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Aula Empresarial 01 e 02 e 03 e 04 e 05

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Aula 01 – Direito Empresarial 
 
Primeiramente, cabe destacar que com o advento do Código Civil de 2002, que 
revogou parte do código comercial de 1850, no Brasil passamos a utilizar a 
expressão “Direito Empresarial”, em vez de “Direito Comercial”, o que ensejou 
a mudança nos cursos jurídicos. 
A grande diferença é que o direito Empresarial é mais amplo que comercial, 
haja vista alcançar todo exercício profissional de atividade econômica para 
produção ou circulação de bens ou serviços no país. O direito comercial 
alcançava em sua concepção inicial, apenas os comerciantes que compravam 
para depois revender para pessoas. 
De qualquer forma o Direito Comercial é um ramo histórico do direito, que 
surgiu pela necessidade dos comerciantes, não respaldada pelo código civil, ou 
seja, pelo direito civil. 
 
1.2 Evolução Histórica do Direito empresarial 
Nas palavras do jurista alemão Levin Goldschimidt, o desenvolvimento do 
conceito de propriedade individual foi fundamental para o intercâmbio de bens, 
especialmente dos bens móveis; isso desde os tempos primitivos. Toda 
circulação de mercadorias na sua fase inicial é o comércio de troca, um 
comércio realizada por andarilhos (comércio de rua) em que a negociação se 
da por conta própria. Mas aos poucos foi aparecendo a mercadoria 
intermediária, o dinheiro, e assim o negócio outrora chamado de troca foi-se 
formando o comércio de compra, certamente pela primeira vez no tráfico 
internacional. 
Por óbvio a troca feita nos tempos primitivos era algo pequeno e feito 
geralmente pelos membros da própria comunidade. O seu crescimento e a sua 
regularidade se deram razão da intervenção do intermediário (comerciante 
estrangeiro), o qual satisfazia os compradores, trazendo coisas desejadas, 
como joias, metais, armas entre outros. O comerciante estrangeiro era ou 
amado ou odiado, pois alguns eram tidos como enganadores. 
Aos poucos o comércio foi se fixando fisicamente, normalmente nas praças das 
cidades, essas chamadas de comércio estável, adicionado ao comércio 
ambulante, ou seja, de rua. 
Ainda nos dias de hoje em países asiáticos o comércio ambulante é muito 
marcante. Com o passar do tempo foi crescendo também o comércio em 
atacado, sendo assim o comerciante considerado como um profissional, ou 
seja o comércio viraria profissão. 
Anteriormente, alguns pesquisadores aduzem que o próprio código de 
Hamurabi já havia previsão do contrato de sociedade e também do empréstimo 
de algo a juros. 
Já no império romano não havia tratamento jurídico específico para o tráfico 
mercantil (comércio). Os grandes juristas historiadores afirmam que o direito 
comercial romano era submetido as regras de direito privado comum. Esta 
ausência de normas foi predominante para elaboração de regras que mais 
tarde caracterizaria o direito comercial como ramo do direito. 
Com a queda do império romano, o direito canônico (proveniente da igreja 
católica) não deixou incorporar algumas regras do direito privado, o maior 
exemplo eram os juros, pois a igreja considerava o dinheiro estéril , por isso 
não poderia ter filhos. 
Com isso, os comerciantes evoluíram e desenvolveram técnicas negociais, 
como a letra de câmbio (que será mais a frente estudada) para a busca de 
crédito. 
Assim, os comerciantes venceram a ausência de legislação no direito romano e 
também superaram as restrições do direito canônico, já que a partir daí o 
comércio passou a ter mais oportunidades, do ponto de vista jurídico, para seu 
desenvolvimento. 
Alguns juristas como Fábio Ulhoa, afirmam que o direito comercial se 
desenvolveu quase no escuro, sem experiência social e jurídica, arriscando 
sem medir conhecimentos. 
O nascimento e a evolução do direito comercial ocorreram pela necessidade de 
estruturação do setor econômico. Diferentemente do direito civil, que é estático, 
o direito comercial sempre esteve em constante evolução, aberto ao espírito de 
criação dos comerciantes por seus usos e costumes (fonte primária de direito). 
Além disso, na idade média as pessoas começaram a migrar do campo para a 
cidade, onde artesões e marcadores passavam a exercer atividades negociais. 
Assim, desenvolveram-se as feiras, os mercados, que facilitaram o encontro 
de comerciantes., o que por sua vez contribuiu para um desenvolvimento de 
um comércio interno e internacional forte na Europa. 
Vale mencionar que o desenvolvimento do direito marítimo também tem papel 
relevante na construção do direito comercial como ramo do direito. 
Na Idade média os comerciantes criaram as corporações de ofício e de artes, 
com normas e justiça própria (tribunal dos comerciantes), destinada a 
solucionar possível conflitos (arbitragem), um grande passo para afirmação do 
direito comercial. 
Assim, podemos afirmar que o direito comercial em sua evolução, pode ser 
dividida em 3 fases: 
1- Usos e costumes que se inicia na idade média e vai até 1807, ano da 
edição do código comercial francês. 
2- Teoria dos atos de comércio – de 1087 até 1942, ano marcado pela 
edição do código civil italiano 
3- Teoria da Empresa, a partir de 1942 
Teoria dos atos do comércio 
Com o movimento das grandes codificações (promovidos substancialmente 
porá Napoleão Bonaparte, a partir do código francês de 1804), a disciplina do 
direito comercial passou a ter nova roupagem, com a criação da teoria dos atos 
do comércio, positivada pelo código comercial brasileiro de 1850. 
De acordo com o artigo 110-1, do código comercial francês, de 1807 ato de 
comércio é a compra com intenção de revender. 
Nessa fase o direito comercial tinha por objeto principalmente estabelecer 
regras sobre os atos daqueles que compravam para revender, ou seja, a 
atividade dos comerciantes. 
Para que alguém fosse considerado comerciante, os atos do comércio deviam 
ser realizadas habitual e profissionalmente, isso também era chamado de 
mercancia. 
Portanto, os atos do comércio ou mercancia pressupunham a habitualidade, 
ação continua no exercício da atividade comercial, conforme o artigo 19, do 
então vigente decreto nº 737/1850, considerava-se mercancia: compra, venda 
ou troca com o fim de revender por atacado ou a granel na mesma espécie. 
Esse artigo legal brasileiro em tese se equivalia ao artigo 110-1 do código 
francês de 1804. 
Outro ponto importante era que o revogado artigo 4º do código comercial 
brasileiro de 1850 previa que somente era considerado comerciante para fins 
de proteção legal quem estivesse matriculado em um tribunal do comércio e 
fizesse da mercancia sua profissão habitual. O emprego da terminologia 
comerciante se explica, em parte, porque a industrialização ainda começava, e 
a atividade de prestação de serviços era também incipiente (inicial). A principal 
atividade desenvolvida então era o comércio. 
 
Teoria da empresa 
Com o passar do tempo, em especial pelo grande desenvolvimento de 
atividades econômicas complexas, principalmente na industrial e na prestação 
de serviços, a teoria dos atos de comércio tornou-se insuficiente como 
disciplina jurídica para o direito comercial, até porque as novas atividades 
econômicas não eram alcançadas por essa teoria. 
Surgiu então, a partir da vigência do Código Civil italiano de 1942, a teoria da 
empresa , uma evolução dos atos do comércio, haja vista sua maior amplitude. 
A teoria da empresa é mais ampla que a teoria dos atos do comércio porque 
alcança qualquer atividade econômica organizada para produção de bens ou 
serviços (exceto as atividades intelectuais) e não apenas os atos de comércio. 
No Brasil, foi adotada pelo Código Civil de 2002, por influência de legislação 
italiana. Vamos falar mais da teoria da empresa. 
 
Desenvolvimento do direito empresarial no Brasil 
 
Durante o Brasil colônia, as relações jurídicas brasileiras eram reguladas pelas 
ordenações portuguesassob a influencia do direito canônico e direito romano. 
Com a chegada da família real ao Brasil em 1808 (que saiu de Portugal em 
razão da invasão das tropas napoleônicas), surgiu a necessidade de 
organização da Corte e de uma legislação com finalidade econômica. 
Por obra de Visconde de Cairu, com a lei abertura dos portos, de 1808, os 
comerciantes antes impedidos pela política mesquinha da metrópole, abrem-se 
plenamente pelo comércio. 
Posteriormente, ainda no mesmo ano, surgem a Real junta de comércio, 
agricultura, fábricas e navegações e o banco do Brasil, criado pelo alvará 
12/10/1808, entre outras determinações legais. 
Após a proclamação da independência de 7 de setembro de 1822, foi 
convocada a assembleia legislativa de 1823, determinando que ainda ficariam 
em vigência no Brasil, as leis portuguesas, com a possibilidade de invocar leis 
mercantis de países cristãos com boa jurisprudência. Isso se deu em face de 
ausência de um ordenamento jurídico brasileiro naquele momento. 
Nesta toada, o código comercial francês de 1807, código comercial espanhol 
de 1829 e o português de 1833 foram verdadeiras fontes legislativas para o 
Brasil, no século XIX. 
 
Código comercial de 1850: 
Mesmo diante de todas as legislações utilizadas subsidiariamente , o Brasil 
necessitava da verdadeira soberania, com uma legislação própria. Assim em 
1834, foi elaborado um projeto de código do comércio que tramitou na Câmara 
para, em 1850 ser sancionada a lei 556 de 25/06/1850, conhecida como código 
comercial brasileiro. 
Esse código é elogiável até os dias de hoje em razão de sua técnica e 
precisão. Foi inspirado nos códigos de França, Espanha e Portugal. No mesmo 
ano sua regulamentação foi regulamentada pelo decreto 737 de 1850. 
Depois surgiram legislações mercantis sobre regras do processo do comércio , 
sociedade limitada, anônima, forma falimentar e etc. 
O código comercial adotava a teoria dos atos de comércio. Na segunda metade 
do século XX, a doutrina e jurisprudência começaram a perceber a insuficiência 
desta teoria, passando a admitir a teoria da empresa, sendo percebido por 
exemplo com advindo do CDC de 8078/90. 
Em 2002 entrou em vigor o novo código civil , revogando a primeira parte do 
código comercial de 1850 (maior parte). A partir disto o direito empresarial 
deixou de ter como fonte principal o código comercial, passando a ser regulado 
pelo código civil. 
Em razão disso, o código civil de 2002 adotou a teoria da empresa em 
detrimento da teoria dos atos de comércio, conforme artigo 966 senão vejamos: 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de 
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa. 
fim 
 
 
 
 
Aula 02 Direito Empresarial e Societário 
AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL DENTRO DO DIREITO PRIVADO 
A vigência do código civil de 2002 levou à unificação dos diplomas 
obrigacionais, já que obrigações civis e empresariais seguem esse mesmo 
regime jurídico, ou seja, o estabelecido pelo código civil de 2002. 
Esta unificação fez com que alguns doutrinadores erroneamente frisassem que 
ocorreu a unificação do direito privado e a consequente extinção do direito 
empresarial, já que a partir da vigência do código de 2002 este passaria a 
pertencer ao direito civil. Não se pode concordar, primeiro porque um ramo do 
direito não se justifica em razão de um código. O direito administrativo por 
exemplo não tem um código, mas nem por isso deixa de ser um ramo do 
Direito. 
Na Itália, a unificação das regras obrigacionais, em 1942, não ocasionou na 
extinção do direito comercial, que se manteve como disciplina autônoma sem 
grandes controvérsias. 
O Direito empresarial continua tendo autonomia em relação aos demais ramos 
do direito, mesmo com a revogação de boa parte do código comercial de 1850, 
por possuir princípios próprios, principalmente quanto aos usos e costumes. 
Não obstante a isto a autonomia do direito comercial se dá pela própria 
disposição da CF, em seu artigo 22, inciso I. 
O direito empresarial difere do direito civil por ser dinâmico em suas relações e 
normas. O direito civil é estático e empresarial é criativo e mutante. 
O professor Cesare Vivante, maior comercialista de todos os tempos, na 
Universidade de Roma, no final do século XIX, escandalizou o mundo jurídico 
ao frisar que não havia mais autonomia do direito comercial. 
Mais tarde o mesmo jurista mudou de opinião, defendendo a autonomia do 
direito comercial em relação ao direito civil, haja vista que um era muito estático 
e outro muito dinâmico, conceituando o direito comercial como: 
“O direito comercial constitui aquela parte do direito privado que tem, 
principalmente, por objeto regular a circulação dos bens entre aqueles que os 
produzem e aqueles que os consomem” 
Para Levin Goldschimidt, o direito comercial pode ser considerados uma parte 
da ciência do comércio, isto é, a soma de todos os conhecimentos que são 
importantes para o exercício do comércio. 
Fabio Ulhoa comenta que o direito comercial influencia o direito civil, pois ele 
arrisca mais, inventando e experimentando novos institutos, que mais tardes 
são ou não consolidados no âmbito civil. Por exemplo o sistemas de 
pagamento foram inventados pelo direito empresarial, primeiramente a letra de 
cambio (evitava risco de assalto nos percursos dos mercadores) e, 
posteriormente com cheque, cartão de crédito que devido a grande aceitação 
passaram a fazer parte da vida civil. (lei cheque 7357/1985) 
Por fim o próprio Fabio Ulhoa pondera que o direito empresarial também é 
autônomo pela própria manutenção da disciplina nos bancos universitários, 
inclusive na Espanha e Itália. 
 
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL 
Fontes do direito são as maneiras pelas quais se estabelecem as regras 
jurídicas, ou seja, fonte é onde nasce as regras jurídicas. 
No direito empresarial as fontes do direito podem ser divididas em primarias e 
secundárias. 
Fontes primárias: são as leis empresariais ( franquia, falimentar, títulos de 
crédito entre outras), o código comercial (parte não revogada direito marítimo), 
o código civil, CF entre outras. 
Fontes secundárias: São os usos e costumes. Vale lembrar que conforme 
explicitado, os usos e costumes já foram as principais fontes do direito 
empresarial. 
Usos e costumes 
Tratam-se de práticas empresariais continuadas de determinados atos pelos 
agentes econômicos, que são aceitas pelos empresários como regras 
obrigatórias. Ocorrem quando não possui normas expressas para regular o 
assunto. 
Exemplo disso são boletos bancários, independente de previsão legal, outro 
exemplo as arras assecuratórias (sinal no imóvel). 
No Brasil para os usos e costumes valerem como se fossem leis, devem estar 
assentados no registro público de empresas mercantis e atividades afins, 
conforme a lei 8934/94. 
Tal determinação legal acaba minimizando o papel dos usos e costumes como 
fonte, diferente dos primórdios quando eram as principais fontes do direito 
empresarial. 
RAMIFICAÇÕES DO DIREITO EMPRESARIAL 
Assim como o direito civil que possui ramificações (direito de família, 
sucessões etc), o direito empresarial também possui ramificações, quais sejam: 
- direito societário ( trata dos vários tipos de sociedades empresariais) 
- direito falimentar – cuida da recuperação judicial, extrajudicial e falência de 
empresários individuais e sociedades empresárias 
- direito industrial (propriedade intelectual) – regula marcas e patentes, 
desenhos industriais 
- direito cambiário – cuida de títulosde crédito (cheque letra de cambio, 
duplicata) 
- direito concorrencial – trata-se da concorrência leal entre as empresas, 
inibindo abusos econômicos e condutas desleais 
- direito bancário – cuida do sistema financeiro, especialmente no âmbito 
privado 
- direito do mercado de capitais – regula o mercado de valores mobiliários 
- direito marítimo – trata das regras de embarcações, fretamento, naufrágio 
- direito securitário – estabelece regras sobre seguros de pessoas e de coisas 
 
Obs: Não há consenso se o direito do consumidor é um sub ramo do direito 
empresarial ou outro direito civil. O fato é que direito do consumidor é 
composto por regras do direito empresarial, civil, administrativo, penal etc. 
 
OBJETO DO DIREITO EMPRESARIAL 
É essencialmente regular as relações entre empresários e dispor sobre as 
regras das sociedades empresariais, isso sem perder o conceito de Cesare 
Vivante, disciplinador da circulação dos bens entre aqueles que os produzem e 
aqueles que o consomem. 
Agora o objeto do direito empresarial é a teria da empresa, conforme artigo 
966, CC> 
 
EMPRESARIO 
Empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para produção ou circulação de bens ou serviços, de acordo com o 
artigo 966, do código civil. 
Este artigo, é reflexo do artigo 2082, do código civil italiano que dispões que 
empreendedor é aquele que exerce profissionalmente uma atividade 
econômica organizada para o fim da produção ou da troca ou de serviços. 
É correto afirmar que o empresário é um ativador do sistema econômico. Ele é 
o elo entre os capitalistas (que tem capital disponível), os trabalhadores (que 
oferecem a mão de obra) e os consumidores (que buscam produtos e 
serviços). 
O conceito inicial de empresário, a principio compreende a figura do 
empresário individual e a da sociedade empresária (duas ou mais pessoas), 
que também foi denominado empresário coletivo. Recentemente foi criado a 
EIRELI, a qual pode ser tida como a terceira espécie de empresário. 
Estudaremos também Micro empresa , EPP e microempreendedor indivudal, 
que se encaixam em qualquer uma das ramificações acima. 
 
CARACTERIZAÇÂO DO EMPRESÁRIO 
Para ser considerado empresário, deverá o mesmo ser estudado em 5 grupos 
- exercício de uma atividade 
Atividade é o conjunto de atos coordenados para alcançar um fim comum. 
(linha de produção de automóveis exemplo) 
A atividade pode envolver atos jurídicos e atos materiais . (ex ato jurídico 
vender mercadorias geram tributos) atos materiais não geram efeitos jurídicos ( 
deslocamentos mercadorias dentro da netshoes) 
É o empresário quem exerce a empresa, ou seja coordena os atos que formam 
a atividade. 
 
-natureza econômica da atividade 
Atividade econômica tem como finalidade o lucro, cria riqueza por meio da 
circulação de bens ou serviços. 
Quem explora atividade econômica visa o lucro ainda que tenha prejuízo. 
Se o lucro vier de associação ou funcaçao na qual o lucro é revertido a 
assistência, não é atividade econômica. 
Bazar de igreja não é atividade econômica. 
 
-organização 
O empresário é quem organiza a sociedade ele combina os fatores da 
produção de forma organizada. 
Fatores de produção são 1)natureza (matéria-prima) 2)capital 3)trabalho 4) 
tecnologia 
A organização pressupõe um estabelecimento que será estudado adiante 
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, 
para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. 
-profissionalidade 
Significa que o empresário é um profissional expert naquele ofício, sendo que a 
profissionalidade pressupõe 
Habitualidade (atuação continua), pessoalidade( empresário a frente do 
negocio), especialidade (empresário detem informações a despeito do negocio) 
PRODUçÂO OU CIRCULAÇÂO DE BENS OU SEVIÇOS 
Para compreender isto, será dividido em 4 possibilidades 
1 produzier bens – fabricar mercadorias – acrescentar valores a elas por meio 
do processo de transformação, como sapato, padaria 
2 produzur serviços – prestar serviços – bancos, seguradoras, locadoras, 
lavanderias 
3 circular bens – adqurir bens para revender los ( farmácia, loja de roupas etc) 
4 circular serviços – intermediar cliente e fornecedor – corretor de seguros ou 
agente de viagens. 
 
FIM 
CONCEITO EMPRESA 
 
 
 
 
 
AULA 03 – DIREITO EMPRESARIAL 
 
Lembrem-se atividade intelectual não pode ser considerado atividade 
empresarial, o que no entanto não significa afirmar que um profissional que 
exerça atividade intelectual não possa exercer atividade empresária. 
Ex: Médico recém formado abre uma clínica e em primeiro momento labora 
sozinho. Passa tempo, contrata secretária e enfermeira, e mesmo assim será 
considerado um profissional intelectual, pois o nome dele é a razão dos 
pacientes irem ao escritório. Assim, o médico ainda não desenvolve atividade 
empresarial. Ao longo dos anos esse consultório vira uma clínica e futuramente 
se transformar num hospital, os pacientes que ali vão sequer terão 
conhecimento daquele profissional, pois irão pelo prestígio do hospital, neste 
caso sim, a atividade médica será considerada atividade empresarial. 
Assim, o profissional intelectual se tornará empresário quando organizar sua 
atividade como empresa, com o objetivo de empresário: produção de bens ou 
serviços. 
 
INSCRIÇÃO E OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO 
Ao empresário é atribuída uma série de obrigações no Código Civil. A primeira 
obrigação é sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis ( de 
acordo com artigo 1150 do CC o registro está a cargo das juntas comerciais) 
Essa inscrição deve ser feita no órgão da respectiva sede (estado-membro) do 
empresário, devendo ser realizada antes de o empresário iniciar sua atividade 
(967 CC) 
Quanto a inscrição do empresário, deverá ser feita mediante requerimento 
(formulário disponibilizado na junta comercial). Esse requerimento deverá 
conter seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil, regime de bens (se 
casado), firma (nome empresarial), com assinatura, capital ( a ser empregado 
na instituição), objeto e sede da empresa (968 caput e I a IV CC) 
No caso de ser uma sociedade empresário, o ato constitutivo ocorre por meio 
do registro de contrato social, que deverá obedecer os requisitos dos artigos 
997 ao 1000 CC. (veremos mais a frente em sociedades). 
A inscrição do empresário será anotada no livro de Registro Público de 
empresas e, além disso as modificações deverão ser averbadas. 
Caso o empresário queira ter filiais em outros estados, deverá providenciar sua 
inscrição no registro competente, comprovando a inscrição da matriz. 969, 
paragrafo ú CC. 
A inscrição do empresário tem como finalidade: 
-Tornar pública sua atividade, bem como finalidade empresarial. Arts 29 e 30 lei 
8934/94 (lei registro publico e atividades) 
-Efetuar o cadastro do empresário, gerando numero de matrícula, conhecida 
como NIRE (num inscrição registro empres) para cnpj e reconhecimento receita 
federal. 
-Proteger a identificação e seu nome empresarial, que é garantido pelo p da 
anterioridade, quem registrar primeiro goza de proteção. 
-estabelecer o inicio de sua existência (art 45) assegurar a separação 
patrimonial e limitação dos sócios por dividas sociais, adquire personalidade 
jurídica. 
 
Não obstante a isto, o CC prevê outras obrigações ao empresário, que estão 
no capítulo escrituração (1179 e ss). Exemplo escrituração uniforme, balanço e 
resultado econômico 1179. Adoção de livros obrigatórios(1180 CC) diário é 
obrigatório para empresários. – Boa guarda 
 
TIPOS DE EMPRESÁRIOS OU SOCIEDADES 
-EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
Pode-se ter em conta que a palavra empresário é o gênero da qual o 
empresário individual, sociedade empresária (comandita simples, contade 
participação, as, limitada) e a eireli são espécies. 
O artigo 966 usa a palavra empresário para designar o gênero, ora para 
designar a espécie Art 1150 – empresário individual. 
O empresário individual é aquele que, opta por desenvolver sua atividade 
econômica sozinho, isolado, sem sócios. 
Sérgio Campinho (Diplomado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
(UERJ) em 1985.) aduz que o empresário individual trata-se de pessoa física 
titular de uma atividade empresarial, que por sua vez não pode ser confundido 
com sociedade empresarial. 
A este empresário é assegurado é assegurado o direito de inscrição ( a lei 
considera isto um dever), à recuperação de empresas, à falência, a utilização 
de seus livros como como prova em processo judicial, direitos também 
assegurados a sociedade empresária. 
No entanto, o empresário individual não goza das limitações da 
responsabilidade e da separação patrimonial, princípios inerentes às sociedade 
empresárias e a EIRELI. 
Em sua atividade solitária, não se considera em separado o patrimônio da 
empresa e o patrimônio pessoal, logo a responsabilidade deste empresário é 
ilimitada, inclusive, com seu patrimônio pessoal, ainda que sua empresa tenha 
patrimônio próprio. 
A propósito, não há que se falar da aplicação da desconsideração da 
personalidade jurídica (estudaremos adiante), justamente pelo fato de que a 
responsabilidade é ilimitada. 
Surge então o questionamento de o porque do empresário se matricular na 
Junta comercial? 
Pelo fato de que o empresário tem alguns direitos assegurados, como 
recuperação de empresas, uso de livro contábeis em processo judicial, 
vantagens tributárias (parcelamento) entre outros. 
Empresa individual pode admitir sócios, desde que altere o registro ou pode se 
transformar em eireli. 
 SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
É outra espécie do gênero empresário. Trata-se de um contrato (acordo de 
duas ou mais partes para constituir, regular ou extinguir entre elas uma relação 
jurídica de direito patrimonial - artigo 1321 cc italiano). Vamos mais a frente 
aprofundar os estudos de cada sociedade. 
Sócios podem ser pessoas físicas ou jurídicas. Não existe sociedade que 
envolva apenas uma pessoa, pressupondo no mínimo a participação de duas 
partes. Estas que firmam um contrato passam a ser sócias. 
Existem dois princípios básicos que norteiam a sociedade empresária, quais 
sejam: 
Separação patrimonial – o patrimônio da empresa é diferente do patrimônio 
pessoal dos sócios, pois estes ao constituírem uma sociedade fazem um 
aporte de bens ou capitais para formar o patrimônio da empresa. Em geral, seu 
patrimônio não poderá ser afetado por dívidas da sociedade (Art. 795. Os bens 
particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos 
casos previstos em lei. 
 
§ 1o O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, 
tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade. 
§ 2o Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1o nomear quantos bens da 
sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para 
pagar o débito. 
§ 3o O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do 
mesmo processo. 
§ 4o Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a 
observância do incidente previsto neste Código.) 
Limitação da responsabilidade – a responsabilidade dos sócios é limitado ao 
valor de sua participação na sociedade, ou seja, ao valor de suas cotas 
(depende da sociedade) Artigo 1052 CC. 
EIRELI 
Foi instituída por meio da lei 12441/2011. Promoveu algumas alteraçõs no CC, 
nos artigos 44, 980 e 1033. Inspirada nos códigos europeus, decreto 248/86 de 
Portugal (estabelecimento individual resp. limitada) e artigo 2463 cc italiano 
sociedade unipessoal resp limitada. 
A Eireli é um instituto jurídico parecido com a sociedade limitada, mas com 
apenas uma pessoa. Também se assemelha à figura do empresário individual, 
no entanto com responsabilidade limitada deste empresário. 
Assim, a eireli é o instituo pelo qual se possibilita a um empreendedor, 
individualmente, utilizar-se dos princípios da separação patrimonial e da 
limitação da responsabilidade. 
A EIRELI será constituída observando os seguintes critérios: (art 980 A CC) 
-única pessoa 
- pessoa natural não pode constituir mais de uma EIRELI 
- pessoa titular da totalidade do capital social; 
- o capital não pode ser inferior a 100 vezes o salário mínimo vigente no país 
(88.000,00) 
- capital totalmente integralizado 
- nome empresarial deve ser formada pela expressão EIRELI 
Para efeitos tributários e burocráticos a eireli pode ser tida como ME ou EPP 
desde que a receita bruta anual seja R$360000,00. Ou 3600000,00 EPP 
 
ME E EPP 
O artigo 907 do CC garante tratamento (Art. 970. A lei assegurará tratamento 
favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno 
empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.) diferenciado 
para estas empresas. 
Também esta empresa é liberada de ter escrituração contábil e levantamento 
de balaços. LC 123/2006 
ME – receita bruta R$360.000,00 anual 
EPP- receita bruta superior a R$360.000,00 limitado a R$3.600.000,00 
A EPP e ME podem ser empresários individuais, sociedade empresária ou 
EIRELI ou sociedade simples. 
 
EMPRESÁ IRREGULAR OU INFORMAL 
Sabemos que a inscrição é obrigatória, artigo 967, CC. 
Se o empresário não fizer, será um empresário irregular, o mesmo vale para 
sociedade que não registra seu contrato social, ou seja, sociedade irregular. 
Estes não gozam de nenhuma prerrogativa do código civil e respondem 
ilimitadamente por tudo. 
 
CAPACIDADE PARA SER EMPRESÁRIO 
Qualquer pessoa pode exercer atividade empresarial, desde que esteja em 
pleno gozo de sua capacidade civil e não esteja impedido por lei. 
O exercício da atividade empresarial pressupõe capacidade civil do sujeito que 
irá exercê-la. 
A capacidade ocorre quando a pessao atinge a maioridade e a sanidade 
mentao ( 1 ao 5 CC) 
Exceção : Emancipação ( artigo 5, V CC) Menor de 16 anos tiver um 
estabelecimento empresarial com economia própria. 16 anos completos 
incapacidade cessará em razão de seu estabelecimento empresarial. 
Se o menor tem autonomia econômica, juiz deve reconhecer que essa situação 
de fato,, passe a ser de direito, devendo assim ser levado a registro. 
 
IMPEDIMENTOS E INCAPACIDADE 
Uma pessoa pode ser plenamente capaz civilmente, mas não poderá exercer 
atividade empresarial, se estiver impedida por lei. Ex: falido não reabilitado, 
funcionário público, militar, devedor do INSS. 
Caso algum desses exerça atividade empresarial, não gozará dos direitos de 
empresários, mas responderá pelas obrigações, como contratos firmados e 
tributos. 
FALIDO NÃO REABILITADO 
Lei 11.101/2005, artigo 102, a norma presume que se o empresário faliu e não 
se reabilitou (não pagou dividas, não prescreveram, não decorreu prazo na 
sentença penal) não tem condições de começar uma atividade. 
Por isso, a partir da decisão judicial que decretar a falência, o devedor fica 
inabilitado de exercer atividade empresarial até a extinção de suas obrigações. 
Ou no caso de condenação pro crime falimentar, 5 anos após a sentença 
condenatória. 
É uma sanção ao falido. 
 
 FUNCIONÁRIO PUBLICO 
Lei 8112/90 – artigo 117, inciso X- justificativa é que os funcionários públicos 
tem que se preocupar com seus cargos, não com outras atividades 
empresariais. 
Ainda a doutrina alega que dependendo do órgão, o funcionário poderia ficar 
tentado em favorecer sua empresa em detrimento de outras. 
De acordo com a lei, o funcionário pode ser até acionista ou cotista de uma 
sociedade, mas não pode ser administrador, nem exercer atividade 
empresarial. Não pode estar a frente do negócio. 
Caso o façasofrerá sanções que podem culminar até na perda do cargo. 
 
 
 
MILITAR 
Código penal Militar decreto lei 1001/69 – artigo 204 – mesma situação do 
funcionário publico. 
A prática do comércio pelo militar é crime. 
O militar poderia ficar tentado a fazer guarda de seu estabelecimento 
empresarial. 
 
DEVEDOR DO INSS 
Lei 8212/91, artigo 95, parágrafo 2, alínea d – podem sofrer interdições para 
exercer a atividade empresarial. 
Há outras restrições para estes devedores como o impedimento para participar 
de licitações públicas al´pem da dificuldade de encerrar atividades 
econômicas. 
 
ESTRANGEIRO 
Estrangeiro pode em tese exercer atividade empresarial, exceto nos casos 
previstos na CF/88. 
Estrangeiros são impedidos de explorar recursos minerais ( 176, paragrafo 1 
CF) e proprietário de empresa jornalística ( 222 CF) 
 
INCAPACIDADE SUPERVINIENTE 
Ocorre depois do inicio da atividade. Esta não impede a continuação da 
atividade empresária, nas será necessário uma autorização judicial 974 CC. 
 
 
 
 
 
 
AULA 04 DIREITO EMPRESARIAL 
REGISTRO 
No Brasil, há uma divisão no sistema de registro de atividades econômicas. De 
um lado, tem-se o Registro Público de Empresa Mercantis (LEI Nº 8.934, DE 
18 DE NOVEMBRO DE 1994 – junta comercial) e do outro Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas. 
As atividades empresárias (empresário individual ou sociedades) são inscritas 
no registro Público de Empresas Mercantis. Já as atividades intelectuais (são 
sociedades simples) são inscritas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
1150 CC 
Se a atividade intelectual for exercida por um profissional liberal ou autônomo 
(não há sociedade), basta seu registro na prefeitura, pois não há inscrição no 
registro civil das pessoas jurídicas, nem no registro público de empresas 
mercantis. 
Quanto ao prazo para apresentação dos documentos para realização do 
registro deve ser feita em 30 dias, a partir da assinatura do ato constitutivo, sob 
pena de responsabilidade por perdas e danos. (1151, parágrafos 1 e 3 CC) 
Cabe ao órgão registral verificar a regularidade e a legitimidade de registro 
(arts 1152 e 1153 CC) 
REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS 
Este serviço é realizado pelas juntas comerciais. (lei 8934/94) 
Todas as juntas comerciais integram o sistema nacional de registro de 
empresas mercantis – SINREM. O SINREM também é composto do 
Departamento nacional do Registro do comércio. ( artigo 3 lei)(DNRC) 
As juntas comerciais são órgãos locais, com funções executoras e 
administrativas de serviço de registro. Há uma junta comercial para cada 
estado. 
As finalidades das juntas comerciais são: dar garantia publicidade, 
autenticidade, segurança e eficácia aos atos empresariais, efetuar o registro de 
ato constitutivo do empresário, bem como as suas alterações e seu 
cancelamento, arquivar documentos, autenticar instrumentos de escrituração 
empresarial, assentar os usos e as praticas mercantis entre outros. ( artigos 1, 
8 e 32 lei 8934/94) 
 
 
REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS 
Por sua vez, o Registro civil das pessoas jurídicas tem suas regras 
estabelecidas pela 6015/73, artigos 114 e ss.( dispõe sobre os registros 
públicos, e dá outras providências.) 
Importante lembrar que o Registro Civil das Pessoas Jurídicas também recebe 
o nome popular de cartório, apesar das imperfeições desse termo, haja vista 
que o cartório pode ser aplicado a outras situações. 
No Registro Civil das Pessoas Jurídicas são registradas as sociedades simples 
e outras pessoas jurídicas não enquadradas como atividade empresarial, como 
associações e fundações. 
 
ATOS DO REGISTRO DA EMPRESA 
Os atos de registro de empresa, executados pelas Juntas Comerciais dos 
Estados da Federação, são de três distintas classes, conforme leciona o 
brilhante professor Ricardo Negrão: 
Matrícula: é o nome do ato que se refere tão-somente a inscrição dos leiloeiros, 
tradutores públicos, intérpretes comerciais públicos (O Tradutor Público e 
Intérprete Comercial exercem as suas atribuições em todo o território da 
Unidade Federativa da Junta Comercial que o nomeou), trapicheiros 
(administradores de armazéns para importação ou exportação) e 
administradores de armazéns-gerais. ( a junta funciona como órgão profissional 
dessas categorias, inclusive estabelecendo código de ética e exercendo 
controle sobre estas profissões) 
Arquivamento: envolve atos de constituição, alteração, dissolução e extinção 
de empresas individuais, sociedades empresárias ou cooperativas, bem como 
atos relativos a consórcio e grupos de sociedade, empresas estrangeiras, a 
declaração de microempresa e outros documentos que possam interessar ao 
empresário e às sociedades empresárias. 
Autenticação de documentos: de escrituração empresarial e de cópias dos 
documentos e usos e costumes assentados em seus registros. É condição de 
regularidade do documento. 
 
AUSÊNCIA DE REGISTRO DAS EMPRESAS 
É a chamada empresa irregular, em tese, não pode exercer atividade 
empresária e não está abarcada pelas proteções legais. 
O empresário não registrado não poderá usufruir dos bens que o direito 
comercial libera em seu favor. É considerado empresário, mesmo sem registro, 
mas será um empresário irregular, sendo aplicada as seguintes restrições: 
Não pode pedir falência, não pode pedir recuperação judicial, não pode ter 
seus livros autenticados no registro da empresa, em virtude da falta de 
inscrição (artigo 1181 CC). 
 
INATIVIDADE DA EMPRESA 
O empresário individual e a sociedade empresária que não procederem a 
qualquer arquivamento no prazo de dez anos, deve comunicar a junta 
comercial que ainda se encontram em atividade. Se não o fizerem, serão 
considerados inativos. A inatividade da empresa autoriza a junta comercial 
proceder o cancelamento do registro, com a perda do nome empresarial, pelo 
titular inativo 
Exige a lei que a junta comunique, previamente o empresário acerca da 
possibilidade do cancelamento, podendo o fazer por edital. Se atendida a 
comunicação, desfaz-se a inatividade; no caso de não atendimento, efetua-se o 
cancelamento do registro, informando-se o fisco. Caso o empresário 
futuramente pretenda retomar suas atividades, deverá obedecer os mesmos 
procedimentos, relacionados com a constituição de uma nova empresa, não 
tendo direito ao nome empresarial anteriormente adotado, caso já registrado 
por outro empresário. 
 
OBRIGAÇÃO COMUM A TODOS OS EMPRESÁRIOS: ESCRITURAÇÃO DOS 
LIVROS EMPRESARIAIS 
Todos os empresários estão sujeitos a três obrigações: 
Registrar-se no Registro de empresa antes de iniciar suas atividades (967CC); 
escriturar regularmente os livros obrigatórios e levantar balanço patrimonial e 
de resultado econômico a cada na (1179 CC) 
A inobservância de cada uma dessas obrigações não exclui o empresário do 
regime jurídico comercial, mas importa consequências diversas, que visam 
estimular o cumprimento dessas obrigações. 
Sabemos que a falta de registro não dá prerrogativas ao empresário no que 
tange as benesses, como por exemplo a recuperação judicial. 
Agora, em princípio, o empresário, seja pessoa física ou pessoa jurídica, 
independente do ramo em que atue é obrigado a escriturar os livros 
obrigatórios. Exceção: Microempresários, empresas de pequeno porte e 
microempreendedores individuais (LC123/2006) 
Não custa lembrar que mesmo os empresários dispensados desta obrigação 
deverão procurar um contador, para que a empresa possa fazer seu 
movimento econômico. 
As MEs e as EPPs não optantes pelo simples nacional ficam sujeitos a um 
livro, qual seja livro caixa. 
ESPÉCIES DE LIVROS EMPRESARIAIS 
Primeiro é necessário distinguir livros empresariais de livros do empresário. 
Livros empresariais são aqueles cuja escrituração é obrigatória ou facultativa 
ao empresário,em virtude da legislação comercial. Porém, além destes livros 
empresariais, o empresário também encontra-se obrigado a escriturar outros 
livros, não mais pela parte comercial, mas, sim por força da legislação tributária 
e trabalhista/previdenciária. Os livros do empres são uma parte dos livros do 
empresário. 
Os livros empresariais se dividem em duas espécies: obrigatórios ou 
facultativos. 
Os livros empresariais obrigatórios são aqueles cuja a inscrição é imposta ao 
empresário, a sua ausência por isso, traz consequências sancionadoras 
(inclusive no campo penal). Já os facultativos são os livros que o empresário 
escritura com vistas a um melhor controle sobre seus negócios e cuja ausência 
não acarreta sanção. 
Os livros empresariais obrigatórios se subdividem em dois: comuns e especiais 
Comuns são os livros cuja a escrituração é imposta a todos os empresários, 
indistintamente, ao passo que os especiais são aqueles cuja a escrituração pe 
imposta apenas a uma determinada categoria de exercentes de atividade 
empresarial. 
No direito comercial brasileiro, há apenas um livro comercial obrigatório 
comum, que é o diário (1180, CC). Somente a escrituração deste livro é 
obrigatória a todos os empresários, independente da atividade empresarial que 
exerçam, do tipo de sociedade ou espécie de empresário. 
O livro Diário é obrigatório pela legislação comercial, e registra as operações 
da empresa, no seu dia-a-dia, originando-se assim o seu nome. 
Já na categoria dos livros obrigatórios especiais, cabe menção ao: 
Livro registro de duplicatas – cujo a escrituração é imposta a todos empresários 
que emitem uma duplicata (Duplicata ou duplicata mercantil é um documento 
nominal emitido pelo comerciante, com o valor global e o vencimento da 
fatura.) lei 5478/68, artigo 19 
Livro entrada e saída de mercadorias – que deve ser escriturado pelo 
empresário que explora armazém geral (Comercialmente falando, armazém-
geral é o estabelecimento que têm por objeto a guarda e a conservação de 
mercadorias e bens recebidos de terceiros, mediante cobrança de pagamento 
pelos serviços prestados, como despesas feitas na guarda e conservação das 
coisas e a própria armazenagem. Os armazéns-gerais também possuem a 
função de emitir títulos especiais que representem a posse dos bens sob sua 
guarda, tais como: 
Conhecimento de Depósito: Representa a mercadoria e circula livremente por 
endosso, transferindo, assim, a propriedade da mesma; e 
Warrant: Unido ao Conhecimento de Depósito, mas dele separável à vontade 
do depositante, que se presta à função de títulos constitutivos de direito de 
penhor sobre a mercadoria. 
Qualquer pessoa, natural ou jurídica, apta para o exercício do comércio, pode 
ser titular de um armazém-geral, desde que satisfaça certas exigências e esteja 
devidamente matriculada na Junta Comercial de seu Estado.) 
Livro de escrituração imposta a todas as sociedades por ações – exemplo ata 
de assembleia, presença de acionistas etc. 
Estes são exemplos de livros obrigatórios especiais, pois sua obrigação é 
imposta apenas a uma parcela dos empresários. 
REGULARIDADE NA ESCRITURAÇÃO 
Um livro empresarial obrigatório, comum ou especial, ou até facultativo, para 
produzir efeitos jurídicos que a lei atribui deve atender requisitos intrínsecos e 
extrínsecos. 
Intrínsecos: pertinentes a técnica contábil, estudada pela contabilidade 
(1183CC). Para atender esses requisitos, a escrituração deve ser feira em 
idioma e moeda corrente nacional, em forma mercantil, por ordem cronológica 
de dia, mês e ano, sem intervalos. 
Extrinsecos: São relacionados com a segurança dos livros empresariais. 
Atende os requisitos o livro que contiver termos de abertura e de encerramento 
além de autenticado pela Junta comercial (1181 CC) 
Os livros para serem regulares deverão atender a estes requisitos. 
Atualmente a informática vem ajudando, exemplo a escrituração mercantil é 
feita em suporte eletrônico, em ambientes da internet, mantida pela receita 
federal. 
Para fins penais, (297, paragrafo 2 CP), os livros mercantis se equiparam a 
documento público, assim quem o falsificar responderá por este crime. 
Os livros empresariais deverão estar conservados até a prescrição das 
obrigações (5 anos) conforme artigo 1194 CC. 
 
EXIBIÇÃO JUDICIAL DOS LIVROS EMPRESARIAIS 
Todos os livros comerciais gozam de proteção, ou seja, são sigilosos, art. 
1.190 do CC. 
 Existe a exibição parcial, cujo será apresentado apenas o que interessar 
aquela determinada demanda, já a exibição total poderá implicar na retenção 
do livro no cartório (acautelado). 
 A exibição total apenas poderá ser deferida pelo juiz em casos específicos, 
como, questões relativas à sucessão, comunhão ou sociedade, administração 
ou gestão à conta de outrem ou falência, enquanto a exibição parcial poderá 
ocorrer sempre que se fizer útil a solução da ação, podendo ser de ofício ou a 
requerimento. 
Apenas na falência o Juiz poderá, de ofício, requerer a exibição total dos livros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 05 DIREITO EMPRESARIAL 
 
Balanços anuais 
Todo empresário, pessoa natural ou jurídica esta sujeito à obrigação e levantar 
anualmente dois balanços: 
Patrimonial - Ele é uma demonstração contábil para empresas. Esse 
documento apresenta a posição patrimonial e financeira da empresa sobre um 
período determinado (normalmente anual). 
O objetivo da análise do Balanço Patrimonial é ver o resultado econômico da 
empresa, de fato enxergar como ela está das pernas naquela determinada 
data. 
Porém, para ter esse simples e importante documento em mãos, é preciso 
fazer um ótimo controle do fluxo de caixa e, claro, ter um contador de qualidade 
e confiança. 
Balanço do resultado econômico: - Demonstra lucros e perdas da empresa 
(1179 CC). Exceção das EPPs, MEs, e MEI, todos deverão demonstrar tais 
balanços. 
Inexistência destes balanços é tipificado como crime falimentar. 
 
AGENTES AUXILARES DA EMPRESA 
Prepostos do empresário (antigos agentes auxiliares do comércio): são os 
colaboradores permanentes ou temporários da empresa, com ou sem vínculo 
empregatício, que agem por delegação praticando atos negociais em nome do 
preponente (empresário/sociedade empresaria). Ex.: vendedor, balconista, 
gerente, contabilista, etc. 
Funções do preposto: substituir o titular do negocio (empresário/sociedade 
empresária) agindo como se ele fosse (delegação de poderes). Os empresários 
não conseguem executar todos os atos da empresa! 
- Preposição: mandato remunerado, verbal ou escrito, constituído pelo 
preponente para que o preposto, em seu nome, por sua conta e sob sua 
dependência efetue negócios concernentes às atividade empresariais. 
Classificação: 
a) prepostos dependentes: empregados assalariados e subordinados 
hierarquicamente ao empresário. Podem trabalhar interna ou externamente 
(ex.: vendedores);. 
b) prepostos independentes: não estão subordinados hierarquicamente ao 
empresário e somente atuam externamente (ex.: representante comercial). 
Regramento no CC: 
- Obrigação personalíssima dos prepostos (art. 1.169, salvo autorização escrita 
do preponente); 
- Exclusividade da preposição (art. 1.170): cláusula de não-concorrência: 
proibição de concorrência com o preponente, exceção quando houver 
autorização expressa -- indenização por danos e retenção do lucro da 
operação por parte do preponente; 
- Entrega de papéis, bens ou valores ao preposto (art. 1.171): presunção de 
regularidade, salvo se protestou ou ainda corre prazo para tanto. 
 
 Regime de responsabilidade do preponente pelos atos dos prepostos 
(teoria da aparência temperada: art. 1.178): 
- Atos praticados no estabelecimento e relativos à atividade da empresa: teoria 
da aparência: presunção de que foram autorizados pelo preponente,responsabilidade integral (ex.: vendedor uniformizado na loja); 
- Atos praticados fora do estabelecimento: não há presunção de autorização do 
preponente. Obrigatoriedade de cumprir somente o que foi estabelecido por 
escrito; se exceder os poderes a eles conferidos, os prepostos responderão 
pessoalmente pelos danos causados (ex.: assinatura de documento em 
banco); 
- Atos culposos praticados pelo preposto (art. 1.177, p. ún.): responsabilidade 
do empresário, com ação regressiva contra o preposto; e 
- Atos dolosos praticados pelo preposto: responsabilidade solidária do 
empresário e do preposto. 
Tratamento especial no Código Civil ( art. 1172-7): 
a) Gerente é o preposto permanente que responde pelos encargos de 
representação da empresa, com poderes de decisão para a prática de 
negócios. 
Regras aplicáveis ao gerente: 
- É um preposto facultativo, somente necessário se o sócio não exerce os 
poderes de representação. Gerente é empregado, subordinado ao 
administrador ou titular da empresa; 
- Outorga de poderes por meio de procuração (art. 1.173): há casos em que 
são necessários poderes especiais, como nos processos de licitação pública e 
para a compra e venda de bens imóveis; 
- Arquivamento e averbação da nomeação/destituição na Junta Comercial (art. 
1.174): efeitos perante terceiros, salvo se a pessoa que tratou com o gerente 
conhecia os limites dos poderes a ele outorgados (não aplicação da teoria da 
aparência); 
- Responsabilidade do gerente (art. 1.175): regime de solidariedade: o gerente 
responde com o preponente pelos atos que praticou em seu próprio nome, mas 
à conta deste; 
- Representação judicial e extrajudicial (art. 1.176): pode estar em juízo 
relativamente às obrigações resultantes do exercício da sua função. 
 
b) Contabilista: preposto encarregado da escrituração contábil do empresário 
(livros comerciais e balanços); se não houver má-fé, presume-se que os dados 
lançados pelo contabilista foram realizados pelo próprio empresário (art. 1.177) 
- O contabilista é preposto obrigatório – e tem de estar inscrito no CRC, salvo 
se inexistir na localidade, hipótese em que o próprio empresário faz sua 
escrituração. 
OUTROS AUXILIARES 
São auxiliares do empresário: leiloeiro (vende mercadores buscando o melhor 
preço), tradutor público (traduz contratos e outros documentos empresariais) e 
o interprete comercial (esclarece e interpreta documentos), lembrando que 
todos devem estar matriculados na junta comercial. 
 
NOME EMPRESARIAL 
O empresário, seja pessoa natural ou jurídica, tem um nome empresarial, 
aquele que se apresenta nas relações econômicas. Quando se trata de 
empresário individual, o nome empresarial não pode coincidir com o nome civil 
e a sociedade empresaria não tem outro nome além do nome empresarial. 
O código civil reconhece o nome, no civil ou empresarial, a manifestação de um 
direito da personalidade da pessoa natural ou jurídica (16,52 e 1164). 
Entretanto, trata-se de um elemento do patrimônio do empresário, integrante do 
estabelecimento empresarial. 
Como elemento de identificação do empresário, o nome empresarial não se 
confunde com outros elementos identificadores que habitam o comércio e a 
empresa, os quais, tem, também proteção jurídica, como marca, nome de 
domínio, e o titulo de estabelecimento. 
O nome empresarial identifica o sujeito que exerce a empresa (o empresário), a 
marca identifica, Marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer 
que ela seja, algo que permite identificá-la de um modo imediato como, por 
exemplo, um sinal de presença, o nome de domínio identifica o sitio na rede de 
computadores e o título do estabelecimento identifica o ponto. 
O direito contempla duas espécies de nome empresarial: 
Firma e denominação. 
Firma está relacionada ao nome ou à assinatura de pessoa. Ela é mais 
utilizada por empresário individual (dai o porquê do uso firma individual), pois 
seu nome de pessoa física deverá constar sua inscrição na Junta Comercial, 
por exemplo, João da Silva ME (1156 CC) 
Denominação Significa a designação que deve ser formada pelo objeto social 
da sociedade. Assim, a denominação é utilizada pelas sociedades empresárias 
e deve designar o objeto da sociedade em seu nome empresarial (1158, par 2). 
Em outras palavras o objeto social deverá fazer parte da denominação, como 
Popeye Industria de Suplementos e bombas ltda. 
Ressalta-se que a denominação pode ser firmada com o nome de um ou de 
mais sócios ou pode ter um elemento ou expressão fantasia, poe exemplo 
formado pela sigla inicial dos sócios. 
Sociedade Limitada – deve ter a palavra limitada sob pena de responsabilidade 
solidária e ilimitada dos administradores (1158 par 3) 
Já a sociedade cooperativa deve ter a denominação a palavra cooperativa ( 
1159 CC) 
Sociedade Anônima deve ter a expressão SA ou Cia. (S/A, S.A ou Cia) 1160 cc 
 
ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL 
O nome empresarial, diferente do nome civil, pode ser alterado pela simples 
vontade do empresário, desde que respeitada a legislação. 
Além disto, existe hipóteses em que a alteração é obrigatória ou vinculada, 
senão vejamos: 
- saída, retirada, exclusão ou morte do sócio cujo nome civil constava na firma 
social 
- alienação do estabelecimento por ato entre vivos 1164 – pode utilizar a 
palavra sucessor 
- alteração da categoria do sócio 1157 – acionista não diretor da sociedade de 
comandita simples sai da eempresa, responde até que seu noem seja alterado 
1157 CC 
- transformação da sociedade – ltda para as 
 
PROTEÇÃO AO NOME EMPRESARIAL 
Primeiramente, deve-se atentar para o fato de que o direito protege o nome 
empresarial, com vistas à tutela de dois diferentes interesses do empresário: de 
um lado, o interesse na preservação da clientela e do outro a preservação do 
crédito. 
Afinal, se um determinado empresário, conceituado ve um concorrente usando 
nome empresarial idêntico ou semelhante ao seu, podem ocorrer 
consequências que devem ser prevenidas em dois níveis: Quanto a clientela, 
pode ocorrer de alguns desavisados entrarem em negociações com o 
usurpador do nome empresarial, imaginando que faz negócios com o 
empresário conceituado. Neste caso ocorre o desvio da clientela. Quanto ao 
crédito o empresário poderá ser, parcialmente e temporariamente prejudicado, 
com protesto de títulos ou pedido de falência do usurpador. Nestes dois casos 
o empresário poderá sofrer consequências patrimoniais danosas. 
Ao proteger o nome empresarial, o direito visa a tutela destes dois interesses. 
Óbvio que a autorização contratual, pela qual o titular do nome empresarial, 
legitima o uso de nome idêntico ou semelhante por outro empresário. 
A proteção ao nome empresarial se dá mediante a inscrição da empresa na 
Junta Comercial, ou seja, a proteção decorre automaticamente do registro do 
empresário ou da sociedade empresária na Junta Comercial. 
Além da previsão do Código Civil, a Lei n.º 8.934/1994, prevê em seu artigo 33 
o seguinte: 
Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do 
arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de 
suas alterações. 
ALIENAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL 
O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. (1164) 
O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o 
permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a 
qualificação de sucessor. 
TITULO DO ESTABELECIMENTO – NOME FANTASIA 
Título do estabelecimento é o nome ou a expressão utilizada para identificar o 
local onde está instalado. 
Dessa forma, é o título do estabelecimento que identifica o ponto que o 
empresário está estabelecido. 
Aqui há uma distinção a ser ponderada: o título do estabelecimento não é 
necessariamente o nome empresarial. Pode ser uma parte do nome 
empresarialou uma expressão totalmente inexistente no nome empresarial. 
Muitas vezes, é um nome fantasia que se atribui a um estabelecimento que por 
sua vez não corresponde ao nome empresarial efetivamente. 
Por si só, o título do estabelecimento com nome fantasia (pao de açúcar) não 
tem regime jurídico próprio, diferentemente do que ocorre tanto com o nome 
empresarial, que é protegido pelo registro na junta comercial, quanto com a 
marca, que tem uma proteção jurídica na lei 9279/96. 
Ainda assim, não se admite a usurpação do nome fantasia. Nesse caso a 
proteção podo ocorrer pelo principio do ato ilícito ( 186 CC), bem como pela 
concorrência desleal (lei 9279/96 arts 195, inc V e art 209) que inclusive é 
tipificado como crime. 
É comum expressar nos atos constitutivos que o nome fantasia será utilizado 
no desenvolvimento da atividade empresarial. Isso possibilita até que este 
nome conste no cartão do CNPJ, documento nos quais tem as principais 
informações da empresa. Serve também de prova para outro que invoque a 
utilização do nome fantasia. 
Importante destacar que existem casos de títulos de estabelecimento que 
acabam se tornando também a marca empresarial (como ocorre no pao de 
açúcar). Assim o nome fantasia poderá ser registrado como marca se de 
acordo com requisitos da lei, art 124, lei 9279/96. 
INSIGNIA 
É um símbolo ou um emblema que tem como função de identificar um 
estabelecimento. Pode ter em conjunto o titulo do estabelecimento e insígnia. 
Exemplo é o M do Mcdonalds. M maiúsculo e amarelo. Poderá ser registrado 
também como marca, desde que preencha os requisitos da lei 9272/96 art 122 
e 124. 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
Estabelecimento é o conjunto de bens organizados pelo empresário, para o 
exercício da empresa. (1142 CC e 2555 codigo civil italiano) 
Oscar barreto filho, primeiro a estudar estabelecimento, define como um 
complexo de meios materiais e imateriais, pelo qual o comerciante explora 
determinada espécie de comércio. 
Bens materiais são aqueles que se caracterizam por ocupar espaço no mundo 
exterior, exemplo mercadorias, maquinas entre outros. 
Imateriais, não ocupam espaço, marcas, nome fantasia, desenho industrial. 
A empresa é uma atividade desenvolvida pelo empresário. Para que possa ser 
exercida é necessário um estabelecimento que estarão conjugado bens na 
intenção de alcaçar o lucro, 
Cpntudo, estabelecimento é o instrumento para o empresário exercer sua 
atividade; é a base física da empresa ( mas pode ser virtual). Normalmente é p 
local onde os clientes dos empresários dirigem se para realizar negócios. 
Quanto a natureza jurídica do estabelecimento, Ulhoa lembra que é uma 
universalidade de fato ( sociedade em pé) .Assim, significa que é uma 
pluralidade de bens singulares pertencentes a mesma pessoa. 
 
AVIAMENTO 
Para explicar o aviamento é necessário ponderar que o estabelecimento tem 
condições de produzir lucro para o empreendedor. 
Esse fato é chamado de aviamento, ou seja, a aptidão de produzir lucro 
conferido ao estabelecimento, a partir do resultado de variados fatores, 
pessoais, materiais, imateriais. 
É um atributo do estabelecimento, sendo a clientela um dos fatores do 
aviamento. 
Aviamento pode ser objetivo ou subjetivo. 
Objetivo – ocorre em razão da localização do estabelecimento, como por 
exemplo uma lanchonete em um colégio, ou floricultura na frente do cemitério. 
Nesse caso o cliente compra pois não tem outra opção, local próximo. Maior 
fator da lucratividade. 
Subjetivo – ocorre em razão da competência do empresário, neste caso a 
clientela vai la pelo nome do local e atendimento, confia no empresário. 
Muitas vezes pode estar adiante de um estabelecimento com aviamento 
subjetivo e objetivo, como por exemplo mc no shopping. 
 
CLIENTELA 
Conjunto de pessoas que mantém com o estabelecimento relações de 
continuidade de procura bens e serviços. 
Ambos são fatores consideráveis para fluxo da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTINUAÇÃO AULA 06 – PONTO EMPRESARIAL SHOPPING 
O empresário que se dedica ao ramo dos shopping centers exerce uma 
atividade econômica peculiar, pois não se limita a simplesmente manter um 
espaço apropriado a concentração de outros empresários, atuantes em 
variados ramos de comércio ou serviço. Ele não é um empreendedor comum. 
O que distingue o empresário dos shopping centers dos empreendedores em 
geral é a organização da distribuição da oferta de produtos e serviços 
centralizados em seu complexo. Em outras palavras, deve haver um 
planejamento de distribuição da oferta, uma organização da competição 
interna. Assim, as locações dos espaços devem atender múltiplas 
necessidades do consumidor, de sorte que não falte certos tipos de serviço 
(banco, lazer, cinema) ou de comércio (restaurante, papelaria e farmácia), 
mesmo se houver uma atividade desenvolvida pelo shopping center. 
O contrato de locação em espaço em shopping costuma contemplar um aluguel 
com características peculiares, desdobrado em parcelas fixas, reajustáves de 
acordo com índice e periodicidade definidos no contrato. 
Além do aluguel, paga se uma prestação conhecida por res sperata, 
(retribuição estebalecer um ponto onde já existe clientela.) 
Locatário deve também filiar se a associação dos lojistas, pagando a 
mensalidade correspondente. Aluguel em dobro em dezembro comum. 
Outlets --- venda de produtos preços atrativos, locação em geral por curto 
prazo e locatário assume obrigação de preços inferiores no mercado.

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