Buscar

Cultivo de Alface: Características e Cuidados

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 Felipe R. C. Feitosa & Marcelo de A. Guimarães – Olericultura – UFC – 2014 (Atualizado em 2017) 
Boletim Técnico – Cultivo de Alface 
Nome comum Alface 
Nome científico Lactuca sativa L. 
Família Asteraceae (mesma família da chicória e do almeirão) 
Origem Originária de espécies silvestres características de regiões de clima temperado e localizadas no sul da Europa e na Ásia 
Ocidental. 
Características morfológicas Planta herbácea com caule diminuto. Crescimento das folhas em forma de roseta. 
Características fisiológicas A ocorrência de dias longos, acima de 10 hs, conjugados a temperaturas elevadas favorecem o florescimento precoce da 
espécie. Na germinação, temperaturas acima de 26
o 
C podem induzir a termodormência das sementes. A temperatura 
considerada ideal para a germinação é de 20° C. 
Grupos ou tipos Repolhuda-manteiga – Forma cabeça compacta, possuindo folhas lisas, delicadas, de coloração verde-amarelado e de 
aspecto amanteigado. Cultivar típica é a americana White Boston. 
Repolhuda crespa (americana) – Suas folhas são tipicamente crespas e mais grossas do que os demais grupos. As nervuras 
das folhas são aparentes. Forma cabeça compacta. Suporta melhor conservação no período pós-colheita, sendo resistente ao 
transporte, manuseio e processamento mínimo. Muito utilizada em fast-food. 
Solta-lisa – Apresenta folhas soltas, macias e lisas, não sendo identificada a formação de cabeça. Cultivar típica é a Babá de 
Verão. 
Solta-crespa – Apresenta folhas mais consistentes, de aspecto crespo e solto, não sendo identificada a formação de cabeça. 
Dependendo da cultivar as folhas podem apresentar coloração verde ou roxa, sendo a última coloração característica do 
acúmulo de antocianina. Cultivar típica é a Crespa Grand Rapids. 
Mimosa – Apresenta folhas de aspecto “arrepiado”, delicadas e mais estreitas. Tem tido seu consumo aumentado nos últimos 
anos. 
Romana – Não tem grande importância econômica já que é preterida por boa parte dos consumidores. Em geral, apresenta 
folhas com nervuras bem aparentes, com limbo foliar alongado e consistente. Formam cabeças menos compactas “fofas”. Há 
cultivares que apresentam folhas de coloração arroxeada. 
Área para o plantio Canteiros com 1 m de largura, por até 10 m de comprimento são considerados ideais. A distância entre canteiros deve ser de 
pelo menos 0,5 m. 
Espaçamento para o plantio 0,2-0,3 x 0,2-0,3 m (entre plantas e entre linhas de cultivo respectivamente (alface americana 0,35 X 0,35 m). Estudos 
realizados em Fortaleza indicaram o espaçamento de 0,2 x 0,2 m como o mais produtivo para as cultivares de alface avaliadas. 
Forma de propagação Produção de mudas em bandejas plásticas com 162 ou mais células. 
Transplantio Deve ser feito quando as mudas apresentarem de 4 a 6 folhas definitivas. 
Tipo de solo Solos de textura média, friáveis e com boa capacidade de retenção de água são considerados ideais. 
Preparo do solo A pelo menos uma semana antes do plantio aconselha-se a incorporação de esterco de gado (5 a 10 L m
-2
) e/ou frango (2 a 4 L 
m
-2
). 
Análise química do solo Acidez A faixa de pH considerada ideal varia entre 6,0 e 6,8. Calagem é recomendada se a saturação por bases for inferior a 70%. 
 2 Felipe R. C. Feitosa & Marcelo de A. Guimarães – Olericultura – UFC – 2014 (Atualizado em 2017) 
 Adubação De plantio Em solos deficientes ou medianos aplicar 30 kg ha
-1
 de N, 250-400 kg ha
-1
, de P2O4 e 80-90 kg ha
-1
 de 
K2O no sulco ou leito do canteiro. Aplicar também 1 kg ha
-1
 de B. Se houver disponibilidade aplicar FTE 
BR 12 (formulação de micronutrientes). 
 De cobertura 70-90 kg ha
-1
 de N em 3 parcelas, com aplicações quinzenais. 
 Foliar Correções de deficiências de Cobre, Zinco e Molibdênio podem ser feitas por pulverização foliar. 
Também de Nitrogênio podem ser feitas aplicando-se 6 g de ureia por litro de água. 
Tratos culturais Irrigação Nunca deixar que a capacidade de campo do solo seja inferior a 60%. Pode-se utilizar sistema de irrigação por gotejamento, 
microaspersão ou aspersão. Para esse último, deve-se prestar atenção no tamanho das gotas para não ferir as folhas. 
 Cobertura do 
solo 
(Mulching) 
Altamente favorável por manter o solo com temperatura amena e úmido. Também favorece a conservação da fertilidade do 
solo. Se utilizar palhada em toda a superfície ou plástico, com pelo menos uma face preta, também reduz a necessidade de 
realização de capina. 
 Controle de 
plantas 
daninhas 
Deve ser feito rotineiramente durante os primeiros 30 dias de desenvolvimento da cultura no campo. Pode ser feito por capina 
com enxadecos ou arranquio com as próprias mãos. O uso de cobertura morta em área total ou do plástico preto reduz e/ou 
evita a necessidade de realização deste trato cultural. 
 Controle de 
pragas e 
doenças 
Mosaico-do-alface Caracterizado por folhas deformadas que apresentam mosaico amarelado. As plantas apresentam 
crescimento retardado. A melhor forma de controlar é através da seleção de cultivares resistentes ao 
problema. Esta doença é transmitida por afídeos, sendo seu controle químico ineficiente. 
 Vira-cabeça Provoca necrose e bronzeamento das folhas. A melhor forma de controle é evitar cultivo em áreas 
que tenham apresentado o problema. Plantas que apresentam a doença devem ser retiradas 
imediatamente do local. A rotação de culturas é uma importante prática agroecológica a ser 
utilizada para a redução deste problema. Esta doença é transmitida por trípes, sendo seu controle 
químico ineficiente. 
 Septoriose Doença favorecida por baixas temperaturas e alta umidade do solo e do ar. É a principal doença 
fúngica que acomete cultivos de alface. É causado pelo fungo Septoria lactucae. Afeta 
principalmente folhas onde são formadas pequenas manchas necróticas. Em condições mais 
avançadas da doença, as folhas externas podem apresentar crestamento. Usar sementes livres do 
patógeno, rotação de culturas e aplicação de fungicida são métodos de combate e controle. 
 Podridão-basal e 
queima-de-saia 
Doenças favorecidas por baixas temperaturas e alta umidade do solo e do ar. São doenças causadas 
por fungos de solo. A primeira causa a chamada podridão mole, já a segunda causa necrose e 
queima das folhas inferiores. Os métodos a serem adotados para se evitar o problema são o uso de 
cultivares resistentes, substrato estéril, rotação de culturas e evitar terrenos de drenagem deficitária. 
Colheita Em campo 60-80 dias após a semeadura nas regiões Sul e Sudeste. Nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste o ciclo geralmente é 
reduzido em 10 a 20 dias. 
 Em estufa 45-60 dias após a semeadura. 
Comercialização Feita em bancas de supermercado ou feiras-livres. Geralmente comercializa-se de uma a três plantas por maço. Depende 
sempre do tamanho final alcançado pela planta na colheita. 
 3 Felipe R. C. Feitosa & Marcelo de A. Guimarães – Olericultura – UFC – 2014 (Atualizado em 2017)

Outros materiais