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Processo Teoria geral do processo

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Teoria geral do processo 
Processo: Instrumento legitimo para o exercício do poder estatal na efetivação da jurisdição. (O PROCESSO PROVACA A JURISDIÇÃO) 
As nomenclaturas não podem ser confundidas: PROCESSO, PROCEDIMENTO E AUTOS. 
Processo: é um fim, efetivação da jurisdição. É o instrumento através do qual a jurisdição opera, ou seja, é um veículo para a positivação do poder. 
Procedimento: Meios pelos quais se instauram se desenvolve e se encerram o processo.
Autos: Conjuntos ordenados de peças de um processo. Autos, por sua vez, é a materialidade dos documentos nos quais se corporificam os atos do procedimento. Exemplo: não se deve dizer consultar o processo, mas sim consultar os autos do processo.
SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
A relação processual é de direito público e se relaciona com o exercício da função soberana do Estado, de poder solucionar os litígios e de assegurar o império da ordem jurídica.
Nesta relação, o direito exercido é de ordem pública, que é o direito à tutela jurisdicional do Estado na composição da lide, ou seja, a jurisdição.
        O processo é a atividade de três pessoas:
 a)     Juiz. (reside) 
 b)    Autor.(Promotor, advogado) Não são partes 
 
 c)     Réu.(Defensor, Procurador) 
Assim, a atividade das partes é relevante para o processo na medida em que participa do desenvolvimento da atividade estatal, no andamento do processo rumo a decisão da lide. Juiz 
Essa relação é EQUIDISTANTE (Mesma distancia do autor e réu)
 Autor Réu 
Existe hierarquia entre Juiz, promotor e advogado? (art.6º, lei 8906/94) Não há, são partes de um organograma processual, se tirar algum deles o processo não corre. ( Os três são fundamentais para um processo) 
 Formação da relação processual 
Antes: A relação processual se formava com a CITAÇÃO;
Hoje: O processo tem início com o protocolo da petição inicial “Distribuição”. A citação é tão somente um complemento. 
Art. 263 – CPC:
“Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz, ou simplesmente distribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no art. 219 – CPC, depois que for validamente citado”.
 Nesse sentido, o CPC dispõe que se considera proposta a ação quando a que petição inicial seja despachada pelo juiz.
 Se houver mais uma vara na comarca, a propositura da ação se dará pela simples distribuição da petição inicial.
Inicialmente, ao receber a petição do autor, o Estado vincula-se em relação apenas linear, por força do direito de ação. Forma-se um dos lados da relação processual, o lado ativo: a ligação autor-juiz e juiz-autor.
      Numa segunda fase, com a citação do réu, a relação processual se completa com o seu lado passivo: isto é, com a vinculação réu-juiz e juiz-réu.
CITAÇÃO (Art. 238. CPC) Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. (é nessa hora que o réu passa, a saber. Acontece uma vez só) 
INTIMAÇÃO Comunicação oficial que dá ciência sobre um ato processual (Praticado ou a ser praticado) 
 
 ESPÉCIES DE PROCEDIMENTO
Dinâmica pela qual se dão os atos processuais. Existem três espécies de procedimentos: 
1 Procedimento comum: trata-se daquele geral, ordinário, que atende a maioria das prestações. 
2 Procedimento especial: Possuem particularidades e não pode ser abarcadas pelos procedimentos comuns. 
3 Procedimento sumaríssimo: Juizados especiais. 
 PRESUPOSTOS PROCESSUAIS São antecedentes necessários para que o processo tenha existência jurídica e validade formal (investidura do juiz, interesse das partes, capacidade de estar em juízo). Nada tem a ver com o direito do autor: sem este, o juízo funciona validamente (ex.: processo que finda com sentença improcedente). Os pressupostos podem ser considerados de ofício; as exceções exigem, via de regra, a alegação da parte. O juiz deve indagar da existência desses pressupostos. Havendo os pressupostos da existência do juízo (propositura da demanda judicial, órgão jurisdicional, partes sujeitos do direito), o pronunciamento do juiz é necessário, acolhendo ou rejeitando. Os atos que forem realizados sem esses pressupostos seriam fatos, e não atos jurídicos. Os pressupostos de validade do juízo referem-se à eficácia deste, e não à sua existência. Se o juiz tem jurisdição, mas não tem competência, o processo existirá como processo, embora, afinal, sem eficácia. A prescrição pode ser interrompida por uma citação nula, mas não o ato inexistente, que pertence à categoria do não-ser. A falta de pressupostos de validade do juízo não obsta a sentença, ainda que mande sanar nulidade, ou declare a incompetência, ou indefira a inicial
Mérito: Análise da questão em si. Do pedido principal formulado. É o pedido principal do processo. 
Preliminar: Questões que antecedem o processo. Análise do mérito. 
Pressupostos Processuais são questões preliminares.
Quais são os pressupostos processuais? Antes era negocio jurídico e não relação processual.
Hoje: 1 capacidade das partes (Art. 330.)
A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
2 demanda regularmente formada: Partes
 Causa de pedir (fatos/ direito)
 Pedido
3 Investidura do destinatário: diz respeito a jurisdição do processo deve ser apresentado aquele que tenha legitimidade para julgar (regras de competência) 
CONSEQUÊNCIA DA AUSENCIA DE UM DOS PRESUPOSTOS PROCESSUAIS (Art.485,IV C.P.C) julgamento sem resolução do mérito
 Art. 485.
O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
Na falta desses dois requisitos, o julgamento sem resolução do mérito: 
Condições da ação: requisitos para viabilidade de um julgamento de mérito;
Pressupostos processuais: Requisitos para existência e desenvolvimento da relação processual; 
Resolução do mérito: Implica na impossibilidade de o tema ser novamente apreciado pelo poder judiciário, em decorrência dos mesmos fatos. A sentença de mérito faz coisa julgado. 
Julgamento sem resolução do mérito, faz coisa julgada? O julgamento sem resolução do mérito não faz coisa julgada. (art.486, C.P.C) 
Art. 486.
O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
§ 1º No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos
incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito.
§ 2º A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.
§ 3º Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.
 Casos de julgamento com resolução do mérito (art.487, CPC) 
 Art. 487.
Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
Casos de julgamento=- sem resolução do mérito (art. 485, CPC) 
Art. 485.O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
 PETIÇÃO INICIAL Ato processual por meio do qual tem inicio no processo judicial. 
 Partes (autor e réu)
 Causa de pedir (fatos e direito)
 Pedido 
A petição inicial fixa os limites da Lide
CITAÇÃO (Art.238 CPC) Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.  A citação do réu ou executado é pressuposto de validade do processo, podendo resultar em nulidade do processo, caso não seja executada. 
 É obrigatório, sob pena de nulidade (art.239 CPC) 
Art. 239.Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
§ 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I - conhecimento, o réu será considerado revel;
II - execução, o feito terá seguimento.
INTIMAÇÃO (Art.269 CPC) Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
§ 1º É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
§ 2º O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença.
§ 3º A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial. Já a intimação, prevista no artigo 269, adquire duplo objetivo: dar ciência de atos ou termos do processo e convocar a parte a fazer ou abster-se de fazer alguma coisa. A novidade é que o novo Código prevê que as intimações sejam feitas, sempre que possível, por meio eletrônico. Não sendo possível, por publicação em órgão oficial, pessoalmente, por carta registrada, com aviso de recebimento, ou por oficial de justiça.
Audiência: Ato processual (em regra público) onde se reúnem partes e juiz com determinado proposito: 
1 Conciliação: tentativa de acordo
2 Instrução: tem por objetivo dar direcionamento ao processo por meio da produção de provas. Aqui são ouvidas as partes e as testemunhas/informantes.
3 Julgamento: tem por objetivo a prolação de uma sentença. OBS.: recentemente no processo penal foi criada a figura da audiência de custodia, que tem por objetivo avaliar a necessidade de manutenção de uma prisão.
CONTESTAÇÃO: Termo genérico faz referência à defesa do réu. A ideia que o réu se manifeste de forma contrária ao que foi trazido na petição inicial. 
Deve haver contestação de todos os pontos lançados da contestação inicial. Sobre pena de preclusão e de fatos serem tidos como incontroversos. 
A preclusão é o impedimento da prática de ato processual depois do momento adequado. O objetivo é fazer com que o procedimento seja um caminhar para frente, evitando-se idas e vindas procedimentais, que certamente afetam a duração razoável. Cada ato processual deve ser praticado no momento correto, daí haver o procedimento que disciplina o instante que cada um tem para praticá-lo.(É a perda do direito de praticar certo ato processual).
O que acontece se o réu não protestar? Se não contestar haverá o intuito de REVELIA (Art.344 CPC). Os fatos alegados pelo autor no processo civil ocorrendo revelia serão presumidos como sendo verdadeiros. Art. 344.Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
Obs.: A revelia não incide sobre o pedido, mas tão somente sobre os fatos.
Há diferença entre Revelia Civil e Penal 
Revelia Civil (Art.344, CPC)
Revelia Penal: não há presunção verdadeira dos fatos, nem tampouco o réu pode ficar sem defesa. A consequência da revelia será tão somente a falta de obrigatoriedade de intimação do réu no curso do processo.
 
 ELEMENTOS DA CONTESTAÇÃO 
Preliminares: Discutem-se as condições da ação, os pressupostos processuais e demais questões que devam ser analisadas antes do mérito (art. 377CPC )
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui
as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
Mérito: Questões principais estão relacionadas à causa de pedir e ao pedido. 
 
 PEÇAS E ATOS PROCESSUAIS 
Reconvenção
Sentença
Razões Finais 
Audiência de Instrução
Despacho saneador
Réplica
Contestação
Audien.conc.
Citação
Petição inicial
 (Art.343 CPC)
Nas audiências de conciliação, o condutor da audiência, um conciliador, auxiliará de forma ativa as partes na resolução do conflito, inclusive propondo medidas possíveis para a solução do conflito, não devendo haver entre conciliador e partes, vínculo anterior (art. 165, § 2º)
Já nas audiências de mediação, conduzidas por um mediador, este terá um papel mais coadjuvante, ou seja, apenas direcionará as partes, sem, no entanto, intervir ou propor na solução desse conflito e deverá ter, preferencialmente, entre mediador e partes, vínculo anterior (art. 165, §3º)
A novidade existe na medida em que as audiências de conciliação ou mediação são obrigatórias, em regra, em todas as ações cíveis, e devem ocorrer antes da apresentação da contestação pelo réu.
Outra exceção a realização de audiência de conciliação ou de mediação, é aquela prevista no §4º do art. 334 do CPC/15, nos incisos I e II: para que a audiência de conciliação ou mediação não ocorra, necessário que as partes manifestem expressamente o desinteresse pela sua realização. Se apenas uma das partes manifestar o desinteresse e a outra parte, seja autora ou ré, nada disser, o juiz deverá marcar a audiência.
Tendo em vista que a audiência de conciliação ou mediação ocorrerá antes da apresentação de contestação (inclusive, o prazo para apresentar contestação passou a ser diferenciado no novo CPC), o réu deverá ser citado com pelo menos 20 dias de antecedência da data da audiência, justamente para que neste tempo possa manifestar previamente se deseja ou não a audiência de conciliação, reiterando que, se ficar silente, considerar-se-á aceita a audiência. A manifestação do réu deverá ser no prazo mínimo de 10 dias antes da audiência designada (§ 5º art.334). 
Contestação e Reconvenção: CONTESTAÇÃO- Rebate os fatos e argumentos do autor.
1. Apresentação da Reconvenção na própria Contestação Uma das inovações do novo CPC é a introdução da Reconvenção no bojo da Contestação, como uma forma de simplificar a relação jurídico-processual estabelecida entre as partes, deixando de lado a forma em que é utilizada no Código de Processo Civil vigente como uma petição autônoma. 
Ainda assim, a presente defesa continua com a natureza jurídica de ação, pois apesar de ter sido introduzida na peça contestatória, o autor será intimado para resposta, na pessoa de seu advogado, no prazo de 15 dias (úteis), além disso o legislador processual civil reforçou este entendimento modificando a terminologia de “oferecida”para “proposta” a reconvenção, que de certa forma diferencia de uma peça defensiva propriamente dita.
2. A Reconvenção poderá ser proposta contra o autor e terceiros Previsto no § 3º do art. 343 do Código de Processo Civil de 2015 está a possibilidade de propositura de reconvenção em face, não somente do autor, mas também de terceiros, trazendo assim uma ampliação subjetiva da demanda.
Assim, caso o réu possua fundado motivo para propor reconvenção contra terceiro, além do autor, poderá fazê-lo.
Réplica: Tecnicamente, a réplica ou manifestação contra contestação ou, ainda, impugnação à contestação é uma peça processual destinada, única e exclusivamente, para o autor refutar preliminares deduzidas pela parte ré (art. 351, CPC/15) e/ou manifestar-se sobre os documentos juntados na contestação (art. 437, CPC/15), momento em que deverá o autor arguir eventual falsidade do documento juntado (art. 430, CPC/15). (É a oportunidade em que o autor relate os documentos e fatos novos trazidos pelo réu na contestação). 
Na prática, ela é utilizada para oportunizar à parte autora a manifestação sobre a resposta do réu, mesmo que esse não tenha aventado preliminares ou juntado documentos. Para fins de estratégia processual, a réplica é o momento em que você irá (i) RESUMIR as alegações iniciais e (ii) demonstrar a improcedência da resposta do réu.
Novamente, não se trata de repetir o que você já disse na sua inicial, mas de contrapor o que foi dito pelo réu. Eu a classifico, então, como peça de contraposição e, no dia-a-dia, você perceberá que a maioria das peças que o advogado tem de fazer são peças de contraposição. Contestação, réplica e recursos são peças de contraposição. Todas elas seguem uma lógica de elaboração. Dominar a arte de fazer boas peças de contraposição é essencial para ser um profissional de alta performance.
DESPACHO SANEADOR: O saneamento do processo – compreendido como a correção de seus eventuais defeitos e organização de seus rumos – deve ocorrer ao longo de toda a relação processual. Há o dever permanente do juiz de zelar pela regularidade e eficiência do processo – e com ele devem colaborar as partes
(uma organização do processo)
Dos fatos controvertidos
Provas que ainda devem ser produzidas
Ônus da prova 
RAZÕES FINAIS( apresentação de conclusões do autor e do réu) É a última peça processual que será juntada antes da sentença e serve para chamar a atenção do juiz para os pontos importantes de tudo o que aconteceu, inclusive provas produzidas, eventual confissão, etc. É ali que você vai tentar demonstrar que tudo aponta para a procedência ou improcedência da ação, dependendo de quem é o seu cliente.
Sentença É o ato pelo qual resolvendo ou não o mérito o juiz põe fim ao processo. Sentença sem resolução do mérito e com resolução do mérito:
 O estabelecimento da relação processual se faz com um objetivo, que é a composição ou solução da lide. Atingida essa meta, o processo exaure-se naturalmente, ocorrendo a extinção do processo com julgamento do mérito (art. 269 – CPC).
Mas, certos fatos extraordinários, podem impedir o prosseguimento da marcha processual e causar sua interrupção definitiva, provocando a dissolução do processo, sem que a lide tivesse sido solucionada, ocorrendo a extinção da lide sem julgamento do mérito
SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO: VICIO PROCESSUAL
COM RESOLUÇÃO DO MERITO: HÁ UM JULGAMENTO DO PEDIDO PRINCIPAL 
Espécies de sentença de mérito: 
1 Declaratória: declara a existência, inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica.
2 Constitutiva: Constitui, modifica ou extingue uma relação jurídica. 
3 Condenatória: Condena na prestação de uma obrigação (penal e civil) Sentença condenatória penal: condenação do réu a uma pena cominada em lei. Sentença condenatória civil: sentença condenatória de pagamento ( dar, fazer ou não fazer).
Elementos da sentença (art.489 CPC) são elementos essências da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a sua do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
 III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
Obs.: SOMENTE O DISPOSITIVO FAZ COISA JULGADA!!!!
AMPLITUDE DA SENTENÇA (Art.492 CPC) 
Sentença citra petita: Aquém. O juiz é omisso em relação há um ou mais dos pedidos formulados. 
Sentença ultra petita: Além. O juiz dá a parte mais do que o postulado. 
Sentença extra petita: Fora. O juiz dá tutela diversa da postulada
pela parte. 
Obs.: Nos 3 casos há defeito na sentença, no entanto, a parte interessada tem que se opor através de recurso para ver a sentença corrigida, sob pena de a coisa julgada protege-la com o manto da imutabilidade. 
COISA JULGADA (ART.502 CPC) 
Instituto que torna indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. Coisa julgada formal vs coisa julgada material
Coisa julgada formal: impossibilidade de modificação da decisão do mesmo processo. Ocorre na extinção do processo sem resolução do mérito; A questão litigiosa não foi totalmente impedida; Sentenças em jurisdição voluntária; 
Coisa julgada material: impossibilidade de modificação da decisão naquele mesmo processo ou em qualquer outro.
Sentença de mérito: (procedente ou improcedente)

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