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30/10/2017 1 Métodos de controle das doenças infecciosas IMUNIDADE PASSIVA E IMUNIDADE ATIVA Profa Dra Renata Paixão FMU Resposta imune fetal 30/10/2017 2 Feto • desenvolvimento fetal ▫ órgãos linfoides primários ▫ órgãos linfoides secundários ▫ produção de células do sistema imune ▫ produção de citocinas Sistema imune X infecção intrauterina • feto: menos capaz de combater infecção do que adulto – sistema imune adaptativo fetal não é totalmente funcional • SEVERIDADE de infecções fetais varia de acordo com tempo gestacional • infecção fetal: presença de Ig 30/10/2017 3 Resposta imune no recém nascido Imunidade em recém nascidos • sistema imune está formado no nascimento – necessita estímulo antigênico para produzir resposta • transferência de imunidade para feto e recém nascido ocorre via placentária e colostral • falhas nestas vias propiciam infecções • recém nascido X invasão microbiana 30/10/2017 4 • primeiro contato microbiano: nascimento ▫ combater qualquer tentativa de invasão imediatamente ▫ resposta imune inata e adaptativa resposta inata: essencial para sobrevivência nos primeiros dias resposta adaptativa de recém nascido: resposta primária, com intervalo prolongado e baixas concentrações de Ac Microbiota intestinal • desenvolvimento sistema imune • hipótese da higiene ▫ alergias são influenciadas pela exposição microbiana nos primeiros anos de vida 30/10/2017 5 Imunidade Inata • atividade bactericida atinge maturidade após 10 dias pós-nascimento • atividade virucida e distribuição de macrófagos ▫ adquirida gradualmente • diminuição de neutrófilos (esteroides) ▫ próximo ao nascimento • deficiência de sistema complemento ▫ fraca atividade de opsonização Placenta • tipos de placenta ▫ hemocorial (primatas): transferência de IgG materno para feto ▫ endoteliocorial (cães e gatos): até 10% IgG pode ser transferida para o feto ▫ sindesmocorial (ruminantes) e epiteliocorial (equinos e suínos): bloqueio total de Ig para feto 30/10/2017 6 Colostro • rico em IgG e IgA (produzida em tecidos linfoides locais) ▫ primatas: IgA>IgG colostro e leite ▫ ruminantes: IgG>IgA colostro e leite ▫ suínos e equinos: IgG colostro - diminui com a lactação 30/10/2017 7 Absorção de colostro • permeabilidade: 6 horas pós-nascimento • bezerros ▫ ingerem 2 a 6 l de colostro ▫ baixa atividade proteolítica em trato digestivo ▫ absorção de Ig não seletiva • suínos e equinos ▫ absorção de Ig seletiva: IgG e IgM • diminuição das Ig séricas: variável Falhas imunidade colostral • falha da produção materna: colostro insuficiente ou de má qualidade ▫ prematuros ▫ lactação prematura • falha de ingestão do recém nascido ▫ nascimento múltiplos ▫ recém nascidos fracos ▫ mães jovens e inexperientes • falha de absorção intestinal do recém nascido ▫ equinos: deficiência de absorção em 25% dos animais 30/10/2017 8 Aves • IgY na gema • IgM e IgY – via albumina • IgM e IgA – via líquido amniótico – ingestão • pintinho recém nascido: ▫ IgY no soro ▫ IgM e IgA na mucosa intestinal Imunidade adaptativa em recém nascidos • imunidade local ▫ tecidos linfoides intestinais respondem rapidamente aos antígenos ingeridos vacinas orais nos primeiros dias de vida ▫ IgA • imunidade sistêmica ▫ anticorpos colostrais inibem o estímulo imunológico próprio: imunização ativa desaconselhada ▫ neutralização vírus vacinais pelos Ac maternos ▫ vacinação imediata APENAS de neonatos sem colostro 30/10/2017 9 Vacinas Introdução • vacinação é o método mais eficaz para o controle de doenças infecciosas em humanos e animais • doenças erradicadas pela vacinação ▫ varíola ▫ peste bovina 30/10/2017 10 Tipos de imunização Passiva Ativa • transferência de imunidade de animal resistente a animal suscetível • imunidade temporária • proteção imediata • diminui com o decorrer do tempo • administração de antígenos para desenvolvimento de imunidade • proteção não imediata • longa durabilidade • passível de re-estímulo 30/10/2017 11 Imunização passiva • soro hiperimune: contém anticorpos • eficazes na proteção de animais contra micro-organismos toxigênicos • comumente são produzidos em cavalos jovens, após série de aplicações imunizantes, controle de título de Ig, coleta de sangue e separação de plasma do animal • pré-tratamento com pepsina: remover a porção Fc da Ig e diminuir efeitos de hipersensibilidade ▫ ex: soro anti-tetânico, soro anti-ofídico, soro antirrábico (humanos) Imunização ativa • exposição ao antígeno • proteção sustentada e memória • vacina ideal ▫ elevada antigenicidade: propiciar imunidade eficaz e prolongada ▫ ausentes ou poucos manifestações adversas ▫ proteja o animal e seus fetos ▫ barata ▫ estável ▫ adaptável à população ▫ gerar resposta imune distinguível ▫ propiciar imunização e erradicação de doenças 30/10/2017 12 Produção de anticorpos após infecção viral Imunização ativa • apresentação de antígeno eficientemente ▫ estímulo de Linf T e Linf B: gerar células de memória ▫ Linf Th e Linf Tc efetores devem ser gerados para diferentes epítopos epítopos devem estimular células de memória = proteção mais duradoura 30/10/2017 13 Tipos de imunização ativa • vacinas de 1ª geração: patógenos ▫ atenuadas (micro-organismo vivo modificado) ▫ inativadas (micro-organismo morto) • vacinas de 2ª geração: frações celulares e produtos do metabolismo ▫ toxoides (toxinas) • vacinas de 3ª geração: ▫ proteínas recombinantes, vetores atenuados, vacinas comestíveis, vacinas de DNA, vacinas terapêuticas,... Vacinas atenuadas • redução de virulência de organismos, que embora vivos não causam doença ▫ atenuação insuficiente: virulência residual / doença ▫ atenuação excessiva: vacina ineficaz • processo de atenuação ▫ micro-organismos adaptados em condições de cultivo incomum para perder a adaptação ao hospedeiro natural Ex: BCG ▫ cultura prolongada em tecidos Ex: vírus da cinomose 30/10/2017 14 Vacina inativada • atuam como antígenos exógenos ▫ estimulam Linf Th2 ▫ resposta segura, mas nem sempre adequada • desvantagens ▫ uso de adjuvantes para aumentar o poder antigênico pode causar inflamação grave e toxicidade sistêmica ▫ reações de hipersensibilidade ▫ maior custo Processo de inativação • objetivo ▫ micro-organismos inativados usados em vacinas devem ter antigenicidade o mais parecida possível com a dos organismos vivos agentes químicos não devem alterar antígenos responsáveis por estabelecer a imunidade. Ex: formaldeído, acetona, álcool agentes alquilantes: interagem com ácido nucléico. Ex: óxido de etileno, etilenoimina 30/10/2017 15 Vacinação em superfícies corpóreas • infecções locais: vias intestinais ou respiratórias ▫ antígeno deve ingerido ou inalado • estímulo de IgA em mucosas ▫ vacinas inativadas podem não estimular resposta de IgA, pois espirros ou secreção nasal podem expulsá-los das mucosas ▫ vacinas vírus vivos são ideais pois invadem a mucosa, persiste por mais tempo e não causa dano significativo Vacinas de produtos ou antígenos microbianos • toxina produzidas por bactérias e purificadas ▫ Ex.: tétano – toxoide tetânico 30/10/2017 16 Adjuvantes • substância usada em combinação com antígenos que resulta rm resposta imune aumentada • compostos minerais, produtos bacterianos, produtos vegetais, vitaminas, citocinas e hormônios • aumentam a antigenicidade vacinal • aumentam a velocidade ou intensidade da resposta do organismo à vacina • permitem diminuir a quantidade de antígeno vacinal ou o número de doses• estabelecem memória duradoura • mecanismo de ação ???? • manifestações adversas Tipos de adjuvantes • adjuvantes de depósito ▫ protegem o antígeno de degradação rápida ▫ prolongam as respostas imunes • adjuvantes particulados ▫ transportam antígenos às células apresentadoras de antígenos • adjuvantes imunoestimuladores ▫ moléculas que aumentam a produção de citocinas ▫ estimulam a indução Th1 e Th2 por coestimulação aumentada • adjuvantes combinados ▫ associam a ação de diferentes adjuvantes 30/10/2017 17 Protocolo Vacinal
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