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Matéria de Processo Penal Procedimento Júri

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Pronúncia
A pronúncia será a decisão do juiz que iniciará a segunda fase do Tribunal do Júri, o plenário. O juiz, ao optar pela pronúncia estará reconhecendo que existem indícios de autoria e provas da materialidade, porém ele não aplicará a pena, apenas demonstra que compreendeu que o crime é doloso contra a vida, sendo assim, é de competência do júri.
Segundo alguns doutrinadores, a opção do magistrado pela pronúncia, não segue o princípio do “in dubio pro reo”, pois no caso da dúvida, seria preponderante a decisão em favor da sociedade e, isso não feriria o princípio, pois nesta primeira fase tem-se apenas o juízo de admissibilidade.
O artigo que trata sobre a pronúncia é o 413 do CPP, que inclusive, trata sobre a fundamentação do juiz, que deverá ser simples e serena e, apenas a respeito da materialidade, para que se evite interferência dessa decisão no júri.
Após a pronúncia, o acusado deverá ser intimado, dentro dos requisitos do artigo 420 do CPP. Logo em seguida, assim que a decisão precluir, ou seja, se tornar definitiva, os autos vão ser encaminhados ao juiz do Tribunal do Júri, assim como o estabelecido no art. 421 do CPP.
3.2. Impronúncia
Ela ocorre quando o juiz não se convence da existência do crime ou se ele ainda não tem certeza da participação do réu no crime e, sendo assim, o magistrado acredita que não há elementos suficientes para submeter o réu ao Tribunal do Júri.
Prevista no art. 414, a impronúncia é uma sentença, que faz coisa julgada normalmente e que, segundo o art. 416 do CPP, cabe apelação e se surgirem fatos posteriores a sentença, poderá ser oferecida nova denúncia ou queixa, o que fará com que o processo inicie novamente, desde que a punibilidade do agente não esteja extinta.
DESCLASSIFICAÇÃO: Encerrada a 1ª fase do júri, se ficar comprovado que existem indícios de crime, porém não doloso contra a vida, o juiz presidente desclassificará a infração e remeterá ao juiz competente. Na sentença desclassificatória, o juiz presidente deverá fundamentadamente apontar porque não existe crime doloso contra a vida, porém, sem sinalizar a capitulação do crime desclassificado, pois nesse caso ele não estaria desclassificando, mas sim julgando. Desta forma, a desclassificação deve ser genérica, limitando-se a sinalizar qual o órgão competente para julgar o crime desclassificado. Quando o processo chegar no órgão competente, o MP deverá oferecer nova denúncia se o MP não recorrer da desclassificação, a jurisprudência admite que seja suscitado o conflito de competência quando o processo chegar na Vara Criminal, pois como não houve recurso a matéria poderia ser apreciada pelo Tribunal em sede de conflito Desclassificação no Plenário: De acordo com o art. 492 do CPP, se os jurados desclassificarem o crime no momento da resposta aos quesitos caberá ao juiz presidente julgar o crime desclassificado. Se o crime desclassificado for delito de menor potencial ofensivo, no próprio Plenário o MP deverá fazer proposta de medida despenalizadora, prosseguindo com o julgamento.
Apelação no CPP
De Acordo com o CPP, apelação é um recurso interposto contra decisão definitiva de condenação ou absolvição, em contra as decisões de finitivas ou com força de definitivas, e não sujeitas a recurso em sentido estrito. A decisões do Tribunal do Júri, também são aplicáveis quando ocorrer uma das hipóteses do artigo 593, III.
A apelação tem caráter residual servindo para a impugnação de decisão definitiva ou com força definitiva, não sujeitas a recurso em sentido estrito.
Diz que a apelação é um recurso preferível, porquanto na hipótese de a apelação ser apelável, a parte não poderá interpor recurso em sentido estrito, ainda que recorra somente de parte da decisão (art. 593, §4. É o princípio da Unirrecorribilidade que estabelece a possibilidade de apenas um recurso para cada decisão. Assim, por exemplo, da decisão do juiz que, ao condenar o réu, nega também a suspenção condicional da pena caberá somente apelação, ainda que a decisão que nega o benefício seja impugnável por meio de recurso em sentido estrito.
A apelação pode ser classificada quanto a extensão, onde o artigo 599dispoe que as apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo julgado, quer em relação a parte dele, portanto cabe a parte delimitar a medida da impugnação, a apelação poderá ser ampla, quando o apelante impugnar toda a matéria objeto de decisão, passando o tribunal a ter cognição ampla da matéria impugnada, Poderá ser também limitada, que é quando a impugnação abrange apenas parte da decisão provocada pela parte sucumbente, delimitando a matéria a ser examinada pelo juízo superior.
Quando o recurso de apelação sobe a instancia superior, o procedimento a ser adotado para o seu procedimento ira variar de acordo com a gravidade do crime, podendo ser Sumaria, que quando imposta das sentenças proferidas em processo de contravenção ou de crime a que a lei comine pena de detenção ( art 610). Poderá ser ordinária, quando for interposto recurso contra as sentenças proferidas em processo por crime ao qual a lei comine pena de reclusão (art 613).
A apelação poderá ser principal, caso seja interposta pelo MP a quem compete privativamente propor ação penal pública ou subsidiaria, quando interposta pelo ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art 31 do cpp, ainda que não se tenha sido habilitado como assistente, nos crimes de competência do tribunal do júri, ou do juiz singular, se a sentença não foi imposta apelação pelo MP, no prazo legal. (ART.598 CPP). Pode ser também voluntaria, ou necessária. 
Legitimidade, o juiz antes de admitir o recurso de apelação deve verificar se estão presentes os pressupostos de admissibilidade objetivos, (previsão legal, regularidade formal e tempestividade) e os subjetivos (interesse e legitimidade).
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
OBJETIVO:
Combater decisões interlocutórias simples e mistas e algumas alternativas.
HIPÓTESE - Art. 581, CPP
Restrição Art. 593, CPP coberta por HC: Decretar a prisão e negar liberdade provisória.
OBSERVAÇÃO:
O art. 581 está revogado em parte pela LEP, quanto aos incisos XI, XII, XIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, e XXIV, atacados por agravo em execução.
INTERPOSIÇÃO
Petição/termo nos autos.
Prazo: 5 dias da intimação da decisão impugnada (da publicação) ou do momento em que tomou conhecimento.
PROCESSAMENTO
1. Interposição com pedido de traslado.
2. Se for hipótese de subir, nos próprios autos (583), não há traslado (você apenas indica as folhas/peças que quer que seja transcrita).
3. Despacho de sustentação/ revogação e remessa.
RESUMO
O RESE tem por objetivo combater as decisões interlocutórias simples, mistas e terminativas de mérito, enumeradas no art. 581 do CPP, exceto os incisos XI, XII, XIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, e XXIV, os quais em face do advento da LEP passaram a ser atacados pelo recurso de agravo em execução previsto naquela lei.
As demais decisões interlocutórias não previstas no art. 581 passam a ser atacadas por HC dentre elas podemos citar o decreto da prisão preventiva e a decisão que nega a liberdade provisória.
O agravo de recurso em sentido estrito é interposto por termo ou petição no prazo de 5 dias da intimação da decisão recorrida, com a indicação das peças que deverão ser transladadas, desde que não seja hipótese do recurso subir nos próprios autos (decisões terminativas).
Cumprida esta fase preliminar o recorrente deverá apresentar as razões de recurso no prazo de 48 horas e em igual prazo sucessivamente, o recorrido. Juntado aos autos as razões 
Apelação no JECRIM
Interposição de recurso é o ato pelo qual a pessoa que tem legitimidade recursal apresenta ao juízo a sua intenção de ver alterada a decisão que vai contra os seus interesses, podendo esta ocorrer na hipótese de apelação criminal por meio de termo nos autos ou petição escrita, salvo previsão expressa em sentido contrário. O legislador determina no artigo 82, parágrafo primeiro daLei nº. 9099/95, que a Apelação criminal perante o JECRIM pode ser interposta somente através de petição escrita, exigindo a observância do prazo de dez dias. Considerando o princípio da simplicidade e da informalidade que norteiam o JECRIM, agiu corretamente o legislador, mas foi infeliz na parte final do mencionado texto legal, pelo fato de ter imposto como condição para o recebimento do recurso que simultaneamente a petição de interposição por ele seja apresentadas as razões recursais. Tendo em vista o prazo confortável de dez dias para a apresentação da apelação criminal está correta a imposição legal quando a interposição é feita pelo profissional do direito, pessoa esta que tem conhecimento técnico para no mesmo momento de a Interposição trazer as razões recursais, o que não é possível exigir quando a interposição é feita pelo réu. Consignar o direito recursal do réu a apresentação de razões junto da interposição representa flagrante violação ao princípio constitucional do duplo grau de jurisdição, pois não se pode exigir do réu que ele tenha condições de apresentar defesa técnica. Em que pese doutrina e jurisprudência que defenda a Posição do legislador, é necessário atentar para a pessoa do recorrente, pois não receber a apelação criminal introduzida aos autos pelo réu sem razões é um absurdo, já que este não possui capacidade de realizar defesa técnica. Há juristas e doutrinadores que a fim de sugerir solução para este problema defendem o posicionamento no sentido de que interposta apelação pelo réu sem razões deve o juizado recebê-la e intimar o seu defensor para que então no prazo de dez dias as apresente, garantindo ao réu a eficácia do seu direito ao recurso. Certamente que a última interpretação é a melhor a ser atribuída para o dispositivo normativo em Questão, por conta de que é de conhecimento notório o fato de que em regra a figura do réu jamais terá condições de arrazoar uma apelação criminal, atuando assim a exigência infraconstitucional na contramão do que define o legislador constitucional ao assegurar a toda e qualquer pessoa o acesso a instância recursal.
 
  Nulidade Relativa
             A Nulidade Relativa por mais que em primeiro entendimento se assemelhe a Irregularidade, a primeira se diferencia da segunda por uma característica fundamental: traz prejuízo a uma das partes.
    Esta espécie de vício processual, também, desatende uma norma infraconstitucional, mas ao contrário da anterior, resulta em prejuízo a uma das partes. Logo, a parte que sinta-se desfavorecida com tal ato processual deverá provar a inconsistência da aplicação da norma em seu caso concreto, pois trata-se mais de um interesse da mesma do que de ordem pública.
     Neste sentido, Fernando Capez diz, “viola exigência estabelecida pelo ordenamento legal (infraconstitucional), estabelecida no interesse predominante das partes. […] seu desatendimento é capaz de gerar prejuízo[…]” (Curso de Processo Penal, cit., v 2, p. 625).
       Como exemplo, um processo em que um juiz com incompetência territorial, intima um acusado para defender-se em localidade diferente da qual se deu o resultado do ato ilícito, não poderá ser tido como absolutamente nulo. Ora, o problema territorial pode ser sanado, dando procedimento ao processo. No entanto, cabe a parte prejudicada mover ação que comprove a desconformidade do ato para que o mesmo seja reconhecido judicialmente.
         Por se tratar de um vício que prejudica apenas uma das partes, ou seja, um interesse particular ao invés de ordem pública, aquele que foi prejudicado deverá arguir a nulidade em tempo determinado, sob pena de preclusão. Tais prazos estão previsto nos casos do do Art. 571 do CPP.
2.3 Nulidade Absoluta
       Esta espécie de vício é mais grave que as anteriores, pois, atinge diretamente o ordenamento previsto na Constituição Federal. O desatendimento dos Princípios do Devido Processo Legal é objeto determinante para a anulação em todo de um processo, ou seja, resulta em Nulidade Absoluta.
    Nesse sentido, Fernando Capez diz: “Nesse caso, a formalidade violada não está estabelecida simplesmente em lei, havendo ofensa direita ao Texto Constitucional, mais precisamente aos princípios constitucionais do devido processo legal (ampla defesa, contraditório, publicidade, motivação das decisões judiciais, juiz natural, etc.)” (Curso de Processo Penal, cit, v 3., p. 625)
        Neste caso, não se trata mais de um interesse particular, mas sim, de ordem pública, haja vista a inobservância do texto de grau hierárquico mais alto em nosso ordenamento jurídico. Dessa forma, presumidamente, sempre haverá prejuízo para as parte, por isso, o reconhecimento desta espécie de nulidade independe da arguição do prejudicado (ou prejudicados) e deverá ser feita de ex officio pelo juiz, em qualquer fase do processo. Nos casos que o juiz não reconheça de ex officio, por se tratar de prejuízo presumido, não é necessário as partes provarem tal violação, cabendo-as apenas alegar o prejuízo.
     Pelo teor da importância para o processo, a Nulidade Absoluta, também dependerá de pronunciamento judicial para ser reconhecida, para que possa produzir seus efeitos.

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