas ? em troncos maiores e aí ele tende a retornar pela sanguínea .O membros inferiores , o membros superior esquerdo e a parte esquerda da cabeça é tudo drenado pelo tronco do ducto toráxico que começa ? e depois ele vai desemboca na subclavia esquerda ( onde retorna a circulação sanguínea )
E aí esse linfócito tende a retornar para o tecido ondeele reside .Porque?já ouviram falar de de moléculas de adesão ?As cel elas conseguem atravessar o endotélio do vaso e conseguem se situar preferencialmente na quele tecido porque ela encontra, ou no endotélio na região que ele tem que atravessar ou no tecido onde ela tende a se fixar, ganchos para que ela possa aderir, que são as chamadas moléculas de adesão. Então, os linfócitos ou os macrófagos que tem que atravessar algum tecido, moléculas complementares que aqueles locais estão exibindo, e vai reter ele naquele local e vai permitir que ele atravesse, ?ali, naquele local onde está secretando moléculas de adesão .Existe um grupo de moléculas que dizem ao linfócito onde é o sitio de ligação dele.Por isso que o linfócito do trato gástrico intestinal circula o organismo mas acaba parando mas acaba parando de tempos em tempos no trato gástrico intestinal porque existe moléculas de adesão que dizem pra ele sair da circulação e entrar novamente no tecido linfóide e isso ela faz porque no tecido linfóide mais precisamente na venola pos-capilar existe um endotélio mais alto que agente chama de ? 	.Então o endotélio alto é rico em moléculas de adesão, nesses detectores ? . Em uma reação inflamatória as citocininas vão transformar plano em alto , então na inflamação moléculas vão aderir e entrar pois eu tenho moléc de adesão.
Então:O linfócito sai pelo linfático eferente ,circulo pela linfa,caiu na circulação sanguínea de linfonodo em linfonodo, até ele encontrar moléculas que ele reconheça , então ele é retido e entra nesse endotélio e cai no tecido linfóide novamente e aí pode ficar um tempo ou sair circulando pelo linfático eferente.
Vamos começar pelo apêndice vermiforme. Não existe tecido linfóide no apêndice vermiforme, o que existe é um aglomerado de tecido linfóide apenas no apêndice fetal. É uma projeção pequena de tecido linfóide, que se nós analisarmos histologicamente, o apêndice, nos vamos ver que ele é repleto de folículo linfóide, com varias projeções da mucosa formando vilosidades e estes tecidos linfóides estão estrategicamente posicionados na camada linfóide, porque o objetivo disso é que os elementos estranhos fiquem retidos nessa rede linfática e com isso fiquem impossibilitados em entrar em contato com as células ali presentes na mucosa, como o intestino grosso não possui folículos linfóides, esse é o único mecanismo de proteção, e só pode ser retirado se tiver mesmo muita necessidade. No intestino delgado já tem varias coleções de folículos linfóides chamados de Placa de Peyer, que é uma coleção de 10 a 20 folículos que também ficam abaixo da mucosa e nesses foliculos vão ter predomínio de linfócito B e no tecido interfolicular vai haver o predomínio de linfócito T. Em todo o intestino delgado há mais ou menos 100 Placas de Peyer, que são ricos em tecidos linfóides. Além das Placas de Peyer no intestino delgado e o apêndice vermiforme no intestino grosso, nos vamos ter uma aglomerado de tecido linfóide localizado na orofaringe que representa um anel que tem o objetivo de barrar uma possível entrada de um agente estranho por essa porta de entrada. Esse anel é conhecido como Anel de Waldeyer, que é composto pela tonsila faríngea, por mais ou menos 100 a 200 folículos que compõe a tonsila lingual, pela tonsila palatina, pela tonsila tubária e também pelos linfonodos que saem dessas tonsilas, e essa rede de tonsilas mais os vasos linfáticos é chamado de Anel de Waldeyer. A proliferação dessas tonsilas pode ocasionar a amidalite ou a adenóide. Esse tecido só vai ser retirado se estiver realmente atrapalhando o paciente, interferindo na respiração, ao contrário, não deve ser retirado. Abaixo dessa mucosa encontramos pequenas coleções dos tecidos linfóides, predomínios de linfócito B na área interfolicular.
 IMUNOGLOBULINAS 
- Glicoproteínas produzidas em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos. Anticorpo = imunoglobulina (Ig).
- Globulinas com propriedades imunes (''imuno'').
- Principais mediadores da imunidade humoral.
- Especificidade.
- Temos a imunidade humoral e a imunidade celular.
- Determinante antigênico = ''lugarzinho'' onde o anticorpo vai se ligar.
- A grande maioria das imunoglobulinas estão na fração das chamadas ''gama-globulinas''.
- Encontradas no sangue circulante, linfa, secreções e líquidos intersticiais.
-Tem a característica de se ligar especificamente ao antígeno, é uma molécula de reconhecimento antigênico.
-Presença de uma subunidade globosa que é chamada de domínio.
-TCR e MHC não são imunoglobulinas mas fazem parte da família.
-Imunoglobulinas produzidas por LB; secretadas por plasmócitos.
-Formas:
 -- Conectadas à membrana na superfície de LB --> receptores de 
 antígenos.
 -- Secretadas (circulação, tecidos, secreções mucosas): eliminação dos 
 antígenos impedir a entrada e disseminação de patógenos.
- Estrutura básica simétrica --> 2 cadeias polipeptídicas pesadas idênticas; 2 cadeias leves idênticas.
- Estrutura básica 
 -- Unidades repetidas.
 -- 110 AA.
 -- Se dobram em forma globular.
 -- Pontes dissulfídicas --> domínio.
- Região variável --> composta por um domínio da cadeia pesada e um domínio da cadeia leve.
- Região aminoterminal é a região terminal onde acontece a variabilidade.

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