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PETIÇÃO CÍVEL 3

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Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) de Direito do Juizado Especial Cível da comarca de Boa Vista- Roraima.
ANDERSON RAMIREZ, brasileiro, estado civil, comerciante, data de nascimento, portador do RG 350789, e do CPF 304.305.220-53, endereço eletrônico, residente e domiciliado na rua Alameda da Serra, 3567, Jardim América, na cidade de São Paulo-SP, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio do (a) seu (sua) advogado (a), adiante assinado, conforme procuração anexa, possuidor do endereço eletrônico (...), com endereço profissional situado à rua (...), onde recebe intimações e notificações, com fulcro no art. 319 do CPC, propor a presente:
MANUTENÇÃO DE POSSE C/C PEDIDO DE LIMINAR E PERDAS E DANOS
em face da empresa SHOPPING BARRA VERDE, pessoa jurídica, inscrito no CNPJ 30.072.987/0001-23, endereço eletrônico, residente na rua (...), 110, na cidade de Boa Vista/RR saída para Venezuela, pelos motivos de fato e de direito a seguir exposto.
I-DOS FATOS
O autor firmou contrato de locação comercial no Shopping Barra Verde, com o prazo de 05 anos ajustado entre as partes, a contar do dia 03.12.2014 ao dia 03.12.2019. O valor do locativo firmado entre os mesmos foi de R$ 3.000,00 mensais.
Ocorre Excelência, que de maneira repentina na data de 10.09.2017, o referido Shopping, notificou extrajudicialmente o Requerente Anderson Ramirez, para que desocupasse o local até o dia 31.12.2017, visto que seria realizada uma reforma no local, com a chegada de um parquinho infantil, que ocuparia o espaço atual na Loja 35, loja essa, cujo era objeto da locação, mesmo que o Senhor Anderson estivesse totalmente adimplente com os locativos e todos os demais encargos contratuais vigentes.
DO FUNDAMENTO
Conforme preceitua o art. 571 do CC, havendo prazo estipulado à duração do contrato, antes do vencimento não poderá o locador reaver coisa alugada, senão ressarcindo ao locatário as perdas e danos resultantes, nem o locatário devolvê-la ao locador, senão pagando proporcionalmente, a multa prevista no contrato.
e 1.202 do CC, o possuidor tem direito a ser
mantido na posse do imóvel no caso de sua turbação. Para tanto, o art. 927 do CPC elenca
os requisitos necessários para o ingresso da presente açã
Possibilidade de sublocação, cessão de locação e empréstimo do imóvel
Uma das cláusulas mais importantes - e também, controversas - de um contrato de locação é aquela que veda ou permite ao locatário sublocar, ceder ou emprestar o imóvel a uma terceira pessoa. Conforme a Lei de Inquilinato, só será possível ao locatário fazê-lo quando o locador expressamente permiti-lo.
No presente modelo, você terá a opção de escolher entre incluir esta permissão ou de manter a vedação.
O Direito aplicável
As relações entre locadores e locatários são regidas pela Lei do Inquilinato (Lei federal n. 8.245, de 18 de outubro de 1991), cuja principal revisão ocorreu por meio da Lei federal n. 12.112, de 09 de dezembro de 2009.
DOS PEDIDOS
Face do exposto requer;
- o deferimento liminar de reintegração ou alternativamente manutenção de posse da área de terras ainda utilizada pelo autor, e reintegração da fração de 400m2 a qual sofreu turbação, para que a ré se abstenha de adentrar com maquinários, pessoas ou qualquer equipamento, cessando daí a situação de esbulho;
- a citação da demandada, e ao final total procedência da ação, tornando definitivos os efeitos da liminar;
- a condenação da ré aos pagamentos de danos, em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência;
- a aplicação de multa diária, caso a Ré, adentre com maquinas, pessoas ou qualquer ato que turbe a posse do autor;
- a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente documental e testemunhal;
- a condenação da ré ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 CPC/2015.
III – PERDAS E DANOS
Durante o período da data 10/09/2017, o autor foi notificado extrajudicialmente a fim de que desocupasse o local até a data 31/12/2017, o que lhe causou a suspensão de suas atividades, bem como danos causados na referida loja, haja vista que o Sr. Anderson foi notificado repentinamente quebrou a chave da porteira e arrombou a porta da sede. E ainda os gastos com passagens , considerando que o Requerente mora em outro Estado.
Tal conduta, indubitavelmente, lhe causou danos estimados em mais de R$ 1.000,00.
Trata-se de direito amplamente reconhecido ao autor, conforme precedentes sobre o tema:
“A reparação do dano moral tem natureza punitiva, aflitiva para o ofensor, com o que tem a importante função, entre outros efeitos, de se evitar que se repitam situações semelhantes”(AP. 195.039094/95).
Neste sentido, também já se posicionou o STJ, prevendo que o arbitramento judicial seja feito a partir de três dados relevantes, o nível econômico do ofendido, o porte econômico do ofensor e as condições em que se deu a ofensa. (STJ, RESP 6048-0/RS).
 
A indenização por danos causados deve alcançar valor tal que sirva de exemplo e punição para o réu, servindo ao Autor como compensação pela dor sofrida.

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