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Notas de aula - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

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Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 1 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 
 
 
 
 
 
 
NOTAS DE 
AULA: 
INSTALAÇÕES 
HIDRÁULICAS 
PREDIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Marconi Fonseca de Moraes 
 
 
 
Atualizada em: 16-09-2013 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 2 
ÍNDICE 
 
 Capítulo 1 – Conceitos Básicos 4 
 1.1 – Força, pressão e perda de carga 4 
 1.2 – A água 12 
 
 Capítulo 2 – Instalações prediais de água fria 15 
2.1 – Introdução 15 
2.2 – Instalações prediais de água fria 42 
 
 Capítulo 3 – Esgoto 63 
3.1 – Efluentes de esgotos 63 
3.2 – Esgotos pluviais 63 
3.3 – O caminho percorrido pelos esgotos 63 
3.4 – Como funciona uma ETE? 67 
3.5 – Instalações prediais de esgotos sanitários 67 
3.6 – Aparelhos sanitários, desconectores e ralos 67 
3.7 – Instalação primária e secundária de esgotos 68 
3.8 – Ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda e subcoletor 69 
3.9 – Tubo ventilador, coluna de ventilação e ramal de ventilação 70 
3.10 – Caixas de distribuição e caixas de inspeção 70 
3.11 – Fossa séptica 71 
3.12 – Dimensionamento das canalizações de esgoto 77 
3.13 – Coletores prediais e subcoletores 79 
3.14 – Tubos de queda 80 
3.15 – Ramais de esgoto e de descarga 81 
 
 Capítulo 4 – Águas Pluviais 82 
4.1 – Por que coletar as águas pluviais 82 
4.2 – Telhado, água, beiral e platibanda 82 
4.3 – Caixas de areia, calhas e condutores 83 
4.4 – Fenômenos que ocorrem nos tubos verticais de águas pluviais 84 
 
 Capítulo 5 – Água Quente 86 
5.1 – Generalidades 86 
5.2 – Modalidades de instalação de aquecimento de água 86 
5.3 – Consumo de água quente 87 
5.4 – Vazão das peças de utilização 87 
5.5 – Funcionamento das peças de utilização 87 
5.6 – Pressões mínimas de serviço 88 
5.7 – Pressão estática máxima 88 
5.8 – Velocidade máxima de escoamento da água 88 
5.9 – Perdas de carga 89 
5.10 – Diâmetros mínimos dos sub-ramais 89 
5.11 – Produção de água quente 89 
5.12 – Tipos de aquecedores elétricos 91 
5.13 – Aquecimento com gás 96 
5.14 – Instalação central de água quente 97 
5.15 – Aquecedores com energia solar 98 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 3 
 Capítulo 6 - Instalações de Proteção e Combate a Incêndio 102 
6.1 – Generalidades 103 
6.2 – Classes de incêndio 103 
6.3 – Natureza da instalação de combate a incêndio relativamente ao material incendiado 
 103 
6.4 – Classificação das edificações 107 
6.5 – Instalações de combate a incêndio com água – caracterização dos sistemas empregados 
 108 
6.6 – Instalação no sistema sob comando com hidrantes 114 
6.7 – Escolha da mangueira 120 
6.8 – Canalização preventiva e rede preventiva 120 
6.9 – Casos especiais de instalação 120 
6.10 – Especificações dos materiais da rede de incêndio 126 
6.11 – Sistemas de chuveiros automáticos 126
 
 
 Referências Bibliográficas 135 
 
 
 Anexos 136 
 Tabela 1. Tabela de multiplicações 137 
 Tabela 2. Perdas localizadas expressas em diâmetros de canalização retilínea 
 Comprimentos equivalentes 144 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 4 
CAPÍTULO 1 – CONCEITOS BÁSICOS 
 
1.1 – FORÇA, PRESSÃO E PERDA DE CARGA: 
 
1.1.1 – Força 
Muitas pessoas confundem peso e pressão. Veremos agora que peso e pressão são duas 
coisas bem diferentes. 
Para que possamos levantar uma caixa, ou mesmo, empurrar um carro emperrado, temos que 
realizar um determinado esforço. A este esforço muscular aplicado, nós denominamos “força”. 
Essa força poderá ser maior ou menor, dependendo do “tamanho” do esforço que teremos 
que fazer como, por exemplo, para empurrar um carro ou uma motocicleta. 
Dessa forma, entendemos que as forças, dependendo de cada caso, variam de intensidade, 
isto é, podem ser pequenas ou grandes. 
 
Figura 1.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1.1.1 - Como medir uma força 
 Assim como expressamos as medidas de comprimento em metros, a de tempo em horas ou a 
de volume em m³, dizemos que as forças podem ser medidas em quilograma-força ou kgf. 
 Popularmente é muito comum dizermos “quilo” para as coisas que queremos pesar. 
 Os pesos dos objetos também são forças com que a terra os atrai para si. Sua unidade de 
medida, portanto, é também o quilograma-força. 
 
Figura 1.2 
 
 
1.1.2 – Pressão 
 Definido o que é uma força, passemos a conceituar o que vem a ser Pressão. 
 Você já imaginou se lhe pedissem para deitar sobre uma cama cheia de pregos como se fosse 
um faquir? 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 5 
Figura 1.3 
 
 
 Evidentemente você, caso tentasse, não poderia suportar a dor em seu corpo e pularia 
rapidamente para fora. 
 No entanto, ao deitar-se em seu colchão, isto não ocorre. 
 
Figura 1.4 
 
 
 Podemos explicar este fato, dizendo que: “O efeito que uma força produz depende sempre 
da superfície de contato sobre a qual ela é aplicada”. 
 A este efeito, nós denominamos de pressão. 
 Neste caso, o que ocorre, é que seu peso se distribui entre as pequenas superfícies dos 
pregos, resultando em uma grande pressão sobre o seu corpo. 
 Na cama, as superfícies de contato com seu corpo são grandes. Como conseqüência, a 
pressão torna-se pequena. 
 
1.1.2.1 - A pressão em hidráulica 
 
Figura 1.5 
 
 
 A água contida em tubo contém peso, o qual exerce uma determinada pressão nas paredes 
desse tubo. Qual é essa pressão? 
 Olhando para o desenho acima, nos perguntamos: 
 Em qual dos dois tubos, A ou B, é exercida a maior pressão sobre o fundo dos mesmos? 
 A primeira idéia que nos vem à cabeça é a de responder que no tubo A, a água exerce a 
maior pressão sobre o fundo. 
 No entanto, se ligarmos os dois tubos por outro menor, observaremos que os níveis 
permanecem exatamente os mesmos. Isto significa: se as pressões dos tubos fossem diferentes, a 
água contida no tubo A empurraria a água do tubo B transbordando-o. 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 6 
Figura 1.6 
 
 
 As pressões, portanto, são iguais em ambos os tubos! 
 Absurdo? Não! É isto mesmo o que ocorre na prática. Essa experiência é chamada de 
Princípio dos vasos comunicantes. 
 Agora, se adicionarmos água no tubo A, inicialmente ocorre um pequeno aumento da altura 
hA. 
 
Figura 1.7 
 
 
O nível do tubo A, então, vai baixando aos poucos. Com a adição de água, houve um 
aumento de pressão no fundo do mesmo, a qual tenderá a se igualar com a pressão exercida pela 
água do tubo B. 
 Por estas experiências concluímos: 
1. A pressão que a água exerce sobre uma superfície qualquer (no nosso caso, o fundo e as 
paredes dos tubos), só dependeda altura do nível da água até essa superfície. 
 
Figura 1.8 
 
 
 
2. Níveis iguais originam pressões iguais. A pressão não depende da forma do recipiente. Nos 
prédios, o que ocorre com a pressão exercida pela água nos diversos pontos das 
canalizações, é o mesmo que nos dos exemplos anteriores. Isto é: A pressão só depende da 
altura do nível da água desde um ponto qualquer da tubulação, até o nível d’água do 
reservatório. 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 7 
Figura 1.9 
 
Se altura for grande, a pressão é grande. Se diminuirmos altura, a pressão diminui. 
 
Figura 1.10 
 
 
 
1.1.2.2 - Como podemos medir a pressão 
As forças são expressas em kgf (quilograma-força). As pressões são medidas em kgf/cm² 
(quilograma-força por centímetro quadrado). 
Há outras formas, no entanto, de expressarmos as medidas de pressão: Uma delas, também 
bastante usual, é o m.c.a. (metro de coluna d’água). 
Atualmente no Brasil, por decreto, a unidade de pressão deve ser de acordo com o sistema 
internacional de medidas (SI). Neste sistema, a unidade de pressão é o Pascal, cujo símbolo é o Pa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 8 
Figura 1.11 
 
 
Equivalência: 1kgf/cm² é a pressão exercida por uma coluna de água de 10 metros de altura. 
Podemos, então, afirmar que: 1kgf/cm² = 10 m.c.a. = 98.100 Pa. 
 
Figura 1.12 
 
 
 Se você mora em um edifício de 10 andares e alguém lhe pede para medir a pressão na 
torneira do seu lavatório. Como você poderia realizar a medição? 
 Simples! Bastaria substituir a torneira do lavatório por um manômetro e efetuar a leitura. 
 Você poderia saber qual é exatamente a diferença existente entre o nível da torneira e o da 
caixa d’água? 
 Sim. Procedendo a leitura do manômetro. Se este manômetro indicar, por exemplo, 
2kgf/cm², isto vai significar que esta altura é de 2kfg/cm² x 10. Ou seja, 20 metros de coluna 
d’água, isto é, 20 metros de desnível. 
 
1.1.3 - Perda de carga 
 Até agora falamos e, inclusive demonstramos, que a pressão só varia se variamos a altura da 
coluna de água. 
 Como se explica, então, o fato de que podemos aumentar a pressão, em um chuveiro, por 
exemplo, simplesmente aumentando o diâmetro da tubulação que abastece este chuveiro? 
 Vejamos: 
 Vamos imaginar que a água que escoa em um tubo seja composta de minúsculas bolinhas. 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 9 
Figura 1.13 
 
 
Verificações práticas, mostram que o escoamento dos líquidos nas tubulações pode ser 
turbulento. Isto é, com o aumento da velocidade, o líquido passa a se comportar de forma agitada 
causando grandes choques entre as suas partículas. 
Além desses choques, verifica-se que ocorrem também atritos entre cada uma dessas 
partículas e suas vizinhas, durante o escoamento. 
Esses atritos, assim como os choques, causam uma resistência ao movimento, fazendo com 
que o líquido perca parte da sua energia. É o mesmo que dizer: “o líquido perde pressão”. 
Isto ocorre, em grande parte, devido à rugosidade das paredes da tubulação, ou seja: 
“Quanto mais rugoso for o material do tubo maior será o atrito interno, assim como maiores serão 
os choques das partículas entre si. 
 
Figura 1.14 - Tubo Rugoso = Grandes atritos e choques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Consequentemente, a perda de energia do líquido será maior”. 
 
Esta perda de energia, que se traduz em forma de perda de pressão é o que nós denominamos 
de “perda de carga”. Daí, a grande vantagem em se utilizar materiais mais lisos em tubulações, 
como é o caso do PVC. 
 
Figura 1.15 - Tubo Liso = Pequenos atritos e choques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 10 
1.1.3.1 - Perda de carga localizada 
 Nos casos em que a água sofre mudanças de direção, como por exemplo, em joelhos, 
reduções, tês, ou seja, em que ela passa por conexões ou registros, ocorre ali uma perda de carga 
chamada de localizada. 
 Isto é fácil de entender, se pensarmos que nesses pontos há uma grande turbulência 
concentrada, a qual aumenta os choques entre as partículas da água. 
 É por isto que, quanto maior for o número de conexões de um trecho de tubulação, maior 
será a perda de pressão ou perda de carga nesse trecho, diminuindo a pressão ao longo da rede. 
 
Figura 1.16 
 
 
 
Exemplo: 
 
 Observe a figura abaixo e responda. 
 
 
 
1. Supondo-se que o registro esteja fechado, em qual nível que estará à água no tubo (1)? 
A.( ) 
B.( ) 
C.( ) 
 
 Resposta: Pelo princípio dos vasos comunicantes o nível da água do tubo (1) estando o registro fechado, 
 estará no mesmo nível da água do reservatório, ou seja, na letra B. 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 11 
2. Abrindo-se o registro, o nível da água irá para: 
A.( ) 
B.( ) 
C.( ) 
 
 Resposta: Se o registro for aberto, ocorrerá um movimento da água pelo tubo e, conseqüentemente 
 haverá choques e atritos entre as partículas da água entre si e com as paredes da tubulação. Em outras palavras, 
 haverá uma perda de carga na rede. Isto ocorrendo a pressão tenderá a diminuir no ponto D, reduzindo-se 
 então o nível da água do B para o ponto C. Ou seja, o nível da água, baixará para o ponto C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Isto significa que se diminuirmos o diâmetro do tubo ED do exemplo anterior haverá uma 
diminuição da pressão no ponto D. 
 Sim, haverá porque a perda de carga será maior. 
 Acreditamos agora, que esteja respondida a pergunta feita no início. 
 
 Isto é, podemos fazer com que a pressão existente em um chuveiro seja aumentada, se 
aumentarmos o diâmetro dos tubos que o alimentam. 
 
1.1.3.2 - Pressão estática, pressão dinâmica e pressão de serviço 
 Você deve ter observado que existe uma grande diferença entre as pressões nos tubos, se as 
medirmos com a água parada (estática) ou com a água em movimento (dinâmica). 
 No primeiro caso, dizemos que a pressão chama-se pressão estática. 
 No segundo caso, com a água em movimento, a pressão é denominada de pressão 
dinâmica. 
 A pressão de serviço é a pressão máxima a que podemos submeter um tubo, conexão, 
válvula, registro ou outro dispositivo, quando em uso normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumindo Temos 
 
Maiores comprimentos de tubos 
Maior número de conexões 
Tubos mais rugosos 
Menores diâmetros 
 
 
Atritos e 
Choques 
 
 
 
 
 
 Perda 
de carga 
 
 
Pressão 
+ - + 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 12 
1.2 - A ÁGUA 
 
1.2.1 – Histórico 
 
 Figura 1.17 
 A história nos mostra que os primeiros homens 
procuravam viver próximo as fontes de água e já estudavam meios de 
trazê-la as povoações, cada vez maiores. 
 Os povos antigos, como os romanos, levavam água em 
aquedutos à cidade. No tempo dos Césares, Roma possuíamais de 900 
piscinas particulares, algumas para até 3000 pessoas. 
 Um dos mais famosos aquedutos é o de Segóvia, na 
Espanha, com mais de 2000 anos de idade, feito de 177 arcos de 
quadras de granito. As pedras foram trazidas prontas e montadas sem 
argamassa e, até hoje, não apresentam um só vazamento. A sua extensão 
é de 13 km atravessando um rio a 32m de altura. 
 Os antigos chineses, egípcios e árabes já conheciam 
encanamentos de manilhas enterradas. Os árabes até filtravam a água 
por meio de filtros da pedra. 
 
 
 
 
Figura 1.18 a - Após a guerra dos 30 anos, o hábito de tomar banho caiu de moda, voltando somente 
na Idade Média, com Carlos, o Grande. A figura mostra um banheiro da época. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.18 b - A figura mostra um banheiro, com fogão, para água quente, de Roma, do ano 75 
depois de Cristo 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.2 - Importância da água 
 A água sempre teve um papel de grande importância na sobrevivência e na evolução do 
homem. 
 Na sobrevivência, porque sem ela não existiria vida animal ou vegetal sobre a Terra. Basta 
dizer que o corpo do homem é constituído 70% de água. 
 Na evolução, porque ela é elemento fundamental para o desenvolvimento da qualidade de 
vida do homem. 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 13 
 Figura 1.19 a Figura 1.19 b 
 
 
 
 
 
 Ela é responsável pela higiene e limpeza de cada um; tem larga aplicação na indústria; é 
utilizada para irrigação dos campos; é usada em barragens para geração de energia elétrica; é o 
principal meio para o combate a incêndios. Enfim, é parte vital, em todos os sentidos, no nosso 
meio de vida. 
 A qualidade de vida resulta das condições de alimentação, transporte, moradia, assim como 
do abastecimento de água da população, e implica em melhores ou piores níveis de saúde. Daí a 
grande importância do abastecimento de água, bem como das condições em que são eliminados os 
esgotos. 
 
1.2.3 - A importância sanitária da água 
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde do seguinte modo: 
 “É um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de 
doença ou enfermidade.” 
 Ocorre uma enorme relação entre a água e a saúde, pois, ainda segundo a OMS, cerca de 81 
casos de doenças, em um total de 100, têm como origem a água. 
 Uma instalação mal projetada ou mal executada poderá ocasionar riscos à saúde, através da 
contaminação ou introdução de materiais indesejáveis na água. 
 Sendo assim, a existência de água em quantidade e qualidade suficiente para as atividades 
humanas, é condição básica para o melhoramento e/ou manutenção da saúde. 
 
1.2.4 - O caminho percorrido pelas águas 
 A maioria das pessoas desconhece o longo caminho percorrido pela água até chegar as suas 
torneiras. 
 A água, antes de chegar aos reservatórios das nossas casas, é captada na superfície 
(barragens, rios ou lagos). Passa, então, por uma série de etapas de tratamento, com o objetivo de 
purificá-la para o consumo. Existem também outras formas de captação de águas, como por 
exemplo, poços artesianos ou fontes. Essas águas subterrâneas, normalmente, por não estarem 
poluídas em seu estado natural, dispensam maiores tratamentos. 
 As águas retiradas das superfícies são tratadas nas chamadas ETAs (Estações de Tratamento 
de Água). Podemos dizer que essas etapas de tratamento consistem em quatro fases básicas: 
coagulação, decantação, filtração e desinfecção, como mostra o desenho. 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 14 
Figura 1.20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 15 
CAPÍTULO 2 – INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA 
 
2.1 – INTRODUÇÃO: 
 
2.1.1 - INTERAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS SISTEMAS EM EDIFICAÇÕES: 
 Edificações ou “construções consideráveis”, seja qual for o “edifício” (casa, templo, escola, 
hospital, shopping center, teatro, monumento, e outros), é constituída de formas, espaços e materiais 
que compõem os diversos sistemas (arquitetônicos, estruturais, vedação, instalações de água e 
esgotos, instalações de prevenção, detecção, alarme e combate à incêndio, impermeabilização, 
instalações elétricas, instalações de ar condicionado, instalações mecânicas, intercomunicações, 
telecomunicações, sinalizações, entre outros); 
 Cada um deles constitui uma unidade individual, independente, interdependente, dinâmica, 
complexa e harmônica. Os sistemas existentes em uma edificação devem operar perfeitamente e até 
mesmo funcionar simultaneamente. 
 Em resumo, tem que existir harmonia a fim de que um sistema não interfira negativamente 
no outro, e sim o complemente. 
 O Engenheiro e o Arquiteto ao conceber, criar e projetar, tem que prever a harmonização e 
viabilidade de todos os sistemas que existirão na edificação, não esquecendo os parâmetros de 
economia, funcionalidade, higiene, conforto e segurança. 
 Deve visualizar no espaço a “máquina de morar” e ou produzir, não só na fase de projeto, mas 
também, nas seguintes de construção, operação e manutenção. 
 A ABNT elaborou a NBR 5674/AGO/2012 – Manutenção de edificações – Procedimento, bem 
como a NBR 14037/AGO/2011 - Manual de operação, uso e manutenção das edificações – 
Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação. 
 
2.1.2 - ESQUEMA DE CITAÇÃO DAS FONTES: 
F 0l – MACINTYRE, Archilbald Joseph. Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias, 1a 
ed., Guanabara, 1990. 
F 02 – MACINTYRE, Archilbald Joseph. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais, 3a 
ed., Livros Técnicos e Científicos, 1996. 
F 03 – CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias, 5a ed., Livros Técnicos e 
Científicos, 1991. 
F 04 - NBR-5626/SET/1998 – Instalação Predial de Água Fria. 
F 05 - NBR-7198/SET/1993 – Projeto e Execução de Instalações Prediais de Água Quente – 
Procedimento. 
F 06 - NBR-13.714/JAN/2000 – Instalações Hidráulicas contra Incêndio, sob comando, por 
hidrantes e mangotinhos – Procedimento. 
F 07 - NBR-5626/1982 – Instalação Predial de Água Fria. DESATUALIZADA. 
F 08 - NBR 15099/SET/2004 – Aparelhos sanitários de material cerâmico – Dimensões 
Padronizadas. CANCELADA EM 03/01/2011. SUBSTITUÍDA POR ABNT 15097-1:2011 
ABNT 15097-2:2011. 
F 09 – NBR 14037/JUL/2011 – Manual de operação, uso e manutenção das edificações – 
Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação. 
F 10 - NBR 5648/JAN/2010 – Sistemas prediais de água fria – Tubos e conexões de PVC 
6,3, PN 750 kPa, com junta soldável – Requisitos. 
F 11- NBR 5688/JUN/2010 – Sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e 
ventilação – Tubos e conexões de PVC, tipo DN – Requisitos. 
F 12 - NBR 5580/JAN/2007 - Tubos de Aço Carbono para usos comuns na condução de 
fluidos – Requisitos, ensaios e Ementa n.º 1º de Dezembro 2002. 
F 13 - NBR 13206/MAI/2010 – Tubo de Cobre leve, médio e pesado sem costura, para 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 16 
condução de água e outros fluidos - Especificação. 
F 14 - NBR 5645/FEV/1990 - Tubo Cerâmico para canalizações. VERSÃO CORRIGIDA 
1991. 
F 15 - NBR 8889/JUN/1985 – Tubo de Concreto Simples, de seção circular para esgoto 
sanitário. ESTÁ CANCELADA E NÃO POSSUI SUBSTITUÍDA. 
F 16 - NBR 9794/ABR/1987– Tubo de Concreto Armado de Seção circular para água 
pluviais. CANCELADA EM 01/05/2003. SUBSTITUÍDA POR ABNT 8890:2003. 
F 17 – NBR 14724/MAR/2011 – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – 
Apresentação. 
F 18 – NBR 14645/2005 – Elaboração do “como construído” (as built) para edificações. 
Parte 1: Levantamento panialtimétrico e cadastral de imóvel urbanizado com área até 
25.000m², para fins de estudos, projetos e edificações. 
F 19 – NETTO, Azevedo. Manual de Hidráulica, 8ª ed., Edgard Blücher, 1998. 
F 20 -TANAKA, Takudy. Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias,1ª ed., Livros 
Técnicos e Científico - 1986. 
F 21 -GONÇALVES, Orestes M. “et alli”, Execução e Manutenção de Sistemas Hidráulicos 
Prediais, 1ª ed., Pini, 2000. 
F 22 - BOTELHO, Manuel “et alli”. Instalações Hidráulicas Prediais Feitas Para Durar - 
Usando Tubos de PVC, 1ª ed., Pro Editores, 1998. 
F 23 - GOMES, Ary. Sistemas de Prevenção Contra Incêndio, 1ª ed., Interciência, 1998. 
F 24 - SILVA TELLES, P.C. Tubulações Industriais – Materiais, Projeto, Montagem, 10ª 
ed., Livros Técnicos e Científicos, 2001. 
F 25 - _______________ Materiais para Equipamentos de Processo, 5ª ed., Interciência, 
1994. 
F 26 - COOLEY, David; SACCHETTO, Luiz P. M. Válvulas Industriais, Interciência, 
1986. 
F 27- Lei nº 8666 de 21de junho de 1993 – Regulamenta o Art. 37, Inciso XXI, da 
Constituição Federal, institui normas para Licitações e Contratos da Administração Pública 
e dá outras providências. 
F 28 - NBR 5674/AGO/2012 – Manutenção de Edificações – Procedimento. 
F 29 – TOMAZ, Plínio. Previsão de Consumo de Água – Interface das Instalações Prediais 
de Água e Esgoto com os Serviços Públicos, Navegar Editora, 2000. 
F 30 – CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações hidráulicas e o projeto de 
arquitetura, Blücher, 2007. 
F 31 – NBR 13523/2008 – Central predial de gás liquefeito de petróleo 
F 32 – NBR 13932/1997 – Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Projeto 
e execução. CANCELADA EM 29/10/2007. SUBSTITUÍDA POR ABNT 15526:2007. 
F 33 – Pr 02:136.01.001/06 – Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos - Partes. 
 
 
2.1.3 - ABREVIATURAS: 
Art. = Artigo da Lei 
C. = Coluna da Tabela de Multiaplicações 
D. = Desenvolvimento 
D.B. = Dados Básicos para o Dimensionamento. 
E. = Exemplo de Aplicação. 
F. = Fonte de Consulta 
F.C. = Fonte Conceitual. 
Fig. = Figura. 
F.T. = Fonte de Tabela. 
H. = Hipótese mais Desfavorável de Funcionamento. 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 17 
I. = Item. 
N. = Nota Conceitual. 
P. = Página. 
S. = Seção de Norma Técnica Brasileira. 
T. = Tabela. 
T.M.A.= Tabela de Multiaplicações. 
V. = Verificação. 
 
 
2.1.4 - TUBOS: 
F.C.:1: PVC Rígido - P 275 a 276. I 10.2.4. 
 - P 292 a 301. I 10.3.5. 
 Aço - P 267 a 270. I 10.2.1. 
 - P 279 a 280. I 10.3.1. 
 Cobre - P 276 a 277. I 10.2.5. 
 - P 280 a 283. I 10.3.2. 
 Ferro Fundido - P 270 a 275. I 10.2.2. 
 - P 283 a 292. I 10.3.3. 
 Cimento Amianto- P 277. I 10.2.6. 
 
2: Aço Carbono - P 673 a 676. I 15.2.1. 
 - P 683 a 684. I 15.3.1. 
 Ferro Fundido - P 677 a 681. I 15.2.2. e 15.2.3. 
 PVC Rígido - P 681 a 682. I 15.2.4. 
 - P 692 à 693. I 15.3.4. 
 Cobre - P 682 I 15.2.5. 
 - P 684 a 692. I 15.3.2. 
 Cimento Amianto- P 683. I 15.2.6. 
 Polipropileno - P 692. I 15.3.4. 
 
3: Plástico - P 299 a 321. I 4.1. 
 Aço galvanizado - P 346 a 36l. I 4.3 
 Cobre - P 362 a 369. I 4.5. 
 Ferro fundido - P 334 a 346. I 4.2. 
 Chumbo - P 362. I 4.4. 
 Cimento amianto - P 369 a 374. I 4.6. 
 
2.1.4.1 - TUBOS: 
2.1.4.1.1 - Definição: Condutos fechados, destinados principalmente ao transporte de fluidos a 
maioria apresenta-se com seção circular e como cilindros ocos. 
 
2.1.4.1.2 - Tubulação: um conjunto de tubos e de seus acessórios. 
 
2.1.4.1.3 - Necessidade da existência dos tubos: decorre principalmente do fato do ponto de 
geração ou de armazenamento dos fluidos estar, em geral, distante do ponto de utilização. 
 
2.1.4.1.4 - Importância: Representa em valor 50 a 70% de todos os equipamentos de uma indústria 
de processamento. 15 a 20% do custo total da instalação. 
 
2.1.4.1.5 – Terminologia: 
 
a- Na prática: Tubos ou canos = Condutos Rígidos 
 Tubos flexíveis = Mangueira e mangotes 
 
b- Copant: "Tubos para condução" = destinados ao transporte de fluídos = "Pipe" 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 18 
 "Tubos" = Qualquer outra finalidade = "Tubing" 
 
2.1.4.1.6 - Principais Materiais Para a Fabricação de Tubos: 
 N: Os nomes dos materiais escritos em MAIÚSCULA e NEGRITO são os mais utilizados, no 
Brasil, para Instalações Hidráulicas Prediais. 
 
 Preto 
 AÇO CARBONO – “Carbon Stell” GALVANIZADO 
 
 FERRO FUNDIDO – “Gray Cast Iron” CINZENTO 
 Ferrosos Nodular ou Dúctil 
 Ferro Forjado – “Wrought Iron” 
 Aços Liga – “Low Alloy Steel” 
 Aços Inoxidáveis – “Stainless Steel” 
 Tubos Metálicos 
 
 COBRE 
 Chumbo 
 Alumínio 
 Latão - Brass 
 Não Ferrosos Bronze 
 Metal Monel 
 Cupro Níquel 
 Níquel 
 Titânio, Zirconio, etc. 
 
 
 Chumbo, estanho 
 Materiais Plásticos 
Tubos Metálicos com revestimento contra Corrosão Tubos de aço com Borracha 
 revestimento de Vidro, Porcelana 
 Concreto, etc. 
 
 
 
 
 CLORETO DE POLIVINIL – PVC 
 POLICLORETO DE VINILA CLORADO – CPVC 
 Materiais Plásticos POLIPROPILENO – PP 
 Acetato de Celulose, Teflon 
 Polietileno, Poliestireno 
 Epoxi, Poliesteres, etc. 
Tubos Não Metálicos CERÂMICO 
 CERÂMICO VITRIFICADO 
 CONCRETO SIMPLES 
 CONCRETO ARMADO 
 CIMENTO AMIANTO 
 Borracha 
 Vidro 
 Porcelana 
2.1.4.1.7 - Processos de fabricação de tubos: 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 19 
 
 Laminação (Rolling) – Aço Carbono, aços liga, aços inoxidável 
Tubos sem costura Extrusão (Extrusion) – Plástico, Chumbo, Alumínio, Cobre, Latão, 
 Bronze 
 (Seamless Pipe) Fundição (Casting) – Ferro Fundido, Vidro, Porcelana, Barro Vitrificado, 
 Concreto. 
 Forjagem (Forging) Raro – Alta Pressão 
 
 Welded pipe – Fabricação por solda – Welding: Maior importância 2/3 
Tubos com costura Aços carbono, aço liga, aço inox. 
 Qualidade inferior ao sem costura. Rebitados 
 
 
2.1.4.1.8 - Meios de Ligação dos Tubos: 
 
Ponta e Bolsa 
Rosca 
Flange 
Solda 
Outros. 
 
F 24. 3.1; 3.2; 3.3; 3.4; 3.8: a) e b); 3.9; 3.10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 20 
Figura 2.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA E BOLSAROSCA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLANGE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOLDA 
 
F 24. 3.1; 3.2; 3.3; 3.4; 3.8: a) e b); 3.9; 3.10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 21 
2.1.4.1.9 - Seleção do material adequado depende: 
 
Pressão de trabalho 
Temperatura de Trabalho 
Natureza do fluido conduzido - corrosão e contaminação 
Custo 
Grau de segurança da instalação 
Sobrecargas externas 
Resistência ao escoamento - Perda de carga 
Possibilidade de desmontagem 
Manutenção da tubulação 
Códigos locais 
 
2.1.4.1.10 - Tubos de Ferro Fundido - Ferro Fundido Nodular ou Ferro Dúctil. 
 
a- Constituição: Teor mínimo de 2% de C + 0,05% de Mg. 
 
b- Fabricação: Normalização: 
NBR 7560(com flanges roscados) 
NBR 7675 (para canalizações sob pressão, Classe K-6, K-7 e K-9) 
NBR 8318 (para pressão de 1 Mpa = 10 Kgf/cm2) 
NBR 9651 (para esgoto) 
DN (K7-K9 e flangeados) = 50, 75, 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 600, 700, 800, 
900, 1000, 1100 e 1200mm. 
1 Mpa = 100, 150, 200, 250 e 300mm. 
Sem costura – Centrifugados 
D nominal  interno 
Apresentação: extremidades lisas, ponta e bolsa, rosqueados e flangeados (3 a 7m) 
 
c- Utilização: 
ESGOTO E COMBATE A INCÊNDIO 
Água 
Gás 
Água salgada 
Pressão máxima de serviço: K-7 = de 3,2 (50) a 1,8 (1200) MPa. 
 K-9 = de 4,0 (50) a 2,6 (1200) MPa. 
Esforços mecânicos reduzidos 
 
d- Vantagens: 
Boa resistência à corrosão 
Alta durabilidade 
 
e- Desvantagens: 
Incrustações - Tubérculos 
Resistência ao escoamento 
Baixa resistência mecânica 
 
f- Home Page: <http://www.saint-gobain-canalizacao.com.br/home/> Acesso em 08/2012 
 
 
2.1.4.1.11 - Tubos de aço carbono (preto ou galvanizado). 
 
a- Constituição: Teor máximo de 0.35% C 
 
b- Fabricação: Normalização: NBR 5580/JAN/2007 - Antiga PEB-182. Anexo 1.8.9 
De = 10,2; 13,5; 17,2; 21,3; 26,9; 33,7; 42,4; 48,3; 60,3; 76,1; 88,9; 101,6; 114,3; 139,7; 165,1mm. 
Classe L - Leve 
Classe M – Médio – Indicado para tubulações de instalações hidráulicas prediais 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 22 
Classe P – Pesado 
Com e sem costura 
D nominal = D externo 
Apresentação: Extremidades lisas, chanfradas ou rosqueadas (4 a 8 metros) 
 
c- Utilização: 
ÁGUA DOCE, FRIA, QUENTE E COMBATE A INCÊNDIO 
Vapor condensado 
Ar comprimido 
Óleos 
Gás 
Fluidos pouco corrosivos 
Temperatura - 45oC a +200oC 
Ensaio de pressão hidrostática = 50,0 Kgf/cm2 = 5MPa 
Pressão de serviço = Ph 1,5=33,33 Kg/cm2 
 
d- Vantagens: 
Excelente qualidade mecânica 
Facilidade de ser trabalhado e soldado 
Resiste ao vapor 
 
e- Desvantagens: 
Sofre corrosão devido ao ar, umidade e poluição 
Atacados por solos úmidos ou ácidos 
Atacados violentamente pelos ácidos 
 
f- Home Page: <http://www.tenaris.com> Acesso em 08/2012 
 <http://www.vmtubes.com.br> Acesso em 08/2012 
 <http://www.tupy.com.br> Acesso em 08/2012 
 
2.1.4.1.12 - Tubos de Cobre: 
a- Constituição: Comercialmente puro (99.8%) ou em ligas com bronze e latão. 
 
b- Fabricação: Normalização: 
NBR 13206/MAI/2006. 
DN = 15, 22, 28,35, 42, 54, 66, 79 e 104mm (Classe E). 
Classe E – Indicado para tubulações de instalações hidráulicas prediais, espessura da parede fina 
(baixa pressão) 
Classe A – Utilizados nas instalações de gás, espessura da parede intermediária. 
Classe I – Aplicados em instalações industriais, paredes grossas (alta pressão) 
Sem costura - extrudados e trefilados D nominal = D externo 
Apresentação: Extremidades lisas em barras (5m) ou rolos 
c- Utilização: 
ÁGUA DOCE, FRIA, QUENTE E COMBATE A INCÊNDIO 
Ar comprimido 
Óleos 
Vapores de baixa pressão 
Tubos de aquecimento ou refrigeração 
Temperatura -180o C a +200o C 
Pressão Mínima = 14 Kgf/cm2, para DN = 104mm. 
Pressão Máxima = 41 Kgf/cm2, para De = 15mm. 
 
d - Vantagens: 
Grande resistência à oxidação 
Grande resistência ao ataque da atmosfera 
Grande resistência ao ataque da água doce ou salgada 
Substitui os tubos de aço inoxidável e metais Não ferrosos 
Temperatura: - 180oC a + 200oC. 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 23 
Pressão mínima de serviço = 14 Kgf/cm2, para De = 104mm. 
Resiste aos álcalis 
Alto coeficiente de transmissão de calor 
Peso baixo 
Fácil instalação 
Baixa tendência à incrustação 
 
e- Desvantagens: 
Alto custo? 
Deixam resíduos tóxicos pela corrosão 
f- Home Page: <http://www.eluma.com.br> Acesso em 08/2012 
 
2.1.4.1.13 -Tubos de PVC: Patente de 1912 - Alemanha 
 
a- Constituição: Resina sintética em forma de pó branco, fino, obtido do cloreto de vinila. 
 
b- Fabricação: Normalização: 
NBR 5648/JAN/2010 (água fria) 
NBR 5688/JUN/2010 (esgotos sanitário, pluvial, ventilação – Série Normal e Série R) 
Os Tubos Leves não estão ainda normalizados pela ABNT. 
Água Fria (Soldável): DN = De = 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85 e 110mm. 
Água Fria (Roscável): DN = De = 21, 26, 33, 42, 48, 60, 75, 88 e 113mm. 
Série Normal - Esgoto Sanitário e Pluvial: De  DN = 40, 50, 75, 100 e 150mm. Durante a 
montagem recomenda-se utilizar junta elástica (anel de borracha) na ligação e não soldar os 
tubos com DN igual ou maior que 50mm, devido à dilatação. Idem para série R. 
Série R – Esgoto sanitário e pluvial: De  DN = 40, 50, 75, 100, 150 e 200 mm 
Tubos Leves: DN = De = 125, 150, 200, 250, 300, 350, 400 e 450mm. 
Marrom – água fria soldável 
Branco – água fria roscável 
Branco – esgoto sanitário e pluvial, Série Normal 
Branco – coletor de drenagem industrial, tubo de exaustão de gases, Tubos Leves. 
Cinza – esgoto sanitário (águas servidas aquecidas e tubulação aparente) e pluvial, Série R. 
Extrudado - sem costura 
D nominal = D externo (para água) e DN=Di (para esgoto). 
Apresentação: Barras lisas (soldáveis e roscáveis - 6m), barra lisa com ponta e bolsa (Série Normal 
e Série R - 6 e 3m, Tubos Leves 6m) 
 
C- Utilização: 
ÁGUA FRIA DOCE E SALGADA 
ESGOTOS 
Ácidos 
Álcalis 
Produtos corrosivos 
Substitui os tubos de aço inoxidável e metais Não ferrosos 
Temperatura água fria: –40º C a +60º C 
Temperatura Série Normal:  45ºC 
Temperatura Série R: 75º C 
Temperatura Tubos Leves: 50º C, se enterradas 40º C 
Pressão máxima de serviço a 20o C = 7,5 Kgf/cm2 (Série 15 – Ponta e bolsa soldável, para 
instalações soldáveis de água fria) 
 Pressão máxima de serviço a 20o C = 10 Kgf/cm2 (Série 20 – Ponta e bolsa com anel de borracha 
(PBA) para redes públicas de distribuição de água) 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 24 
d- Vantagens: 
Baixo custo de aquisição e montagem 
Pouco peso - baixo custo de transporte 
Alta resistência à corrosão 
Baixa resistência ao escoamento (perda de carga) 
Facilidade de manuseio e ligação 
Baixa condutividade térmica e elétrica 
Boa aparência - dispensa pintura 
Não enferruja 
Não permite a formação de incrustações e tubérculos 
Podem ser usados em contato com o solo 
Não produzem resíduos tóxicos 
Alta durabilidade 
Permite maior vazão 
Possibilidade mínima de entupimento 
Grande resistência química 
Alta flexibilidade - elimina certos acessórios 
InodoroAuto-extinguente = Não propagam as chamas 
 
 
e- Desvantagens: 
Baixa resistência ao calor 
Baixa resistência mecânica (choque) 
Pouca estabilidade dimensional 
Alto coeficiente de dilatação 
Baixa resistência pressão 10 Kg/cm2 a 20o C e 1,5 Kg/cm2 a 60oC. 
 
 
f- Home Page: <http://www.tigre.com.br> Acesso em 08/2012 
 <http://www.amanco.com.br> (Akros e Fortilit) Acesso em 08/2012 
 
2.1.4.1.14 -Tubos de Policloreto de Vinila Clorado – CPVC – “AQUATHERM” e “TIGRE 
FIRE” 
 
a- Constituição: Policloreto de Vinila Clorado. 
 
b- Fabricação: Normalização: 
ASTM - D – 2846/82. 
De =15, 22, 28, 35, 42, 54, 73, 89 e 114 mm 
Dn para TigreFire = ¾”, 1”, 1 ¼”, 1 ½”, 2”, 2 ½” e 3”. (ASTM 442/F442M:2005). Pressão de 
serviço 120 m.c.a. 
D nominal = D externo 
Extrudado - sem costura. 
Apresentação: barras lisas com pontas, varas com 3 metros. 
 
c-Utilização: 
ÁGUA QUENTE até 80°C. 
Pressão de serviço a 20°C = 24 Kgf/cm2 
Pressão de serviço a 80°C = 6 Kgf/cm2 
COMBATE A INCÊNDIO (para risco leve) 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 25 
d- Vantagens: 
Junta soldável a frio. 
Facilidade de instalação (mão-de-obra) 
Isolamento - baixa condutividade térmica. 
Superfície interna lisa. 
 
e- Desvantagens: 
Baixa resistência mecânica (choque). 
Pouca estabilidade dimensional. 
Baixa resistência a pressão. 
 
f- Home Page: <http://www.tigre.com.br> Atualizado em 08/2012 
 
 
2.1.4.1.15 - Tubos de Polipropileno “TUBELLI” 
 
a- Constituição: Resina de Polipropileno. 
 
 
b- Fabricação: Normalização: DIN - 8077. 
De = 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85, 110, 140, 160, 200, 250 e 300mm. 
D nominal = D externo 
Extrudado - sem costura. 
Apresentação: barras lisas com pontas, varas com 6 metros, cor cinza. 
Linha TS-01-A - Pressão nominal de 6Kgf/cm² a 100ºC. 
Linha TS-02-B - Pressão nominal de 10Kgf/cm² a 100ºC. 
 
c- Utilização: ÁGUA QUENTE até 100ºC. 
 
 
 
 
d- Vantagens: 
Atóxico. 
Dispensa pintura. 
Flexível. 
Resiste à impactos. 
Isolante térmico e elétrico. 
Superfície interna lisa. 
 
e- Desvantagens: 
Termo soldável. 
Pouca estabilidade dimensional. 
Baixa resistência a pressão. 
 
f- Home Page: <http://www.belfano.com.br> Acesso em 08/2012 
 
2.1.4.1.16 - Tubos de Polipropileno “AMANCO PPR” , “ACQUA SISTEM” ou “UNIKAP”. 
 
a- Constituição: Polipropileno Copolímero Random Tipo 3. 
 
b- Fabricação: Normalização: Normalização europeia ISO 15874 (2003). 
De = 20, 25, 32, 40, 50, 63, 75 e 90 mm 
D nominal = D externo 
Extrudado - sem costura. 
Apresentação: barras lisas com pontas, varas com 4 metros, cor verde. 
Linhas de pressão: PN.10 (Pressão nominal de 10Kgf7cm2). 
Identificação: quatro linhas longitudinais cor azul. 
PN. 20 (Pressão nominal de 20Kgf7cm2). Identificação: quatro linhas longitudinais cor vermelha. 
Pressão máxima de serviço: 25,9 Kgf/cm2 a 20º C (tempo de serviço de 50 anos); 6 Kgf/cm2 a 80º C 
(tempo de serviço de 50 anos). 
 
c- Utilização: ÁGUA QUENTE, até 80º C 
 
d- Vantagens: 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 26 
Atóxico. 
Dispensa pintura. 
Livre de corrosão. 
Baixa condutividade térmica (dispensa isolante térmico). 
Superfície interna lisa (livre de incrustações e menor perda de carga). 
 
e- Desvantagens: 
Termo soldável. 
Pouca estabilidade dimensional. 
Baixa resistência a pressão. 
 
f- Home Page: http://www.amanco.com.br Acesso em 08/2012 
 http://www.unikap.com.br Acesso em 08/2012 
 
 
 
2.1.4.1.17 - Tubos de PEX 
a- Constituição: Polietileno Reticulado (PEX). 
 
b- Fabricação: Normalização: UNE 53.381-89. DIN 16893 (consultar fabricantes). 
De = 16, 20, 25, 32 mm (consultar fabricantes). 
D nominal = D externo 
Extrudado - sem costura. 
Apresentação: rolos (consultar fabricantes). 
Pressão máxima de serviço: Série 5 - 12,5 Kgf/cm2 a 20º C; 4,0 Kgf/cm2 a 95º C (consultar 
fabricantes e normas). 
 
c- Utilização: 
ÁGUA QUENTE, até 95º C, ÁGUA FRIA, 
Piso radiante, ligação de radiadores, tubulação de gás. 
 
d- Vantagens: 
Atóxico. 
Inerte. 
Livre de corrosão. 
Flexível. 
Superfície interna lisa (livre de incrustações e menor perda de carga). 
Número reduzido de conexões (menor perda de carga e possibilidade de vazamentos). 
Facilidade de manuseio e ligação. 
Alta durabilidade. 
Absorção de impactos (golpe de aríete), vibrações e choques mecânicos e térmicos. 
Versatilidade (várias aplicações). 
 
e- Desvantagens: 
Condutividade térmica (requer isolamento). 
Custo. 
 
f- Home Page: http://www.astra-sa.com.br Acesso em 08/2012 
 http://www.epexind.com.br Acesso em 08/2012 
 http://www.pexdobrasil.com.br Acesso em 08/2012 
 
2.1.4.1.18 - Tubos Cerâmicos para Canalizações (Manilhas) 
a- Constituição: material cerâmico de estrutura argilosa, compacta, obtida pela queima de 
compostos minerais. 
 
b- Fabricação: Normalização: NBR 5645/FEV/1990 Anexo 1.8.11 
Sem costura, pelo processo de extrusão a frio e posterior aquecimento. 
D nominal: 75, 100, 150, 200, 250, 300, 350, 375, 400, 450, 600 mm 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 27 
Comprimento nominal: 600, 800, 1000, 1250, 1500 e 200 mm 
Extremidades: Os tubos são do tipo ponta e bolsa (PB) ou tipo ponta e ponta (PP). 
Classes: A – vitrificado interna e externamente 
 B – vitrificado só internamente 
 C – sem vitrificação 
Não deve ser vitrificado na parte interna da bolsa e na parte externa da ponta do tubo. 
Juntas: rígidas, com argamassa de cimento e areia; elásticas, preparadas com piche e compostos 
betuminosos ou com emprego de anel de borracha. 
c- Utilização: 
Os vitrificados são utilizados no subcoletores e coletores de ESGOTO SANITÁRIO. 
Os não vitrificados são utilizados nos coletores de ESGOTO PLUVIAL e DRENAGEM (com 
furos simetricamente espaçados em meia seção). 
Seu emprego será vedado nas tubulações: 
- acima do solo; 
- sujeitas a choques ou perfurações; 
- cujo recobrimento seja inferior a 0,50m; 
- sob construções; 
- quando a tubulação distar menos de 2,00m de um reservatório subterrâneo de água potável e nos 
terrenos constituídos de aterro ou onde possa ocorrer recalque. 
 
d- Vantagens: 
Atóxico. 
Inerte em relação ao solo, à atmosfera e à maioria dos fluídos corrosivos 
Excelente resistência à corrosão (não é atacado pelo esgoto). 
Superfície interna lisa (livre de incrustações, quando vitrificada). 
Facilidade de manuseio e ligação. 
Alta durabilidade. 
Execução rápida, sem necessidade de mão de obra especializada. 
 
e- Desvantagens: 
Baixa resistência mecânica; 
Frágil, não resistente a impacto ou sobrecargas externas. 
 
f- Home Page: http://www.ceramicasantamaria.com.br Acesso em 08/2012 
 http://www.inctam.com.br Acesso em 08/2012 
 http://www.parapuan.com.br Acesso em 08/2012 
 http://www.portaldaconstrucao.com.br Acesso em 08/2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 28 
 
 
 
 
 
 
- RESUMO - 
- PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS TUBOS FABRICADOS NO BRASIL - 
- CONDUTOS FORÇADOS PARA ÁGUA FRIA E/OU QUENTE - 
Materiais 
Constituintes 
Marca Comercial Norma Técnica 
Temperaturas 
Limites (ºC) 
Pressão Máxima de 
Serviço(kgf/cm²) Mínima Máxima 
Aço Carbono 
Galvanizado 
Mannesmann 
Apollo 
Confab 
NBR 
5.580/MAR/2002 
-45º 200º 33,33 
Cobre Eluma 
NBR 
13.206/OUT/1994 
-180º 200º 
 15mm = 41,0 
 22mm = 34,0 
 28mm = 26,0 
 35mm = 25,0 
 42mm = 24,0 
 54mm = 21,0 
 66mm = 20,0 
 79mm = 19,0 
 104mm = 14,0 
PVC 
Cloreto de Vinila 
Série 15 
Tigre 
Amanco 
NBR 
5.648/JAN/1999 
- 
20º 7,5 
60º 1,5 
PVC 
Cloreto de Vinila 
Série 20 (PBA) 
Tigre 
Amanco 
NBR 
5.647/JAN/1999 
- 20º 10,0 
Polipropileno 
Tubelli 
TS-01-A 
TS-02-B 
DIN 8.077 - 
TS-01-A 
(100ºC) 
6,0 
TS-02-B 
(100ºC) 
10,0 
CPVC 
Policloreto de Vinila 
Clorado 
Aquatherm 
ASTM-D -
2.846/1982 
- 
20º 24,0 
80º 6,0 
PPR 
Polipropileno 
Copolímero Random 
Tipo 3 
Amanco 
Acqua System 
ISO 15874 (1998) 
- 20º 25,9 
- 80º 6,0 
PEX 
Polietileno 
Reticulado 
Hidro-Pex 
Astra 
Pex do Brasil 
NBR 8417 
UNE 53.381-89 
DIN 16893 
- 100º 
20º 12,5 
95º 4,0 
Atualizado em 12 de Setembro de 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 29 
 
2.1.5 - ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO (CONEXÕES): 
FINALIDA
DE 
TIPOS UTILIZAÇÃO 
Meios de Ligação 
PB* 
Soldável*1 Roscável*2 
PB BB BM BF M F 
M+ 
F 
a- Mudança 
de 
 Direção 
- Curva de Raio 
Longo 
 (45º e 90º) 
 
PB 
BB 
- X - - X X X 
- Curva de raio 
curto 
(Cotovelo ou 
joelhos) 
 45º e 90º 
 
PB 
BB 
- X - - - X X 
- Curva de Retorno 
- Executar serpentinas em 
fornalhas de fogão. 
- - - - - - X - 
- Curva de 
Transposição 
- Permite que duas 
tubulações em um mesmo 
plano se cruzem sem se 
ligar. 
- - X - - - X - 
- Cotovelo com 
saída lateral 
- Execução de duchas 
espaciais 
- - - - - - X - 
 
b- Derivações 
- Tês normais 90º 
(Linha Água e Gás) 
Normal PB - X - - - X - 
Com Rosca Fêmea na 
Bolsa 
Central (Quando em PVC, 
com ou sem bucha de latão) 
- ligação de ramal a um 
ponto de utilização: 
lavatórios, bidês, pias, 
tanques, máquinas de lavar 
roupas, louças e outros. 
- - - - X - X - 
- Tê Sanitário 
(Linha Esgoto 
Primário) 
 
PB
B 
- - - - - - - 
Têe 45º (Água e 
Gás) 
 
- - - - - - X - 
- Junção (Linha 
Esgoto) 
- É o tê 45º na Linha 
Esgoto 
- Simples – com ou sem 
redução 
 (Linha Esgoto Primário e 
Secundário) 
PB
B 
- X - - - - - 
PB
BB 
- - - - - - - 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 30 
FINALIDA
DE 
TIPOS UTILIZAÇÃO 
Meios de Ligação 
PB* 
Soldável*1 Roscável*2 
PB BB BM BF M F 
M+ 
F 
- Têe de redução 
(Água e Gás) 
Redução Central (quando 
em PVC, com ou 
sem bucha de 
latão) 
- Derivar à 90º, de um 
ramal reto de mesmo 
diâmetro, um ramal ou 
sub-ramal de diâmetro 
menor. Neste último caso 
permitindo a ligação de 
um ponto de utilização: 
lavatórios, bidês, pias, 
tanques, máquinas de lavar 
roupa, louças e outros. 
PB - X - X - X - 
Redução Lateral (Cobre) 
- Derivar à 90º tubulação de 
mesmo  e reduzir em linha 
reta. 
- - X - - - - - 
 
 
 
FINALIDA
DE 
TIPOS UTILIZAÇÃO 
Meios de Ligação 
PB* 
Soldável*1 Roscável*2 
PB BB BM BF M F 
M+ 
F 
Continuação 
B- 
Derivações 
- Têe curva dupla 
- É usado como misturador 
para chuveiro e banheira. 
(Não existe em PVC) 
- - - - X - X - 
- Têe para hidrante - - - - - - - X 
- Cruzetas 
- Permite três derivações à 
90º, com redução, de uma 
tubulação principal. 
- - X - - - X - 
C- Mudança 
de Diâmetro 
- Reduções 
excêntricas 
- geratrizes inferiores 
coincidentes – Linha 
Esgoto 
PB - - - - - - - 
- Bucha de redução 
concêntricas, eixos 
coincidentes 
(envolvida pelo 
meio de ligação de 
maior , e envolve a 
tubulação de maior 
diâmetro) 
Bucha Soldável (Curta e 
Longa) 
- X - - - - - - 
Bucha Roscável: 
- O  maior (rosca macho) 
é envolvida pela rosca 
fêmea de acessório, e o  
menor (rosca fêmea) 
envolve a rosca macho de 
tubo ou acessório. 
- - - - - - - X 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 31 
- Luva de Redução 
(envolve tanto os 
meios de ligação 
tanto os de maior  
como os de menor.) 
Luva de Redução Soldável 
(Só em PVC) 
- - X - - - - - 
Luva de Redução roscável: 
- Suas roscas fêmeas 
envolvem as macho de 
tubos ou acessórios 
- - - - - X - 
d- Ligações 
de 
 Tubos 
entre 
 Si 
- Luvas 
- Unir dois tubos, 
acessórios ou válvulas de 
rosca macho entre si 
BB - X - - - X - 
- Luva de Correr ou 
 Passante 
- Permite a recomposição 
de tubulações existentes, 
nos pontos de vazamento. 
BB - X - - - - - 
- Uniões 
- Permitem desmontagem 
das tubulações ligadas à 
máquinas, aquecedores ou 
válvulas, sem precisar 
serrar os tubos. Envolvem 
as tubulações, acessórios ou 
válvulas com roscas macho. 
- - X - - - X - 
- Flanges 
- Permitem desmontagem 
de tubulações ligadas entre 
si ou estas à máquinas, 
reservatórios ou válvulas, 
sem precisar serrar os 
tubos. 
- - - - - - X - 
- Niples 
- Permitem a ligação de 
acessórios ou válvulas de 
roscas fêmeas entre si. 
 São envolvidos por 
válvulas ou 
 Acessórios de rosca 
fêmea. 
- - - - - X - - 
- Virolas (em bronze 
ou latão) 
- Permite a ligação da saída 
da válvula de descarga de 
rosca macho ao tubo de 
descarga VDE, por meio de 
porca de união. 
- - - - - - - - 
FINALIDA
DE 
TIPOS UTILIZAÇÃO 
Meios de Ligação 
PB* 
Soldável*1 Roscável*2 
PB BB BM BF M F 
M+ 
F 
e- Visita, 
inspeção ou 
desobstrução. 
- Curva com Visita 
- Só utilizados na linha 
esgoto, permitem inspeção 
e introdução de 
desobstrutores na 
tubulação. 
 Empregar só mangueiras 
desobstrutoras em sistemas 
de esgoto. 
PB
B 
- - - - - - - 
- Joelho com Visita 
PB
B 
- - - - - - - 
- Têe de Inspeção 
PB
M 
- - - - - - - 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 32 
- Tubo Operculado 
- Esgoto Primário, 
fabricado somente em FºFº. PB - - - - - - - 
f- Adaptação 
entre meios 
de ligação 
diversos 
 
 
- Adaptador bolsa e 
rosca 
- Permite ligação de tubos, 
válvulas, acessórios de 
materiais diferentes, 
possuindo em uma 
extremidade bolsa ou ponta 
e na outra rosca macho ou 
fêmea. 
 PVC Água e FºFº 
BF 
PB
A 
- - - X - - - 
- Adaptador para 
Caixa d’Água 
- Permite a transposição e 
consequente vedação nas 
paredes e fundos dos 
reservatórios. 
- - - X X - X - 
- Conector (Cobre) 
Conector Fêmea 
- Permite a ligação de 
tubulação soldável à 
tubulação, acessório ou 
válvula de rosca macho. 
- - - - X - - - 
Conector Macho 
- Permite a ligação de 
tubulação soldável à 
acessório ou válvula de 
rosca fêmea. 
- - - X - - - - 
g- Fazer o 
fechamento 
de 
extremidade 
de um tubo, 
acessório ou 
válvulas. 
- Tampões (Caps) 
- Veda ponta de tubos, 
acessórios ou válvulas de 
rosca macho. 
B - B - - - X - 
- Bujões (plugs) 
- Veda acessórios ou 
válvula de rosca fêmea. 
P - B - - X - - 
-Flange cego 
 
- Veda tubos, acessórios, 
válvulas ou máquinas com 
flange integral. 
- - - - - - - - 
h- Absorver 
dilatações. 
- Junta de Expansão 
 (Cobre) 
- Tubulação de água 
quente. 
- PP - - - - - - 
NOTA: Neste quadro foram utilizadas as seguintes legendas e abreviaturas: 
 
* Linha Esgoto em PVC, FºFº e Tubo Cerâmico. 
*1 Linha Água Soldável em PVC, CPVC, Polipropileno e Cobre 
*2 Linha Água Roscável em PVC, Ferro Maleável e Aço Carbono (ambos preto ou 
galvanizado) 
B – Bolsa 
F – Rosca Fêmea 
P – Ponta 
M – Rosca Macho 
X – Existente 
 - – Não fabricado 
 BB – Bolsa Bolsa 
 BF – Bolsa com Rosca Fêmea 
 BM – Bolsa com Rosca Macho 
 PB – Ponta e Bolsa 
 PBA – Ponta, Bolsa e Anel de Borracha 
 PP – Ponta Ponta 
 
 
2.1.6 - VÁLVULAS OU REGISTROS (DISPOSITIVOS CONTROLADORES DE FLUXO): 
 F.C.: l: P 301 à 309. I 10.4. 
2: P 693 à 701. I l5.4. 
3: P 374 à 382. I 4.7. 
 30: P 27 e 28, 44 e 45. 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 33 
 
 
2.1.6.1 - Finalidade: 
 Modificar o curso dos fluidos em seus trajetos, estabelecer, controlar e interromper as 
Vazões dos mesmos, bem como controlar suas pressões. 
 
2.1.6.2 - Funcionamento: 
Estabelecer – abrir; 
Controlar – posições intermediárias; 
Interromper – fechar. 
 
2.1.6.3 - Componentes Principais: 
- Corpo; 
- Castelo; 
- Haste; 
- Volante; 
- Cunha (gaveta, comporta), disco, tampão, portinhola (esfera), disco, agulha; 
- Sede; 
- “Trim” compreende haste, peça de fechamento e sede. 
 
2.1.6.4 - Tipos: 
 Doravante todos os nomes de válvulas escritos em MAIÚSCULO e NEGRITO destacam 
válvulas utilizadas em instalações hidráulicas prediais. 
 
2.1.6.4.1 - Controlam o fluxo em qualquer direção: 
 
a - Válvulas de bloqueio ou de fechamento: 
 Servem ou só para estabelecer ou só para interromper o fluxo. Não servem para controlar. 
Foram concebidas para funcionar ou totalmente abertas ou totalmente fechadas, nunca em posições 
intermediárias. 
 De operação manual. 
 Favor não confundir válvulas comandadas por instrumentos automáticos com válvulas 
operação automática. Em “edifícios inteligentes” são comandadas por instrumentos automáticos: 
eletrônico, elétrico e mecânico. Funcionam automaticamente sob comando de atuadores eletro-
eletrônico-mecânico (solenóide). 
- GAVETA (NBR 15705/MAI/2009); 
-ESFERA (de fechamento rápido, operar lentamente para evitar golpe de aríete) NBR 
15704/MAR/2011; 
- MACHO (de fechamento rápido, operar lentamente para evitar golpe de aríete); 
- FLUXO (de descarga de bacia sanitária) NBR 15857/SET/2011; 
- Comporta. 
 
 -F.: 26, P26 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 34 
Figura 2.2 - VÁLVULA DE GAVETA 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 35 
 
 
Figura 2.3 - VÁLVULA DE ESFERA 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 36 
b- Válvulas de regulagem: (Controlar o fluxo): 
 Servem principalmente para regular/controlar a vazão do fluido, bem como, ou só para 
estabelecer, ou só para interromper o fluxo. Foram concebidas para funcionar totalmente abertas, 
em qualquer posição intermediária ou totalmente fechadas. 
 De operação manual. 
- GLOBO 
- REGISTRO PRESSÃO OU DE EMBUTIR (NBR 15704/MAI/2011) 
- TORNEIRA (NBR 10281/AGO/2003) 
- MISTURADORES (NBR 11535/ABR/1991 e NBR 11815/FEV/1991) 
- VÁLVULA DE FLUTUADOR (BÓIA) (NBR 14534/JUN/2000) 
- Agulha 
- Controle 
- Borboleta 
- Diafragma 
 
Figura 2.4 - MISTURADORES 
 
 a - Misturador para Chuveiro b - Misturador para Chuveiro e Banheira 
 
 
 
c - Misturador para Lavatório de Parede e/ou Ducha Higiênica 
 
 
 
 d - Misturador Lavatório e - Misturador para Bidê 
 
F.: Disponível em: <http://www.docol.com.br> e <http://www.fabrimar.com.br> 
 Acesso em 08/2012 
 
 
 
 
 
Figura 2.5 - REGISTRO DE PRESSÃO 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 37 
 
 
F.: Disponível em: <http://www.docol.com.br> Acesso em 08/2012 
 
Figura 2.6 - Válvula de Pistão tipo Portinhola 
 
 
Figura 2.7 
 
F.: 26, P18 
2.1.6.4.2- Permitem o fluxo em uma só direção (operação automática): 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 38 
 
- RETENÇÃO: - tipo pesado: funciona na vertical; 
 - tipo leve: funciona na horizontal (de portinhola, de portinhola dupla, de pistão ou 
 tampão, de esfera); 
 
- PÉ; 
- Retenção e fechamento; 
 
Figura 2.7- RETENÇÃO HORIZONTAL 
 
 
Figura 2.8 - RETENÇÃO VERTICAL 
 
 
Figura 2.9 - PÉ COM CRIVO 
 
 
F.: Disponível em: <http://www.docol.com.br> Acesso em 08/2012 
 
2.1.6.4.3- Válvulas que controlam a pressão de jusante (operação automáticas): 
 F.C.: F 30 P4 44 e 45 
 
 
Figura 2.10 - AUTOMÁTICA REDUTORA E REGULADORA DE PRESSÃO 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 39 
 
 1- Parafuso de ajuste................ Ferro trefilado, galvanizado 
2- Contraporca......................... Ferro trefilado 
3- Mola................................... Aço carbono temperado 
4- Tampa................................. Ferro fundido ASTM-A.126 
5- Diafragma........................... Neoprene reforçado com náilon 
6- Corpo.................................. Ferro fundido ASTM-A.126 ou bronze 
7- Disco................................... Composição especial de borracha 
8- Porta-disco.......................... Bronze 
9- Mola auxiliar (1) ................. Aço carbono temperado, galvanizada 
10- Tampão-guia...................... Ferro fundido com guia de bronze 
11- Garfo................................. Bronze ASTM-B.62 
 
F.: Disponível em: <http://www.niagara.com.br> Acesso em 08/2012 
 
2.1.6.4.4 -Válvulas que controlam a pressão de montante (operação automáticas): 
 Válvulas de SEGURANÇA ou de alívio 
 
Figura 2.11 - Válvulas de contra pressão 
 
 1- Capuz..................................... Bronze 
 2- Paraf. Regulação..................... Latão laminado 
 3-Contraporca............................. Bronze 
 4- Haste...................................... Latão laminado 
 5- Mola....................................... Válvula de 1/2": Aço inoxidável AISI-302, 
 Restantes: Aço SAE-5160 (temperado) 
 6- Tampa.................................... Bronze ASTM-B.62 
 7- Junta...................................... Amianto Grafitado 
 8- Disco..................................... Bronze ASTM-B.62 
 9- Corpo..................................... Bronze ASTM-B.62 
 
F.: Disponível em: <http://www.niagara.com.br> Acesso em 08/2012 
2.1.6.5 - Home Pages – Válvulas, Metais e Louças Sanitárias: 
InstalaçõesHidráulicas Prediais – UFJF 40 
http://www.ascoval.com.br Acesso em 08/2012 
http://www.banheirosincepa.com.br Acesso em 08/2012 
http://www.celite.com.br Acesso em 08/2012 
http://www.deca.com.br Acesso em 08/2012 
http://www.docol.com.br Acesso em 08/2012 
http://www.fabrimar.com.br Acesso em 08/2012 
http://www.idealstandard.com.br Acesso em 08/2012 
http://www.niagara.com.br Acesso em 08/2012 
http://www.rocabrasil.com.br/ Acesso em 08/2012 
http://www.spiraxsarco.com/br/ Acesso em 08/2012 
http://www.saint-gobain-canalizacao.com.br Acesso em 08/2012 
 
 
2.2 - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA 
 
2.2.1 – Introdução 
 A elaboração do presente texto sobre instalações prediais de água fria tem como 
preocupação imediata a necessidade de mostrar ao aluno a existência de uma Norma Brasileira 
sobre o assunto, ou seja, NBR 5626 Instalações Prediais de Água Fria ABNT (1). O conhecimento 
da terminologia e das especificações desta Norma constitui-se do objetivo essencial destas notas, 
motivo pelo qual muito de seus trechos encontra-se integralmente transcritos. 
 
2.2.2 - Objetivos de uma instalação predial de água fria 
 Os principais objetivos de um projeto desse tipo de instalação são: 
 Fornecimento contínuo de água aos usuários e em quantidade suficiente, amenizando ao 
máximo os problemas decorrentes da interrupção do funcionamento do sistema público de 
abastecimento; 
 Limitação de certos valores de pressões e velocidades, impostos pela Norma, assegurando-se 
desta forma o bom funcionamento da instalação e, evitando-se assim, consequentes 
vazamentos e ruídos nas canalizações e aparelhos; 
 Preservação da qualidade da água através de técnicas de distribuição e reservas coerentes e 
adequadas propiciando aos usuários boas condições de higiene, saúde e conforto. 
 
2.2.3 - Etapas de projeto 
 Basicamente, podem-se considerar três etapas na realização de um projeto de instalações 
prediais de água fria: concepção do projeto, determinação de vazões e dimensionamento. 
 A concepção é a etapa mais importante do projeto e é nesta fase que se definem: O tipo do 
prédio e sua utilização, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema de abastecimento, os pontos 
de utilização, o sistema de distribuição, a localização dos reservatórios, canalizações e aparelhos. 
 A etapa seguinte consiste na determinação das vazões das canalizações constituintes do 
sistema, que é feita através de dados e tabelas de Norma. 
 O dimensionamento das canalizações é realizado utilizando-se dos fundamentos básicos da 
Hidráulica. 
 Segundo a NBR 5626 (1) o projeto das instalações prediais de água fria compreende 
memorial descritivo e justificativo, cálculos, norma de execução, especificações dos materiais e 
equipamentos a serem utilizados, e a todas as plantas, esquemas hidráulicos, desenho isométricos e 
outros além dos detalhes que se fizerem necessários ao perfeito entendimento dos elementos 
projetados; deve compreender também todos os detalhes construtivos importantes tendo em vista 
garantir o cumprimento na execução de todas as suas prescrições. Poderão ou não constar, 
dependendo de acordo prévio entre os interessados, as relações de materiais e equipamentos 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 41 
necessários à instalação. 
 
2.2.4 - Sistemas de distribuição 
 
2.2.4.1 - Sistema de Distribuição Direta 
 Através deste sistema a alimentação dos aparelhos, torneiras e peças da instalação predial é 
feita diretamente através da rede de distribuição, conforme mostra a figura abaixo. 
 
Figura 2.12 
 
 
 Vantagens 
 Água de melhor qualidade devido a presença de cloro residual na rede de distribuição. 
 Maior pressão disponível devido a pressão mínima de projeto em redes de distribuição 
pública ser da ordem de 15 m.c. a. 
 Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios, bombas, registros de 
bóia, e etc. 
 Desvantagens 
 Falta de água no caso de interrupção do sistema de abastecimento ou de distribuição. 
 Grandes variações de pressão ao longo do dia devido aos picos de maior ou de menor 
consumo na rede pública. 
 Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade. 
 Limitação de vazão, não havendo a possibilidade de instalação de válvulas de descarga 
devido ao pequeno diâmetro das ligações domiciliares empregadas pelos serviços de 
abastecimento público. 
 Possíveis golpes de aríete. 
 Maior consumo (menor pressão) 
 
2.2.4.2. - Sistema de Distribuição Indireta 
 A alimentação dos aparelhos, torneiras e peças de instalação é feita por meio de 
reservatórios. Há duas possibilidades: por gravidade e hidropneumático. 
 
2.2.4.2.1 - Distribuição por Gravidade 
 A distribuição é feita através de um reservatório superior que por sua vez é alimentado, 
diretamente pela rede pública ou por um reservatório inferior, conforme mostra a figura 2.13. 
 
 
 
Figura 2.13 – Abastecimento indireto por gravidade 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 42 
 
 
2.2.4.2.2. - Distribuição Hidropneumática 
 A escolha por um sistema hidropneumático para distribuição de água depende de inúmeros 
fatores, destacando-se os aspectos arquitetônicos e estruturais, facilidade de execução e instalação 
das canalizações e localização do reservatório inferior. Muitas vezes, torna-se mais conveniente a 
distribuição de água por meio de um sistema hidropneumático, dispensando-se o uso do reservatório 
superior. Além dos fatores anteriormente mencionados, uma análise econômica, que leve em conta 
todos os custos das partes envolvidas, fornecerá os elementos necessários para a escolha definitiva 
do sistema predial de distribuição de água. 
 
Figura 2.14 - Abastecimento indireto hidropneumática 
 
 
 Considerações Sobre o sistema Hidropneumático 
 O sistema hidropneumático é constituído por uma bomba centrífuga, um injetor de ar e um 
tanque de pressão. Além desses componentes principais, o sistema é automatizado por meio do uso 
de um pressostato. Os aparelhos existentes na prática variam de acordo com o fabricante porém, o 
funcionamento difere muito pouco. A bomba com características apropriadas recalca água 
(geralmente de um reservatório inferior) para o tanque de pressão. Entre a bomba e o tanque de 
pressão localiza-se o injetor de ar (normalmente um Venturi) que aspira ar durante o funcionamento 
da bomba e o arrasta para o interior do tanque de pressão. O ar é comprimido na parte superior do 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 43 
tanque até atingir a pressão máxima, quando a bomba é desligada, automaticamente pela ação do 
pressostato. Tem se, como resultado, um colchão de ar na parte superior do tanque, cujo volume 
varia com a pressão existente. Quando a água é utilizada em qualquer ponto de consumo, a pressão 
diminui, com conseqüente expansão do colchão de ar, até que a pressão mínima seja atingida, 
quando pela ação do pressostato, a bomba é ligada. 
 O ciclo do funcionamento do sistema compreende o intervalo de tempo decorrido entre dois 
acionamentos de “liga” da bomba. Conhecendo-se o ciclo de funcionamento, é possível calcular o 
número médio de partidas da bomba por hora. De acordo com a NBR 5626, a instalação elevatória 
deve operar, no máximo, seis vezespor hora. 
 
Figura 2.15 - Esquema de instalação de um sistema hidropneumático 
 
 
 A operação de um sistema hidropneumático depende da pressão no interior do tanque de 
pressão. Nota-se uma variação da pressão de 280 para 140 KPa quando o volume de água é 
reduzido de 73,2 para 57,7% (15,5%). Assim que o volume de água diminui, o ar expande, 
ocupando o espaço adicional, caso a pressão de acionamento da bomba seja inferior a 140 KPa (1,4 
atm.). 
 
 Vantagens dos Sistemas de Distribuição Indireta 
 Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no fornecimento, 
tem-se um volume de água assegurado no reservatório. 
 Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia. 
 Permite a instalação de válvula de descarga. 
 Golpe de aríete desprezível. 
 Menor consumo que no sistema de abastecimento direto. 
 
 
 
 
 Desvantagens 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 44 
 Possível contaminação da água reservada devido à deposição de lodo no fundo dos 
reservatórios e à introdução de materiais indesejáveis nos mesmos. 
 Menores pressões, no caso da impossibilidade da elevação do reservatório. 
 Maior custo de instalação devido à necessidade de reservatórios, registros de bóia e outros 
acessórios. 
 
2.2.4.3 - Sistema Misto 
 Parte da instalação é alimentada diretamente pela rede de distribuição e parte indiretamente. 
 
 Vantagens 
 Água de melhor qualidade devido ao abastecimento direto em torneiras para filtros, pias, 
cozinhas e bebedouros. 
 Fornecimento de água de forma contínua no caso de interrupções no sistema de 
abastecimento ou de distribuição. 
 Permite a instalação de válvula de descarga. 
 
 OBSERVAÇÃO: 
 Geralmente em residências, sobrados, as pias de cozinha, lavatórios, chuveiros, tem duas 
torneiras: uma delas abastecida pela rede pública e a outra, pelo reservatório. 
 
2.2.5 - Partes constituintes de uma instalação predial de água fria 
 Antes de se enumerar as diversas partes constituintes de uma instalação de água fria, apresenta-
se a seguir algumas definições, extraídas da NBR 5626 (1), que são necessárias à compreensão dos 
textos que se segue. 
 
 ALIMENTADOR PREDIAL - tubulação compreendida entre o ramal predial a primeira 
derivação ou válvula de flutuador do reservatório. 
 
 AUTOMÁTICO DE BÓIA - dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o 
funcionamento automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extremos. 
 
 BARRILETE - conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se deriva as 
colunas de distribuição. 
 
 COLUNA DE DISTRIBUIÇÃO - tubulação derivada do barrilete é destinada a alimentar ramais. 
 
 EXTRAVASOR - tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios e 
das caixas de descarga. 
 
 INSTALAÇÃO ELEVATÓRIA - conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados 
a elevar a água para o reservatório de distribuição. 
 
 LIGAÇÃO DE APARELHO SANITÁRIO - tubulação compreendida entre o ponto de utilização e 
o dispositivo de entrada no aparelho sanitário. 
 
 PEÇA DE UTILIZAÇÃO - dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água. 
 
 PONTO DE UTILIZAÇÃO - extremidade de jusante do sub-ramal. 
 
 RAMAL - tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais. 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 45 
 
 RAMAL PREDIAL - tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a 
instalação predial. 
 
 REDE PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO - conjunto de tubulações constituído de barriletes, 
colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos. 
 
 RESERVATÓRIO HIDROPNEUMÁTICO - reservatório para ar e água destinado manter sob 
pressão a rede de distribuição predial. 
 
 RESERVATÓRIO INFERIOR - reservatório intercalado entre o alimentador predial e a 
instalação elevatória, destinado a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação 
elevatória. 
 
 RESERVATÓRIO SUPERIOR - reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de 
recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição. 
 
 SUB-RAMAL - tubulação que liga o ramal peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário. 
 
 TRECHO - comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a última 
conexão da coluna de distribuição. 
 
 TUBULAÇÃO DE RECALQUE - tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e 
o ponto de descarga no reservatório de distribuição. 
 
 TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO - tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório 
inferior e o orifício de entrada da bomba. 
 
 VÁLVULA DE DESCARGA - válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-
ramal de alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água 
para suas limpezas. 
 
 A figura abaixo mostra as principais partes constituintes de uma instalação predial de água fria 
e apresenta também a nomenclatura e terminologia correspondentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 46 
 
Figura 2.16 
 
 
 As figuras seguintes mostram, respectivamente, a planta baixa e isométrica de uma instalação 
de água fria no interior de um compartimento sanitário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reservatório inferior 
Reservatório 
superior 
Sistema elevatório 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 47 
 
Figura 2.17 
 
 
 
 A título de ilustração foi inserido junto à figura 2.17, um quadro (ver quadro 2.1) relacionando 
as peças e suas quantidades, o qual deve fazer parte integrante desses isométricos num projeto deste 
tipo. 
 
Instalações Hidráulicas Prediais – UFJF 48 
Quadro 2.1 - Lista de peças: 
 
Nº DESCRIÇÃO QUANTIDADE 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
Tê de redução 90º soldável 50x32mm 
Adaptador soldável curto com bolsa e rosca para registro 32 mm x 1” 
Joelho 90º soldável 32 mm 
Tê 90º soldável 32 mm 
Tê de redução 90º soldável 32 x 25 mm 
Bucha de redução soldável curta 32 x 25 mm 
Tê 90º soldável 25 mm 
Adaptador soldável curto com bolsa e rosca para registro 25 mm x ¾ 
Luva soldável e com rosca 25 mm x ¾” 
Joelho 90º soldável 25 mm 
1 
2 
1 
1 
1 
2 
1 
1 
1 
1 
11 
 
12 
Joelho 90º soldável e com bucha de latão e reforço com anel de ferro 
zincado 25 mm x ¾” 
Joelho de redução 90º soldável e com bucha de latão 25 mm x ½” 
 
2 
2 
13 
14 
Registro de gaveta 1” 
Registro de pressão para chuveiro ¾” 
1 
1 
 
2.2.6 - ESPECIFICAÇÕES E CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DOS TUBOS EMPREGADOS 
 
2.2.6.1 - Materiais, diâmetros e pressões 
 De acordo com a NBR 5626 (1), tanto os tubos como as conexões, constituintes de uma 
instalação predial de água fria, podem ser de aço galvanizado, cobre, ferro fundido, PVC rígido ou 
de outros materiais, de tal modo que satisfaçam a condição de que a pressão de serviço não deva ser 
superior a pressão estática, no ponto considerado, somada à sobre-pressão devido a golpes de aríete. 
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