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QUESTIONÁRIO Teoria Criminal da Pena (1)

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QUESTIONÁRIO
1 - Quais são as espécies de pena existentes?
R: Privativas de Liberdade, cujas espécies são Reclusão e Detenção, sendo que o Tipo Penal indica se se trata de uma ou de outra;
Restritivas de Direitos, cujas espécies são Prestação Pecuniária, Perda de Bens e Valores, Prestação de Serviços à Comunidade ou a Entidades Públicas, Interdição Temporária de Direitos e Limitação de Fim de Semana;
Multa, prevista em determinados Tipos Penais cumulativa ou alternativamente com Pena Privativa de Liberdade, mas nunca isoladamente.
2 - Diferencie reclusão de detenção?
R: A Pena de Reclusão deve ser cumprida em Regime Fechado, Semi-Aberto ou Aberto, enquanto que a Pena de Detenção, em Regime Semi-Aberto, ou Aberto, salvo necessidade de transferência a Regime Fechado.
Logo, a Reclusão é uma Pena mais rígida, que vale para Regimes Fechados nos quais a periculosidade do preso é evidente, ou seja, crimes mais graves para os quais a possibilidade de saída do preso é restringida. A Detenção, por outro lado, corresponde a Regimes de Semi-Liberdade nos quais os crimes são mais brandos e o preso aguarda uma possibilidade de saída breve.
3 - O que se entende por progressão e regressão de regime?
R: Progressão é a passagem de um Regime mais grave para outro mais ameno (Exemplo: do Regime Fechado para o Regime Semi-Aberto). A Progressão se dá depois de cumprida pelo menos 1/6 da Pena; Nos Crimes Hediondos ou Equiparados exige-se o cumprimento de 2/5 da Pena se o Indivíduo for Primário e 3/5 se for Reincidente.
Já a Regressão é a passagem do Regime mais ameno para o mais grave e pode ocorrer por salto na prática de falta grave ou crime doloso (Exemplo: do Regime Semi-Aberto para o Aberto).
4 - Diferencie remissão de pena de detração de pena.
R: Remissão é o Direito que o Preso tem de remir dias de sua Pena pelo seu trabalho. De acordo com a LEP, a razão é de 1 dia de Pena para 3 de trabalho, ou seja, a cada 3 dias trabalhados, o Preso tem Direito a 1 dia de liberdade.
Detração: é o desconto que deve ser feito na Pena do período em que houve Privação de Liberdade Provisoriamente.
5 - Quais os requisitos para a progressão de regime?
R: A Progressão de Regime só ocorrerá quando o Preso tiver cumprido pelo menos 1/6 da Pena, 2/5 em Crimes Hediondos e Equiparados e 3/5 quando for Reincidente nestes Crimes e ostentar bom comportamento carcerário comprovado pelo Diretor do Presídio.
6 - Quais as penas restritivas de direitos?
R: Prestação Pecuniária, que consiste no pagamento de dinheiro (ou prestação de outra natureza se houver concordância do beneficiário) à vítima, seus dependentes ou a entidades pública ou privada com destinação social;
Perda de Bens e Valores do Condenado, que é destinada ao Fundo Penitenciário Nacional, salvo disposição diversa em Lei Especial, sendo o teto o montante do prejuízo causado ou o provento obtido pelo agente ou terceiro em consequência do Crime, o que for maior;
Prestação de Serviços à Comunidade ou a Entidades Públicas, que consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado;
Interdição Temporária de Direitos, que pode ser: Proibição de Exercício de Cargo, Função ou Atividade Pública ou de Mandato Eletivo, Proibição do Exercício de Profissão, etc;
Limitação de Fim de Semana, que consiste na obrigação do Condenado permanecer, aos sábados e domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
7 - Como se dá a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos?
R: Penas Privativas de Liberdade podem ser substituídas por Restritivas de Direitos se o Crime for Culposo, independente do quanto de Pena; ou se o Crime for Doloso e a Pena não superior a 4 anos e o Crime não tenha sido praticado com violência ou grave ameaça à pessoa.
Em qualquer hipótese, o Réu não pode ser Reincidente específico em Crime Doloso.
8 - Como se dá o cálculo da pena de multa?
R: O Cálculo se dá em Dias-Multa, no mínimo de 10 e no máximo de 360. O valor do Dia-Multa não pode ser inferior a 1/30 nem superior a 5 vezes o Salário Mínimo vigente no tempo do fato. Ao fixar o valor da Multa, o Juiz deve atender à situação econômica do Réu, sendo que pode aumentá-la até o triplo se considerar que, embora aplicada ao máximo, é ineficaz diante de sua situação econômica.
9 - A tentativa é considerada em qual fase do cálculo da pena privativa de liberdade?
R: Na 3ª Fase segundo o previsto no Art. 14, inciso II que diz que a Tentativa poderá diminuir a Pena de 1/3 a 2/3.
10 - Diferencie prestação pecuniária da perda de bens e valores?
R: Na Prestação Pecuniária o pagamento em dinheiro será revertido à vítima, seus dependentes ou à Entidade Pública ou Privada com destinação social. Já na Perda de Bens e Valores, o dinheiro será destinado ao Fundo Penitenciário Nacional.
11 - Como saber se a pena a ser aplicada é de detenção ou reclusão?
R: Através do Preceito Primário e Secundário. O Preceito Primário indica a Norma Proibitiva, a conduta criminosa, enquanto que o Preceito Secundário prevê a Sanção aplicável àquele que incidir no Preceito Primário, ou seja, que praticar a conduta descrita no tipo. O Preceito Secundário traz o limite mínimo e máximo da Pena Privativa de Liberdade, bem como se trata de Reclusão ou Detenção.
12 - Em que hipóteses se dá a condenação a pena de multa?
R: A Pena de Multa pode estar prevista no Preceito Secundário do Tipo Penal, alternativa ou cumulativamente à Pena Privativa de Liberdade, ou pode ser aplicada em substituição à Pena Privativa de Liberdade.
13 - Quais os critérios a serem considerados pelo juiz na fixação da pena, substituição e regime inicial de cumprimento?
R: Ao fixar a Pena, o Juiz deve observar a culpabilidade do agente, seus antecedentes, sua conduta social, sua personalidade, os motivos, as circunstâncias, as consequências do Crime e o comportamento da vítima, de modo que a Pena fixada seja necessária e suficiente para a reprovação e prevenção do Crime. Assim, cabe ao Juiz verificar qual Pena deve ser aplicada entre as cominadas, bem como a quantidade aplicável de acordo com o parâmetro legal, o Regime inicial de cumprimento de Pena e se é caso de Substituição.
14 - Quais os regimes prisionais?
R: Regime Fechado (quando a Pena é fixada acima de 8 anos), Regime Semi-Aberto (entre 4 a 8 anos) e o Regime Aberto (abaixo de 4 anos).
15 - Quais as circunstâncias agravantes?
R: A Reincidência, ter o Agente cometido o Crime: por motivo fútil ou torpe; Para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a imunidade ou vantagem de outro Crime; À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido; Com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; Executa o Crime ou nela participa, mediante paga ou promessa de recompensa; Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; Com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; Contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida; Quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; Em estado de embriaguez preordenada.
16 - O que se entende por reincidência?
R: Verifica-se a Reincidência quando o Agente comete novo Crime depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no Estrangeiro, o tenha condenado por Crime anterior.
17 - Qual o prazo de duração da reincidência?
R: O Agente será considerado Reincidente se praticar novo Crime no período entre o trânsito em julgado da Sentença Penal Condenatória e até 5 anos contados a partir da data do cumprimento ou extinção da Pena. Assim, se entre o trânsito em julgado da Condenação e até 5 anos depois da extinção ou cumprimento da Pena oAgente praticar novo Crime, será considerado Reincidente.
18 - Quais as circunstâncias atenuantes?
R: Ser o Agente menor de 21 na data do fato, ou maior de 70 na data da sentença, o desconhecimento da Lei, ter o Agente: cometido o Crime por motivo de relevante valor social ou moral; Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; Cometido o Crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do Crime; Cometido o Crime sob influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
19 - Havendo concurso entre circunstâncias agravantes e atenuantes, qual deverá prevalecer?
R: Se houver concurso entre Atenuantes e Agravantes, a Pena deve aproximar-se do limite indicado pelas Circunstâncias Preponderantes, que são aquelas resultantes dos motivos determinantes do Crime, da Personalidade do Agente e da Reincidência. Assim, as Circunstâncias Subjetivas prevalecem sobre as Objetivas.
20 - Aponte três circunstâncias agravantes?
R: Ter o Agente cometido o Crime: por motivo fútil ou torpe; Contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida; Executa o Crime ou nela participa mediante paga ou promessa de recompensa.
21 - Como se dá o cálculo dosimétrico da pena privativa de liberdade?
R: A Pena Privativa de Liberdade é calculada por meio do Critério Trifásico: Primeira Fase: Fixação da Pena-Base; Segunda Fase: Análise das circunstâncias Atenuantes e Agravantes; Terceira Fase: Análise das Causas de Aumento e de Diminuição.
22 - A Tentativa deve ser considerada em qual fase do cálculo dosimétrico da pena privativa de liberdade?
R: Na 3ª Fase segundo o previsto no Art. 14, inciso II que diz que a Tentativa poderá diminuir a Pena de 1/3 a 2/3.
23 - Diferencie concurso material do formal imperfeito.
R: O Concurso Material é a prática de mais de 1 Crime, mediante mais de uma conduta, por 1 só Agente. E o Concurso é Formal Imperfeito se o Agente, mediante uma só conduta, produz 2 ou mais Crimes provenientes de desígnios autônomos, ou seja, querendo produzir todos os Crimes.
24 - Diferencie concurso material do crime continuado.
R: O Concurso Material é a prática de mais de 1 Crime, mediante mais de uma conduta, por 1 só Agente. E o Crime Continuado consiste na prática por 1 só Agente, mediante 2 ou mais Condutas, de 2 ou mais Crimes da mesma espécie, nas mesmas circunstâncias de tempo, lugar e modo.
25 - É possível aplicar crime continuado se os crimes são dolosos contra vítimas diferentes?
R: Se os Crimes produzidos forem Dolosos, contra Vítimas diferentes, cometidos com Violência ou Grave Ameaça à Pessoa o Sistema também será o da Exasperação, mas o aumento será até o triplo. Ressalte-se que nesse Caso também há um requisito adicional, o Juiz deve considerar a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias.
26 - O que se entende por aberratio ictus?
R: Ocorre o Erro na Execução quando por Acidente ou Erro no uso dos meios empregados o Agente não atinge a Pessoa que pretendia, mas Pessoa diversa. Nessa hipótese, responderá como se tivesse praticado o Crime contra a Pessoa que pretendia. Caso atinja tanto a Pessoa pretendia como também outra Pessoa, responderá na forma do Concurso Formal de Crimes.
27 - O que se entende por aberratio criminis?
R: Ocorre por Acidente ou Erro na Execução sobrevém resultado diverso do pretendido pelo Agente. Nesse caso o Agente responderá pelo resultado a título de culpa, se houver previsão da modalidade culposa do Crime. Entretanto, se ocorre também o resultado pretendido, ele responderá por ambos, na forma do Concurso Material de Crimes.
28 - Qual a finalidade da unificação de penas?
R: De acordo com o Art. 111 da LEP, havendo mais de uma Pena devem ser unificadas, ou seja, a nova Pena soma-se ao restante da Pena que falta para cumprir. O Regime da Pena será fixado de acordo com o Art. 33 e parágrafos do Código Penal.
29 - Quais os requisitos do sursis?
R: A Execução da Pena Privativa de Liberdade não superior a 2 anos pode ser suspensa pelo período de 2 a 4 anos, desde que:
O Condenado não seja Reincidente em Crime Doloso;
A Culpabilidade, os Antecedentes, a Conduta Social e Personalidade do Agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
c) Não seja indicada ou cabível a substituição da Pena Privativa de Liberdade por Restritiva de Direitos.
30 - Quais as condições legais e judiciais do sursis?
R: Nos termos do § 1º, no primeiro ano da Suspensão o Condenado deve prestar Serviços à Comunidade ou submeter-se à Limitação de Fim de Semana. Caso o Condenado tenha reparado o Dano ou não tenha possibilidade de fazê-lo, e as circunstâncias do Art. 59, CP lhe sejam favoráveis, o Juiz pode substituir essa exigência pelas seguintes Condições, que devem ser cumuladas:
a) Proibição de frequentar determinados lugares;
b) Proibição de ausentar-se da Comarca onde reside sem Autorização Judicial;
c) Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
31 - Quando caberá a revogação do sursis?
R: A Revogação da Suspensão Condicional da Pena é obrigatória quando o Beneficiário:
a) É condenado irrecorrivelmente por Crime Doloso;
b) Frustra, embora solvente, a execução de Pena de Multa ou não efetua sem motivo justificado a reparação do Dano;
c) Descumpre a Condição do Art. 78, § 1º (Prestação de Serviços à Comunidade ou Limitação de Fim de Semana no primeiro ano do período ou as outras Condições do § 2º, caso haja a substituição daquela pelo Juiz).
Será facultativa ao Juiz a Revogação se o Beneficiário descumpre as Condições Judiciais (estabelecidas pelo Juiz) ou se é Condenado Irrecorrivelmente por Crime Culposo ou Contravenção a Pena Privativa de Liberdade ou Restritiva de Direitos.
32 - É possível a prorrogação do período de prova?
R: Quando a Revogação do benefício for facultativa, ao invés de revogá-lo, o Juiz pode prorrogar o Período de Prova até o máximo (4 anos), se este não foi o fixado. Se o Juiz fixou o prazo no máximo, não poderá prorrogado, sendo o caso de Revogação.
33 - No que consiste o sursis etário?
R: É a Suspensão Condicional da Execução da Pena Privativa de Liberdade, não superior a 4 anos, aplicada ao Condenado maiso de 70 anos. A Suspensão pode ser de 4 a 6 anos.
34 - Qual o requisito temporal para a concessão do livramento condicional?
R: Para que seja concedido o Livramento Condicional a condenação tem que ser a Pena Privativa de Liberdade igual ou superior a 2 anos e ainda:
a) O Condenado deve ter cumprido mais de 1/3 da Pena, não ser Reincidente em Crime Doloso e ter bons antecedentes; Se o Condenado for Reincidente em Crime Doloso deve cumprir mais de metade da Pena. Se a condenação for por Crime Hediondo, Tortura, Tráfico de Entorpecentes ou Terrorismo, o Condenado deve cumprir mais de 2/3 da Pena e não ser Reincidente Específico;
b) Deve ser comprovado o comportamento satisfatório do Condenado durante a Execução da Pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto;
c) O Condenado deve ter reparado o Dano causado pela infração, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo;
d) Para o condenado por Crime Doloso, praticado com Violência ou Grave Ameaça à Pessoa, deve haver a presunção de que não voltará a delinquir.
35 - Em que hipóteses ocorre a revogação do livramento condicional?
R: É causa de Revogação obrigatória do Livramento Condicional se o Liberado é condenado a Pena Privativa de Liberdade em Sentença Irrecorrível por Crime cometido durante a vigência do benefício.
36 - É possível a prorrogação do livramento condicional?
R: A Doutrina entende que ocorre aProrrogação do Período de Prova, a exemplo do que acontece com o Sursis. Se a Sentença for condenatória, ocorrerá a revogação do Livramento Condicional, por isso o Período de Prova deve ser Prorrogado.
37 - Diferencie livramento condicional de sursis?
R: Livramento Condicional é uma antecipação da liberdade do Condenado, ou seja, ele estava cumprindo Pena Privativa de Liberdade e foi posto em liberdade, retornando ao convívio social por ter cumprido determinados requisitos. O Sursis visa a evitar o cumprimento da Pena Privativa de Liberdade imposta na Condenação, durante certo período, desde que cumpridas determinadas condições.
38 - Quando deve haver revogação obrigatória do livramento condicional?
R: É causa de Revogação Obrigatória do Livramento Condicional se o Liberado é condenado a Pena Privativa de Liberdade em Sentença Irrecorrível por Crime cometido durante a vigência do benefício, ou por Crime cometido antes do Livramento.
39 - Quais os efeitos genéricos da condenação? Eles são automáticos ou devem ser declarados pelo juiz?
R: Os Efeitos Genéricos da Condenação são Automáticos, não havendo necessidade de serem expressos na Sentença. São eles:
a) Tornar certa a obrigação de indenizar o Dano causado pelo Crime;
b) Perda em favor da União (confisco permitido), ressalvado o Direito do Lesado ou de Terceiro de Boa-Fé.
40 - Quais os efeitos específicos da condenação? Eles são automáticos ou devem ser declarados pelo juiz?
R: Os Efeitos Específicos da Condenação, ao contrário dos Genéricos, não são Automáticos, sendo que sua aplicação, cumpridos os Requisitos Especificados, é faculdade do Juiz, que deve motivar e fundamentar sua aplicação. São eles:
a) Perda do Cargo, Função Pública ou Mandato Eletivo;
b) A Incapacidade para o Exercício do Pátrio Poder, Tutela ou Curatela, nos Crimes Dolosos, sujeitos à Pena de Reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
c) A Inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de Crime Doloso.
41 - Quais os requisitos necessários à reabilitação?
R: a) Que o Condenado tenha tido domicílio no País no prazo dos 2 anos;
b) Durante esse tempo o Condenado deve ter demonstrado, de forma efetiva e constante, bom comportamento público e privado;
c) Até a data do pedido o Condenado deve ter ressarcido o Dano causado pelo Crime, ou demonstrar a absoluta impossibilidade de fazê-lo ou exibir documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.
42 - Medida de segurança é pena?
R: A Medida de Segurança é espécie de Sanção. Submete-se à Medida de Segurança o Inimputável. O Inimputável por doença mental é absolvido, mas a ele se aplica a Medida de Segurança, por essa razão a Sentença é chamada de Absolutória Imprópria, pois apesar de ser absolvido, ele sofrerá uma Sanção Penal.
43 - Quais as espécies de medida de segurança?
R: a) Detentiva ou Internativa, que ocorre com a Internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou, à falta, em outro Estabelecimento adequado;
b) Restritiva, que se dá a partir da sujeição a Tratamento Ambulatorial.
44 - Qual o prazo de duração da medida de segurança?
R: A Medida de Segurança é aplicada sem um prazo determinado, cessando apenas quando comprovada a ausência de periculosidade, o que deve ser averiguado mediante Perícia Médica.
45 - Quais os requisitos para a aplicação da medida de segurança?
R: a) Prática de Fato Típico Punível: o Agente deve ter praticado um Fato definido como Crime, que não esteja acobertado por nenhuma causa excludente da Antijuridicidade ou da Culpabilidade, pois qualquer situação que isente de Pena ou exclua o Crime que se aplica ao Imputável aplica-se também ao Inimputável;
b) Periculosidade do Agente: que deve ser constatada a partir de um laudo técnico. Trata-se de um juízo de probabilidade, o indivíduo dotado de periculosidade provavelmente voltará a delinquir;
c) Ausência de Imputabilidade Plena.
46 - Quando ocorre a desinternação?
R: Se ficar constatada através de Perícia Médica que ocorreu a cessação da periculosidade, o Juiz da Execução Penal deverá determinar a Desinternação Condicional do Interno. A Desinternação será condicional pelo prazo de 1 ano. Se nesse período o Liberado não praticar fato que indique persistência da periculosidade, estará encerrada a Medida de Segurança.
47 - Quais as espécies de ação penal?
R: a) Ação Penal Pública: cuja titularidade é do Ministério Público e a Peça Acusatória que dá início à Ação é a Denúncia.
a.1) Ação Penal Pública Incondicionada;
a.2) Ação Penal Pública Condicionada à Representação do Ofendido;
a.3) Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça;
b) Ação Penal Privada: aqui a Titularidade da Ação é o Ofendido ou de seu Representante Legal e a Peça Acusatória que dá início à Ação é a Queixa-Crime.
b.1) Ação Penal Privada Propriamente Dita ou Exclusivamente Privada;
b.2) Ação Penal Privada Personalíssima;
b.3) Ação Penal Privada Subsidiária da Pública.
48 - Quais as espécies de ação penal pública?
R: a) Ação Penal Pública Incondicionada: sempre que a Ação não for Pública Incondicionada haverá menção expressa no próprio Tipo, no final do Capítulo ou do Título em que o Crime se acha inserido;
b) Ação Penal Pública Condicionada à Representação do Ofendido: a Titularidade da Ação continua sendo do Ministério Público, mas o oferecimento da Denúncia fica condicionado à representação da Vítima;
c) Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça: também é condição objetiva de procedibilidade, sem essa requisição o Titular da Ação Penal não pode oferecer Denúncia.
49 - Quais as espécies de ação penal privada?
R: a) Ação Penal Privada Propriamente Dita ou Exclusivamente Privada: o Ofendido ou seu Representante é o Titular da Ação;
b) Ação Penal Privada Personalíssima: somente o Ofendido pode propor a Ação Penal, se ele morrer não haverá Sucessores;
c) Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: nos Crimes de Ação Penal Pública, se o Ministério Público não oferece a Denúncia no prazo legal, surge para o Ofendido a possibilidade de oferecer Queixa-Crime, no prazo decadencial de 6 meses, contados a partir da data em que a Denúncia deveria ter sido oferecida.
50 - Qual o prazo para oferecimento de representação e de queixa? Trata-se de prazo decadencial ou prescricional?
R: O prazo para a Representação, salvo disposição em contrário, é de 6 meses, contados da data em que a Vítima tomar conhecimento da autoria do delito (trata-se de Prazo Decadencial). O prazo para o oferecimento da Queixa é Decadencial, e de 6 meses, salvo exceções, contados a partir da data em que a Vítima tem conhecimento da autoria.
51 - Diferencie renúncia ao direito de queixa de perdão do ofendido.
R: Renúncia é manifestação de desinteresse no oferecimento da Queixa. O Ofendido pode renunciar ao Direito de Queixa de forma expressa ou tácita, mas deve ser anterior ao recebimento da Queixa pelo Juiz.
Já o Perdão do Ofendido ocorre depois de instaurada a Ação Penal Privada, mas antes do Trânsito em Julgado da Sentença Condenatória, e pode ocorrer no Processo ou fora dele. O Perdão pode ser dado pelo Ofendido expressamente ou tacitamente.
52 - Diferencie anistia, graça e indulto.
R: a) Anistia: é o Esquecimento Jurídico do Crime, desaparecendo todos os Efeitos Penais. Seu objeto são os Fatos e não as Pessoas;
b) Graça: tem por objeto Crimes Comum e dirige-se a um Indivíduo determinado já condenado irrecorrivelmente;
c) Indulto: destina-se a um Grupo determinado de Condenados e é delimitado pela natureza do Crime e quantidade da Pena aplicada.
53 - Diferencie renúncia de perdão e indique a ação penal em que são admitidos.
R: Renúncia é manifestação de desinteresse no oferecimento da Queixa. O Ofendido pode renunciar ao Direito de Queixa de forma expressa ou tácita, mas deve ser anterior ao recebimento da Queixa pelo Juiz.
Já o Perdão do Ofendido ocorre depois de instaurada a Ação Penal Privada, mas antes do Trânsitoem Julgado da Sentença Condenatória, e pode ocorrer no Processo ou fora dele. O Perdão pode ser dado pelo Ofendido expressamente ou tacitamente.
54 - Quais as espécies de prescrição?
R: a) Prescrição da Pretensão Punitiva: o Estado perde o Direito de punir, Processar o Agente, que se subdivide em Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato, Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa e Prescrição da Pretensão Punitiva Intercorrente;
b) Prescrição da Pretensão Executória: aqui o Sujeito já foi condenado e o Estado tem um determinado prazo para iniciar a execução da Pena, sob pena de perder esse Direito em razão da Prescrição.
55 - Quais as espécies de prescrição da pretensão punitiva e em que momento devem ser verificadas?
R: a) Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato: calcula-se o Prazo da Prescrição Punitiva em Abstrato de acordo com a Pena máxima do Crime praticado. Começa a contagem do Prazo do dia em que o Crime se consumou. Se for Crime Tentado, do dia em que cessou a Atividade Criminosa. Se for Crime Permanente, do dia em que cessou a permanência. Nos Crimes de Bigamia e Falsificação ou Alteração de Assentamento do Registro Civil, da data em que o fato tornou-se conhecido.;
b) Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa: é calculada com base na Pena fixada na Sentença, não se considera mais a Pena em abstrato. Assim, é a Pena em concreto que deve ser submetida à tabela do Art. 109 do CP;
c) Prescrição da Pretensão Punitiva Intercorrente: aqui também se considera a Pena fixada na Sentença para o cálculo do Prazo Prescricional. Assim, a Pena em concreto deve ser submetida à tabela do Art. 109 do CP para que se verifique o Prazo Prescricional. A Prescrição Intercorrente tem início a partir da data do Trânsito em Julgado da Sentença Condenatória para a acusação ou depois de improvido seu recurso, pois nestes casos a Pena fixada na Sentença não poderá ser aumentada, e o Prazo Prescricional não poderá ser ampliado.
56 - Quais as causas interruptivas e suspensivas da prescrição? Aponte a principal diferença entre elas.
R: São Causas Interruptivas da Prescrição:
a) Recebimento da Denúncia ou Queixa;
b) Pronúncia: apenas para os Crimes de competência do Tribunal do Júri;
c) Decisão Confirmatória da Pronúncia: é a Decisão proferida pelo Tribunal em razão de Recurso interposto pela Defesa contra a Sentença de Pronúncia;
d) Pela Publicação da Sentença ou Acórdão Condenatório Recorríveis.
57 - Qual a natureza jurídica da sentença concessiva do perdão judicial?
R: A Natureza Jurídica da Decisão que concede o Perdão Judicial é Declaratória. É o entendimento do STJ (Súmula 18): “A Sentença concessiva do Perdão Judicial é Declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório”.

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