Buscar

Sindrome de cólica equina taxa demortalidade em casos cirurgicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Introdução 
Por possuir peculiaridades anatômicas em seu aparelho digestório, a espécie equina apresenta predisposição a alterações morfofisiológicas graves, responsáveis por sinais de dores abdominais intensas, conhecidas como cólica ou abdômen agudo (PEIRÓ & MENDES, 2004). As doenças que envolvem o sistema digestório, tais como as cólicas, as diarreias e as enterotoxemias, representam 50% dos problemas médicos que resultam na morte de cavalos adultos (GONÇALVES et al., 2002). A cólica equina é uma síndrome que cursa com dor abdominal, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base e disfunção de órgãos vitais como pulmões e coração. Em equinos com cólica, as alterações ocorridas nas alças intestinais repercutem diretamente na composição dos fluidos orgânicos (VALADÃO et al., 1996), alterando-os na dependência do tempo, localização e gravidade do processo obstrutivo (NAPPERT & JOHNSON, 2001). Apesar dos avanços em relação aos métodos de diagnóstico, técnicas anestésicas e cirúrgicas e acompanhamento intensivo no pós-operatório, a mortalidade permanece alta. Considera-se que as alterações ocorridas nas alças intestinais favoreçam a transferência de bactérias e toxinas do lúmen intestinal para a corrente sanguínea, contribuindo para a manifestação de sinais sistêmicos diversos (MOORE & BARTON, 2003).
O objetivo desse trabalho é relatar as taxas de mortalidade em cirurgias de cólica equina no Hospital Escola Veterinário-FAJ. A pesquisa foi baseada na coleta de dados feita a partir de casos registrados no hospital referente aos anos 2014/2015/2016, em que obtivemos os números de casos de sucesso cirúrgico, de óbitos e eutanásias entre machos e fêmeas.
Materiais e métodos 
A coleta de dados utilizados nas amostras foi obtida no livro de casuística do Hospital Veterinário da Universidade de Jaguariúna critério usado para seleção dos animais foram equinos diagnosticados com cólica quais foram submetidos a cirurgia. Dentro desse grupo separamos em machos e fêmeas, a partir dessa divisão separamos os casos de sucesso cirúrgico, óbitos e eutanásia no período que estiveram no hospital. Os dados coletados foram referentes aos anos de 2014, 2015 e 2016.A partir dessa coleta foi possível a taxa de mortalidade entre fêmeas e machos que deram entrada com cólica e foram para cirurgia.
Resultados e Discussão
Tabela 1: levante de dados feito a partir do livro de casuística do Hospital Escola Veterinário-FAJ separados por sexo e em casos de sucesso, óbitos e eutanásias. Dados referentes aos anos de 2014- 2015- 2016.
Tabela 2: levante de dados enfatizando o total de casos cirúrgicos de cólica equina avaliados no Hospital Escola Veterinário-FAJ e os óbitos. Levante permitiu calcula a taxa de mortalidade total de 47%.
Tabela 3: taxa de mortalidade separado por sexo, nos casos cirúrgicos de cirurgia de cólica equina no Hospital Escola Veterinário-FAJ com base nos anos de 2014- 2015- 2016.
Os resultados encontrados no presente estudo mostram os riscos de uma cirurgia abdominal equina sendo a causa cólica, os casos observados nos estudos, tanto macho quanto fêmeas, a letalidade da cirurgia é em media 48% (tabela 3), ou seja, em quase metade dos casos observados. O estudo não avaliou condição como idade e raças dos animais, portanto a abordagem foi mais superficial, mesmo assim foi possível trazer dados conclusivos que comprovam a periculosidade de um animal com cólica equina junto a uma análise dos casos cirúrgicos.
A síndrome cólica nos equinos apresenta uma alta taxa de letalidade e as taxas variam de acordo com o plantel equino estudado e o tipo de cólica apresentada pelos animais. Em outras análises semelhantes White e Lessard (1986) relataram taxa de mortalidade de 40,2% dos 4.644 casos de equinos acometidos por cólica atendidos em hospitais universitários dos EUA e da Inglaterra, em um período de observação de seis anos, enquanto que Hunt et al. (1986), analisando a ocorrência de cirurgias nos casos clínicos de cólica, observaram que mais de 50% dos óbitos ocorreram no período pós operatório. A cólica é a maior causa de morte entre os equinos de fazendas de criação, sendo observada uma taxa de fatalidade de 6,7% (TINKER et al., 1997a). 
 Conclusão
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise dos casos de cólica equina no Hospital Escola Veterinário-FAJ com ênfase nos resultados de um procedimento cirúrgico como tratamento. A partir dessa análise de dados foi possível calcularmos a taxa de mortalidade dos procedimentos cirúrgicos nos casos de cólica equina, com uma taxa de mortalidade total de 47% (tabela 2), além de uma avalição dos casos conforme o sexo (tabela 3) taxa de mortalidade em fêmeas 50% e em machos 45,5%.O estudo permitiu que fosse observado a letalidade de uma síndrome de cólica equina e como o tratamento cirúrgica não é tão eficiente, pois os riscos de morte são altos, mostrando que a prevenção de uma síndrome de cólica é muito importante pro bem estar e qualidade de vida do cavalo. 
Referências Bibliográficas
PEIRÓ, J.R.; MENDES, L.C. Semiologia do sistema digestório eqüino. In: FEITOSA, F.L.F. Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico. São Paulo: Roca, 2004. p.139-175.
VALADÃO, C.A.A. et al. Aspectos bioquímicos do plasma e fluido peritoneal de equinos com cólica. Brazilian Journal Veterinary Research Animal Science, São Paulo, v.33, n.1, p.32-35, 1996.
NAPPERT, G.; JOHNSON, P. Determination of the acid-base status in 50 horses admitted with colic between December 1998 and May 1999. Canadian Veterinary Journal, Ottawa, v.42, n.9, p.703-707, 2001.
GONÇALVES, S.; JULLIAND, V.; LEBLOND, A. Risck factors associated with colic in horses. Veterinary Research, v. 33, n. 6, p. 641-652, 2002.
MOORE, J. N.; BARTON, M. H. Treatment of endotoxemia. Veterinary Clinics of North America: Equine Practice, v. 19, n. 3. p. 681-695, 2003.
WHITE, N. A.; LESSARD, P. Risk factors and clinical signs associated with cases of equine colic. In: Annual Convention of the American Association of Equine Practitioners, 32, Nashville, Proceedings… Tennessee: AAEP, p. 637-644, 1986.
HUNT, J. M.; EDWARDS, G. B.; CLARKE, K. W. Incidence, diagnosis and treatment of postoperative complications in colic cases. Equine Veterinary Journal, v. 18, n. 4, p. 264- 270, 1986.]
TINKER, M. K.; WHITE, N. A.; LESSARD, P.; THATCHER, C. D.; PELZER, K. D.; DAVIS, B.; CARMEL, D. K. Prospective study of equine colic risk factors. Equine Veterinary Journal, v. 29, n. 6, p. 454-458, 1997b.

Outros materiais