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Aula 01 – Direito Empresarial Primeiramente, cabe destacar que com o advento do Código Civil de 2002, que revogou parte do código comercial de 1850, no Brasil passamos a utilizar a expressão “Direito Empresarial”, em vez de “Direito Comercial”, o que ensejou a mudança nos cursos jurídicos. A grande diferença é que o direito Empresarial é mais amplo que comercial, haja vista alcançar todo exercício profissional de atividade econômica para produção ou circulação de bens ou serviços no país. O direito comercial alcançava em sua concepção inicial, apenas os comerciantes que compravam para depois revender para pessoas. De qualquer forma o Direito Comercial é um ramo histórico do direito, que surgiu pela necessidade dos comerciantes, não respaldada pelo código civil, ou seja, pelo direito civil. 1.2 Evolução Histórica do Direito empresarial Nas palavras do jurista alemão Levin Goldschimidt, o desenvolvimento do conceito de propriedade individual foi fundamental para o intercâmbio de bens, especialmente dos bens móveis; isso desde os tempos primitivos. Toda circulação de mercadorias na sua fase inicial é o comércio de troca, um comércio realizada por andarilhos (comércio de rua) em que a negociação se da por conta própria. Mas aos poucos foi aparecendo a mercadoria intermediária, o dinheiro, e assim o negócio outrora chamado de troca foi-se formando o comércio de compra, certamente pela primeira vez no tráfico internacional. Por óbvio a troca feita nos tempos primitivos era algo pequeno e feito geralmente pelos membros da própria comunidade. O seu crescimento e a sua regularidade se deram razão da intervenção do intermediário (comerciante estrangeiro), o qual satisfazia os compradores, trazendo coisas desejadas, como joias, metais, armas entre outros. O comerciante estrangeiro era ou amado ou odiado, pois alguns eram tidos como enganadores. Aos poucos o comércio foi se fixando fisicamente, normalmente nas praças das cidades, essas chamadas de comércio estável, adicionado ao comércio ambulante, ou seja, de rua. Ainda nos dias de hoje em países asiáticos o comércio ambulante é muito marcante. Com o passar do tempo foi crescendo também o comércio em atacado, sendo assim o comerciante considerado como um profissional, ou seja o comércio viraria profissão. Anteriormente, alguns pesquisadores aduzem que o próprio código de Hamurabi já havia previsão do contrato de sociedade e também do empréstimo de algo a juros. Já no império romano não havia tratamento jurídico específico para o tráfico mercantil (comércio). Os grandes juristas historiadores afirmam que o direito comercial romano era submetido as regras de direito privado comum. Esta ausência de normas foi predominante para elaboração de regras que mais tarde caracterizaria o direito comercial como ramo do direito. Com a queda do império romano, o direito canônico (proveniente da igreja católica) não deixou incorporar algumas regras do direito privado, o maior exemplo eram os juros, pois a igreja considerava o dinheiro estéril , por isso não poderia ter filhos. Com isso, os comerciantes evoluíram e desenvolveram técnicas negociais, como a letra de câmbio (que será mais a frente estudada) para a busca de crédito. Assim, os comerciantes venceram a ausência de legislação no direito romano e também superaram as restrições do direito canônico, já que a partir daí o comércio passou a ter mais oportunidades, do ponto de vista jurídico, para seu desenvolvimento. Alguns juristas como Fábio Ulhoa, afirmam que o direito comercial se desenvolveu quase no escuro, sem experiência social e jurídica, arriscando sem medir conhecimentos. O nascimento e a evolução do direito comercial ocorreram pela necessidade de estruturação do setor econômico. Diferentemente do direito civil, que é estático, o direito comercial sempre esteve em constante evolução, aberto ao espírito de criação dos comerciantes por seus usos e costumes (fonte primária de direito). Além disso, na idade média as pessoas começaram a migrar do campo para a cidade, onde artesões e marcadores passavam a exercer atividades negociais. Assim, desenvolveram-se as feiras, os mercados, que facilitaram o encontro de comerciantes., o que por sua vez contribuiu para um desenvolvimento de um comércio interno e internacional forte na Europa. Vale mencionar que o desenvolvimento do direito marítimo também tem papel relevante na construção do direito comercial como ramo do direito. Na Idade média os comerciantes criaram as corporações de ofício e de artes, com normas e justiça própria (tribunal dos comerciantes), destinada a solucionar possível conflitos (arbitragem), um grande passo para afirmação do direito comercial. Assim, podemos afirmar que o direito comercial em sua evolução, pode ser dividida em 3 fases: 1- Usos e costumes que se inicia na idade média e vai até 1807, ano da edição do código comercial francês. 2- Teoria dos atos de comércio – de 1087 até 1942, ano marcado pela edição do código civil italiano 3- Teoria da Empresa, a partir de 1942 Teoria dos atos do comércio Com o movimento das grandes codificações (promovidos substancialmente porá Napoleão Bonaparte, a partir do código francês de 1804), a disciplina do direito comercial passou a ter nova roupagem, com a criação da teoria dos atos do comércio, positivada pelo código comercial brasileiro de 1850. De acordo com o artigo 110-1, do código comercial francês, de 1807 ato de comércio é a compra com intenção de revender. Nessa fase o direito comercial tinha por objeto principalmente estabelecer regras sobre os atos daqueles que compravam para revender, ou seja, a atividade dos comerciantes. Para que alguém fosse considerado comerciante, os atos do comércio deviam ser realizadas habitual e profissionalmente, isso também era chamado de mercancia. Portanto, os atos do comércio ou mercancia pressupunham a habitualidade, ação continua no exercício da atividade comercial, conforme o artigo 19, do então vigente decreto nº 737/1850, considerava-se mercancia: compra, venda ou troca com o fim de revender por atacado ou a granel na mesma espécie. Esse artigo legal brasileiro em tese se equivalia ao artigo 110-1 do código francês de 1804. Outro ponto importante era que o revogado artigo 4º do código comercial brasileiro de 1850 previa que somente era considerado comerciante para fins de proteção legal quem estivesse matriculado em um tribunal do comércio e fizesse da mercancia sua profissão habitual. O emprego da terminologia comerciante se explica, em parte, porque a industrialização ainda começava, e a atividade de prestação de serviços era também incipiente (inicial). A principal atividade desenvolvida então era o comércio. Teoria da empresa Com o passar do tempo, em especial pelo grande desenvolvimento de atividades econômicas complexas, principalmente na industrial e na prestação de serviços, a teoria dos atos de comércio tornou-se insuficiente como disciplina jurídica para o direito comercial, até porque as novas atividades econômicas não eram alcançadas por essa teoria. Surgiu então, a partir da vigência do Código Civil italiano de 1942, a teoria da empresa , uma evolução dos atos do comércio, haja vista sua maior amplitude. A teoria da empresa é mais ampla que a teoria dos atos do comércio porque alcança qualquer atividade econômica organizada para produção de bens ou serviços (exceto as atividades intelectuais) e não apenas os atos de comércio. No Brasil, foi adotada pelo Código Civil de 2002, por influência de legislação italiana. Vamos falar mais da teoria da empresa. Desenvolvimento do direito empresarial no Brasil Durante o Brasil colônia, as relações jurídicas brasileiras eram reguladas pelas ordenações portuguesassob a influencia do direito canônico e direito romano. Com a chegada da família real ao Brasil em 1808 (que saiu de Portugal em razão da invasão das tropas napoleônicas), surgiu a necessidade de organização da Corte e de uma legislação com finalidade econômica. Por obra de Visconde de Cairu, com a lei abertura dos portos, de 1808, os comerciantes antes impedidos pela política mesquinha da metrópole, abrem-se plenamente pelo comércio. Posteriormente, ainda no mesmo ano, surgem a Real junta de comércio, agricultura, fábricas e navegações e o banco do Brasil, criado pelo alvará 12/10/1808, entre outras determinações legais. Após a proclamação da independência de 7 de setembro de 1822, foi convocada a assembleia legislativa de 1823, determinando que ainda ficariam em vigência no Brasil, as leis portuguesas, com a possibilidade de invocar leis mercantis de países cristãos com boa jurisprudência. Isso se deu em face de ausência de um ordenamento jurídico brasileiro naquele momento. Nesta toada, o código comercial francês de 1807, código comercial espanhol de 1829 e o português de 1833 foram verdadeiras fontes legislativas para o Brasil, no século XIX. Código comercial de 1850: Mesmo diante de todas as legislações utilizadas subsidiariamente , o Brasil necessitava da verdadeira soberania, com uma legislação própria. Assim em 1834, foi elaborado um projeto de código do comércio que tramitou na Câmara para, em 1850 ser sancionada a lei 556 de 25/06/1850, conhecida como código comercial brasileiro. Esse código é elogiável até os dias de hoje em razão de sua técnica e precisão. Foi inspirado nos códigos de França, Espanha e Portugal. No mesmo ano sua regulamentação foi regulamentada pelo decreto 737 de 1850. Depois surgiram legislações mercantis sobre regras do processo do comércio , sociedade limitada, anônima, forma falimentar e etc. O código comercial adotava a teoria dos atos de comércio. Na segunda metade do século XX, a doutrina e jurisprudência começaram a perceber a insuficiência desta teoria, passando a admitir a teoria da empresa, sendo percebido por exemplo com advindo do CDC de 8078/90. Em 2002 entrou em vigor o novo código civil , revogando a primeira parte do código comercial de 1850 (maior parte). A partir disto o direito empresarial deixou de ter como fonte principal o código comercial, passando a ser regulado pelo código civil. Em razão disso, o código civil de 2002 adotou a teoria da empresa em detrimento da teoria dos atos de comércio, conforme artigo 966 senão vejamos: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. fim Aula 02 Direito Empresarial e Societário AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL DENTRO DO DIREITO PRIVADO A vigência do código civil de 2002 levou à unificação dos diplomas obrigacionais, já que obrigações civis e empresariais seguem esse mesmo regime jurídico, ou seja, o estabelecido pelo código civil de 2002. Esta unificação fez com que alguns doutrinadores erroneamente frisassem que ocorreu a unificação do direito privado e a consequente extinção do direito empresarial, já que a partir da vigência do código de 2002 este passaria a pertencer ao direito civil. Não se pode concordar, primeiro porque um ramo do direito não se justifica em razão de um código. O direito administrativo por exemplo não tem um código, mas nem por isso deixa de ser um ramo do Direito. Na Itália, a unificação das regras obrigacionais, em 1942, não ocasionou na extinção do direito comercial, que se manteve como disciplina autônoma sem grandes controvérsias. O Direito empresarial continua tendo autonomia em relação aos demais ramos do direito, mesmo com a revogação de boa parte do código comercial de 1850, por possuir princípios próprios, principalmente quanto aos usos e costumes. Não obstante a isto a autonomia do direito comercial se dá pela própria disposição da CF, em seu artigo 22, inciso I. O direito empresarial difere do direito civil por ser dinâmico em suas relações e normas. O direito civil é estático e empresarial é criativo e mutante. O professor Cesare Vivante, maior comercialista de todos os tempos, na Universidade de Roma, no final do século XIX, escandalizou o mundo jurídico ao frisar que não havia mais autonomia do direito comercial. Mais tarde o mesmo jurista mudou de opinião, defendendo a autonomia do direito comercial em relação ao direito civil, haja vista que um era muito estático e outro muito dinâmico, conceituando o direito comercial como: “O direito comercial constitui aquela parte do direito privado que tem, principalmente, por objeto regular a circulação dos bens entre aqueles que os produzem e aqueles que os consomem” Para Levin Goldschimidt, o direito comercial pode ser considerados uma parte da ciência do comércio, isto é, a soma de todos os conhecimentos que são importantes para o exercício do comércio. Fabio Ulhoa comenta que o direito comercial influencia o direito civil, pois ele arrisca mais, inventando e experimentando novos institutos, que mais tardes são ou não consolidados no âmbito civil. Por exemplo o sistemas de pagamento foram inventados pelo direito empresarial, primeiramente a letra de cambio (evitava risco de assalto nos percursos dos mercadores) e, posteriormente com cheque, cartão de crédito que devido a grande aceitação passaram a fazer parte da vida civil. (lei cheque 7357/1985) Por fim o próprio Fabio Ulhoa pondera que o direito empresarial também é autônomo pela própria manutenção da disciplina nos bancos universitários, inclusive na Espanha e Itália. FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL Fontes do direito são as maneiras pelas quais se estabelecem as regras jurídicas, ou seja, fonte é onde nasce as regras jurídicas. No direito empresarial as fontes do direito podem ser divididas em primarias e secundárias. Fontes primárias: são as leis empresariais ( franquia, falimentar, títulos de crédito entre outras), o código comercial (parte não revogada direito marítimo), o código civil, CF entre outras. Fontes secundárias: São os usos e costumes. Vale lembrar que conforme explicitado, os usos e costumes já foram as principais fontes do direito empresarial. Usos e costumes Tratam-se de práticas empresariais continuadas de determinados atos pelos agentes econômicos, que são aceitas pelos empresários como regras obrigatórias. Ocorrem quando não possui normas expressas para regular o assunto. Exemplo disso são boletos bancários, independente de previsão legal, outro exemplo as arras assecuratórias (sinal no imóvel). No Brasil para os usos e costumes valerem como se fossem leis, devem estar assentados no registro público de empresas mercantis e atividades afins, conforme a lei 8934/94. Tal determinação legal acaba minimizando o papel dos usos e costumes como fonte, diferente dos primórdios quando eram as principais fontes do direito empresarial. RAMIFICAÇÕES DO DIREITO EMPRESARIAL Assim como o direito civil que possui ramificações (direito de família, sucessões etc), o direito empresarial também possui ramificações, quais sejam: - direito societário ( trata dos vários tipos de sociedades empresariais) - direito falimentar – cuida da recuperação judicial, extrajudicial e falência de empresários individuais e sociedades empresárias - direito industrial (propriedade intelectual) – regula marcas e patentes, desenhos industriais - direito cambiário – cuida de títulosde crédito (cheque letra de cambio, duplicata) - direito concorrencial – trata-se da concorrência leal entre as empresas, inibindo abusos econômicos e condutas desleais - direito bancário – cuida do sistema financeiro, especialmente no âmbito privado - direito do mercado de capitais – regula o mercado de valores mobiliários - direito marítimo – trata das regras de embarcações, fretamento, naufrágio - direito securitário – estabelece regras sobre seguros de pessoas e de coisas Obs: Não há consenso se o direito do consumidor é um sub ramo do direito empresarial ou outro direito civil. O fato é que direito do consumidor é composto por regras do direito empresarial, civil, administrativo, penal etc. OBJETO DO DIREITO EMPRESARIAL É essencialmente regular as relações entre empresários e dispor sobre as regras das sociedades empresariais, isso sem perder o conceito de Cesare Vivante, disciplinador da circulação dos bens entre aqueles que os produzem e aqueles que o consomem. Agora o objeto do direito empresarial é a teria da empresa, conforme artigo 966, CC> EMPRESARIO Empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços, de acordo com o artigo 966, do código civil. Este artigo, é reflexo do artigo 2082, do código civil italiano que dispões que empreendedor é aquele que exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada para o fim da produção ou da troca ou de serviços. É correto afirmar que o empresário é um ativador do sistema econômico. Ele é o elo entre os capitalistas (que tem capital disponível), os trabalhadores (que oferecem a mão de obra) e os consumidores (que buscam produtos e serviços). O conceito inicial de empresário, a principio compreende a figura do empresário individual e a da sociedade empresária (duas ou mais pessoas), que também foi denominado empresário coletivo. Recentemente foi criado a EIRELI, a qual pode ser tida como a terceira espécie de empresário. Estudaremos também Micro empresa , EPP e microempreendedor indivudal, que se encaixam em qualquer uma das ramificações acima. CARACTERIZAÇÂO DO EMPRESÁRIO Para ser considerado empresário, deverá o mesmo ser estudado em 5 grupos - exercício de uma atividade Atividade é o conjunto de atos coordenados para alcançar um fim comum. (linha de produção de automóveis exemplo) A atividade pode envolver atos jurídicos e atos materiais . (ex ato jurídico vender mercadorias geram tributos) atos materiais não geram efeitos jurídicos ( deslocamentos mercadorias dentro da netshoes) É o empresário quem exerce a empresa, ou seja coordena os atos que formam a atividade. -natureza econômica da atividade Atividade econômica tem como finalidade o lucro, cria riqueza por meio da circulação de bens ou serviços. Quem explora atividade econômica visa o lucro ainda que tenha prejuízo. Se o lucro vier de associação ou funcaçao na qual o lucro é revertido a assistência, não é atividade econômica. Bazar de igreja não é atividade econômica. -organização O empresário é quem organiza a sociedade ele combina os fatores da produção de forma organizada. Fatores de produção são 1)natureza (matéria-prima) 2)capital 3)trabalho 4) tecnologia A organização pressupõe um estabelecimento que será estudado adiante Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. -profissionalidade Significa que o empresário é um profissional expert naquele ofício, sendo que a profissionalidade pressupõe Habitualidade (atuação continua), pessoalidade( empresário a frente do negocio), especialidade (empresário detem informações a despeito do negocio) PRODUçÂO OU CIRCULAÇÂO DE BENS OU SEVIÇOS Para compreender isto, será dividido em 4 possibilidades 1 produzier bens – fabricar mercadorias – acrescentar valores a elas por meio do processo de transformação, como sapato, padaria 2 produzur serviços – prestar serviços – bancos, seguradoras, locadoras, lavanderias 3 circular bens – adqurir bens para revender los ( farmácia, loja de roupas etc) 4 circular serviços – intermediar cliente e fornecedor – corretor de seguros ou agente de viagens. FIM CONCEITO EMPRESA AULA 03 – DIREITO EMPRESARIAL Lembrem-se atividade intelectual não pode ser considerado atividade empresarial, o que no entanto não significa afirmar que um profissional que exerça atividade intelectual não possa exercer atividade empresária. Ex: Médico recém formado abre uma clínica e em primeiro momento labora sozinho. Passa tempo, contrata secretária e enfermeira, e mesmo assim será considerado um profissional intelectual, pois o nome dele é a razão dos pacientes irem ao escritório. Assim, o médico ainda não desenvolve atividade empresarial. Ao longo dos anos esse consultório vira uma clínica e futuramente se transformar num hospital, os pacientes que ali vão sequer terão conhecimento daquele profissional, pois irão pelo prestígio do hospital, neste caso sim, a atividade médica será considerada atividade empresarial. Assim, o profissional intelectual se tornará empresário quando organizar sua atividade como empresa, com o objetivo de empresário: produção de bens ou serviços. INSCRIÇÃO E OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO Ao empresário é atribuída uma série de obrigações no Código Civil. A primeira obrigação é sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis ( de acordo com artigo 1150 do CC o registro está a cargo das juntas comerciais) Essa inscrição deve ser feita no órgão da respectiva sede (estado-membro) do empresário, devendo ser realizada antes de o empresário iniciar sua atividade (967 CC) Quanto a inscrição do empresário, deverá ser feita mediante requerimento (formulário disponibilizado na junta comercial). Esse requerimento deverá conter seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil, regime de bens (se casado), firma (nome empresarial), com assinatura, capital ( a ser empregado na instituição), objeto e sede da empresa (968 caput e I a IV CC) No caso de ser uma sociedade empresário, o ato constitutivo ocorre por meio do registro de contrato social, que deverá obedecer os requisitos dos artigos 997 ao 1000 CC. (veremos mais a frente em sociedades). A inscrição do empresário será anotada no livro de Registro Público de empresas e, além disso as modificações deverão ser averbadas. Caso o empresário queira ter filiais em outros estados, deverá providenciar sua inscrição no registro competente, comprovando a inscrição da matriz. 969, paragrafo ú CC. A inscrição do empresário tem como finalidade: -Tornar pública sua atividade, bem como finalidade empresarial. Arts 29 e 30 lei 8934/94 (lei registro publico e atividades) -Efetuar o cadastro do empresário, gerando numero de matrícula, conhecida como NIRE (num inscrição registro empres) para cnpj e reconhecimento receita federal. -Proteger a identificação e seu nome empresarial, que é garantido pelo p da anterioridade, quem registrar primeiro goza de proteção. -estabelecer o inicio de sua existência (art 45) assegurar a separação patrimonial e limitação dos sócios por dividas sociais, adquire personalidade jurídica. Não obstante a isto, o CC prevê outras obrigações ao empresário, que estão no capítulo escrituração (1179 e ss). Exemplo escrituração uniforme, balanço e resultado econômico 1179. Adoção de livros obrigatórios(1180 CC) diário é obrigatório para empresários. – Boa guarda TIPOS DE EMPRESÁRIOS OU SOCIEDADES -EMPRESÁRIO INDIVIDUAL Pode-se ter em conta que a palavra empresário é o gênero da qual o empresário individual, sociedade empresária (comandita simples, contade participação, as, limitada) e a eireli são espécies. O artigo 966 usa a palavra empresário para designar o gênero, ora para designar a espécie Art 1150 – empresário individual. O empresário individual é aquele que, opta por desenvolver sua atividade econômica sozinho, isolado, sem sócios. Sérgio Campinho (Diplomado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 1985.) aduz que o empresário individual trata-se de pessoa física titular de uma atividade empresarial, que por sua vez não pode ser confundido com sociedade empresarial. A este empresário é assegurado é assegurado o direito de inscrição ( a lei considera isto um dever), à recuperação de empresas, à falência, a utilização de seus livros como como prova em processo judicial, direitos também assegurados a sociedade empresária. No entanto, o empresário individual não goza das limitações da responsabilidade e da separação patrimonial, princípios inerentes às sociedade empresárias e a EIRELI. Em sua atividade solitária, não se considera em separado o patrimônio da empresa e o patrimônio pessoal, logo a responsabilidade deste empresário é ilimitada, inclusive, com seu patrimônio pessoal, ainda que sua empresa tenha patrimônio próprio. A propósito, não há que se falar da aplicação da desconsideração da personalidade jurídica (estudaremos adiante), justamente pelo fato de que a responsabilidade é ilimitada. Surge então o questionamento de o porque do empresário se matricular na Junta comercial? Pelo fato de que o empresário tem alguns direitos assegurados, como recuperação de empresas, uso de livro contábeis em processo judicial, vantagens tributárias (parcelamento) entre outros. Empresa individual pode admitir sócios, desde que altere o registro ou pode se transformar em eireli. SOCIEDADE EMPRESÁRIA É outra espécie do gênero empresário. Trata-se de um contrato (acordo de duas ou mais partes para constituir, regular ou extinguir entre elas uma relação jurídica de direito patrimonial - artigo 1321 cc italiano). Vamos mais a frente aprofundar os estudos de cada sociedade. Sócios podem ser pessoas físicas ou jurídicas. Não existe sociedade que envolva apenas uma pessoa, pressupondo no mínimo a participação de duas partes. Estas que firmam um contrato passam a ser sócias. Existem dois princípios básicos que norteiam a sociedade empresária, quais sejam: Separação patrimonial – o patrimônio da empresa é diferente do patrimônio pessoal dos sócios, pois estes ao constituírem uma sociedade fazem um aporte de bens ou capitais para formar o patrimônio da empresa. Em geral, seu patrimônio não poderá ser afetado por dívidas da sociedade (Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei. § 1o O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade. § 2o Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1o nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito. § 3o O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos autos do mesmo processo. § 4o Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente previsto neste Código.) Limitação da responsabilidade – a responsabilidade dos sócios é limitado ao valor de sua participação na sociedade, ou seja, ao valor de suas cotas (depende da sociedade) Artigo 1052 CC. EIRELI Foi instituída por meio da lei 12441/2011. Promoveu algumas alteraçõs no CC, nos artigos 44, 980 e 1033. Inspirada nos códigos europeus, decreto 248/86 de Portugal (estabelecimento individual resp. limitada) e artigo 2463 cc italiano sociedade unipessoal resp limitada. A Eireli é um instituto jurídico parecido com a sociedade limitada, mas com apenas uma pessoa. Também se assemelha à figura do empresário individual, no entanto com responsabilidade limitada deste empresário. Assim, a eireli é o instituo pelo qual se possibilita a um empreendedor, individualmente, utilizar-se dos princípios da separação patrimonial e da limitação da responsabilidade. A EIRELI será constituída observando os seguintes critérios: (art 980 A CC) -única pessoa - pessoa natural não pode constituir mais de uma EIRELI - pessoa titular da totalidade do capital social; - o capital não pode ser inferior a 100 vezes o salário mínimo vigente no país (88.000,00) - capital totalmente integralizado - nome empresarial deve ser formada pela expressão EIRELI Para efeitos tributários e burocráticos a eireli pode ser tida como ME ou EPP desde que a receita bruta anual seja R$360000,00. Ou 3600000,00 EPP ME E EPP O artigo 907 do CC garante tratamento (Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.) diferenciado para estas empresas. Também esta empresa é liberada de ter escrituração contábil e levantamento de balaços. LC 123/2006 ME – receita bruta R$360.000,00 anual EPP- receita bruta superior a R$360.000,00 limitado a R$3.600.000,00 A EPP e ME podem ser empresários individuais, sociedade empresária ou EIRELI ou sociedade simples. EMPRESÁ IRREGULAR OU INFORMAL Sabemos que a inscrição é obrigatória, artigo 967, CC. Se o empresário não fizer, será um empresário irregular, o mesmo vale para sociedade que não registra seu contrato social, ou seja, sociedade irregular. Estes não gozam de nenhuma prerrogativa do código civil e respondem ilimitadamente por tudo. CAPACIDADE PARA SER EMPRESÁRIO Qualquer pessoa pode exercer atividade empresarial, desde que esteja em pleno gozo de sua capacidade civil e não esteja impedido por lei. O exercício da atividade empresarial pressupõe capacidade civil do sujeito que irá exercê-la. A capacidade ocorre quando a pessao atinge a maioridade e a sanidade mentao ( 1 ao 5 CC) Exceção : Emancipação ( artigo 5, V CC) Menor de 16 anos tiver um estabelecimento empresarial com economia própria. 16 anos completos incapacidade cessará em razão de seu estabelecimento empresarial. Se o menor tem autonomia econômica, juiz deve reconhecer que essa situação de fato,, passe a ser de direito, devendo assim ser levado a registro. IMPEDIMENTOS E INCAPACIDADE Uma pessoa pode ser plenamente capaz civilmente, mas não poderá exercer atividade empresarial, se estiver impedida por lei. Ex: falido não reabilitado, funcionário público, militar, devedor do INSS. Caso algum desses exerça atividade empresarial, não gozará dos direitos de empresários, mas responderá pelas obrigações, como contratos firmados e tributos. FALIDO NÃO REABILITADO Lei 11.101/2005, artigo 102, a norma presume que se o empresário faliu e não se reabilitou (não pagou dividas, não prescreveram, não decorreu prazo na sentença penal) não tem condições de começar uma atividade. Por isso, a partir da decisão judicial que decretar a falência, o devedor fica inabilitado de exercer atividade empresarial até a extinção de suas obrigações. Ou no caso de condenação pro crime falimentar, 5 anos após a sentença condenatória. É uma sanção ao falido. FUNCIONÁRIO PUBLICO Lei 8112/90 – artigo 117, inciso X- justificativa é que os funcionários públicos tem que se preocupar com seus cargos, não com outras atividades empresariais. Ainda a doutrina alega que dependendo do órgão, o funcionário poderia ficar tentado em favorecer sua empresa em detrimento de outras. De acordo com a lei, o funcionário pode ser até acionista ou cotista de uma sociedade, mas não pode ser administrador, nem exercer atividade empresarial. Não pode estar a frente do negócio. Caso o façasofrerá sanções que podem culminar até na perda do cargo. MILITAR Código penal Militar decreto lei 1001/69 – artigo 204 – mesma situação do funcionário publico. A prática do comércio pelo militar é crime. O militar poderia ficar tentado a fazer guarda de seu estabelecimento empresarial. DEVEDOR DO INSS Lei 8212/91, artigo 95, parágrafo 2, alínea d – podem sofrer interdições para exercer a atividade empresarial. Há outras restrições para estes devedores como o impedimento para participar de licitações públicas al´pem da dificuldade de encerrar atividades econômicas. ESTRANGEIRO Estrangeiro pode em tese exercer atividade empresarial, exceto nos casos previstos na CF/88. Estrangeiros são impedidos de explorar recursos minerais ( 176, paragrafo 1 CF) e proprietário de empresa jornalística ( 222 CF) INCAPACIDADE SUPERVINIENTE Ocorre depois do inicio da atividade. Esta não impede a continuação da atividade empresária, nas será necessário uma autorização judicial 974 CC. AULA 04 DIREITO EMPRESARIAL REGISTRO No Brasil, há uma divisão no sistema de registro de atividades econômicas. De um lado, tem-se o Registro Público de Empresa Mercantis (LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994 – junta comercial) e do outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas. As atividades empresárias (empresário individual ou sociedades) são inscritas no registro Público de Empresas Mercantis. Já as atividades intelectuais (são sociedades simples) são inscritas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 1150 CC Se a atividade intelectual for exercida por um profissional liberal ou autônomo (não há sociedade), basta seu registro na prefeitura, pois não há inscrição no registro civil das pessoas jurídicas, nem no registro público de empresas mercantis. Quanto ao prazo para apresentação dos documentos para realização do registro deve ser feita em 30 dias, a partir da assinatura do ato constitutivo, sob pena de responsabilidade por perdas e danos. (1151, parágrafos 1 e 3 CC) Cabe ao órgão registral verificar a regularidade e a legitimidade de registro (arts 1152 e 1153 CC) REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS Este serviço é realizado pelas juntas comerciais. (lei 8934/94) Todas as juntas comerciais integram o sistema nacional de registro de empresas mercantis – SINREM. O SINREM também é composto do Departamento nacional do Registro do comércio. ( artigo 3 lei)(DNRC) As juntas comerciais são órgãos locais, com funções executoras e administrativas de serviço de registro. Há uma junta comercial para cada estado. As finalidades das juntas comerciais são: dar garantia publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos empresariais, efetuar o registro de ato constitutivo do empresário, bem como as suas alterações e seu cancelamento, arquivar documentos, autenticar instrumentos de escrituração empresarial, assentar os usos e as praticas mercantis entre outros. ( artigos 1, 8 e 32 lei 8934/94) REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS Por sua vez, o Registro civil das pessoas jurídicas tem suas regras estabelecidas pela 6015/73, artigos 114 e ss.( dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências.) Importante lembrar que o Registro Civil das Pessoas Jurídicas também recebe o nome popular de cartório, apesar das imperfeições desse termo, haja vista que o cartório pode ser aplicado a outras situações. No Registro Civil das Pessoas Jurídicas são registradas as sociedades simples e outras pessoas jurídicas não enquadradas como atividade empresarial, como associações e fundações. ATOS DO REGISTRO DA EMPRESA Os atos de registro de empresa, executados pelas Juntas Comerciais dos Estados da Federação, são de três distintas classes, conforme leciona o brilhante professor Ricardo Negrão: Matrícula: é o nome do ato que se refere tão-somente a inscrição dos leiloeiros, tradutores públicos, intérpretes comerciais públicos (O Tradutor Público e Intérprete Comercial exercem as suas atribuições em todo o território da Unidade Federativa da Junta Comercial que o nomeou), trapicheiros (administradores de armazéns para importação ou exportação) e administradores de armazéns-gerais. ( a junta funciona como órgão profissional dessas categorias, inclusive estabelecendo código de ética e exercendo controle sobre estas profissões) Arquivamento: envolve atos de constituição, alteração, dissolução e extinção de empresas individuais, sociedades empresárias ou cooperativas, bem como atos relativos a consórcio e grupos de sociedade, empresas estrangeiras, a declaração de microempresa e outros documentos que possam interessar ao empresário e às sociedades empresárias. Autenticação de documentos: de escrituração empresarial e de cópias dos documentos e usos e costumes assentados em seus registros. É condição de regularidade do documento. AUSÊNCIA DE REGISTRO DAS EMPRESAS É a chamada empresa irregular, em tese, não pode exercer atividade empresária e não está abarcada pelas proteções legais. O empresário não registrado não poderá usufruir dos bens que o direito comercial libera em seu favor. É considerado empresário, mesmo sem registro, mas será um empresário irregular, sendo aplicada as seguintes restrições: Não pode pedir falência, não pode pedir recuperação judicial, não pode ter seus livros autenticados no registro da empresa, em virtude da falta de inscrição (artigo 1181 CC). INATIVIDADE DA EMPRESA O empresário individual e a sociedade empresária que não procederem a qualquer arquivamento no prazo de dez anos, deve comunicar a junta comercial que ainda se encontram em atividade. Se não o fizerem, serão considerados inativos. A inatividade da empresa autoriza a junta comercial proceder o cancelamento do registro, com a perda do nome empresarial, pelo titular inativo Exige a lei que a junta comunique, previamente o empresário acerca da possibilidade do cancelamento, podendo o fazer por edital. Se atendida a comunicação, desfaz-se a inatividade; no caso de não atendimento, efetua-se o cancelamento do registro, informando-se o fisco. Caso o empresário futuramente pretenda retomar suas atividades, deverá obedecer os mesmos procedimentos, relacionados com a constituição de uma nova empresa, não tendo direito ao nome empresarial anteriormente adotado, caso já registrado por outro empresário. OBRIGAÇÃO COMUM A TODOS OS EMPRESÁRIOS: ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS EMPRESARIAIS Todos os empresários estão sujeitos a três obrigações: Registrar-se no Registro de empresa antes de iniciar suas atividades (967CC); escriturar regularmente os livros obrigatórios e levantar balanço patrimonial e de resultado econômico a cada na (1179 CC) A inobservância de cada uma dessas obrigações não exclui o empresário do regime jurídico comercial, mas importa consequências diversas, que visam estimular o cumprimento dessas obrigações. Sabemos que a falta de registro não dá prerrogativas ao empresário no que tange as benesses, como por exemplo a recuperação judicial. Agora, em princípio, o empresário, seja pessoa física ou pessoa jurídica, independente do ramo em que atue é obrigado a escriturar os livros obrigatórios. Exceção: Microempresários, empresas de pequeno porte e microempreendedores individuais (LC123/2006) Não custa lembrar que mesmo os empresários dispensados desta obrigação deverão procurar um contador, para que a empresa possa fazer seu movimento econômico. As MEs e as EPPs não optantes pelo simples nacional ficam sujeitos a um livro, qual seja livro caixa. ESPÉCIES DE LIVROS EMPRESARIAIS Primeiro é necessário distinguir livros empresariais de livros do empresário. Livros empresariais são aqueles cuja escrituração é obrigatória ou facultativa ao empresário,em virtude da legislação comercial. Porém, além destes livros empresariais, o empresário também encontra-se obrigado a escriturar outros livros, não mais pela parte comercial, mas, sim por força da legislação tributária e trabalhista/previdenciária. Os livros do empres são uma parte dos livros do empresário. Os livros empresariais se dividem em duas espécies: obrigatórios ou facultativos. Os livros empresariais obrigatórios são aqueles cuja a inscrição é imposta ao empresário, a sua ausência por isso, traz consequências sancionadoras (inclusive no campo penal). Já os facultativos são os livros que o empresário escritura com vistas a um melhor controle sobre seus negócios e cuja ausência não acarreta sanção. Os livros empresariais obrigatórios se subdividem em dois: comuns e especiais Comuns são os livros cuja a escrituração é imposta a todos os empresários, indistintamente, ao passo que os especiais são aqueles cuja a escrituração pe imposta apenas a uma determinada categoria de exercentes de atividade empresarial. No direito comercial brasileiro, há apenas um livro comercial obrigatório comum, que é o diário (1180, CC). Somente a escrituração deste livro é obrigatória a todos os empresários, independente da atividade empresarial que exerçam, do tipo de sociedade ou espécie de empresário. O livro Diário é obrigatório pela legislação comercial, e registra as operações da empresa, no seu dia-a-dia, originando-se assim o seu nome. Já na categoria dos livros obrigatórios especiais, cabe menção ao: Livro registro de duplicatas – cujo a escrituração é imposta a todos empresários que emitem uma duplicata (Duplicata ou duplicata mercantil é um documento nominal emitido pelo comerciante, com o valor global e o vencimento da fatura.) lei 5478/68, artigo 19 Livro entrada e saída de mercadorias – que deve ser escriturado pelo empresário que explora armazém geral (Comercialmente falando, armazém- geral é o estabelecimento que têm por objeto a guarda e a conservação de mercadorias e bens recebidos de terceiros, mediante cobrança de pagamento pelos serviços prestados, como despesas feitas na guarda e conservação das coisas e a própria armazenagem. Os armazéns-gerais também possuem a função de emitir títulos especiais que representem a posse dos bens sob sua guarda, tais como: Conhecimento de Depósito: Representa a mercadoria e circula livremente por endosso, transferindo, assim, a propriedade da mesma; e Warrant: Unido ao Conhecimento de Depósito, mas dele separável à vontade do depositante, que se presta à função de títulos constitutivos de direito de penhor sobre a mercadoria. Qualquer pessoa, natural ou jurídica, apta para o exercício do comércio, pode ser titular de um armazém-geral, desde que satisfaça certas exigências e esteja devidamente matriculada na Junta Comercial de seu Estado.) Livro de escrituração imposta a todas as sociedades por ações – exemplo ata de assembleia, presença de acionistas etc. Estes são exemplos de livros obrigatórios especiais, pois sua obrigação é imposta apenas a uma parcela dos empresários. REGULARIDADE NA ESCRITURAÇÃO Um livro empresarial obrigatório, comum ou especial, ou até facultativo, para produzir efeitos jurídicos que a lei atribui deve atender requisitos intrínsecos e extrínsecos. Intrínsecos: pertinentes a técnica contábil, estudada pela contabilidade (1183CC). Para atender esses requisitos, a escrituração deve ser feira em idioma e moeda corrente nacional, em forma mercantil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos. Extrinsecos: São relacionados com a segurança dos livros empresariais. Atende os requisitos o livro que contiver termos de abertura e de encerramento além de autenticado pela Junta comercial (1181 CC) Os livros para serem regulares deverão atender a estes requisitos. Atualmente a informática vem ajudando, exemplo a escrituração mercantil é feita em suporte eletrônico, em ambientes da internet, mantida pela receita federal. Para fins penais, (297, paragrafo 2 CP), os livros mercantis se equiparam a documento público, assim quem o falsificar responderá por este crime. Os livros empresariais deverão estar conservados até a prescrição das obrigações (5 anos) conforme artigo 1194 CC. EXIBIÇÃO JUDICIAL DOS LIVROS EMPRESARIAIS Todos os livros comerciais gozam de proteção, ou seja, são sigilosos, art. 1.190 do CC. Existe a exibição parcial, cujo será apresentado apenas o que interessar aquela determinada demanda, já a exibição total poderá implicar na retenção do livro no cartório (acautelado). A exibição total apenas poderá ser deferida pelo juiz em casos específicos, como, questões relativas à sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem ou falência, enquanto a exibição parcial poderá ocorrer sempre que se fizer útil a solução da ação, podendo ser de ofício ou a requerimento. Apenas na falência o Juiz poderá, de ofício, requerer a exibição total dos livros. AULA 05 DIREITO EMPRESARIAL Balanços anuais Todo empresário, pessoa natural ou jurídica esta sujeito à obrigação e levantar anualmente dois balanços: Patrimonial - Ele é uma demonstração contábil para empresas. Esse documento apresenta a posição patrimonial e financeira da empresa sobre um período determinado (normalmente anual). O objetivo da análise do Balanço Patrimonial é ver o resultado econômico da empresa, de fato enxergar como ela está das pernas naquela determinada data. Porém, para ter esse simples e importante documento em mãos, é preciso fazer um ótimo controle do fluxo de caixa e, claro, ter um contador de qualidade e confiança. Balanço do resultado econômico: - Demonstra lucros e perdas da empresa (1179 CC). Exceção das EPPs, MEs, e MEI, todos deverão demonstrar tais balanços. Inexistência destes balanços é tipificado como crime falimentar. AGENTES AUXILARES DA EMPRESA Prepostos do empresário (antigos agentes auxiliares do comércio): são os colaboradores permanentes ou temporários da empresa, com ou sem vínculo empregatício, que agem por delegação praticando atos negociais em nome do preponente (empresário/sociedade empresaria). Ex.: vendedor, balconista, gerente, contabilista, etc. Funções do preposto: substituir o titular do negocio (empresário/sociedade empresária) agindo como se ele fosse (delegação de poderes). Os empresários não conseguem executar todos os atos da empresa! - Preposição: mandato remunerado, verbal ou escrito, constituído pelo preponente para que o preposto, em seu nome, por sua conta e sob sua dependência efetue negócios concernentes às atividade empresariais. Classificação: a) prepostos dependentes: empregados assalariados e subordinados hierarquicamente ao empresário. Podem trabalhar interna ou externamente (ex.: vendedores);. b) prepostos independentes: não estão subordinados hierarquicamente ao empresário e somente atuam externamente (ex.: representante comercial). Regramento no CC: - Obrigação personalíssima dos prepostos (art. 1.169, salvo autorização escrita do preponente); - Exclusividade da preposição (art. 1.170): cláusula de não-concorrência: proibição de concorrência com o preponente, exceção quando houver autorização expressa -- indenização por danos e retenção do lucro da operação por parte do preponente; - Entrega de papéis, bens ou valores ao preposto (art. 1.171): presunção de regularidade, salvo se protestou ou ainda corre prazo para tanto. Regime de responsabilidade do preponente pelos atos dos prepostos (teoria da aparência temperada: art. 1.178): - Atos praticados no estabelecimento e relativos à atividade da empresa: teoria da aparência: presunção de que foram autorizados pelo preponente,responsabilidade integral (ex.: vendedor uniformizado na loja); - Atos praticados fora do estabelecimento: não há presunção de autorização do preponente. Obrigatoriedade de cumprir somente o que foi estabelecido por escrito; se exceder os poderes a eles conferidos, os prepostos responderão pessoalmente pelos danos causados (ex.: assinatura de documento em banco); - Atos culposos praticados pelo preposto (art. 1.177, p. ún.): responsabilidade do empresário, com ação regressiva contra o preposto; e - Atos dolosos praticados pelo preposto: responsabilidade solidária do empresário e do preposto. Tratamento especial no Código Civil ( art. 1172-7): a) Gerente é o preposto permanente que responde pelos encargos de representação da empresa, com poderes de decisão para a prática de negócios. Regras aplicáveis ao gerente: - É um preposto facultativo, somente necessário se o sócio não exerce os poderes de representação. Gerente é empregado, subordinado ao administrador ou titular da empresa; - Outorga de poderes por meio de procuração (art. 1.173): há casos em que são necessários poderes especiais, como nos processos de licitação pública e para a compra e venda de bens imóveis; - Arquivamento e averbação da nomeação/destituição na Junta Comercial (art. 1.174): efeitos perante terceiros, salvo se a pessoa que tratou com o gerente conhecia os limites dos poderes a ele outorgados (não aplicação da teoria da aparência); - Responsabilidade do gerente (art. 1.175): regime de solidariedade: o gerente responde com o preponente pelos atos que praticou em seu próprio nome, mas à conta deste; - Representação judicial e extrajudicial (art. 1.176): pode estar em juízo relativamente às obrigações resultantes do exercício da sua função. b) Contabilista: preposto encarregado da escrituração contábil do empresário (livros comerciais e balanços); se não houver má-fé, presume-se que os dados lançados pelo contabilista foram realizados pelo próprio empresário (art. 1.177) - O contabilista é preposto obrigatório – e tem de estar inscrito no CRC, salvo se inexistir na localidade, hipótese em que o próprio empresário faz sua escrituração. OUTROS AUXILIARES São auxiliares do empresário: leiloeiro (vende mercadores buscando o melhor preço), tradutor público (traduz contratos e outros documentos empresariais) e o interprete comercial (esclarece e interpreta documentos), lembrando que todos devem estar matriculados na junta comercial. NOME EMPRESARIAL O empresário, seja pessoa natural ou jurídica, tem um nome empresarial, aquele que se apresenta nas relações econômicas. Quando se trata de empresário individual, o nome empresarial não pode coincidir com o nome civil e a sociedade empresaria não tem outro nome além do nome empresarial. O código civil reconhece o nome, no civil ou empresarial, a manifestação de um direito da personalidade da pessoa natural ou jurídica (16,52 e 1164). Entretanto, trata-se de um elemento do patrimônio do empresário, integrante do estabelecimento empresarial. Como elemento de identificação do empresário, o nome empresarial não se confunde com outros elementos identificadores que habitam o comércio e a empresa, os quais, tem, também proteção jurídica, como marca, nome de domínio, e o titulo de estabelecimento. O nome empresarial identifica o sujeito que exerce a empresa (o empresário), a marca identifica, Marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer que ela seja, algo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, o nome de domínio identifica o sitio na rede de computadores e o título do estabelecimento identifica o ponto. O direito contempla duas espécies de nome empresarial: Firma e denominação. Firma está relacionada ao nome ou à assinatura de pessoa. Ela é mais utilizada por empresário individual (dai o porquê do uso firma individual), pois seu nome de pessoa física deverá constar sua inscrição na Junta Comercial, por exemplo, João da Silva ME (1156 CC) Denominação Significa a designação que deve ser formada pelo objeto social da sociedade. Assim, a denominação é utilizada pelas sociedades empresárias e deve designar o objeto da sociedade em seu nome empresarial (1158, par 2). Em outras palavras o objeto social deverá fazer parte da denominação, como Popeye Industria de Suplementos e bombas ltda. Ressalta-se que a denominação pode ser firmada com o nome de um ou de mais sócios ou pode ter um elemento ou expressão fantasia, poe exemplo formado pela sigla inicial dos sócios. Sociedade Limitada – deve ter a palavra limitada sob pena de responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores (1158 par 3) Já a sociedade cooperativa deve ter a denominação a palavra cooperativa ( 1159 CC) Sociedade Anônima deve ter a expressão SA ou Cia. (S/A, S.A ou Cia) 1160 cc ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL O nome empresarial, diferente do nome civil, pode ser alterado pela simples vontade do empresário, desde que respeitada a legislação. Além disto, existe hipóteses em que a alteração é obrigatória ou vinculada, senão vejamos: - saída, retirada, exclusão ou morte do sócio cujo nome civil constava na firma social - alienação do estabelecimento por ato entre vivos 1164 – pode utilizar a palavra sucessor - alteração da categoria do sócio 1157 – acionista não diretor da sociedade de comandita simples sai da eempresa, responde até que seu noem seja alterado 1157 CC - transformação da sociedade – ltda para as PROTEÇÃO AO NOME EMPRESARIAL Primeiramente, deve-se atentar para o fato de que o direito protege o nome empresarial, com vistas à tutela de dois diferentes interesses do empresário: de um lado, o interesse na preservação da clientela e do outro a preservação do crédito. Afinal, se um determinado empresário, conceituado ve um concorrente usando nome empresarial idêntico ou semelhante ao seu, podem ocorrer consequências que devem ser prevenidas em dois níveis: Quanto a clientela, pode ocorrer de alguns desavisados entrarem em negociações com o usurpador do nome empresarial, imaginando que faz negócios com o empresário conceituado. Neste caso ocorre o desvio da clientela. Quanto ao crédito o empresário poderá ser, parcialmente e temporariamente prejudicado, com protesto de títulos ou pedido de falência do usurpador. Nestes dois casos o empresário poderá sofrer consequências patrimoniais danosas. Ao proteger o nome empresarial, o direito visa a tutela destes dois interesses. Óbvio que a autorização contratual, pela qual o titular do nome empresarial, legitima o uso de nome idêntico ou semelhante por outro empresário. A proteção ao nome empresarial se dá mediante a inscrição da empresa na Junta Comercial, ou seja, a proteção decorre automaticamente do registro do empresário ou da sociedade empresária na Junta Comercial. Além da previsão do Código Civil, a Lei n.º 8.934/1994, prevê em seu artigo 33 o seguinte: Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações. ALIENAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. (1164) O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor. TITULO DO ESTABELECIMENTO – NOME FANTASIA Título do estabelecimento é o nome ou a expressão utilizada para identificar o local onde está instalado. Dessa forma, é o título do estabelecimento que identifica o ponto que o empresário está estabelecido. Aqui há uma distinção a ser ponderada: o título do estabelecimento não é necessariamente o nome empresarial. Pode ser uma parte do nome empresarialou uma expressão totalmente inexistente no nome empresarial. Muitas vezes, é um nome fantasia que se atribui a um estabelecimento que por sua vez não corresponde ao nome empresarial efetivamente. Por si só, o título do estabelecimento com nome fantasia (pao de açúcar) não tem regime jurídico próprio, diferentemente do que ocorre tanto com o nome empresarial, que é protegido pelo registro na junta comercial, quanto com a marca, que tem uma proteção jurídica na lei 9279/96. Ainda assim, não se admite a usurpação do nome fantasia. Nesse caso a proteção podo ocorrer pelo principio do ato ilícito ( 186 CC), bem como pela concorrência desleal (lei 9279/96 arts 195, inc V e art 209) que inclusive é tipificado como crime. É comum expressar nos atos constitutivos que o nome fantasia será utilizado no desenvolvimento da atividade empresarial. Isso possibilita até que este nome conste no cartão do CNPJ, documento nos quais tem as principais informações da empresa. Serve também de prova para outro que invoque a utilização do nome fantasia. Importante destacar que existem casos de títulos de estabelecimento que acabam se tornando também a marca empresarial (como ocorre no pao de açúcar). Assim o nome fantasia poderá ser registrado como marca se de acordo com requisitos da lei, art 124, lei 9279/96. INSIGNIA É um símbolo ou um emblema que tem como função de identificar um estabelecimento. Pode ter em conjunto o titulo do estabelecimento e insígnia. Exemplo é o M do Mcdonalds. M maiúsculo e amarelo. Poderá ser registrado também como marca, desde que preencha os requisitos da lei 9272/96 art 122 e 124. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Estabelecimento é o conjunto de bens organizados pelo empresário, para o exercício da empresa. (1142 CC e 2555 codigo civil italiano) Oscar barreto filho, primeiro a estudar estabelecimento, define como um complexo de meios materiais e imateriais, pelo qual o comerciante explora determinada espécie de comércio. Bens materiais são aqueles que se caracterizam por ocupar espaço no mundo exterior, exemplo mercadorias, maquinas entre outros. Imateriais, não ocupam espaço, marcas, nome fantasia, desenho industrial. A empresa é uma atividade desenvolvida pelo empresário. Para que possa ser exercida é necessário um estabelecimento que estarão conjugado bens na intenção de alcaçar o lucro, Cpntudo, estabelecimento é o instrumento para o empresário exercer sua atividade; é a base física da empresa ( mas pode ser virtual). Normalmente é p local onde os clientes dos empresários dirigem se para realizar negócios. Quanto a natureza jurídica do estabelecimento, Ulhoa lembra que é uma universalidade de fato ( sociedade em pé) .Assim, significa que é uma pluralidade de bens singulares pertencentes a mesma pessoa. AVIAMENTO Para explicar o aviamento é necessário ponderar que o estabelecimento tem condições de produzir lucro para o empreendedor. Esse fato é chamado de aviamento, ou seja, a aptidão de produzir lucro conferido ao estabelecimento, a partir do resultado de variados fatores, pessoais, materiais, imateriais. É um atributo do estabelecimento, sendo a clientela um dos fatores do aviamento. Aviamento pode ser objetivo ou subjetivo. Objetivo – ocorre em razão da localização do estabelecimento, como por exemplo uma lanchonete em um colégio, ou floricultura na frente do cemitério. Nesse caso o cliente compra pois não tem outra opção, local próximo. Maior fator da lucratividade. Subjetivo – ocorre em razão da competência do empresário, neste caso a clientela vai la pelo nome do local e atendimento, confia no empresário. Muitas vezes pode estar adiante de um estabelecimento com aviamento subjetivo e objetivo, como por exemplo mc no shopping. CLIENTELA Conjunto de pessoas que mantém com o estabelecimento relações de continuidade de procura bens e serviços. Ambos são fatores consideráveis para fluxo da empresa. CONTINUAÇÃO AULA 06 – PONTO EMPRESARIAL SHOPPING O empresário que se dedica ao ramo dos shopping centers exerce uma atividade econômica peculiar, pois não se limita a simplesmente manter um espaço apropriado a concentração de outros empresários, atuantes em variados ramos de comércio ou serviço. Ele não é um empreendedor comum. O que distingue o empresário dos shopping centers dos empreendedores em geral é a organização da distribuição da oferta de produtos e serviços centralizados em seu complexo. Em outras palavras, deve haver um planejamento de distribuição da oferta, uma organização da competição interna. Assim, as locações dos espaços devem atender múltiplas necessidades do consumidor, de sorte que não falte certos tipos de serviço (banco, lazer, cinema) ou de comércio (restaurante, papelaria e farmácia), mesmo se houver uma atividade desenvolvida pelo shopping center. O contrato de locação em espaço em shopping costuma contemplar um aluguel com características peculiares, desdobrado em parcelas fixas, reajustáves de acordo com índice e periodicidade definidos no contrato. Além do aluguel, paga se uma prestação conhecida por res sperata, (retribuição estebalecer um ponto onde já existe clientela.) Locatário deve também filiar se a associação dos lojistas, pagando a mensalidade correspondente. Aluguel em dobro em dezembro comum. Outlets --- venda de produtos preços atrativos, locação em geral por curto prazo e locatário assume obrigação de preços inferiores no mercado.
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