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Fabiana Schmitt Corrêa
Especialista em Educação Especial na Área de Surdez
Língua Brasileira de sinais - Libras
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PROCEDIMENTO METODOLOGICO
Discussão e debates
Aulas expositivas e dialogadas
Dinâmicas
Dramatização
Apresentação em equipes
Vídeo em Libras
Provas
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DEFINIÇÃO DE SURDEZ E DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
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 Decreto Federal nº 5626/2005, Art, 2º, Parágrafo único 
 Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que compreende e interage com o mundo por
meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras. 
Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz
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CLASSIFICAÇÃO DA SURDEZ 
 Perdas auditivas condutivas é aquela que afeta o ouvido externo ou médio e acontece quando as ondas sonoras não são bem conduzidas para o ouvido interno.
Entre as causas estão: - Excesso de cera no ouvido. - Catarro no ouvido (Otite Secretora ou Otite Serosa) - Infecções agudas do ouvido.(Otite Média Aguda) - Perfuração Timpânica - Infecções Crônicas do Ouvido (Otite média Crônica) - Doenças que provoquem a imobilização de um ou mais ossinhos do ouvido. - Tumores do ouvido externo e médio. Normalmente os problemas de surdez de condução podem ser resolvidos por tratamento médico (remédios) ou por cirurgia. 
 
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Perdas auditivas neuro-sensoriais é aquela que ocorre quando a cóclea que é o órgão interno da audição não consegue transformar a energia mecânica da vibração que o som produz em energia elétrica para transmiti-la ao cérebro que irá entender o som.
Existem muitas causas da surdez do nervo. Duas das mais comuns são: -Exposição à ruído de alta intensidade ou sons altos. -Presbiacusia (surdez pela idade) Outras causas incluem: -Viroses (rubéola, caxumba) -Meningite -Uso de certos medicamentos ou drogas -Propensão familiar (hereditárias) -Traumas na cabeça -Defeitos congênitos -Problemas metabólicos (diabete por exemplo) -Tumores
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O APARELHO AUDITIVO
O aparelho auditivo eletrônico é um mini-amplificador que tem como função conduzir o som à orelha do indivíduo, coletando e transmitindo a onda sonora, adicionando energia necessária, e evitando a dispersão do som, com a menor distorção possível. 
Seu objetivo é aproveitar a audição residual de modo efetivo, através da amplificação. 
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TIPOS DE APARELHOS
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IMPLANTE COCLEAR
O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral.
O implante coclear consiste em dois tipos de componentes, interno e externo.
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1. microfone; 2.cabo do processador de voz; 3. processador de voz; 4. implante; 5. eletrodo e 6 nervo auditivo.
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Os materiais presentes no IC são capazes de ativar o sistema de detectores de metais. Assim sendo, o usuário deve apresentar a carteira de identificação do Implante Coclear .
A utilização de ultrasom terapêutico está contra-indicada (proibida) em regiões próximas ao Implante Coclear. 
Está proibido aos usuários de Implante Coclear a realização da ressonância magnética. 
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FATORES DE RISCO PARA A SURDEZ DO BEBÊ
HISTÓRIA FAMILIAR - ter outros casos de surdez na família
 
INFECÇÃO INTRA-UTERINA - provocada por rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose
MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS - uso de antibióticos que podem afetar o ouvido interno 
MENINGITE BACTERIANA – a maior causa de surdez
OTITES – infecção no ouvido sem tratamento
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FATORES DE RISCO PARA A SURDEZ DO ADULTO
Uso continuado de aparelhos com fone de ouvido;
Trabalho em ambiente de alto nível de pressão sonora;
Infecção de ouvido constante e acidentes
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Libras? 
Que língua é essa?
Libras? 
Que língua é essa?
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A língua de sinais é uma língua de modalidade visuoespacial utilizada pela comunidade surda. No Brasil, a Língua de Sinais Brasileira é reconhecida legalmente como estatuto linguístico, registrado como língua natural dos surdos, pela Lei nº 10.346, de 24 de abril de 2002 (Brasil, 2002)
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Ainda existem ideias equivocadas em relação à língua de sinais, embora várias pesquisas realizadas em diversos países as tenham desmistificado. Uma dessas pesquisas foi realizada por Quadros e Karnopp (2004), que especificam alguns mitos em relação à língua de sinais. 
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Mito 1 - A língua de sinais consiste em uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos
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Mito 2 - A língua de sinais é universal.
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A língua de sinais é um sistema de comunicação artificial, com conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e linguisticamente inferior ao sistema de comunicação oral.
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Outros mitos relacionados a Língua de sinais e as pessoas com surdez
A língua de sinais é o português feito com as mãos e os sinais substituem as palavras faladas;
É um conjunto de gestos que interpreta a línguas orais;
Todos os surdos fazem leitura labial;
Os surdos são mudos.
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Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.
	
O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas línguas de sinais.
	
O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial. 
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Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua. 
Verde:
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SINAIS
Os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos. Nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes parâmetros que formarão os sinais: 
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CONFIGURAÇÃO DE MÃO
São formas das mãos que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros ou esquerda para os canhotos), ou pelas duas mãos.
Os sinais DESCULPAR e IDADE, por exemplo, possuem a mesma configuração de mão (com a letra y). A diferença é que cada uma é produzida em um ponto diferente no corpo. 
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Um sinal com uma configuração: PROFESSOR, AMARELO
Um sinal com duas mãos usando a mesma configuração: TRABALHAR, BRINCAR
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Um sinal com duas mãos usando duas configurações diferentes: VERDE, FALTAR
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PONTO DE ARTICULAÇÃO
É o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja, local onde é feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro. 
Espaço neutro sinal FAMÍLIA
Na cabeça sinal VER
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MOVIMENTO
Os sinais podem ter um movimento ou não. 
Pensar 
Diariamente 
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ORIENTAÇÃO/DIREÇÃO
Os sinais têm uma direção de palma.
Pedra 
Prata
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EXPRESSÃO FACIAIS E COPORAIS
As expressões faciais / corporais são de fundamental importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de Sinais é feita pela expressão facial. 
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GÊNERO MASCULINO E FEMININO
Os nomes não apresentam flexão de gênero na LIBRAS.
A indicação de sexo é feita acrescentando-se o sinal HOMEM/MULHER, para pessoas e animais. 
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Tempo verbais
O tempo é expresso através de locativos temporais apresentando entre si relações espaciais.
O presente (hoje, agora) é representado pelo plano vertical em frente do corpo.
O futuro próximo (amanhã) é indicado po um curto movimento direcionado para frente.
O futuro muito distante (daqui a muito tempo) é indicado por um amplo
movimento que se afasta do corpo para frente.
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O passado (ontem) é representado por um movimento sobre o ombro que deve atingir o espaço anterior ao ouvido.
O passado distante (há muito tempo) é indicado por um logo movimento que se amplia além das costas. 
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REFERENCIAS
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/.../decreto/d5626.htm>. Acesso em 20 abr. 2013.
______. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>. Acesso em 20 abr. 2013.
FERREIRA-BRITO, Lucinda. Por uma gramática línguas de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.
GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
QUADROS, Ronice Müller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre : Artmed, 2004

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