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1|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Noções de Direito Processual do Trabalho Prof. Kelly Amorim w w w .c o n c u rs e ir o 2 4 h o ra s. c o m .b r Aula 01 Aula 01 - CPF: 1 / 39 2|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com AULA INAUGURAL 1. OBSERVAÇÕES INICIAIS ...................................................................................................................... 3 2. JUSTIÇA DO TRABALHO. ..................................................................................................................... 4 2.1. ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA ................................................................................................ 4 2.2. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA ....................................................................................................... 9 2.2.1. COMPETÊNCIA ABSOLUTA EM RAZÃO DA MATÉRIA E DA PESSOA .................................. 10 2.2.2. COMPETÊNCIA FUNCIONAL ........................................................................................................ 24 2.2.3. COMPETÊNCIA RELATIVA EM RAZÃO DO LUGAR ................................................................. 25 3. SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO ................................................................... 26 3.1. SECRETARIAS DAS VARAS DO TRABALHO E DISTRIBUIDORES. ................................................. 27 3.2. OS DISTRIBUIDORES ...................................................................................................................... 28 3.3. DAS SECRETARIAS DOS TRTS ...................................................................................................... 29 3.4. DOS CARTÓRIOS DOS JUÍZOS DE DIREITO .............................................................................. 30 3.5. DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES ................................................................................ 30 4. QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................ 31 5. OBSERVAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 36 6. QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA .......................................................................................... 37 Curso de acordo com o Edital nº 1 de 7 de maio de 2015 NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: 1 Justiça do trabalho. 1.1 Organização e competência. 2 Varas do trabalho e dos tribunais regionais do trabalho. 2.1 Jurisdição e competência. 3 Serviços auxiliares da justiça do trabalho. 3.1 Secretarias das varas do trabalho e distribuidores. 4 Processo judiciário do trabalho. 4.1 Princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). 5 Atos, termos e prazos processuais. 6 Distribuição. 7 Custas e emolumentos. 8 Partes e procuradores. 8.1 Jus postulandi. 8.2 substituição e representação processuais. 8.3 Assistência judiciária. 8.4 Honorários de advogado. 9 Exceções. 10 Audiências. 10.1 De conciliação, de instrução e de julgamento. 10.2 Notificação das partes. 10.3 Arquivamento do processo. 10.4 Revelia e confissão. 11 Provas. 12 Dissídios individuais. 12.1 Forma de reclamação e notificação. 12.2 Reclamação escrita e verbal. 12.3 Legitimidade para ajuizar. 13 Procedimento ordinário e sumaríssimo. 14 Sentença e coisa julgada. 14.1 Liquidação da sentença. 14.1.1 Por cálculo, por artigos e por arbitramento. 15 Execução. 15.1 Citação. 15.2 Depósito da condenação e nomeação de bens. 15.3 Mandado e penhora. 16 Embargos à execução. 17 Praça e leilão. 17.1 Arrematação. 17.2 Remição. 17.3 Custas na execução. 18 Recursos no processo do trabalho. - CPF: 2 / 39 3|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com 1. Observações Iniciais Prezados alunos e alunas do Portal do Concurseiro 24h, Iniciamos agora o nosso Curso de Processo do Trabalho para você gabaritar a prova do TRT 3ª Região! Trataremos ponto a ponto do edital lançado com prova marcada para o dia 26 de julho e nossa primeira aula vai apresentar um conteúdo bem teórico, mas também com questões da FCC para você saber como o tema é cobrado pela banca. Me chamo Kelly Amorim, sou Advogada Trabalhista em Brasília, Especialista em Direito e Processo do Trabalho, Professora Titular de Direito e Processo do Trabalho no Centro Universitário UDF e Coordenadora de Pós-Gradução na mesma Instituição de Ensino. Professora de Processo do Trabalho do Curso EVP na OAB e Professora de Processo do Trabalho do Curso Supremo TV de Belo Horizonte. Professora do Grupo de Estudos para a Magistratura Trabalhista - GEMT, Autora da linha Revisaço para Tribunais na Editora Jus Podvium e Autora Exclusiva da Editora Armador em Processo do Trabalho. Atuo na preparação de candidatos a cargos públicos e advogados desde 2007, em especial TRT, TST e Exame de Ordem. Tenha a certeza que teremos uma grande preparação para o concurso dos seus sonhos e a sua aprovação será a consequência do seu esforço, comprometimento e treinamento! Conte comigo sempre! Pode me mandar email (profkamorim@gmail.com) e até mesmo in box na fanpage (Professora Kelly Amorim) Tópicos da aula de hoje 1 Justiça do trabalho. 1.1 Organização e competência. 2 Varas do trabalho e dos tribunais regionais do trabalho. 2.1 Jurisdição e competência. 3 Serviços auxiliares da justiça do trabalho. 3.1 Secretarias das varas do trabalho e distribuidores. Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta, realizando sua matrícula individualmente no site www.concurseiro24horas.com.br - CPF: 3 / 39 4|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com 2. Justiça do trabalho. A justiça do Trabalho é um seguimento da justiça especializada. Com efeito, no Brasil a justiça é dividida em justiça comum e especial, sendo que a comum se divide em justiça comum e federal e a justiça especial em justiça do trabalho, militar e eleitoral. 2.1. Organização e Competência A Constituição Federal da República determina artigo 111 que são três órgãos que compõem a justiça do trabalho, quais sejam: Tribunal Superior do Trabalho Tribunais Regionais do Trabalho Juízes do Trabalho Vamos destrinchar ponto a ponto das instâncias trabalhista, vem comigo! No que diz respeito ao Tribunal Superior do Trabalho cabe destacar as seguintes observações: TST – TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO Terceira e última instância trabalhista Situado em Brasília e com jurisdição em TODO o território nacional Composto de 27 Ministros, escolhidos entre Brasileiros: 1. Entre 35 a 65 anos 2. Nomeados pelo Presidente da República, após aprovaçãopela maioria absoluta do Senado Federal (ATENÇÃO, no TRT não é necessária a sabatina!) 3. 1/5 dos seus membros será composto por advogados e membros do Ministério Público com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e de efetivo exercício, respectivamente. Para que haja a - CPF: 4 / 39 5|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com escolha do Ministro do TST advindo do quinto constitucional o respectivo órgão – OAB ou MPT – forma uma lista sêxtupla e após o Tribunal forma uma lista tríplice, enviando-a para o poder executivo, conforme previsão expressa do artigo 94 da CF/88, que determina: Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. 4. Os demais membros do TST serão desembargadores dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. [Art. 111-A, CF/88] De acordo com o artigo 59 do Regimento Interno são órgãos do Tribunal Superior do Trabalho: I - Tribunal Pleno (composto por todos os Ministros do Tribunal - Para o funcionamento do Tribunal Pleno é exigida a presença de, no mínimo, quatorze Ministros, sendo necessário maioria absoluta quando a deliberação tratar de escolha dos nomes que integrarão a lista destinada ao preenchimento de vaga de Ministro do Tribunal, aprovação de Emenda Regimental, eleição dos Ministros para os cargos de direção do Tribunal, aprovação, revisão ou cancelamento de Súmula ou de Precedente Normativo e declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público); II – Órgão Especial (Integram o Órgão Especial o Presidente e o Vice- Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os sete Ministros mais antigos, incluindo os membros da direção, e sete Ministros eleitos pelo Tribunal Pleno. Os Ministros integrantes do Órgão Especial comporão também outras Seções do Tribunal. O quorum para funcionamento do Órgão Especial é de oito Ministros, sendo necessário - CPF: 5 / 39 6|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com maioria absoluta quando a deliberação tratar de disponibilidade ou aposentadoria de Magistrado); III - Seção Especializada em Dissídios Coletivos (Integram a Seção Especializada em Dissídios Coletivos o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais seis Ministros. O quorum para o funcionamento da Seção Especializada em Dissídios Coletivos é de cinco Ministros); IV - Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas subseções (A Seção Especializada em Dissídios Individuais é composta de vinte e um Ministros, sendo: o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais dezoito Ministros, e funciona em composição plena ou dividida em duas subseções para julgamento dos processos de sua competência. O quorum exigido para o funcionamento da Seção de Dissídios Individuais plena é de onze Ministros, mas as deliberações só poderão ocorrer pelo voto da maioria absoluta dos integrantes da Seção. Integram a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais quatorze Ministros: o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o CorregedorGeral da Justiça do Trabalho e mais onze Ministros, preferencialmente os Presidentes de Turma, sendo exigida a presença de, no mínimo, oito Ministros para o seu funcionamento. § 3.º Haverá pelo menos um e no máximo dois integrantes de cada Turma na composição da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais. § 4.º Integram a Subseção II da Seção Especializada em Dissídios Individuais o Presidente e o Vice- Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais sete Ministros, sendo exigida a presença de, no mínimo, seis Ministros para o seu funcionamento); V – Turmas (Total de oito turmas, são constituídas, cada uma, por três Ministros. Para os julgamentos nas Turmas é necessária a presença de três Magistrados). Junto ao TST funciona ainda: A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho – ENAMAT e Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. ATENÇÃO!!! O Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT NÃO TEM FUNÇÃO JURISDICIONAL e sim a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. - CPF: 6 / 39 7|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com TRT – TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO Segunda instância trabalhista. São 24 Regiões no Brasil 1. São Paulo é o único Estado com duas Regiões – 2ª na Capital e 15ª em Campinas. 2. Ainda não existe TRT nos seguintes Estados: Acre, Amapá, Tocantins e Roraima. Composto de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região. Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos. Não tem sabatina do Senado Federal 1/5 dos seus membros será composto por advogados e membros do Ministério Público com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e de efetivo exercício, respectivamente. Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) ATENÇÃO: A Constituição Federal não denomina os Juízes de TRT como Desembargadores e sim como “Juízes”, mas o seu Regimento do TRT 3ª Região conceitua de Desembargador do Trabalho. - CPF: 7 / 39 8|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com De olho no Regimento Interno: De acordo com o artigo 4º do Regimento Interno do TRT de Minas Gerais – 3ª Região o Tribunal compõe-se de quarenta e nove Desembargadores do Trabalho e tem como órgãos: Tribunal Pleno, Órgão Especial, Presidência, Corregedoria, Seções Especializadas em Dissídios Coletivos e em Dissídios Individuais, Turmas e os Desembargadores do Trabalho. De olho nas questões anteriores: Lembro bemde uma questão que a FCC perguntou a opção correta e tinha uma das alternativas que a justiça itinerante e as Câmaras regionais tem previsão na constituição Federal de 1988 e considerou incorreta, vez que foi introduzida apenas em 2004 pela Emenda Constitucional 45/2004! Isso é que é o verdadeiro animus ferrandi! JUÍZES DO TRABALHO – VARAS DO TRABALHO Primeira Instância trabalhista Desempenha as suas funções na Vara do Trabalho Ingressa na carreira como Juiz do Trabalho substituto, após aprovação em concurso de provas e títulos. De forma alternada, por antiguidade ou merecimento, o Juiz será promovido a juiz Titular da Vara do Trabalho. A Lei criará varas da Justiça do Trabalho De acordo com o artigo 112 da CF/88 nas localidades em que não existir juiz do trabalho, um juiz de direito poderá (SOMENTE POR LEI) ser investido na jurisdição trabalhista, mas ATENÇÃO, o recurso da sentença proferida pelo juiz de direito é o Recurso Ordinário para o respectivo TRT daquela determinada Região. O ingresso na carreira da magistratura, de acordo com o artigo 93, I da CF é como Juiz substituto mediante aprovação em concurso de provas e títulos com participação da OAB em todas as fases, sendo necessária a atividade jurídica do bacharel em direito de, no mínimo, três anos - CPF: 8 / 39 9|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com De acordo com o artigo 95 da CF/88 são garantias dos Juízes: Vitaliciedade (após 2 anos de exercício), inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio. Ainda de acordo com o artigo 95 – parágrafo único - da CF/88 é vedado ao Juiz: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Muita Atenção! Desde 1999 não existem mais as Juntas de Conciliação e Julgamento, que era a primeira instância trabalhista. Foram extintas por meio da Emenda Constitucional 24/99, sendo assim, a primeira instância trabalhista é MONOCRÁTICA e não COLEGIADA como era antes. 2.2. Jurisdição e competência A jurisdição é o poder de o Estado Juiz decidir as lides a ele apresentadas, partimos do princípio que a jurisdição é UNA ou INDIVISÍVEL, no entanto, para que haja seu melhor funcionamento é dividida em competência. A competência é um fracionamento da inteireza da justiça para facilitar a estrutura e atuação dos seguimentos existentes. A competência pode ser divida em absoluta e relativa. - CPF: 9 / 39 10|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com De acordo com o artigo 111 do CPC, a competência absoluta não poderá ser derrogada pela vontade das partes, uma vez que é a vontade do Estado, tem natureza cogente! É o caso da competência: em razão da matéria em razão da pessoa e funcional. A competência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, de acordo com o artigo 113 do cPC, no entanto, deve ter sido prequestionada/tratada para chegar até a instancia extraordinária que é o TST. Sendo assim deve ter sido suscitada em grade primeira e segunda instancia. Este é o posicionamento da OJ 62 da SDI-1 do TST: É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta. Já a competência relativa é aquela que se não suscitada por uma parte prorroga-se, ou seja, as partes podem derrogá-la, é o caso da competência em razão do lugar. Cabe destacar que no processo do trabalho não existe a incompetência relativa em razão do valor da causa, existente no processo civil. O valkor da causa na nossa matéria é apenas para delimitar o procedimento a ser verificado se sumário, sumaríssimo ou ordinário. 2.2.1. Competência Absoluta em razão da matéria e da pessoa A competência em razão da matéria e da pessoa é estudada em conjunto, em especial no estudo aprofundado do artigo 114 da Constituição Federal, modificado pela Emenda Constitucional 45/2004, hoje com a seguinte redação: Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; - CPF: 10 / 39 11|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. § 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. § 3º - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. No que concerne ao inciso I faremos três pontos: PONTO 1. RELAÇÃO DE TRABALHO corresponde a qualquer vínculo jurídico por meio do qual uma pessoa natural executa obra ou serviços para outrem, mediante o pagamento de uma contraprestação. Relação de trabalho é gênero do qual relação de emprego é espécie. O candidato deverá ter cuidado com o posicionamento do STJ por meio da súmula 363 que determina “Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente", ou seja, caso haja uma relação de consumo direta – aquele profissional atende diretamente o cliente na cadeia consumeirista – não será da justiça do trabalho a competência. - CPF: 11/ 39 12|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Exemplo 1: Uma médica que tem um consultório e atende diretamente seu paciente é uma prestadora de serviço, mas o cliente final é ligado diretamente a ela, existindo uma relação consumeirista. Exemplo 2: Imagine que essa mesma médica do exemplo anterior presta serviço para três clínicas diferentes por “diárias”, sem qualquer vínculo de emprego, neste caso o paciente não é dela e sim da clínica, numa nítida relação trabalhista. PONTO 2. No que concerne a competência da justiça do trabalho para julgar a relação de trabalho da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é preciso ter muito cuidado! A administração pública pode contratar por três regimes diferentes, quais sejam: Estatutário Celetista Temporário – artigo 37 da CF/88 Quanto aos servidores estatutários, a Justiça do Trabalho NÃO TEM COMPETÊNCIA, vez que o inciso I do artigo 114 da CF/88 foi alvo da ADI 3395-6 onde o STF entendeu por sua incompetência. O Min. Nelson Jobim concedeu liminar para suspender toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 que inclua os servidores da administração Pública direta e indireta regidos por norma estatutária. Mesmo que haja a contratação temporária de excepcional interesse público, prevista no art. 37, IX, da CF/88 a justiça do trabalho NÃO TERÁ COMPETÊNCIA, por conta desse entendimento a OJ 205 da SDI-1 foi cancelada. OJ 205 SDI-I (CANCELADA) I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho dirimir dissídio individual entre trabalhador e ente público se há controvérsia acerca do vínculo empregatício. II - A simples presença de lei que disciplina a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da CF/1988) não é o bastante para deslocar a competência da Justiça do Trabalho se alega desvirtuamento em tal contratação, mediante a prestação de - CPF: 12 / 39 13|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com serviços à Administração para atendimento de necessidade permanente e não para acudir a situação transitória e emergencial. Se a administração contratar pelo regime CELETISTA, aí sim a Justiça do Trabalho terá competência para o julgamento da lide! Por fim, cabe destacar a súmula 382 do TST que aduz “A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime”, ou seja, se durante o pacto laboral houver mudança de regime, a justiça do trabalho será competente apenas pelo tempo celetista e a prescrição de dois anos prevista no artigo 7º, XXIX da CF/88 será observada a partir da data da mudança. Sendo assim devemos ter o seguinte raciocínio Tipo de Regime Justiça competente Celetista Justiça do Trabalho Estatutário Federal – Lei 8112/90 Justiça Federal Estatutário Estadual – súmula 218 STJ Justiça comum Estadual Estatutário Municipal – súmula 137 STJ Justiça comum Estadual ATENÇÃO!!! Nas ações que os Entes públicos figurem como responsáveis subsidiários em terceirização a justiça do trabalho é plenamente competente. Cuidado somente com a responsabilidade que, em regra, é subsidiária! Você fará um concurso que cobra bastante a letra de Lei, súmulas e Orientações jurisprudenciais, então é inevitável a transcrição de muitas delas, é o caso da leitura obrigatória da súmula 331 TST: Súmula nº 331 do TST CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). - CPF: 13 / 39 14|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. PONTO 3. ENTES DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO: OO ponto em questão deverá ser dividido em dois aspectos: os Estados Estrangeiros e as Organizações ou Organismos Internacionais. No caso dos Estados Estrangeiros, o STF já se posicionou pacificamente que não há o que se falar em imunidade de jurisdição, possuindo a Justiça do trabalho competência para processar e julgar demanda envolvendo entes de direito público externo. Contudo, permanece o entendimento do STF de que o ente de direito público externo possui imunidade de execução, devendo socorrer as denominadas cartas rogatórias. Somente não incidirá a imunidade na execução quando o Estado Estrangeiro renunciar ou quando o bem a ser penhorado não tenha vinculação com a missão diplomática, eis o entendimento do STF no RE n. 222.368-4. Lembro-me de um caso interessante que ocorreu aqui em Brasília em que o TST mandou penhorar uma residência da Arábia Saudita vez que perdeu o status de residência oficial do Embaixador. - CPF: 14 / 39 15|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Veja abaixo a notícia do caso e lembre-se que faz toda a diferença ter conhecimento de decisões do TST em casos interessantes e passíveis de cobrança no estudo de casos que haverá na sua prova! A perda do status de residência oficial do embaixador do Reino da Arábia Saudita possibilitou que um imóvel localizado no Lago Sul, região nobre de Brasília/DF, fosse penhorado para pagar dívidas trabalhistas a um vigilante. A decisão é da 4ª turma do TST, que negou provimento a agravo de instrumento interposto pela representação diplomática do Reino. A ação, em fase de execução, foi movida por um vigilante que trabalhou por 22 anos para a embaixada. Sem nunca ter recebido férias,13º e FGTS, o trabalhador brasileiro teve seus pedidos deferidos pela JT de Brasília. O valor líquido apurado na fase de liquidação da sentença era de R$ 124 mil, de acordo com informações apresentados pela embaixada no recurso ao TST. Na representação questionando decisão do TRT da 10ª região que permitiu a penhora, a representação da Arábia Saudita afirmou que o imóvel se destina ao cumprimento das funções diplomáticas e não estava abandonado, mas sim em reforma para em seguida abrigar as instalações da chancelaria. Alegou também que havia arquivos e documentos sigilosos no imóvel e citou que, de acordo com a Convenção de Viena, o imóvel não poderia ser objeto de constrição judicial, por ter imunidade na fase de execução. O relator do agravo no TST, ministro Fernando Eizo Ono, destacou que o imóvel estava desocupado e há muito tempo não era utilizado para a função diplomática nem consular. Além disso, para ele, não havia evidência de que voltasse a ser usado como residência oficial do embaixador. "Essa proteção é relativa e abrange apenas os bens afetos ao funcionamento da missão diplomática, conforme entendimento que tem prevalecido no TST", ressaltou, citando diversos precedentes do tribunal. Segundo o ministro, o parágrafo 3º do art. 31 da Convenção trata de imunidades dos agentes diplomáticos, mas "nada dispõe sobre a possibilidade ou não de penhora de bens de Estado estrangeiro não afetos à função diplomática ou consular, que é a matéria em controvérsia". Processo relacionado: 18641-08.2005.5.10.0018 - CPF: 15 / 39 16|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Cabe destacar que no caso das Organizações ou Organismos Internacionais, tais como a ONU, OIT, OMS, entre outras, o TST por meio da recente OJ 416 da SDI-1 determina que a imunidade será absoluta, veja: As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. Ações que envolvam o direito de greve A greve já passou por diversos momentos, até já foi prevista como “crime”, hoje é assegurada na Constituição Federal e regulamentada pela Lei 7783/1989 de importantíssima leitura para o seu concurso! O artigo 2º da Lei em comento conceitua greve como “a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador” e lockout no artigo 17 como “Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados”. Irregularidades no exercício do direito de greve podem gerar outras demandas da competência da Justiça do Trabalho: 1. Ações de indenizatórias decorrentes do direito de greve 2. Dissídios Coletivos de greve; 3. Ações Possessórias (Interdito proibitório, esbulho, manutenção na posse); No que concerne aos dissídios coletivos é importante frisar que o escopo deste instrumento jurídico é a declaração da abusividade ou não da greve e tal competência é da justiça do trabalho, conforme previsão expressa da súmula 189 do TST. Destaque-se também que uma ação típica de Tribunal, se a greve envolver apenas uma Região de TRT, entenda, não é Estado, vez que alguns TRTs abarcam mais de um Estado, e sim Região – a competência será do TRT respectivo! Se a greve envolver mais de uma Região de TRT a competência será no TST, com exceção de São Paulo que é o único Estado do país que tem dois TRTs, imagine que uma greve envolta todo o Estado de São Paulo e, ou seja, a 2ª Região que é Capital e a 15ª Região que é - CPF: 16 / 39 17|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com campinas, neste caso a competência será no TRT da 2ª Região, conforme previsão expressa do artigo 12 da Lei 7.520/86 que foi alterado pela Lei 9.524/96. Insta destacar que o servidor público também tem direito a greve assegurado na Constituição Federal, ocorre que a Lei para regulamentar tal direito, o que foi alvo de impetração de Mandado de Injunção de número 708/DF quando em 2007 o Ministro Gilmar Mendes entendeu pela aplicabilidade da Lei 7783/1989 também para os estatutários, no que couber. Acontece que mesmo os servidores públicos utilizando a Lei dos empregados a competência não será transferida para a Justiça do Trabalho, sendo cada justiça competente em decorrência do tipo de estatuto, ou seja, se servidores federais, justiça federal, se servidores estaduais ou municipais justiça comum. No que concerne as ações possessórias é imprescindível destacar a súmula vinculante 23 do STF “A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.” Ações sobre representação sindical. A justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações entre: Sindicato x Sindicato – definição da base sindical Sindicato x trabalhadores; Sindicato x empregadores. Interpretação extensiva para incluir Federações e Confederações. Direito de filiação e desfiliação; Concernentes à eleição de dirigente sindical e ao respectivo processo eleitoral; Ações envolvendo contribuições assistenciais; Ações envolvendo contribuição sindical contra empregadores; - CPF: 17 / 39 18|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Ações de consignação de pagamento de contribuição sindical. Mandado de segurança, Habeas Corpus e Habeas data A competência para processar e julgar Mandado de Segurança, Habeas Corpus e Habeas Data se refere às questões da esfera trabalhista. No que concerne ao Mandado de segurança que é uma ação constitucional, prevista no artigo 5º, LXIX que prevê: “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”. O Mandado de Segurança é regulamentado pela Lei 12.016/2009 e tem bastante importância na esfera trabalhista, sendo previsto em várias súmulas e OJs do TST. A modificação trazida pela Emenda Constitucional 45/2004 foi no sentido de permitir a impetração do Mandado de Segurança na primeira Instancia quando o ato for da autoridade coatora da fiscalização do trabalho, aqui devemos conjugar este inciso o inciso VII do artigo 114 da CF/88. No que concerne ao Habbeas corpus qua também é um remédio constitucional, previsto no artigo 5º LXVIII da CF/88 que prevê “LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. Neste tocante devemos lembrar que a justiça do trabalho não é competente para julgamento de crime, já decidiu o STF na ADI 3684, sendo assim só é passívelde impetração de habeas corpus se houver matéria trabalhista e não penal. No que se refere ao Habeas Corpus trago outra notícia do TST sobre um jogador de futebol que precisou impetrar um HC para ter seu “passe” liberado para outro time de futebol. TST concede HC ao jogador Oscar, que poderá trabalhar onde desejar 26/4/2012 - O ministro do Tribunal Superior do Trabalho Guilherme Caputo Bastos acaba de conceder habeas corpus em favor do jogador de futebol Oscar dos Santos Emboaba Júnior, o Oscar. Com a decisão, o atleta poderá trabalhar em qualquer lugar que pretenda. Como é integrante da SDI-2, órgão que detém a competência para julgar o HC, foi sorteado como relator do caso. - CPF: 18 / 39 19|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Na liminar, Caputo Bastos afirmou que "a obrigatoriedade da prestação de serviços a determinado empregador nos remete aos tempos de escravidão e servidão, épocas incompatíveis com a existência do Direito do Trabalho, nas quais não havia a subordinação jurídica daquele que trabalhava, mas sim a sua sujeição pessoal." Caputo Bastos ressaltou que "a liberdade, em suas várias dimensões, é elemento indispensável ao Direito do Trabalho, bem como a ‘a existência do trabalho livre (isto é, juridicamente livre) é pressuposto histórico-material do surgimento do trabalho subordinado (e via de consequência, da relação empregatícia)' ", apontou o ministro, citando o colega de TST, ministro Maurício Godinho Delgado. Oscar atualmente treina no Sport Club Internacional, de Porto Alegre (RS), clube com o qual tem contrato. Mas, por determinação da Justiça do Trabalho no estado de São Paulo, ele foi inscrito na Confederação Brasileira de Futebol como jogador do São Paulo Futebol Clube. O ministro Caputo Bastos ainda alertou que, qualquer que seja a decisão na ação entre Oscar e o São Paulo, ela "jamais poderá impor ao trabalhador o dever de empregar sua mão de obra a empregador ou em local que não deseje, sob pena de grave ofensa aos princípios da liberdade e da dignidade da pessoa humana e da autonomia da vontade, em torno dos quais é construído todo o ordenamento jurídico pátrio". Oscar já havia ajuizado ação cautelar no TST para que fosse liberado para julgar pelo Internacional. No entanto, o relator do pedido, ministro Renato de Lacerda Paiva, ficou impossibilitado de julgar em razão de um recurso pendente no Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-SP). Na avaliação do relator do pedido de Oscar, a determinação que restabeleceu o vínculo de emprego entre o atleta e o São Paulo, proferida em uma reclamação trabalhista ajuizada pelo jogador, "além de afrontar os princípios basilares do nosso Direito, mostra-se totalmente incongruente, na medida em que agrava a situação jurídica daquele que submeteu sua demanda ao Poder Judiciário e excede os limites da lide, impondo comando judicial incompatível com a pretensão inicial. Note-se, nesse sentido, que, de acordo com a sentença prolatada na reclamação trabalhista retromencionada, não houve reconvenção por parte do empregador São Paulo Futebol Clube a justificar, em tese, esse tipo de determinação". O ministro relator do habeas corpus ainda alertou que a decisão judicial "que determina o restabelecimento obrigatório do vínculo desportivo com o São Paulo Futebol Clube, em contrariedade à vontade do trabalhador, cerceia o seu direito fundamental de exercício da profissão". Assim, Caputo Bastos concedeu liminar em habeas corpus para autorizar Oscar a exercer livremente a sua profissão, - CPF: 19 / 39 20|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com participando de jogos e treinamentos em qualquer localidade e para qualquer empregador, "conforme sua livre escolha". Cabe destacar ainda que o STF, por meio da súmula vinculante 25, tem posicionamento que não poderá haver a prisão do depositário infiel, que era a mais comum verificação de habeas corpus na justiça do trabalho. No que se refere ao Habeas Data, previsto no artigo 5º, LXXII que prevê “conceder-se- á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo”. Não é comum verificarmos na prática um Habeas Data na Justiça do Trabalho, sendo possível, por exemplo, quando um órgão da fiscalização do trabalho negar informação. Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista. O conflito de competência está previsto no artigo 804 da CLT e 115 do CPC e ocorre quando: • dois ou mais juízes se declarem competentes (conflito positivo); • dois ou mais juízes se declarem incompetentes (conflito negativo); O conflito pode ser suscitado pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, pelo MPT e pela parte interessada. Orgão solucionador do conflito Conflito TRT entre varas da mesma região, juízes de direito investido na jurisdição trabalhista da mesma região, ou entre varas do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista (na mesma região) – art. 808, a da CLT TST entre TRTs, entre varas do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes, entre TRTs distintos – art. 808, b da CLT. STJ entre varas do trabalho e juiz de direito não investido na jurisdição trabalhista – art. 105, I, d, CF/1988; STF quando envolver um Tribunal Superior – art. 102, I, o da CF/98. - CPF: 20 / 39 21|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com ATENÇÃO: De acordo com a súmula 420 do TST “Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada”. Dano moral e material decorrente de acidente de trabalho. A competência para processar e julgar ações referentes a dano moral, já estava pacificada nos tribunais quando se tratava de relação de emprego. Sendo assim, quando um Trabalhador sofre dano moral esse pedido deverá ser pleiteado na justiça do trabalho. Cabe a leitura da súmula 392 do TST “Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas.” No que concerne ao dano moral e material decorrente de acidente de trabalho veja a Súmula Vinculante 22 do STF: A justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n° 45/04. CUIDADO!!!! Ação entre empregado x empregador (Justiça do Trabalho) Ação entre empregado x INSS – somente no caso de acidente do trabalho (Justiça Comum - artigo 109, I CF/88) Penalidades administrativas impostas aos empregadorespelos órgãos da fiscalização do trabalho. A fiscalização do trabalho é feita pelo Ministério do trabalho e Emprego através da sua Superintendência Regional do Trabalho, com a mudança trazida pela Emenda constitucional 45/2004 a Justiça do Trabalho passou a ter a competência para processar e julgar os atos da fiscalização do trabalho, entenda aqui tantos a discussão de autos de infração como ate mesmo - CPF: 21 / 39 22|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com o Mandado de Segurança em face da autoridade coatora da fiscalização do trabalho. Execução de ofício da contribuição social das suas sentenças e acordos. A justiça do trabalho tem competência para executar a contribuição social apenas das suas sentenças e acordos, o que quer dizer que as parcelas de natureza salarial incidem contribuições previdenciárias para o INSS. Vale a pena a leitura da súmula 368 do TST. É devida a incidência das contribuições para a Previdência Social sobre o valor total do acordo homologado em juízo, independentemente do reconhecimento de vínculo de emprego, desde que não haja discriminação das parcelas sujeitas à incidência da contribuição previdenciária, conforme parágrafo único do art. 43 da Lei nº 8.212, de 24.07.1991, e do art. 195, I, “a”, da CF/1988. Cabe destacar ainda a súmula 414 TST. Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). Outras competências Súmula 19 (Quadro de Carreira) A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira. Súmula 189 (Greve) A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. Súmula 300 (PIS) - CPF: 22 / 39 23|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). Súmula 389 (Seguro Desemprego) I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro- desemprego. II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro- desemprego dá origem ao direito à indenização. Súmula 392 (Dano Moral) Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho. Súmula 419 (Embargos de Terceiro) Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último. OJ SDI-I 26 (Complementação de Pensão Requerida por Viúva de Ex-Empregado) A Justiça do Trabalho é competente para apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-empregado, por se tratar de pedido que deriva do contrato de trabalho. ATENÇÃO PARA A SÚMULA DO TRT 3ª REGIÃO: SÚMULA N. 34 DEMANDAS ENVOLVENDO ENTE DE DIREITO PÚBLICO E EMPREGADO PÚBLICO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Compete à Justiça do Trabalho, em razão da matéria, processar e julgar demandas envolvendo ente de Direito Público e empregado público, admitido por concurso público e a ele vinculado pelo regime - CPF: 23 / 39 24|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com jurídico da CLT, consoante dispõe o inciso I do art. 114 da CR/88 (com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). A decisão prolatada na ADI n. 3.395-6/DF restringe-se às relações de ordem estatutária ou de caráter jurídico- administrativo. (RA 175/2014, disponibilização/divulgação: DEJT/TRT3 26/09/2014, 29/09/2014 e 30/09/2014) 2.2.2. Competência funcional A competência em questão diz respeito às atribuições dos órgãos da justiça do trabalho, ou seja, onde a ação se origina – competência originária e onde será julgado o recurso – competência recursal. Existem ações que são típicas de primeira Instância, tais como: Reclamação Trabalhista Ação de consignação em Pagamento Inquérito para apuração da falta grave Ação Civil Pública Ações típicas de Tribunais, de forma exemplificativa: Dissídio Coletivo Ação Rescisória ATENÇÃO 1: A ação anulatória deverá ser ajuizada no mesmo juízo em que praticado o ato supostamente eivado de vício, posicionamento do TST através da OJ 129 da SDI-2. ATENÇÃO 2: A competência para julgamento do mandado de segurança será de acordo com a autoridade competente: - CPF: 24 / 39 25|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Autoridade Competente Órgão Julgador Fiscalização do trabalho Vara do Trabalho Juiz do Trabalho TRT Desembargadores e servidores do TRT TRT Ministros e servidores do TST TST 2.2.3. Competência Relativa em razão do lugar Pelo entendimento do artigo 651 da CLT a competência territorial da Justiça do Trabalho se faz pelo local da prestação dos serviços, ainda que o Empregado tenha sido contratado em outro lugar, ainda que tenha sido no estrangeiro! Havendo mais de um local de trabalho sucessivos, a competência será do último local da prestação de serviços. Os parágrafos subsequentes ao caput determinam algumas exceções, vejamos: § 1º da CLT - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º da CLT - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3º da CLT - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. No que concerne ao agente ou viajante comercial a competência será da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado se esta não existir terá competência a Vara da localidade do domicíliodo empregado ou local mais próximo. - CPF: 25 / 39 26|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Já a segunda exceção diz respeito ao trabalho realizado no exterior, mesmo o empregado prestando serviço no exterior será competente a justiça brasileira quando: O trabalho ocorrer numa agência ou filial no estrangeiro – pressupõe um vinculo com o Brasil; Empregado seja brasileiro e Não haja convenção internacional dispondo em contrário. A terceira e última exceção se refere ao empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, neste caso o empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Se atente para a 149 da SDI-2 que determina: “Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta.” 3. Serviços auxiliares da justiça do trabalho Pra que haja melhor eficiência na prestação jurisdicional existem os órgãos auxiliares da justiça do trabalho que, pela CLT são cinco: 1. Secretarias das Varas do Trabalho 2. Distribuidores 3. Secretaria dos Tribunais 4. Cartórios dos Juízos de direito 5. Oficiais de Justiça - CPF: 26 / 39 27|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com 3.1. Secretarias das varas do trabalho e distribuidores. A secretaria da Vara é órgão auxiliar da primeira instância e está prevista no artigo 710 da CLT que ainda menciona “Junta”, lembre-se que houve alteração desta instancia pela Emenda Constitucional 24/99 e a primeira Instância é o Juiz do trabalho que desempenha suas funções na Vara do Trabalho. O tema aqui tratado é extremamente teórico e é totalmente necessária a sua leitura nos artigos relacionados, vez que a sua banca cobra mesmo! A CLT prevê que cada “Junta” terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que o Presidente designar, para exercer a função de secretário, e que receberá, além dos vencimentos correspondentes ao seu padrão, a gratificação de função fixada em lei. Acontece que atualmente chamamos o “secretário da Vara” de Diretor de Secretaria que será indicado de forma discricionária pelo Juiz Titular, preferencialmente entre bacharéis em direito, salvo se não houver possibilidade de atender a exigência da Resolução 147 do conselho Nacional de Justiça. A competência da secretaria da Vara está prevista no artigo 711 da CLT, que determina: Compete à secretaria das Juntas: a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e outros papéis que lhe forem encaminhados; b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis; c) o registro das decisões; d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará; e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria; f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos; g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da secretaria; h) a realização das penhoras e demais diligências processuais; i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta, para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos. Cada Vara deverá ter um secretário que terá a competência prevista no artigo 712 da CLT: - CPF: 27 / 39 28|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço; b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades superiores; c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis que devam ser por ele despachados e assinados; d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja deliberação será submetida; e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais; f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores; g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas; h) subscrever as certidões e os termos processuais; i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que devam ter conhecimento, assinando as respectivas notificações; j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da Junta. ATENÇÃO Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos, dentro dos prazos fixados, serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias quantos os do excesso. 3.2. Os distribuidores Quando houver mais de uma Vara do Trabalho em determinada localidade nascerá a obrigatoriedade do setor de distribuição para que haja a divisão aleatória e automática para que não exista a “escolha’ do juízo. Cabe destacar que a CLT abarca a competência do Distribuidor que já foi cobrada DIVERSAS vezes em provas de TRT, precisamos aprender! Art. 714 - Compete ao distribuidor: a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados; - CPF: 28 / 39 29|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído; c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética; d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de informações sobre os feitos distribuídos; e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão mencionados em certidões. ATENÇÃO 1: A distribuição será feita pela rigorosa ordem de entrada de ações e não pela qualidade das ações, ou seja, se protocolada uma Reclamação Trabalhista, um Inquérito para apuração da falta grave e uma Consignação em pagamento cada uma delas para um Juiz diferente não importando a sua natureza! ATENÇÃO 2: Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados. 3.3. Das secretarias dos TRTs O artigo 718 da CLT prevê que cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direçãodo funcionário designado para exercer a função de secretário, com a gratificação de função fixada em lei. Em que pese a CLT estabelecer apenas uma secretaria por Tribunal é bem comum na vida real os TRTs terem mais de uma Secretaria para que haja melhor efetividade do trabalho no Tribunal. A competência da Secretaria dos TRTs, prevista pela CLT como Secretaria dos Conselhos, além das atribuições estabelecidas no art. 711 para a Secretaria das Varas tem mais as seguintes: a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos respectivos relatores; b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para consulta dos interessados. Parágrafo único - No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias. - CPF: 29 / 39 30|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com As Secretarias dos Tribunais são chefiadas também por Diretores que a CLT ainda chama de Secretários que terão as mesmas atribuições dos Diretores da Secretaria da Vara, além das que lhes forem fixadas no regimento interno dos Tribunais. 3.4. Dos cartórios dos Juízos de Direito Vimos acima que naquelas localidades em que não haja juiz do trabalho um juiz de direito será investido na jurisdição trabalhista com recurso para o respectivo TRT daquela Região. De acordo com o artigo 716 da CLT os cartórios dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do Trabalho, têm, para esse fim, as mesmas atribuições e obrigações conferidas na Seção I às secretarias das Varas. Aos escrivães dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do Trabalho, competem especialmente as atribuições e obrigações dos Diretores das Varas do Trabalho e aos demais funcionários dos cartórios, as que couberem nas respectivas funções, dentre as que competem às secretarias das Varas enumeradas no art. 711. 3.5. Dos Oficiais de Justiça Avaliadores O oficial de justiça na esfera trabalhista é mais comum na fase de execução, cabe a ele realização dos atos processuais externos, tanto nas Varas como Tribunais. É de extrema importância a leitura total e completa do artigo 721 da CLT: Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem cometidos pelos respectivos Presidentes. § 1º Para efeito de distribuição dos referidos atos, cada Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador funcionará perante uma Junta de Conciliação e Julgamento, salvo quando da existência, nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão específico, destinado à distribuição de mandados judiciais. § 2º Nas localidades onde houver mais de uma Junta, respeitado o disposto no parágrafo anterior, a atribuição para o cumprimento do ato deprecado ao Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador será transferida a outro Oficial, sempre que, após o decurso de 9 (nove) dias, - CPF: 30 / 39 31|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com sem razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujeitando-se o serventuário às penalidades da lei. § 3º No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça Avaliador, para cumprimento da ato, o prazo previsto no art. 888. § 4º É facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qualquer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das decisões desses Tribunais. § 5º Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador, o Presidente da Junta poderá atribuir a realização do ato a qualquer serventuário. Cabe ressaltar que o Oficial de justiça desempenha a função de avaliador, neste caso teremos a verificação do artigo 888 da CLT, que reza: Art. 888 - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de vinte (20) dias. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) § 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exequente preferência para a adjudicação. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) § 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) § 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exequente a adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou Presidente. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) § 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça os bens executados. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) 4. Questões Comentadas Com relação as questões trataremos apenas da banca do nosso concurso, vamos lá?! (FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Com relação à organização da Justiça do Trabalho, é correto afirmar que - CPF: 31 / 39 32|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com a) é composta pelos Juízes do Trabalho, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, bem como pelo Tribunal Superior do Trabalho, além dos chamados órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, tais como, Secretarias das Varas, Secretarias dos Tribunais e Cartórios dos Juízos de Direito. b) o Tribunal Superior do Trabalho é composto de, no mínimo, 17 Ministros, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. c) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, nomeados pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. d) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, sendo que nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, as ações trabalhistas serão endereçadas aos juízes de direito, com recurso cabível para o respectivo Tribunal de Justiça. e) a Emenda Constitucional no 45/2004 incluiu dois novos organismos de funcionamento junto ao TST que são a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho e o Conselho Nacional de Justiça. Comentários: Aqui a banca misturou os órgãos da justiça do trabalho com os órgãos auxiliares da justiça do trabalho. Coloquei em vermelho o que está errado nas outras questões! Veja que o que estudamos cai bastante! Gabarito: Alternativa A FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Em relação ao Oficial de Justiça Avaliador da Justiça do Trabalho, é correto afirmar que a) incumbe ao mesmo a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados dasVaras do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhe forem cometidos pelos respectivos Presidentes. b) é facultado ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho cometer a qualquer Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das decisões de qualquer Tribunal. c) na falta ou impedimento do mesmo, o Juiz deverá requisitar outro Oficial ao Tribunal Regional do Trabalho. d) no caso de avaliação, o mesmo terá o prazo de vinte dias para cumprimento do ato. e) funcionarão perante as Varas do Trabalho, não cabendo aos Tribunais Regionais do Trabalho a criação de órgão específico destinado a distribuição de mandados judiciais. Comentários: Literalidade do artigo 721 da CLT! Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de Conciliação e - CPF: 32 / 39 33|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem cometidos pelos respectivos Presidentes. Gabarito: Alternativa A FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária A Consolidação das Leis do Trabalho disciplina os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho, prevendo que a) o Juiz da Vara do Trabalho, na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador, deverá requisitar ao advogado da parte interessada ou a agente policial militar a realização do ato. b) haverá um distribuidor em todas as localidades incluindo aquelas que possuam apenas uma Vara do Trabalho. c) os distribuidores serão designados e diretamente subordinados ao Juiz Diretor do Fórum, escolhidos entre os funcionários das Varas do Trabalho de qualquer localidade da circunscrição do Tribunal. d) o prazo previsto para o cumprimento do ato de avaliação pelo Oficial de Justiça Avaliador será de 05 dias, contados da data da sua nomeação. e) compete à Secretaria das Varas do Trabalho a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos. Comentários: Literalidade do artigo 711 alinea f “ Compete à secretaria das Juntas:f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos”. Gabarito: Alternativa E FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador A Emenda Constitucional 45/2004 incorporou as seguintes matérias à competência da Justiça do Trabalho, EXCETO: a) quanto aos funcionários públicos estatutários. b) que envolvam exercício do direito de greve. c) sobre representação sindical. d) alusivas a eleições sindicais. e) execução, de ofício, de contribuições sociais, decorrentes das decisões proferidas pelos Juízes do Trabalho. Comentários: A Justiça do Trabalho não é competente para julgar estatutários, lembra-se do inciso I do artigo 114 da CF/88 e da ADI 3.395-6 Julgada pelo STF. - CPF: 33 / 39 34|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Gabarito: Alternativa A FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Administrativa Conforme previsão constitucional, a competência da Justiça do Trabalho abrange a) as ações oriundas da relação de trabalho. b) os conflitos decorrentes das relações de emprego e, mediante lei especial, outras controvérsias decorrentes de relações de trabalho, exceto as que envolvam representação sindical. c) todos os conflitos decorrentes de relações de trabalho e alguns casos de relações de emprego, sempre nos termos da lei específica. d) os conflitos decorrentes de relações de emprego e, mediante lei ou convenção coletiva, outras controvérsias decorrentes de relação de trabalho. e) todos os conflitos decorrentes das relações de trabalho, exceto naqueles em que forem parte os entes de direito público externo e da Administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Comentários: A justiça do trabalho é competente para julgar relação de trabalho, desde que não derive de relação de consumo e estatutários. Gabarito: Alternativa A FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador A competência da Justiça do Trabalho foi ampliada pela Emenda Constitucional 45/2004, tendo sido definidas pelo legislador constituinte hipóteses que, até então, geravam diversas discussões. NÃO se inserem, porém, nesse contexto de ampliação da competência material da Justiça do Trabalho as ações a) envolvendo o exercício do direito de greve. b) que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo INSS, em relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento. c) em que se pleiteia indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho. d) que versem sobre questões relativas a representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores. e) decorrentes da relação de trabalho mantidas com entes de direito público externo. Comentários: Não se insere na justiça do trabalho as ações que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo INSS, em relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento e sim apenas referentes as nossas sentenças e acordos. - CPF: 34 / 39 35|39 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com Gabarito: Alternativa B FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Mateus, residente na cidade de São Bernardo do Campo, foi contratado em Diadema para trabalhar como Auxiliar Administrativo da Empresa Tudo Azul Ltda., cuja matriz está sediada em São Caetano do Sul. Após dois anos de contrato prestado na filial da empresa em São Paulo, foi dispensado, mesmo tendo informado ao empregador que está em vias de se aposentar. Mateus decidiu ajuizar reclamação trabalhista requerendo sua reintegração ao emprego por estabilidade pré aposentadoria. No presente caso, a Vara do Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de: a) Diadema, porque foi o local da contratação do trabalhador. b) São Paulo, por ser o local da prestação de serviços. c) São Caetano do Sul, em razão de ser a matriz da empresa empregadora. d) São Paulo, porque, neste caso, a comarca competente é a Capital do Estado. e) São Bernardo do Campo, por ser o local da residência do trabalhador. Comentários: Regra do artigo 651 CLT é o local da prestação de serviço ainda que o empregado tenha sido contratado em outro lugar, ainda que no estrangeiro. Gabarito: Alternativa B FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Judiciária Fernando, residente em Camaçari, foi contratado em Salvador para trabalhar na filial da empresa Ao Homem Elegante Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de Santana. Considerando que a sede da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras sobre competência territorial previstas em lei, a competência para o ajuizamento de reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-empregador é de uma das Varas do Trabalho de a) São Paulo. b) Feira de Santana.
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