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OBRIGAÇÃO, DEVER, ÔNUS E FACULDADE

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Gabrielle Veneroni Souza Flaquer Rocha – RA00201256- MG2
Seminário 1:
Diferencie ônus, dever, obrigação e faculdade em relação à natureza da norma jurídica.
Obrigação: 
Como adverte Manuel A. Rodrigues De Andrade, em sentido amplo da linguagem jurídica, é sinônimo de dever jurídico ou inclui também a noção de sujeição, que trata da necessidade de obedecer. 
A obrigação supõe sempre uma situação de dever e a criação de um vínculo entre duas pessoas determinadas. Dessa forma a relação de vínculo estabelecida pela obrigação não apresentará caráter individual, mas sim a firmação de um laço, a partir de um ato posterior, para que uma delas cumpra o dever como um direito da outra.
Por fim, pelas doutrinas tradicionais também é possível classificar a obrigação como um tipo de relação jurídica obrigacional, que integra os direitos dotados de conteúdo econômico, mas que descarta os direitos a personalidade.
Dever:
O conceito de dever se apresenta como um conceito amplo, algo que transcende o conceito de obrigação. O dever jurídico abrange outros direitos além do obrigacional, pois nem todos os deveres compreendem a obrigação de alguma espécie, pode-se ter como exemplo o direito pessoal, ou os de natureza real, como o direito das coisas, o direito de família, sucessões, direito de empresa e direitos de personalidade. 
O dever jurídico é imposto e dirigido a todas as pessoas que receberem certa conduta, mas, aqueles que não cumprirem o comportamento prescrito pela norma jurídica receberão uma sanção. Portanto, o dever jurídico gerará uma necessidade jurídica de ser cumprido aquilo eu se é obrigado e assim pode por exemplo prover de um contrato.
Ônus: 
Na significação técnico-jurídica ônus significa todo encargo, obrigação , dever, que pesa sobre uma coisa ou uma pessoa, a que se atender. Segundo Von Thur trata-se de incumbências que cabem ao sujeito, e não de um dever livre como teorizou Brunetti. Mas Carnelutti posteriormente concluirá o conceito de ônus como quando o exercício de uma faculdade é condição para obter uma certa vantagem, um interesse do próprio sujeito, e não para a satisfação de interesses alheios.
Mesmo que no dever e no ônus exista em comum o vínculo à vontade, eles apresentam uma diferença importante, enquanto o primeiro o vínculo é imposto no interesse alheio, no segundo o vínculo é imposto para a tutela do interesse próprio.
Faculdade:
Do latim facultas agendi, é o poder que toda pessoa capaz tem de agir como um sujeito ativo e passivo de direitos para obter resultado, e, portanto, dependerá sempre dá vontade de seu titular, que pode exercê-lo ou não. 
Se trata se um direito subjetivo no qual pode ser definida também como poder da vontade, pela definição de Caio Mário, como interesse juridicamente protegido, como definio Orlando Gomes ou como poder de exigir ou pretender de outrem um determinado comportamento, como definiu Manuel de Andrade. 
Bibliografia 
Vocabulário Jurídico - De Plácido e Silva 
https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/viewFile/66950/69560 -> Nota sobre a Distinção entre Obrigação, Dever e Ônus, Eros Roberto Grau 
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14597 -> A Teoria Geral das Obrigações na sistemática brasileira, Gisele Leite
http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/7298-7297-1-PB.htm -> RELAÇÃO JURÍDICA. DIREITO OBJETIVO, SUBJETIVO E POTESTATIVO, Des. Sylvio Capanema de Souza

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