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Simulado 2ºdia

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Prévia do material em texto

“A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las”
Aristóteles
2012
Simulado
(19) 3251-1012
www.elitecampinas.com.br
Nome:
Turma:
08 de setembro de 2012
Instruções
somente
�
�
�
�
�
�
�
�
�
Só abra este caderno quando o fiscal autorizar.
Em cada teste, há 5 alternativas, sendo correta apenas uma
Preencha completamente o alvéolo na folha óptica de respostas, utilizando necessariamente
caneta esferográfica (azul ou preta).
Não deixe questões em branco na folha óptica de respostas.
Duração da prova: cinco horas e trinta minutos. O candidato deve controlar o tempo disponível.
Não haverá tempo adicional para transcrição de gabarito para a folha óptica de respostas
No final da prova, poderá ser levado este caderno de questões.
Aprova consta de 90 questões.
Verifique se sua prova está completa. Caso encontre algum problema, comunique ao fiscal para
que ele tome a devida providência.
“A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las”
Aristóteles
Nome:
Simulado
ENEM
CICLO 09
08 de Setembro de 2012
Turma:
 www.elitecampinas.com.br
 
 2012 
 
24 
 
01 
02 
03 
04 
05 
06 
07 
08 
09 
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25 
26 
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28 
29 
30 
31 
32 
33 
34 
 
 www.elitecampinas.com.br
 
 2012 
 
1 
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
 
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos 
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua 
portuguesa sobre o tema O JOVEM E A POLÍTICA NO 
SÉCULO XXI, apresentando proposta de conscientização social 
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista. 
 
Jovens picham placas de candidatos na Agamenon 
Magalhães
 
 Um protesto pacífico que nasceu da mobilização de jovens em 
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, chegou ao Recife e já é 
sucesso nas redes sociais. "Você suja minha cidade, eu sujo sua 
cara" é uma resposta de cidadãos indignados com o excesso de 
propagandas eleitorais nas calçadas. Com os rostos cobertos e 
trajando calcinha, meia arrastão e uma blusa com a frase "voto 
obrigatório não", duas mulheres picharam dezenas de placas de 
anúncios políticos na Avenida Agamenon Magalhães, um dos 
principais corredores de tráfego da capital nesta terça-feira (28). 
A ação foi gravada e publicada no Youtube nesta quarta (29). 
 
(disponível em http://www.diariodepernambuco.com.br) 
 
 
(disponível em 
http://nomnomnoom.wordpress.com/2011/10/31/a-escoria-
politica-que-domina-o-nosso-pais/) 
 
Manifesto político: por uma revolução politizada dos jovens 
brasileiros 
 
 (...) Depois da ditadura militar, em 1992 os jovens estudantes 
retornaram às ruas, agora de "caras-pintadas". Mas veja a 
fragilidade do movimento e do caráter tópico, sem maiores 
consequências no cenário do futuro. A UNE e a UBES (União 
Brasileira de Estudantes Secundaristas) saíram às ruas à frente 
das passeatas e comícios. No entanto, parte dessa mobilização 
deveu-se à transmissão da minissérie Anos Rebeldes pela rede 
Globo de televisão, que tratava justamente do regime militar, 
enfatizando o papel dos jovens na resistência à ditadura. Não foi 
pela nossa cultura politizada. Uma prova da influência da TV nas 
manifestações de 92 estava no fato de que as músicas cantadas 
pelos estudantes nas ruas eram as mesmas dos anos 60, 
incluídas na trilha sonora da minissérie. De fato, pouco após o 
final da novelinha e o afastamento do presidente Collor pelo 
impeachment, o movimento estudantil retornou ao imobilismo em 
que vinha desde a década anterior. Os caras-pintadas só 
queriam a queda do presidente. Foi um movimento que se 
extinguiu em si mesmo depois de atingir seu objetivo. E de lá 
para cá, tudo só tem piorado no comportamento desses jovens: 
de jovens rebeldes politizados se tornaram uns "rebeldes 
despolitizados" que manifestam essa rebeldia-infantilizada 
elegendo o jogador Romário e o palhaço Tiririca para o 
Congresso Nacional. 
 
(disponível em 
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2815274) 
 
Jovens e conservadores: alguma coisa está fora do lugar 
 Preconceito contra nordestinos, preconceito contra pobres, 
criminalização verbal de mulheres que fazem aborto, homofobia. 
Nenhum desses exemplos trata de casos isolados, mas de 
situações recorrentes que vêm acontecendo no Brasil. Elegemos 
um governo à esquerda, mas vivemos em uma sociedade que 
ainda tem arraigados profundos valores conservadores. 
Não sei até que ponto esse preconceito – de gerar uma opinião 
sem refletir, de agredir o outro sem motivo – é restrito a uma 
minoria. Vejo ainda em muita gente essa visão deturpada do ser 
humano. Ela é passada de geração a geração, em comentários, 
atitudes, piadas, imagens, símbolos. Alguns tentam esconder, 
pelo menos se esforçam para não exercerem sua discriminação. 
Já é um começo quando o sujeito reconhece o preconceito 
herdado e tenta lutar contra ele. 
Mas outros escancaram ou simplesmente não disfarçam. Os 
mais ousados xingam, humilham, batem. Os mais tímidos fazem 
cara feia, atravessam a rua, reclamam baixinho. Mensagens 
ofendem nordestinos nas redes sociais. Jovens de classe média 
agridem gays em São Paulo. 
(disponível em 
http://somosandando.wordpress.com/2010/11/17/jovens-e-
conservadores-alguma-coisa-esta-fora-do-lugar/) 
 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 
 
Questões de 1 a 45 
 
TEXTO PARA AS QUESTÕES 1, 2 E 3 
 
 Brazil's Ridiculous $80,000 Jeep Grand Cherokee 
 
 
 
 The 2012 Jeep Grand Cherokee is viewed on the floor of the 
New York International Auto Show. Brazilians love this car so 
much they are willing to pay over 80 grand for it. (Image credit: 
Getty Images via @daylife) 
One might think that paying $80,000 for a Jeep Grand Cherokee 
means it comes equipped with wings and gold plated rims. But in 
Brazil, it comes standard. 
 
The 2013 Jeep Grande Cherokee cost Brazilians a stellar 
R$179,000, or roughly $89,500. Import duties and other taxes 
make it so that the Brazilian buying a muscular Jeep Cherokee 
could have bought three of them if they were living in Miami like 
their friends. In the U.S., the 2013 Jeep Grand Cherokee will run 
you about $28,000. That’s nearly half the median American 
income, but $89,500 is light years away from median Brazilian 
incomes. 
Not to be outdone, The Chrysler Group is going to launch its 
2013 Dodge Durango SUV for even more than the Jeep’s sticker 
price. The Durango will be showcased at the São Paulo Auto 
Show in October for a cool R$190,000 ($95,000). In the U.S., it 
goes for around $28,500. An elementary school teacher in the 
Bronx public school system can buy one. Okay, maybe not brand 
new, but a year or two old…absolutely. 
There is no reason other than massive taxation of more than 50 
percent and consumer naivete that thinks paying the sticker price 
of a BMW X5 is the same value as buying a Cherokee. Sorry, 
Brazukas…there is no status in a Toyota Corolla, Honda Civic, 
Jeep Grand or Dodge Durango. Don’t be fooled by the sticker 
price. You’re definitely getting ripped off. 
 www.elitecampinas.com.br
 
 2012 
 
2 
 
Think of it this way, what if your American friend told you they just 
bought a $150 pair of Havaianas. You’d tell them they paid too 
much. Sure those flip flops are sexy and trendy and chic, but they 
are not worth $150. When it comes to cars for status in Brazil, 
the upper classes are serving up Pitu and 51 in their caipirinhas 
and thinking itstop shelf liquor. 
 
For those who can read Portuguese, check out Noticias 
Automotivas, a blog about cars in Brazil. They have an article 
explaining in detail where most of the money goes in the sticker 
price of Brazil’s expensive auto market. In it, it discusses, as the 
letter writers have from Brazil here, that a good chunk of the 
blame for the high prices on cars, and not just “high end” vehicles 
but entry vehicles Made in Brazil like the Fiat Palio, is because 
margins are so high. Fiat, for example, owes its life to Brazil. 
 
The Italian automaker sells more cars in Brazil than in Italy. It is 
never easy to know what the big four international car makers 
down there are really earning from vehicle sales because they do 
not report it. And if you call Detroit and ask, the usual answer you 
get is what companies like GM for example earn in the region. 
 
The problem there is that the region encompasses all of Latin 
America, the Middle East and Africa. Meanwhile, Brazilians will 
have just have to learn to live with these astronomical prices, 
which they already have. Car sales in Brazil — on balance–are 
booming thanks to cheap credit and on again/off again incentive 
deals that lower sticker price s. Still, entry level vehicles there 
cost nearly $20,000 and do not come with the same bells and 
whistles as an entry level vehicle in the U.S. 
 
QUESTÃO 1 
 
Podemos inferir a partir do texto: 
A) A classe média brasileira tem a mesma renda que a classe 
media dos Estados Unidos, porém pagam mais impostos. 
B) O brasileiro típico de classe média ganha um pouco menos do 
que o norte Americano típico de classe média. 
C) O cidadão comum estadunidense de classe media ganha 
muito mais do que o cidadão comum de classe média brasileiro. 
D) Se não fossem os impostos que eles têm que pagar, os 
cidadãos típicos de classe média brasileiros ganhariam tanto 
quanto os seus equivalentes americanos. 
E) Os brasileiros têm agora uma renda muito melhor do que 
tinham no passado. Muito melhor do que os estadunidenses que 
agora enfrentam uma profunda crise. 
 
QUESTÃO 2 
 
Está implícito no texto que: 
A) Existe uma competição entre as montadoras de carros. 
B) Uma professora de escola primária do Bronx tem um bom 
salário. 
C) Taxas altas de mais de 50% são a razão pela qual os 
consumidores brasileiros estão sendo explorados quando 
compram seus carros de luxo. 
D) Pitu e 51 são marcas de cachaça de luxo. 
E) Americanos pagam os olhos da cara por um par de Havaianas 
somente porque estão na moda. 
 
QUESTÃO 3 
 
De acordo com o texto, é incorreto dizer que: 
A) Marcas como a FIAT não dão ao consumidor Brasileiro a 
importância que deveriam dar. 
B) A falta de informação em relação aos lucros que as 
montadoras têm no Brasil é um dos fatores que fazem com que 
os veículos tenham preços exorbitantes e poucos acessórios e 
opcionais. 
C) Os veículos mais populares no Brasil custam mais caro que 
veículos populares nos EUA e vêm com menos opcionais e 
acessórios. 
D) Se o consumidor brasileiro tivesse mais informações sobre os 
lucros que as montadoras têm no mercado brasileiro, teria mais 
poder de barganha. 
E) O crédito fácil é um dos motivos que no momento impulsiona 
a venda dos carros no Brasil. 
 
QUESTÃO 4 
 
 
 
Está implícito no texto: 
A) O transeunte comum não se importa com problemas sociais 
sérios como manter as ruas limpas. 
B) O transeunte comum está comprometido com encontrar 
soluções para problemas socias assim como o dos jovens sem 
teto. 
C) O transeunte comum não presta atenção em propaganda. 
D) O transeunte comum não se importa com problemas sociais 
sérios assim como alguns que são enfrentados pelas pessoas 
jovens.. 
E) Deveria existir mais propaganda para levantar fundos para 
pessoas jovens. 
 
QUESTÃO 5 
 
Dear Abby, 
 My stepdaughter is eight years old and the last six months or 
so, has gone from skinny to slightly chubby in the belly area. Her 
"slightly in" bellybutton has turned into a "so far in you can hardly 
see the bottom" bellybutton. At her Mother's house, she showers 
every other night, by herself. At our house, she either takes a 
shower or a bath, every night, and she likes me to come in so 
she has someone to talk to and someone to help her with her 
hair. Anyways, she was taking a bath last night and I was sitting 
on the floor near the bathtub and I just happened to look down 
and see her bellybutton- caked with black dirt all down in it, and 
the dirt is so ground in that even after washing with soap (she 
won't stick the washcloth in because her Mother told her not to 
stick anything in her bellybutton) and then soaking her belly, it's 
still very dirty in there. She'll take a bath/shower before going 
back to her Mother's house tonight. We're going to try to clean it 
out some more, before she goes back, but I'm not sure how well 
that will go. I'm not sure how bad it will be when she comes back 
on Wednesday, either. At drop-off, my Hubby plans on 
mentioning it to her Mother, but nothing will come of it. Instead, 
her Mother will probably try to change the subject by making an 
issue about (gasp) me being in the same room when my 
stepdaughter is bathing. Any suggestions? Honestly, the way 
my stepdaughter's bellybutton is shaped, I'm not sure she can 
clean it out by herself even after we get it cleaned, at least not at 
first. I'm really concerned about the medical consequences of this 
lack of hygiene, not to mention the social side effects (bathing 
suit in the summer, the smell of never washed skin...). What to 
do? 
 www.elitecampinas.com.br
 
 2012 
 
3 
 
Considerando-se as afirmações abaixo sobre o texto acima: 
I – O texto menciona 3 mulheres e 1 homem. 
II – O texto foi provavelmente extraído de uma seção de “pedido 
de conselhos” de uma revista feminina 
III – O ponto central do texto se refere ao umbigo de uma 
menina. 
IV – O problema apresentado pelo texto surgiu como 
consequência indireta de ganho de peso. 
 
A) Nenhuma das afirmações está correta. 
B) Apenas uma afirmação está correta. 
C) Duas afirmações estão corretas. 
D) Três afirmações estão corretas. 
E) Quatro afirmações estão corretas. 
 
QUESTÃO 6 
 
 No Sistema de Pagamentos Brasileiro, a tecnologia torna-se 
variável crítica e o executivo de negócios e planejamento precisa 
encarar este risco sob a mesma ótica que encara os riscos de 
crédito e mercado. Doravante um problema tecnológico pode 
interferir diretamente na questão da liquidez da instituição, 
mesmo que por poucos momentos. Trata-se de uma questão de 
continuidade de negócios. 
 As interrupções no processamento da informação, ou a 
delegação nos sistemas de informação fazem parte da rotina nas 
estruturas de tecnologia de qualquer empresa, seja financeira ou 
não. Esses são eventos programados que visam atender a 
demandas ocasionais do negócio ou da tecnologia. 
 O que deve preocupar os executivos de uma instituição 
financeira são as interrupções não programadas. Problemas que 
afetam diretamente a infraestrutura tecnológica. São falhas de 
hardware e/ou sistema operacional, conflitos de aplicações; 
sabotagem; desastres (incêndio, inundação, etc.; falha humana; 
corrupção de dados; vírus, etc.). Estes acidentes causam maior 
impacto por serem de maior dificuldade de identificação e 
recuperação. O seu custo é proporcional ao valor da informação 
afetada e ao volume de negócios interrompidos pelo evento. 
Dependendo da situação, a recuperação da estrutura 
operacional pode levar algumas horas e, no caso do SPB, afetar 
não só a instituição como eventuais parceiros. É importante o 
planejamento e a implementação de uma solução de 
continuidade de negócios. 
 Os riscos não são desprezíveis. Um estudo feito pela 
Universidade do Texas com empresas que sofreramuma perda 
catastrófica de dados concluiu que 43% jamais voltaram a 
operar, 51% faliram em dois anos e apenas 6% sobreviveram. 
Entre as empresas vítimas do primeiro atentado a bomba no 
World Trade Center (New York), 50% das que não possuíam um 
plano de contingência faliram em menos de dois anos. 
(Banco Hoje, março de 2011, com adaptações) 
 
Com relação ao texto lido, assinale a opção cuja afirmação 
julgue incorreta. 
 
A) A expressão “Esses são eventos programados...” (2º 
parágrafo) retoma a ideia de “interrupções”. 
B) Na construção “...que visam atender a demandas...” (2º 
parágrafo), o termo ”a” é artigo feminino singular, exigido pela 
regência do verbo “atender”. 
C) A articulação semântica entre o último período do 3º 
parágrafo com o primeiro período do parágrafo seguinte poderia 
ser estabelecida pelo emprego da expressão conjuntiva “tanto 
que”. 
D) No último parágrafo, a articulação semântica entre os dois 
últimos períodos poderia ser corretamente estabelecida pelo 
emprego do segmento “um exemplo significativo desse 
fenômeno é que entre...” 
E) No segmento “Um estudo feito pela Universidade do Texas 
com empresas que sofreram uma perda catastrófica de dados 
concluiu...”, a colocação de uma vírgula entre as palavras 
“empresas” e “que” e entre os vocábulos “dados” e “concluiu” 
seria inadequada, pois a informação que seria isolada tem 
natureza restritiva e passaria a ter o valor de explicativa, 
alterando o sentido do período. 
 
QUESTÃO 7 
 
No trecho a seguir foram inseridas incorreções respectivas àquilo 
que é prescrito pela norma gramatical padrão e, para eliminá-las, 
foram apresentadas seis propostas. Analise cada uma delas e 
marque a opção segundo o que é solicitado. 
 
 O ministro da Controladoria Geral da União, Waldir Pires, 
escreveu uma longa carta a Oed Grajew, na qual reconhece que 
o Brasil ainda carece de ações preventivas no combate à 
corrupção. Diante de uma máquina estatal pouco transparente e 
que reage as tentativas de publicidade das suas ações, o País 
surpreende-se com os casos de corrupção, e só os descobre 
quando já são esquemas consolidados e milionários. 
 Waldir Pires afirma que vem mudando essa realidade. Criou o 
Portal da Transparência e o sistema de auditoria por sorteio, 
estabeleceu convênio para troca de informações com o 
Ministério Público, articulou-se com a Polícia Federal em 
diversas operações que a PF realizou nos últimos anos. 
 A carta do ministro para Oded, tornada pública, gerou uma 
segunda carta, dessa vez do presidente da União Nacional dos 
Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacom), 
Fernando Antunes, que reconhece o desejo real da CGU de 
tornar o Estado brasileiro mais transparente. Consequentemente, 
admite a existência de uma queda de braço entre setores do 
governo. Nem a todos interessa a publicidade dos atos 
governamentais. 
 
(Lago, Rudolfo, Correio Braziliense, outubro / 2005, com 
adaptações) 
 
Alterações propostas: 
 
I. No segmento “... que reage as tentativas de publicidade das 
suas ações...” (1º parágrafo), deveria ser empregado o acento 
grave indicativo da crase. 
II. A configuração morfossintática do final do 1º parágrafo deve 
ser alterada para: “só descobrindo-os quando já são esquemas 
consolidados e milionários”. 
III. A oração reduzida “tornada pública” (ultimo parágrafo) deveria 
ser desenvolvida para uma subordinada adverbial, assim 
expressa: “quando se tornou pública”. 
IV. No último parágrafo, substituir o advérbio 
“consequentemente” por “mas”. 
V. A oração “Nem a todos interessa a publicidade dos atos 
governamentais.” (último parágrafo) deveria ser reescrita e 
apresentar esta nova construção: “Não são todos que se 
interessam pela publicidade dos atos governamentais.” 
 
Indique a alternativa que relaciona somente as alterações 
necessárias para a eliminação dos erros gramaticais desses 
trechos. 
 
A) I, IV e V 
B) I, II e 
C) I e IV 
D) II e IV 
E) III e V 
 
 
 
 www.elitecampinas.com.br
 
 2012 
 
4 
 
QUESTÃO 8 
 
 No período desenvolvimentista, o Brasil foi um dos poucos 
países subdesenvolvidos que conseguiu percorrer quase todos 
os passos previstos para o processo de industrialização 
retardatária, registrando uma das mais altas taxas médias de 
crescimento mundial. De maneira que, ao ser atingido pela crise 
dos anos 80, o Brasil singularizava-se no contexto latino-
americano pela extensão de sua indústria, pelo porte de seu 
setor de bens de consumo duráveis e de bens de produção, pelo 
seu grau de articulação interindustrial e, finalmente, pelo 
dinamismo de seu setor externo. 
Durante todo esse longo período, a heterogeneidade e as 
desigualdades sociais aumentaram e se alastraram com o 
desenvolvimento econômico e a urbanização. 
Fiori, José Luiz, Um país ao sul dos impérios, Correio 
Braziliense, julho/2001) 
 
Com relação ao texto lido, marque a alternativa incorreta. 
A) A expressão “quase todos os” pode, sem prejuízo para a 
correção o período, ser substituída por “grande parte dos”. 
B) A forma verbal de gerúndio “registrando” pode ser substituída 
por “e registrou”, sem prejuízo para a correção do texto. 
C) A expressão “De maneira que” estabelece com a ideia do 
período anterior uma relação de natureza explicativa. 
D) Em “singularizava-se”, a forma verbal é pronominal. 
E) Se a expressão “Durante todo esse longo período” fosse 
substituída por “ao longo desse período”, a palavra sublinhada 
pertenceria à mesma classe e teria a mesma função sintática 
nas duas formulações. 
 
QUESTÃO 9 
 
 Sob o direito, o administrador público não age contra a lei. 
Sob a moral, deve satisfazer o preceito da impessoalidade, não 
distinguindo amigos ou inimigos, partidários ou contrários, no 
tratamento que lhes dispense ou na atenção às suas 
reivindicações, com transparência plena de suas condutas em 
face do povo. Descumprir a lei gera o risco da punição prevista 
no Código Penal ou de sofrer sanções civis. Quando 
desatendidos os princípios da certeza moral, aquele que o ser 
humano em seu justo juízo adota convicto, o descumpridor fere 
regras de convivência, mas não conflita necessariamente com 
normas de Direito que lhe sejam aplicáveis. 
 (Ceneviva, Walter, Moralidade como fato jurídico, com 
modificações) 
 
Com relação ao emprego de algumas palavras e expressões 
existentes no texto lido, assinale a opção cuja afirmação 
considere incorreta. 
A) No segmento “... no tratamento que lhes dispense...”, o termo 
sublinhado exerce a função sintática de objeto indireto, 
empregado como um elemento coesivo de valor anafórico. 
B) Pelo sentido textual, o emprego da expressão com gerúndio 
“não distinguindo” mantém a mesma coerência argumentativa 
que a expressão com infinitivo “sem distinguir” 
C) Em “... não distinguindo amigos ou inimigos, partidários ou 
contrários, no tratamento que lhes dispense ou na atenção às 
suas reivindicações...”, mantém-se a coerência textual e a 
correção gramatical se a função sintática exercida pelo pronome 
“lhes” for exercida pela expressão “a eles”. 
D) De acordo com as regras de regência da norma culta, no 
segmento “...no tratamento que lhes dispense ou na atenção às 
suas reivindicações...” a expressão sublinhada admite a 
substituição por “atenção para as suas reivindicações.” 
E) A fim de que sejam preservadas as normas ditadas pelo 
padrão culto da língua portuguesa, o verbo “conflitar”, 
empregado em “... mas não conflita necessariamente com 
normas de Direito...”, deve ter forma reflexiva, resultando a 
construção “não se conflita”. 
QUESTÃO 10 
 
Assinale a alternativa incorreta a respeito das estruturas 
linguísticas do trecho a seguir. 
 
 Temos uma legislação processual com dispositivos que 
permitem ao devedor, a pretexto de questionar uma cláusula 
contratual ou uma garantia dada emuma operação, deixar de 
pagar o principal. O que isso traz de consequência? Traz um 
aumento muito grande de inadimplência, que se traduz em um 
aumento de custo para o tomador. O prejuízo operacional sofrido 
pela instituição financeira, em decorrência dessa inadimplência, 
faz com que os bons pagadores acabem arcando com parte 
dessa conta, suportando uma taxa de juro maior e até 
desestimulando outros tomadores, que gostariam de expandir ou 
crescer seus empreendimentos com apoio no crédito. 
(Ferreira, Gabriel Jorge, entrevista à Resenha BM & F, com 
modificações) 
 
A) A forma verbal “Temos”, flexionada na 1ª pessoa do plural do 
presente do modo indicativo, ao iniciar o texto, indica que autor e 
leitores partilham a situação que vem descrita a seguir. 
B) O segmento oracional “deixar de pagar o principal”, apesar de 
não ter sujeito gramatical, refere-se semanticamente a “devedor”. 
C) No segmento “...que se traduz em um aumento de custo para 
o tomador.”, o termo sublinhado faz referência ao termo 
“inadimplência” e constitui o sujeito da oração em que ocorre. 
D) No segmento “O prejuízo operacional sofrido pela instituição 
financeira...”, a oração reduzida corresponde à ideia que também 
pode ser expressa pela oração “que a instituição financeira 
sofreu”. 
E) No segmento “... em decorrência dessa inadimplência..”, os 
termos sublinhados constituem o sujeito da oração que tem 
como predicado a flexão verbal “faz”. 
 
QUESTÃO 11 
 
 Mesmo sem ser incluído entre os países cujo 
“desenvolvimento a convite” foi fortemente apoiado ─ por 
motivos geopolíticos ─ pelo governo americano,o Brasil 
transformou-se no laboratório de uma estratégia associada ─ 
pública e privada ─ de industrialização que contemplou todos os 
segmentos do capitalismo central. Não se pode esquecer que, 
depois da vitória da Revolução Chinesa e da Guerra da Coreia, e 
o início da descolonização asiática, o “desenvolvimentismo” 
transformou-se na resposta capitalista ─ tolerada pelos liberais ─ 
ao projeto socialista para os países subdesenvolvidos. Esse foi 
um fator decisivo para que o projeto de industrialização e o 
intervencionismo estatal do novo modelo econômico contassem 
com o apoio de quase todos os segmentos da classe dominante 
brasileira e de suas elites políticas regionais. Quando essas 
facilidades se estreitaram, com o fim do padrão dólar e a crise 
econômica mundial dos anos 70, e quando a política econômica 
internacional dos Estados Unidos e a geoeconomia dos países 
centrais mudaram, com a restauração liberal conservadora dos 
anos 80, o consenso e a coalizão desenvolvimentista se 
desfizeram. 
(Fiori, José Luiz, Um país ao sul dos impérios, Correio 
Braziliense, julho/2001) 
 
Com relação ao texto apresentado, assinale a opção em que a 
substituição sugerida se configura gramaticalmente incorreta. 
 
A) Em “Mesmo sem ser incluído entre os países...”, os termos 
sublinhados por “Apesar de não” 
B) A oração “Quando essas facilidades se estreitaram...”, poderia 
ser reduzida para a forma reduzida “Ao se estreitarem essas 
facilidades...” 
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C) A construção “o Brasil transformou-se no laboratório de uma 
estratégia associada...” poderia ser substituída por “O Brasil foi 
transformado...” 
D) Quanto à colocação dos pronomes átonos e pertinentes às 
normas ditadas pelo padrão culto de nosso idioma, na oração 
“Quando essas facilidades se estreitaram...”, o pronome oblíquo 
átono empregado deve assumir a posição proclítica em razão de 
a oração na qual se insere se classificar como subordinada (nas 
orações subordinadas, deve-se empregar o pronome átono 
procliticamente) 
E) Na sequência “Esse foi um fator decisivo para que o projeto 
de industrialização e o intervencionismo estatal do novo modelo 
econômico contassem com o apoio de quase todos os 
segmentos da classe dominante brasileira e de suas elites 
políticas regionais.”, a flexão verbal sublinhada poderia ser 
substituída pela forma correspondente singular. 
 
QUESTÃO 12 
 
Assinale a asserção falsa acerca da estruturação linguística e 
gramatical do texto apresentado a seguir. 
 
 Nem o “sim” nem o “não” venceram o referendo, e quem 
confiar no resultado aritmético das urnas logo perceberá a força 
do seu engano. O vencedor do referendo foi o Grande Medo 
latente, insidioso, que a todos nos faz tão temerosos da arma 
que o alheio possa ter, quanto temerosos de não ter defesa 
alguma na aflição. 
 Se um lado ou outro aparenta vantagem na contagem das 
urnas, não faz diferença. O que importa é extinguir o Grande 
Medo. E nem um lado nem outro poderia fazê-lo. Todos 
sabemos muito bem porquê. 
(Freitas, Jânio de, Folha de São Paulo, outubro de 2005, com 
 
A) Para o texto não apresentar nenhuma incorreção de ordem 
sintática, a concordância do sujeito composto ligado por “nem ... 
nem” deve ser estabelecida com verbo no plural, tal como foi 
estabelecida na ocorrência do mesmo sujeito composto na 
primeira linha do texto ─ Nem o “sim” nem o “não” venceram o 
referendo. 
B) Apesar de sua posição deslocada na frase, o advérbio “logo” 
─ confiar no resultado aritmético das urnas logo perceberá a 
força do seu engano.─ dispensa a colocação de vírgulas em 
virtude de ser de pouca monta, de pouca proporção. 
C) A indicação apresentada pela expressão “um medo latente e 
insidioso” corresponde à significação de um medo “não 
manifesto, encoberto, enganador, traiçoeiro, pérfido”. 
D) O trecho “...que a todos nos faz tão temerosos da arma que o 
alheio possa ter, quanto temerosos de não ter defesa alguma na 
aflição.”, sem que se incorra em erro de linguagem, admite a 
seguinte reescritura: “... que nos faz a todos não só temerosos 
da arma que o outro possa ter, mas também temerosos de 
ficarmos indefesos na angústia”. 
E) O último vocábulo do texto está carente de alteração e, para 
isto, duas são as possíveis modificações, observadas as 
determinações da norma culta da língua portuguesa: substituí-lo 
por “por quê” ou pela expressão “o porquê”. 
 
QUESTÃO 13 
 
Com relação ao texto a seguir, marque a opção que julgar 
incorreta. 
 
 Do ponto de vista político, a reentronização da hegemonia do 
capital financeiro sobre a reprodução social capitalista mundial 
significou a vitória da contrarrevolução política e econômica 
capitalista em todos os diferentes universos em que as 
revoluções políticas capitalistas e anticapitalistas tentaram se 
libertar de pesadelo de um capital financeiro entregue a si 
próprio. Esse foi o causador de duas guerras mundiais e várias 
escaramuças bélicas em vários rincões do planeta, assim como 
da contrarrevolução capitalista, para não falar da inflação e do 
desemprego, que jogaram os trabalhadores na miséria e no 
desespero, no inferno das guerras, da fome e das perseguições 
inomináveis. Eles tentaram se libertar do pesadelo derivado de 
um lado histórico inequívoco: a voragem exterminista e genocida 
do capital e do capital financeiro em primeiríssimo lugar. E 
fracassaram. 
 (Lima Filho, Pulo Alves) 
 
A) O emprego da expressão “reentronização da hegemonia” 
deixa pressupor que, em período anterior, já havia existido 
hegemonia do capital financeiro sobre a reprodução social 
capitalista mundial. 
B) O termo “hegemonia” tem no texto o sentido de 
preponderância, superioridade, supremacia. 
C) Na construção “Esse foi o causador de duas guerras 
mundiais...”, o termo sublinhado faz referência a “um capital 
financeiro entregue a si próprio”. 
D) No segmento “Eles tentaram se libertar do pesadelo derivado 
de um lado histórico inequívoco...”, o elemento sublinhado faz 
referência a “vários rincões do planeta” 
E) Na oração “E fracassaram”, a conjunção “e” poderia ser 
substituída, sem prejuízo par a correção gramatical do período e 
para o sentido do texto, pelo termo“mas”. 
OR-VITOR 
QUESTÃO 14 
 
DESCOBERTA DA LITERATURA 
No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/ 
cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./ 
E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/ 
para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./ 
Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/ 
ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/ 
com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./ 
Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/ 
em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/ 
e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/ 
a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/ 
que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/ 
e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/ 
receava que confundissem/ o de perto com o distante,/ 
o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/ 
e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/ 
ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./ 
(…) 
 João Cabral de Melo Neto 
 
Sobre as figuras de linguagem usadas no texto, relacione as 
duas colunas abaixo: 
 
1ª COLUNA 
(1) Romance de barbante 
(2) Roda morta; folheto guenzo 
(3) Como puro alto-falante 
(4) Perto/distante 
 Ali/espaço mágico 
 Franzino/gigante 
(5) Cochichavam-me em segredo 
2ª COLUNA 
( ) Pleonasmo 
( ) Metáfora 
( ) Comparação 
( ) Metonímia 
( ) Antítese 
 
A ordem correta é: 
A) 1, 2, 3, 4, 5 
B) 5, 2, 3, 1, 4 
C) 3, 1, 4, 5, 2 
D) 2, 1, 3, 4, 5 
E) 2, 4, 5, 3, 1 
 
 
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QUESTÃO 15 
 
Considere o seguinte texto: 
 
 SOBRE ARTES E ARTISTAS 
 "Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o 
nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens 
que apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as 
formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns 
compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes; 
eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica 
ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que 
conservemos em mente que tal palavra pode significar coisas 
muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com 
A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo 
passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos 
esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer 
pode ser muito bom no seu gênero, só que não é "Arte". E 
podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja 
contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de 
que ela gosta não é Arte, mas algo muito diferente. Na realidade, 
não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar 
de um quadro ou de uma escultura. Alguém pode gostar de uma 
paisagem porque ela lhe recorda seu berço natal, ou de um 
retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. 
 
(...) Somente quando alguma recordação irrelevante nos torna 
parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as 
costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não 
gostamos de praticar alpinismo, é que devemos perscrutar o 
nosso íntimo para desvendar as razões da aversão que estraga 
um prazer que de outro modo poderíamos ter. Há razões erradas 
para não se gostar de uma obra de arte." 
 E. H. Gombrich 
 
Dadas as afirmações: 
I - Respeitados os fatores tempo e espaço, e dependendo do 
material com que são confeccionadas, as diferentes e diversas 
obras elaboradas pelo homem são "arte". 
II - Caso se releve a amplitude de significado da palavra "arte", o 
resultado de atividades muito diferentes, independentemente da 
época em que foram desenvolvidas, pode ser arte. 
III - As obras de hoje, comparadas com as de antigamente, têm 
significados bem diferentes, por serem confeccionadas com 
material mais sofisticado e por atenderem a outras finalidades. 
Inferimos, de acordo com o texto. que: 
 
A) Todas são corretas. 
B) Apenas a afirmação I é correta. 
C) Apenas a afirmação II é correta. 
D) Apenas a afirmação III é correta. 
E) Todas são incorretas. 
 
QUESTÃO 16 
 
Considere o seguinte texto: 
 
Canção 
 
Pus o meu sonho num navio 
e o navio em cima do mar; 
- depois, abri o mar com as mãos 
para o meu sonho naufragar 
 
Minhas mãos ainda estão molhadas 
do azul das ondas entreabertas 
e a cor que escorre dos meus dedos 
colore as areias desertas. 
 
O vento vem vindo de longe, 
a noite se curva de frio; 
debaixo da água vai morrendo 
meu sonho, dentro de um navio... 
 
Chorarei quanto for preciso, 
para fazer com que o mar cresça, 
e o meu navio chegue ao fundo 
e o meu sonho desapareça. 
 
Depois, tudo estará perfeito; 
praia lisa, águas ordenadas, 
meus olhos secos como pedras 
e as minhas duas mãos quebradas 
 
Neste poema, há algumas figuras de linguagem. Abaixo, você 
tem, de um lado, os versos e, do outro, o nome de uma dessas 
figuras. Observe: 
 
I. "Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das ondas 
entreabertas" .................... sinestesia 
II. "e a cor que escorre dos meus dedos" .....metonímia 
III. "o vento vem vindo de longe" .... aliteração 
IV. "a noite se curva de frio" ............ personificação 
V. "e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça" 
........ polissíndeto 
 
Considerando-se a relação verso/figura de linguagem, pode-se 
afirmar que 
A) apenas I, II e III estão corretas. 
B) apenas I, III e IV estão corretas. 
C) apenas II está incorreta. 
D) apenas I, IV e V estão corretas. 
E) todas estão corretas. 
 
QUESTÃO 17 
 
Leia o texto a seguir: 
 "O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou 
restituir-se, por sua própria força, contanto que o faça logo." Ao 
trazer a discussão para o campo jurídico, o antigo magistrado 
tentou amenizar o que dissera; a rigor, no entanto, suscitou 
dúvidas cruéis; que quer dizer "por sua própria força?" Será a 
força física do posseiro, ou essa mais aquela que a ela se soma 
pelo emprego das armas? O parágrafo único do Código Civil 
admite dúvidas: "Os atos de defesa, ou de desforço, não podem 
ir além do indispensável à manutenção ou restituição da posse". 
Se o invasor vem armado, o posseiro pode usar armas? Se o 
invasor é plural, vem em bandos, o posseiro pode contar com a 
ajuda de amigos ou contratar seguranças (ou até jagunços) para 
defender o que é seu?” – 
 (O Estado de S. Paulo, 04/06/94, A 3) 
 
A formulação de uma série de perguntas 
A) intenta destacar as contradições do texto legal. 
B) visa a pôr o leitor em dúvida sobre a exatidão da citação. 
C) pretende representar as inquietações infundadas do 
editorialista. 
D) procura chamar a atenção para a injustiça do texto legal. 
E) busca desacreditar o argumento representado pela citação da 
lei. 
 
QUESTÃO 18 
 
A foto a seguir, da americana Margaret Bourke-White (1904-71), 
apresenta desempregados na fila de alimentos durante a Grande 
Depressão, que se iniciou em 1929. STRICKLAND, Carol; 
BOSWELL, John. Arte Comentada: da pré-história ao pós-
moderno. Rio de Janeiro: Ediouro [s.d.]. 
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Além da preocupação com a perfeita composição, a artista, 
nessa foto, revela 
A) a capacidade de organização do operariado. 
B) a esperança de um futuro melhor para negros. 
C) a possibilidade de ascensão social universal. 
D) as contradições da sociedade capitalista. 
E) o consumismo de determinadas classes sociais. 
 
QUESTÃO 19 
 
Considere os textos abaixo: 
 
 
Shirley Paes Leme tem no desenho a alma de sua obra. Os 
galhos retorcidos e enegrecidos pela fumaça são seus traços a 
lápis, que ela articula ora em feixes escultóricos, ora em 
instalações. Produz também delicados desenhos com a 
sinuosidadeda fumaça. Para fazer a peça em homenagem à 
companhia de dança goiana Quasar, Shirley conta ter se 
inspirado na grande concentração de energia no espaço 
necessária para que um espetáculo de dança se realize. 
“A ideia da coreografia só consegue ser concretizada com 
movimento porque todos ficam antenados para um trabalho 
conjunto”, diz. A obra de Shirley tem linhas galhos que se 
movem em tempos diferentes, impulsionadas por motores 
ocultos. 
Território Expandido. Catálogo da Exposição em homenagem 
aos indicados ao Prêmio Estadão, 1999, p. 12-3 (com 
adaptações). 
 
Qual é a opção incorreta a respeito das relações semânticas do 
texto verbal? 
A) Mudando-se o foco da ênfase, que está na autora, “Shirley 
Paes Leme”, para a ênfase na obra, “desenho”, a alteração da 
primeira oração do texto ficaria adequada da seguinte forma: 
Está no desenho a alma da obra de Shirley Paes Leme. 
B) Na linha 5, a preposição “com” tem a função semântica 
introduzir uma característica para “delicados desenhos”. 
C) Depreende-se do emprego do conector “ora (...) ora” em “ora 
em feixes escultóricos, ora em instalações”, que “feixes 
escultóricos” se transformam em “instalações” e “instalações” se 
transformam em “feixes escultóricos”. 
D) A noção de reflexividade, ou seja, a de que agente e paciente 
de um verbo reportam-se ao mesmo referente, está presente 
tanto em “Shirley conta ter se inspirado” como em “linhas-galhos 
que se movem” 
E) O desenvolvimento do texto permite depreender o significado 
da palavra “linhas-galhos” a partir dos significados de galho e de 
linha. 
 
QUESTÃO 20 
 
Dentre as imagens abaixo, a única que não se relaciona com a 
obra da artista Shirley Paes Leme, levando em conta sua 
declaração, é: 
 
A) 
 
B) 
 
 
 
 
 
 
C) 
 
 
 
D) 
 
 
E) 
 
 
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QUESTÃO 21 
 
Autopsicografia 
 
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 
 
E os que lêem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 
 
E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração. 
Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: 
Lello & Irmãos, 1975, p. 255. 
 
De acordo com o poema, é específico do processo de criação 
literária o fato de o poeta 
 
I. escrever não o que pensa, mas aquilo que deveras sente. 
II. ser capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores. 
III. transformar um elemento extraliterário, como a dor, em objeto 
estético. 
 
Está certo o que se afirma apenas em 
A) I. 
B) II. 
C) III. 
D) I e II. 
E) I e III. 
 
QUESTÃO 22 
Observe os dois textos a seguir: 
I 
 O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de 
um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, 
com vastos poços de ventilação no centro, cercados por 
balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca existe ab aeterno. 
Dessaverdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura do 
mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. (...) 
Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os 
homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio 
perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o consultou e é 
análogo a um deus. 
 (Jorge Luís Borges, “A biblioteca de Babel”, Ficções) 
II 
 
 
 
Escher, Relativity Litograph - http://www.mcescher.com/ 
O espaço descrito no texto e o espaço representado na gravura 
têm em comum 
A) a rejeição do irreal e o engajamento político. 
B) a emotividade e a negação da simetria. 
C) o efeito de claro-escuro e o sentimento da natureza. 
D) a vida idealizada e o sentimento do provisório. 
E) a fantasia intelectual e a composição geométrica. 
 
QUESTÃO 23 
 
 Análise: O assassinato de um sonho 
 "Na Copa do Mundo ora em andamento, estamos assistindo à 
tentativa da morte de um sonho", escreve Renato Pompeu 
Na Copa do Mundo ora em andamento, estamos assistindo à 
tentativa da morte de um sonho. Primeiro, descrevamos o sonho. 
O futebol não é um esporte, é um espetáculo dramático. Difere 
do teatro por não ser um conflito entre individualidades, mas 
entre instituições (em primeira instância, os times; mas, em 
segunda instância, o que os times simbolizam - o povão para 
Corinthians e Flamengo, os esquerdistas para o Roma, a 
Catalunha para o Barcelona, os católicos para o Celtics de 
Glasgow, Escócia). Difere também do teatro porque o enredo, a 
trama, não está determinada de antemão, nem é conhecida dos 
próprios "atores", os jogadores, que vão criando as peripécias a 
cada jogada. 
O futebol partilha esse caráter de teatro de massas com outros 
esportes com bola, como o basquete e o voleibol. Mas ele se 
distingue de todos os outros esportes com bola, inclusive os 
outros futebóis, como o futebol americano e o rugby, por acionar 
primordialmente o pé. Por coincidência, o futebol surgiu na 
mesma época da revolução industrial, em que pela primeira vez 
na história as grandes massas passaram a trabalhar com os pés 
imobilizados, ou de pé diante da máquina, ou sentadas em 
escritórios. Tendo assim as mãos superexigidas e os pés 
imobilizados, as grandes massas reconheceram sua liberdade 
numa atividade em que as mãos repousam e os pés são ativos e 
criativos. 
Em outros aspectos, o futebol também incorpora o grande sonho 
das populações da sociedade contemporânea. Nele, direitos e 
deveres são iguais, independente de etnia ou origem social ou 
credo religioso e filosófico, a justiça pune a violência e há a livre 
circulação das pessoas (ao contrário do tênis, do voleibol e do 
beisebol). O amor pelo futebol é a celebração de um ritual que 
prefigura a sociedade desejada pela esmagadora maioria, com 
liberdade, igualdade e fraternidade - e com o trabalho substituído 
pela arte. 
(Renato Pompeu in 09/06/2006 in 
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/especiais/copadomu
ndo/news_item.2006-06-09.5466209553) 
 
Segundo o autor do texto, o amor pelo futebol representa: 
 
A) O trabalho não mais feito com as mãos, mas agora com os 
pés, servindo como descanso ao trabalhador após as longas 
jornadas de trabalho. 
B) O teatro, com a diferença que no futebol o final é imprevisível 
aos próprios atores. 
C) Um ritual religioso fundamental para a integração da 
sociedade atual, se apresentando como arte. 
D) Simboliza, ainda que inconscientemente, o desejo de uma 
sociedade justa, antecipando assim um anseio coletivo 
contemporâneo de menos trabalho e mais arte. 
E) Representa a Igualdade do lema Iluminista, sendo um lugar 
em que não há diferenças étnicas, culturais ou sociais, dentro e 
fora de campo. 
 
 
 
 
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TEXTO PARA AS QUESTÕES 24 E 25 
 
 
 ESCOLA DO CRIME 
 
 O ranking nacional de aprendizado dos alunos em português e 
matemática, divulgado neste mês, é uma das explicações para o 
poderio do PCC. A cidade de São Paulo demonstrou, nessa 
prova, pior desempenho do que quase todas as capitais. Ruins 
na média, os índices das escolas paulistanas são especialmente 
devastadores na periferia, ajudando a formar multidões de 
jovens que, pela baixa qualificação, não conseguem se colocar 
no mercado de trabalho - e, assim, se seduzem pelas ofertas do 
crime organizado. 
 Para entender o poder de arregimentação do PCC, é preciso, 
antes de mais nada, prestar atenção à informação levantada 
pela Fundação Seade: 65% da população entre 15 e 19 anos 
mora na periferia, onde faltam os mais diversos serviços 
públicos, a começar do policiamento. Esse grupo terá poucas 
condições de usufruir de uma educação de qualidade, capaz de 
levá-los a se inserir na sociedade. O caminho mais provável, 
para muitos,é a evasão. 
 A taxa de desemprego juvenil em vários bairros da periferia, 
de acordo com o Dieese, chega a 70% - a média para todas as 
idades gira em torno de 16%. Apenas na cidade, cerca de 500 
mil pessoas entre 15 e 24 anos, o suficiente para lotar cerca de 
oito estádios do Morumbi, nem estudam nem trabalham. 
O quadro se agrava ainda mais quando se contabilizam os 
números de toda a região metropolitana, foco de arregimentação 
do PCC - e, aí, se chega a perto de um milhão de jovens, entre 
15 e 24 anos, que não fazem nada e, pela baixa escolaridade, 
não têm perspectivas profissionais. 
 Para muitos desses jovens, o caminho para o crime 
organizado - inclusive o PCC - é quase uma linha reta, 
começando dos problemas familiares. [...] Esses jovens, sem 
perspectiva, rejeitados pela escola e pela família, acabam 
encontrando na gangue uma dupla satisfação: fonte de renda e 
de auto-estima. A gangue passa a ser a família que eles não 
tiveram e o escudo para que sejam respeitados e temidos. 
 Como eles se sentem com pouco a perder e precisam dar 
uma demonstração de coragem e de solidariedade com o grupo, 
ficam expostos e acabam indo para a cadeia. A essa altura já 
sabem, há muito tempo, que conseguem ganhar, em um dia na 
criminalidade, o que não fariam em um mês honestamente - e, a 
essa altura, já ficaram insensíveis à violência. 
Quando chegam à prisão, são seres disciplinados e treinados 
para obedecer às ordens do crime organizado. Sabem que, 
nesse ambiente, a pena de morte faz parte de um código de 
honra. Não pagar dívida, por exemplo, é um deslize tido como, 
literalmente, mortal. Ao sair da cadeia, eles sabem que a 
desobediência é uma falta grave - e, além do mais, não teriam 
mesmo onde conseguir ganhar dinheiro fora da delinquência. 
 A abundância de jovens sem perspectivas facilita a 
arregimentação do PCC; o treino e a disciplina deles ajudam na 
organização e nas ações arriscadas capazes de parar uma das 
maiores cidades do mundo. 
 (DIMENSTEIN, Gilberto. "Folha de S. Paulo", 14 jul. 2006.) 
 
QUESTÃO 24 
 
Tomando como base as relações de causalidade que Dimenstein 
apresenta no texto, numere a coluna II com base na informação 
da coluna I. 
 
COLUNA I 
1. Causa direta do sucesso do PCC 
2. Causa indireta do sucesso do PCC 
3. Fator não relacionado ao sucesso do PCC 
 
 
COLUNA II 
( ) Baixo rendimento escolar dos jovens residentes nos bairros 
periféricos de São Paulo. 
( ) Taxa de desemprego da população dos bairros paulistas, 
em torno de 16%. 
( ) Contribuição das gangues para a subsistência e a auto-
estima dos jovens. 
( ) Existência de cerca de um milhão de jovens desempregados 
e com baixa escolaridade na região metropolitana de São Paulo. 
( ) Deficiência dos serviços públicos e falta de policiamento na 
periferia de São Paulo. 
( ) Disciplina rígida para os integrantes da facção, tanto dentro 
quanto fora das penitenciárias. 
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta da 
coluna II, de cima para baixo. 
A) 1 - 2 - 3 - 2 - 1 - 2. 
B) 3 - 1 - 2 - 1 - 1 - 1. 
C) 2 - 3 - 1 - 2 - 2 - 1. 
D) 2 - 2 - 2 - 1 - 3 - 3. 
E) 1 - 1 - 2 - 1 - 3 - 2. 
 
QUESTÃO 25 
 
Segundo o autor do texto, as prisões: 
A) enfraquecem o crime organizado, ao reduzir o número de 
integrantes das facções disponíveis para executar as ações 
planejadas. 
B) são espaços de treinamento e disciplina, que garantem a 
fidelidade de ex-presidiários às facções criminosas. 
C) dificultam as ações dos grupos criminosos, devido à 
precariedade da comunicação dentro dos presídios. 
D) são ocupadas apenas pelos criminosos mais jovens e 
inexperientes, que se expõem durante as ações das gangues. 
E) possibilitam a proteção de integrantes das facções 
ameaçados de morte por transgredir o código de honra do grupo. 
 
QUESTÃO 26 
 
Observe a charge de Angeli: 
 
 
Sobre o texto de Dimenstein e a charge de Angeli, é correto 
afirmar: 
A) Ao contrário de Angeli, Dimenstein não acredita no poder de 
formação para a criminalidade que as instituições que trabalham 
com infratores exercem sobre os jovens. 
B) Os autores apontam saídas para o problema do crime 
organizado. 
C) Os dois autores utilizam a ironia como recurso para 
sensibilizar os leitores. 
D) Para Angeli, as rebeliões em instituições para menores 
infratores ocorrem por imitação de ações semelhantes nas 
penitenciárias. 
E) Para Angeli, a reclusão de menores infratores contribui para 
sua ressocialização. 
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QUESTÃO 27 
 
Em uma grande concessionária de São Paulo leu-se a seguinte 
chamada: "Queima total de seminovos". A mesma estratégia foi 
utilizada em uma chamada de um grande hipermercado, em que 
se podia ler: "Grande queima de colchões". 
Acerca dos sentidos criados por essas chamadas, é apropriado 
afirmar que 
A) em ambas há uma utilização da linguagem em seu sentido 
estritamente literal. 
B) apenas em uma delas a linguagem foi utilizada em seu 
sentido estritamente literal. 
C) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido pela 
associação com o contexto. 
D) em ambas o sentido é metafórico e é apreendido apenas 
pelas regras gramaticais. 
E) em ambas o sentido é metafórico e não pode ser apreendido 
porque é incoerente. 
 
QUESTÃO 28 
 
Na frase "a juventude francesa parece ter envelhecido" tem-se 
um exemplo de: 
A) metáfora 
B) personificação 
C) hipérbole 
D) metonímia 
E) eufemismo 
 
QUESTÃO 29 
 
(Ele) 
Vai chover de novo, 
deu na tv que o povo já se cansou de tanto o céu desabar, 
E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus, 
mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim, 
Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar, 
Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à 
tempestade 
 
(Ela) 
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu? 
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez? 
Cadê aquela outra mulher? 
Você me parecia tão bem, 
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar, 
Quem foi que te ensinou a rezar? 
Que santo vai brigar por você ? 
Que povo aprova o que você fez? 
Devolve aquela minha tv que eu vou de vez, 
 
Não há porque chorar por um amor que já morreu, 
Deixa pra lá, eu vou, adeus. 
Meu coração já se cansou de falsidadeA leitura da canção acima 
revela que a língua enquanto código pode ser usada com 
diferentes finalidades. Esta canção revela como diferentes 
funções da linguagem podem estar presentes em uma 
mensagem, compondo-a. Verifica-se como preponderantes para 
a construção do sentido do texto as 
 
Santa Chuva – Marcelo Camelo 
 
A) Função fática e metalinguística 
B) Função poética e metalinguística 
C) Função poética, emotiva e apelativa 
D) Função poética, metalinguística e emotiva 
E) Função emotiva e apelativa 
 
 
QUESTÃO 30 
 
Santa Chuva faz referência a uma temática muito presente nas 
canções brasileiras. A ruptura amorosa deixa marcas 
expressadas por eu-líricos por vezes confusos, ambíguos e 
ressentidos. Na canção Trocando em miúdos, de Chico Buarque 
de Holanda, tal temática reaparece: 
 
 Trocando em Miúdos 
 
 Chico Buarque 
 
 Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim 
 Não me valeu 
 Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim! 
 O resto é seu 
 Trocando em miúdos, pode guardar 
 As sobras de tudo que chamam lar 
 As sombras de tudo que fomos nós 
 As marcas de amor nos nossos lençóis 
 As nossas melhores lembranças 
 Aquela esperança de tudo se ajeitar 
 Pode esquecer 
 Aquela aliança, você pode empenhar 
 Ou derreter 
 Mas devo dizer que não vou lhe dar 
 O enorme prazer de me ver chorar 
 Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago 
 Meu peito tão dilacerado 
 Aliás 
 Aceite uma ajuda do seu futuro amor 
 Pro aluguel 
 Devolva o Neruda que você me tomou 
 E nunca leuEu bato o portão sem fazer alarde 
 Eu levo a carteira de identidade 
 Uma saideira, muita saudade 
 E a leve impressão de que já vou tarde. 
 
Em ambas as canções, o ressentimento pode ser evidenciado 
em alguns momentos, como 
 
A) Vai chover de novo, deu na tv que o povo já se cansou de 
tanto o céu desabar, na primeira e Trocando em miúdos, pode 
guardar/ As sobras de tudo que chamam lar, na segunda. 
B) Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar, Não faz 
assim, não vá pra lá, na primeira e Mas devo dizer que não vou 
lhe dar, O enorme prazer de me ver chorar, na segunda. 
C) Que povo aprova o que você fez? Devolve aquela minha tv 
que eu vou de vez, na primeira e Devolva o Neruda que você me 
tomou/E nunca leu, na segunda. 
D) Deixa pra lá, eu vou, adeus. Meu coração já se cansou de 
falsidade, na primeira e Uma saideira, muita saudade, na 
segunda. 
E) A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar, 
na primeira e Eu bato o portão sem fazer alarde Eu levo a 
carteira de identidade, na segunda. 
 
QUESTÃO 31 
 
Jorge Amado é um homem de seu tempo, não vence as 
limitações culturais de seu momento histórico e não escapa da 
lógica racionalista imposta por sua filosofia comunista. Entre 
seguir seu instinto estético e corresponder à sua ética comunista, 
o autor escolhe a segunda opção, que, em uma análise livre, 
ajuda sua obra a circular em todo o mundo, mas limita o alcance 
artístico dela. 
 Pedro Matias. Literatura, Nº44. Ed. Escala Educacional 
 
 
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O mesmo tipo de conflito pode ser observado no quadro abaixo: 
 
A) A Morte de Marat, Jaques-Louis David, 1793 
 
 
 
B) Monalisa, Leonardo da Vinci, 1503-1506 
 
 
 
C) Les demoiselles d'Avignon, Picasso, 1907 
 
 
 
D) A persistência da memória, Salvador Dali, 1931 
 
 
 
E) Composição VII, Wassily Kandinski, 1913 
 
 
QUESTÃO 32 
 
 O novo boca a boca 
 
Tomara que não seja verdade, porque, se for, os críticos, 
comentaristas, os chamados formadores de opinião, todos 
corremos o risco de perder nossa razão de ser e nossos 
empregos. Há uma nova ameaça à vista. 
Dizem que a Internet será em breve, já está sendo, o boca a 
boca de milhões de pessoas, isto é, vai substituir aquele 
processo usado tradicionalmente para recomendar um filme, 
uma peça, um livro e até um candidato. Não mais a orientação 
transmitida pela imprensa e nem mesmo as dicas dadas 
pessoalmente – tudo seria feito virtualmente pelos mecanismos 
de mobilização da rede. 
 VENTURA, Z. O Globo, 19 set. 2009 (fragmento). 
 
Segundo o texto, a Internet apresenta a possibilidade de 
modificar as relações sociais na medida em que estabelece 
novos meios de realizar atividades cotidianas. 
 A preocupação do autor acerca do desaparecimento de 
determinadas profissões deve-se 
A) às habilidades necessárias a um bom comunicador, que 
podem ser comprometidas por problemas pessoais. 
B) à confiabilidade das informações transmitidas pelos 
internautas, que superam as informações jornalísticas. 
C) ao número de pessoas conectadas à Internet, à rapidez e à 
facilidade com que a informação acontece. 
D) aos boatos que atingem milhões de pessoas, levando a 
população a desacreditar nos formadores de opinião. 
E) aos computadores serem mais eficazes que os profissionais 
da escrita para informar a sociedade. 
 
QUESTÃO 33 
 
Considerando a relação entre os usos oral e escrito, tratada no 
texto, verifica-se que 
 
 
 
A) modifica as ideias e intenções daqueles que tiveram seus 
textos registrados por outros. 
B) permite, com mais facilidade, a propagação e a permanência 
de ideias ao longo do tempo. 
C) figura como um modo comunicativo superior ao da oralidade. 
D) leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados 
por meio da oralidade. 
E) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade. 
 
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QUESTÃO 34 
 
“Quando digo que Alencar e Machado são o romance 
brasileiro, não o faço tão somente para exaltar a grandeza do 
criador de Iracema ou a grandeza do criador de Capitu. 
Faço-o, sobretudo para ressaltar a oposição existente entre 
essas duas grandezas, ambas, no entanto, autênticas e 
fundamentais em nossa história literária. (...) [Alencar] é a 
força do povo, bravia, descontrolada, enchente e enxurrada, 
árvore nunca podada, jequitibá gigante, floresta enredada de 
cipós, grávida de cores violetas, rumorosa de vozes de 
pássaros, espalhando-se sem fronteiras como um rio em cheia, 
banhada de suor e de luar, de ‘verdes mares bravios de nossa 
terra natal’, excessiva e deslumbrante. (...) [Machado] é a 
qualidade literária conquistada dia a dia, palmo a palmo, é feito 
de meia-luz e de meia-sombra. (...) Nele tudo é medido, num 
cálculo sábio e preciso, cada coisa em seu lugar, a voz não se 
altera em gritos. (...) Mais próximo do ceticismo do que da 
confiança no homem, mais do pessimismo que do otimismo, 
mais da pena bem aparada e da tinta do que do sangue aos 
borbotões, bosque bem cultivado. (...) Se numerosa é a 
descendência de Alencar, não tem ele praticamente 
imitadores, como se os romancistas que compõem esta 
vertente de nosso romance recebessem do mestre apenas 
indicação de um caminho. Enquanto a maioria dos descendentes 
de Machado – com evidentes e importantes exceções – são 
seus imitadores, copiando do mestre não apenas a posição ante 
a vida transposta para a arte mas também os cacoetes e os 
modismos. É que Alencar nos lega a vida, e a vida vive-
se, não se imita, enquanto Machado nos lega a literatura, a 
perfeição artística que invejamos e tentamos imitar. (...) 
Quanto a mim, sou um rebento da família de Alencar” 
Trecho do discurso de posse de Jorge Amado na Academia 
Brasileira de Letras. Revista EntreLivros, nº 16, p.31 
 
Sobre as ideias expressas no texto, é correto afirmar que, na 
opinião de Jorge Amado, 
A) José de Alencar é melhor escritor do que Machado de 
Assis. 
B) José de Alencar e Machado de Assis são os únicos bons 
escritores da literatura brasileira. 
C) José de Alencar e Machado de Assis são escritores que 
ainda não tiveram o merecido reconhecimento. 
D) José de Alencar e Machado de Assis são os escritores mais 
representativos do romance 
brasileiro. 
E) Machado de Assis se diferencia de José de Alencar 
principalmente porque sua obra tem mais qualidade literária. 
 
QUESTÃO 35 
 
Considere o poema concreto abaixo (intitulado “Código”, 
composto por Augusto de Campos, em 1973). 
 
 
Assinale a alternativa que apresenta a função de linguagem 
predominante em tal texto: 
A) função metalinguística 
B) função referencial 
C) função poética 
D) função fática 
E) função apelativa 
QUESTÃO 36 
 
 Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber têm 
duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra 
no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se puserdes as 
mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em 
um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros homens, 
é como se eles não existissem. Os frutos de uma laranjeira, se 
ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias, 
e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras 
mais enérgicas, não há espetáculo sem espectador. Um dia, 
estando a cuidar nestas coisas, considerei que, para o fim de 
alumiar um pouco o entendimento, tinha consumido os meus 
longos anos, e, aliás, nada chegaria a valer sem a existência de 
outros homens que me vissem e honrassem; então cogitei se 
não haveria um modo de obter o mesmo efeito, poupando tais 
trabalhos, e esse dia posso agora dizer que foi o daregeneração 
dos homens, pois me deu a doutrina salvadora. 
 (Machado de Assis, O segredo do bonzo) 
 
No texto, ao afirmar "então cogitei se não haveria um modo de 
obter o mesmo efeito, poupando tais trabalhos", a personagem: 
(A) expressa a intenção de divulgar seus conhecimentos, 
aproximando-se dos outros homens. 
(B) procura convencer o leitor a poupar esforços na busca do 
conhecimento. 
(C) demonstra que a virtude e o saber exigem muito trabalho dos 
homens. 
(D) resume no conceito da doutrina salvadora, desenvolvida no 
parágrafo. 
(E) exprime a ideia de que a admiração dos outros é mais 
importante do que o conhecimento em si. 
 
QUESTÃO 37 
 
Considere o seguinte poema: 
 
O mundo é grande 
 
O mundo é grande e cabe 
nesta janela sobre o mar. 
O mar é grande e cabe 
na cama e no colchão de amar. 
O amor é grande e cabe 
no breve espaço de beijar. 
 
 (Carlos Drummond de Andrade in “Amar se Aprende 
Amando”) 
 
Avalie as assertivas e assinale a alternativa adequada: 
 
I - O autor escreveu o poema de modo a estabelecer certa 
regularidade na alternância. Por isso, alternam-se versos de 6 
sílabas (versos ímpares) e de 8 sílabas (versos pares). 
II – O esquema rímico é ABABABA 
III – O esquema rímico tem uma regularidade condizente com a 
métrica. Logo, versos ímpares rimam entre si e os pares, por sua 
vez, rimam entre eles 
IV – Em pelo menos duas das ocorrências no poema a 
conjunção ‘e’ tem sentido adversativo 
V – A gradação presente no texto segue um percurso 
predominantemente particularizador 
 
Está correto o que se afirma em: 
 
(A) I a III 
(B) I, III, IV e V 
(C) II a V 
(D) III e V 
(E) I, III e IV 
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QUESTÃO 38 
 
 Considere a imagem abaixo (um poema imagético): 
 
 
Soneto do apartheid 
Obs: Apartheid ("vida separada") é uma palavra de origem 
africana, indica uma política de segregação racial segundo a 
qual os brancos detinham o poder e os povos restantes eram 
obrigados a viver separados dos brancos, de acordo com regras 
que os impediam de ser verdadeiros cidadãos. 
Com base no poema imagético proposto acima, considere as 
seguintes afirmações: 
 
I – Há uma relação direta entre a classificação, como forma fixa, 
(indicada no título do trabalho, abaixo) e o número de “linhas” 
representadas 
II – Há uma relação sugerida entre o título e o modo como as 
“linhas” do texto foram representadas (com farpas) 
III – Apesar da regularidade em que as farpas estão 
posicionadas, elas não podem significar nada para o poema 
sugerido 
 
A) Todas são verdadeiras 
B) são verdadeiras II e III 
C) são verdadeiras I e II 
D) são verdadeiras I e III 
E) é verdadeira apenas a II 
 
QUESTÃO 39 
 
Analise a imagem abaixo conforme as discussões efetuadas em 
aula. Após isso, com base nos dados adicionais, assinale a 
alternativa adequada: 
 
 
 Vladimir Kush 
Dados adicionais: Segundo o Houaiss, ambiguidade significa 
uma duplicidade ou multiplicidade de significados; hesitação 
entre duas ou mais possíveis interpretações para um termo ou 
enunciado. Além disso, pode-se dizer que há casos em que a 
ambiguidade é involuntária (funcionando, portanto, como um 
ruído na comunicação) e casos em que a ambiguidade é 
intencional. Ou seja, funcionando como um recurso expressivo 
(por vezes chamada, nesse caso, de ambivalência). 
 
Considere as assertivas e assinale a alternativa adequada: 
 
I – Associando-se a imagem aos conceitos de denotação e 
conotação (e considerando-se a faca e as sementes), pode-se 
dizer que: a maçã é conotativa e a borboleta é denotativa; 
II – É possível interpretar metaforicamente as imagens sugeridas 
na pintura: faca como sugestão de corte e asas como sugestão 
de liberdade. Além disso, pode-se vislumbrar uma certa antítese 
entre morte (corte da maçã) e vida (o bicho na faca e a borboleta 
na maçã); 
III – O modo como o pintor trabalhou o tema possibilita associar 
o seu trabalho ao conceito de ambiguidade/ambivalência. Nesse 
modo, o `bicho` na faca poderia ser interpretado como uma larva 
(bicho da maçã) ou uma lagarta (que viraria uma borboleta); 
 
Está correto apenas o que se afirma em: 
A) I 
B) I e III 
C) II e III 
D) I, II e III 
E) III 
 
QUESTÃO 40 
 
Leia: 
“De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto, 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento.” 
 (Vinicius de Moraes) 
 
A repetição da conjunção “e” constitui uma figura de linguagem 
que chamamos: 
A) polissíndeto 
B) paradoxo 
C) hipérbato 
D) eufemismo 
E) catacrese 
 
QUESTÃO 41 
 
Você habitualmente usa e reconhece vários níveis de linguagem, 
associados a diferentes falantes, estilos ou contextos. Você sabe 
também que às vezes o falante utiliza um estilo que não é o seu, 
para produzir efeitos específicos, que é o que faz o maestro Júlio 
Medaglia na carta a seguir dirigida a Erundina (que na época era 
a prefeita de São Paulo): 
 
MASSA! 
 Pô Erundina, massa! Agora que o maneiro Cazuza virou nome 
num pedaço aqui na Sampa, quem sabe tu te anima e acha aí 
um point pra botá o nome de Magdalena Tagliaferro, Cláudio 
Santoro, Jaques Klein, Edoardo de Guarnieri, Guiomar Novaes, 
João de Souza Lima, Armando Belardi e Radamés Gnattali. 
Esses caras não foi cruner de banda a la .Trogloditas do 
Sucesso., mas se a tua moçada não manjar quem eles foi dá um 
look aí na Enciclopédia Britânica ou no Groves International e tu 
vai sacá que o astral do século 20 musical deve muito a eles.. – 
 
(Júlio Medaglia, di-jei do Teatro Municipal do Rio de Janeiro - 
(Painel do Leitor, Folha de São Paulo, 04.10.90)) 
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Avalie as assertivas abaixo: 
I – O grupo social cuja forma de expressão verbal-oral foi imitado 
pelo maestro Júlio Medaglia pode ser identificado como sendo, 
do ponto de vista da faixa etária, constituído por jovens e 
adolescentes da época contemporânea (séculos XX-XXI); 
II – O maestro optou por tal jargão (modo de expressão 
característico de um certo grupo) como forma de criticar atitudes 
administrativas e políticas das quais discorda veementemente; 
III – O grupo social cuja forma de expressão verbal-oral foi 
imitado pelo maestro Júlio Medaglia pode ser identificado como 
sendo, do ponto de vista da localização geográfica, de provável 
população de área rural e interiorana; 
IV – Os nomes mencionados pelo remetente em sua carta 
tiveram participação importante no campo das artes plásticas; 
V – Na carta, o leitor atento pode localizar uma crítica 
(intencional) implícita à destinatária e uma crítica (subentendida) 
a alguns representantes da música pop mencionados; 
 
Está correto apenas o que se afirma em: 
A) I, III e IV 
B) I, III e V 
C) II e IV 
D) I, II e V 
E) IV e V 
 
QUESTÃO 42 
 
 Um dia, o Simão me chamou: – “Vem ver. Olha ali”. Era uma 
mulher, atarracada, descalçada, que subia o caminho do morro. 
(Diante do Sanatorinho havia um morro. Os doentes em bom 
estado podiam ir até lá em cima, pela manhã e à tarde.) Lembro-
me de que, de repente, a mulher parou e acenou para o 
Sanatorinho. Não sei quantas janelas retribuíram. E o curioso é 
que, desde o primeiro momento, Simão saltou: – “É minha! Vi 
primeiro!”. 
 Uns oitenta doentes tinham visto, ao mesmo tempo. Mas o 
Simão era um assassino. Como ele próprio dizia, sem ódio, 
quase com ternura, “matei um”. E o crime pretérito intimidava os 
demais. Constava que trouxera, na mala, com a escova de 
dentes, as chinelas, um revólver. Naquela mesma tarde, foi para 
a cerca, esperar a volta da fulana. E conversaram na porteira. 
Simão voltou, desatinado. Conversara a fulana. Queria um 
encontro, na manhã seguinte, no alto do morro. 
 A outra não prometera nada.Ia ver, ia ver. Simão estava 
possesso: – “Dez anos!”, e repetia, quase chorando: – “Dez anos 
não são dez dias!”. Campos do Jordão estava cheio de casos 
parecidos. Nada mais cruel do que a cronicidade de certas 
formas de tuberculose. Eu conheci vários que haviam 
completado, lá na montanha, um quarto de século. E o próprio 
Simão falava dos dez anos como se fosse esta a idade do seu 
desejo. 
 Na manhã seguinte, foi o primeiro a acordar. (…) Havia uma 
tosse da madrugada e uma tosse da manhã. Eu me lembro 
daquele dia. Nunca se tossiu tanto. Sujeitos se torciam e 
retorciam asfixiados. E, súbito, a tosse parou. Todo o 
Sanatorinho sabia que, no alto do morro, o Simão ia ver a tal 
mulher do riso desdentado. E justamente ela estava subindo a 
ladeira. Como na véspera, deu adeus; e todas as janelas e 
varandas retribuíram. Uma hora depois, volta o Simão. Foi 
cercado, envolvido: – “Que tal?”. Tinha uma luz forte no olhar: – 
 “Tem amanhã outra vez”. Durante todo o dia, ele quase não 
saiu da cama: – sonhava. Às seis, seis e pouco, um médico 
entra na enfermaria. Falou pra todos: – “Vocês não se metam 
com essa mulher que anda por aí, uma baixa. Passou, hoje de 
manhã, subiu a ladeira. É leprosa”. Ninguém disse nada. O 
próprio Simão ficou, no seu canto, uns dez minutos, quieto. 
Depois, levantou-se. No meio da enfermaria, como se desafiasse 
os outros, disse duas vezes: – “Eu não me arrependo, eu não me 
arrependo”. 
(RODRIGUES, Nelson. A menina sem estrela. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1993, p. 132-3.) 
A partir da convenção seguinte: 
I. Animização 
II. Metáfora 
III. Metonímia 
IV. Silepse 
 
Preencha os parênteses com a adequada classificação das 
figuras de linguagem: 
( ) “… e todas as janelas e varandas retribuíram.” 
( ) “Campos do Jordão estava cheio de casos parecidos.” 
( ) “… Simão ia ver a tal mulher do riso desdentado.” 
 
A sequência correta encontra-se em 
A) I, III, II. 
B) I, IV, II. 
C) II, III, II. 
D) III, IV, II. 
E) III, IV, III. 
 
QUESTÃO 43 
 
Considere o poema a seguir: 
 
Chega! 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos. 
Minha boca procura a "Canção do Exílio". 
Como era mesmo a "Canção do Exílio"? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que tem palmeiras 
onde canta o sabiá! 
 (Carlos Drummond de Andrade, "Europa, França e Bahia", 
ALGUMA POESIA) 
 
Neste excerto, a citação e a presença de trechos.............. 
constituem um caso de.............. 
 
Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser 
preenchidos, respectivamente, com o que está em: 
A) do famoso poema de Álvares de Azevedo / discurso indireto. 
B) da conhecida canção de Noel Rosa / paródia. 
C) do célebre poema de Gonçalves Dias/ intertextualidade. 
D) da célebre composição de Villa-Lobos/ ironia. 
E) do famoso poema de Mário de Andrade / metalinguagem. 
 
QUESTÃO 44 
 
Considere o texto lírico abaixo (letra de uma música da banda 
brasileira Mutantes) e, conforme a linguagem utilizada pelo 
artista avalie as assertivas e assinale a alternativa correta: 
 
Vamos embora companheiro, vamos 
Eles estão por fora do que eu sinto por você 
 
Me dê sua pata peluda, vamos passear 
Sentindo o cheiro da rua 
 
Me lamba o rosto, meu querido, lamba 
E diga que também você me ama 
 
Eu quero ver seu rabo abanando 
Vamos ficar sem coleira 
 
Vamos ter cinco lindos cachorrinhos 
Até que a morte nos separe, meu amor! 
 
Assertivas: 
I – O artista valeu-se da prosopopeia. Tal figura de linguagem se 
caracteriza pela atribuição de características de ser vivo a um 
ser inanimado ou pela atribuição de uma característica humana a 
um ser irracional; 
II – Faltam ao texto acima coerência (sentido) e coesão (conexão 
entre suas partes). Isso ocorre porque o texto está construído a 
partir de metáforas; 
III – O eu-lírico foi caracterizado como uma cadela que dialoga 
com um cachorro e propõe a ele um relacionamento amoroso-
sexual gerador de prole; 
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Está correto apenas o que se afirma em: 
 
A) I e II 
B) II e III 
C) II 
D) III 
E) I e III 
 
QUESTÃO 45 
 
Considere o seguinte poema: 
 
O capoeira 
 — Qué apanhá sordado? 
 — O quê? 
 — Qué apanhá? 
 Pernas e cabeças na calçada. 
 
Assinale a alternativa em que não se lê uma característica 
presente no texto acima: 
 
A) oralidade 
B) velocidade fotográfica 
C) crítica social 
D) humor 
E) regionalismo pitoresco 
 
Questões de 46 a 90 
 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
MAT-FABIANO 
QUESTÃO 46 
 
Chama-se margem de contribuição unitária a diferença entre o 
preço de venda de um produto e o custo desse produto para o 
comerciante. Um comerciante de sapatos compra certo modelo 
por R$ 120,00 o par e o vende com uma margem de contribuição 
unitária igual a 20% do preço de venda. A margem de 
contribuição unitária como porcentagem do custo do produto 
para o comerciante é: 
 
A) 25% 
B) 22,5% 
C) 20% 
D) 17,5% 
E) 15% 
 
QUESTÃO 47 
 
O gráfico abaixo apresenta a distribuição de frequências dos 
salários (em reais) dos funcionários de certo departamento de 
uma empresa. 
 
 
Podemos afirmar que: 
A) A mediana dos salários é R$ 7.000,00. 
B) A soma dos salários dos 10% que menos ganham é, 
aproximadamente, 6,3% da soma de todos os salários. 
C) 35% dos funcionários ganham cada um, pelo menos, R$ 
8.000,00. 
D) A soma dos salários dos 10% que mais ganham é, 
aproximadamente, 16,4% da soma de todos os salários. 
E) 35% dos funcionários ganham cada um, no máximo, R$ 
4.000,00. 
 
QUESTÃO 48 
 
Duas companhias aéreas A e B realizam voos entre duas 
cidades X e Y. Sabe-se que: 
 
• a quantidade de voos realizados semanalmente pelas duas 
companhias é igual; 
• a companhia A tem uma taxa de ocupação média de 70% 
nesses voos; 
• a companhia B tem uma taxa de ocupação média de 40% 
nesses voos. 
 
A companhia B colocou nos jornais uma propaganda com os 
seguintes dizeres: 
 
“Somos a companhia que mais transporta passageiros entre as 
cidades X e Y.” 
 
A companhia A foi para a justiça, alegando que a afirmação era 
falsa e, portanto, enganava os consumidores. 
Dentre os argumentos a seguir, aquele que representa a melhor 
defesa para a companhia B é 
A) “nossos aviões atrasam, em média, metade das vezes que 
atrasam os aviões da companhia A”. 
B) “nossos aviões têm, em média, a metade da capacidade dos 
aviões da companhia A”. 
C) “nosso maior avião tem o dobro da capacidade do maior avião 
da companhia A”. 
D) “nossos aviões têm, em média, o dobro da capacidade dos 
aviões da companhia A”. 
E) “nossos aviões voam com o dobro da velocidade dos aviões 
da companhia A”. 
 
QUESTÃO 49 
 
No aniversário de 20 anos de uma escola, seu fundador fez a 
seguinte declaração: 
 
“Nesses 20 anos, formamos 25 alunos que hoje são professores 
desta casa e 30 alunos que hoje são médicos. Entretanto, em 
nenhum ano formamos mais do que dois desses médicos e nem 
mais do que três desses professores.” 
 
É correto afirmar que, certamente, 
A) em todos os anos formou-se pelo menos um dos professores. 
B) em todos os anos formou-se pelo menos um dos médicos. 
C) em pelo menos um ano não se formou nenhum médico e 
nenhum professor. 
2000 4000 100006000 8000 
Salários 
Fr
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2 
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20 
D) em pelo menos um ano formou-se pelo menos um médico e 
pelo menos um professor. 
E) em pelo menos um ano formou-se pelo menos um médico e 
nenhum professor. 
 
QUESTÃO 50 
 
No Brasil, o 2º turno das eleições presidenciais é disputado por 
apenas dois candidatos. O ganhador é aquele que conquistar 
mais da metade dos votos válidos, isto é, mais de 50% do total 
de votos excluindo-se votos brancos e nulos. De acordo com 
esse critério, um candidato ganhará o 2º

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