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Diagnóstico microbiológico das infecções do trato urinário (Urinoculturas) Prof. Alan Brito Infecções de TU Amostras de urina devem ser submetidas a ̀ cultura quando existem suspeitas de infecça ̃o do trato urinário, para controle de tratamento, ou em pacientes assintoma ́ticos com alto risco de infecça ̃o; Agentes etiolo ́gicos mais freqüentes Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp e Enterobacter sp. Entre os cocos Gram positivos destacam-se Staphylococcus saprophyticus, Streptococcus agalactiae e Enterococcus sp; ITU em pacientes ambulatoriais > 70% de E. coli; Importa ̂ncia da análise conjunta de EAS (elementos anormais do sedimento) + urocultura Coleta do espécime clínico Primeira urina da manhã em frasco este ́ril de rosca e boca larga, anterior ao uso de antimicrobianos; Tempo transcorrido entre a coleta e ini ́cio das ana ́lises No ma ́ximo 1 hora. COLETA DO ESPÉCIME CLÍNICO Primeira urina da manhã em frasco estéril de rosca e boca larga, anterior ao uso de antimicrobianos; Tempo transcorrido entre a coleta e início das análises No máximo 1 hora. Jato médio Mais apropriada para cultura Qualquer jato Crianças com auxílio de saco coletor Sonda vesical Não é ideal para culturas Punção suprapúbica Procedimento agressivo não muito utilizado Primeiro jato Utilizado para pesquisa de processo infecciosos de uretra Procedimento laboratorial Microscopia pelo método de Gram Valor diagnóstico em casos de amostras coletadas através de punção supra-púbica; No caso de bacilos Gram negativos, reportar o número de microrganismos observados por campo de imersão; No caso de cocos Gram positivos, reportar apenas a presença dos microrganismos. Procedimento laboratorial Cultura 1- Semeadura semi-quantitativa em placa Imergir alça calibrada de 0,001mL na amostra e depositar no centro do meio de cultura; Espalhar o material por toda a superfície do meio com o auxílio de uma alça de Drigalski; Meio de semeadura primária CLED ou Brolacin; - Incubac ̧a ̃o 35 1oC / ate ́ 48h. Procedimento laboratorial PROCEDIMENTO LABORATORIAL - Interpretação dos resultados Contagem bacteriana Resultado - Sem crescimento - Cultura negativa - Até 10.000 UFC/mL - Provável contaminação - 10.000 - 20.000 UFC/mL - Suspeita de infecção* - 20.000 - 105 UFC/mL - Infecção / Fazer identificação + TSA - 105 UFC/mL - Infecção / Fazer identificação + TSA * Verificar a necessidade de realização de identificação e antibiograma PROCEDIMENTO LABORATORIAL Identificação dos principais patógenos: 1- Família Enterobacteriacea 1.1- TSI (“Triple Sugar Iron”) - Produção de gás à partir da glicose; - Fermentação de glicose, lactose e sacarose; - Produção de H2S 1 2 3 4 1- Sac (-), Lac (-), Gli (-), Gás (-) H2S (-) 2- Sac (-), Gás (-) H2S (+); 3- Sac (+), Lac (+), Gli (+), Gás (+) H2S (-) 4- Meio não inoculado Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.1- TSI (“Triple Sugar Iron”) Produção de gás a partir da glicose; Fermentação de glicose, lactose e sacarose; Produção de H2S. Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.2- SIM Produção de indol Presença da enzima tripofanase quebrando o triptofano com producão de gás indol. Esse reagem com o reagente p- dimetil-amino-benaldeído dando uma coloração rosa; Motilidade; Produção de H2S à partir da quebra do tiossulfato de sódio. PROCEDIMENTO LABORATORIAL Identificação dos principais patógenos: 1- Família Enterobacteriacea 1.2- SIM - Produção de indol Presença da enzima triptofanase quebrando o triptofano com produção de gás indol. Esse reage com o reagente p-dimetil-amino-benzaldeído dando uma coloração rosa - Motilidade; - Produção de H2S à partir da quebra do tiossulfato de sódio. Indol (+) H2S (+) Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.3- Citrato Veriricar a utilização do citrato como única fonte de carbono pelo microrganismo; A viragem do meio para azul se deve à sua alcalinização devido à liberação de grupo amina pela utilização do citrato. PROCEDIMENTO LABORATORIAL Identificação dos principais patógenos: 1- Família Enterobacteriacea 1.3- Citrato - Verificar a utilização do citrato como única fonte de carbono pelo microrganismo; - A viragem do meio para azul se deve à sua alcalinização devido à liberação de grupo amina pela utilização do citrato. Neg Pos Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.4- Degradação da uréia Veriricar a presença da enzima urease, a qual degrada a uréia levando a uma alcalinização do meio de cultura; O meio de cultura utilizado é o Rustigian & Stuart. PROCEDIMENTO LABORATORIAL Identificação dos principais patógenos: 1- Família Enterobacteriacea 1.6- Degradação da uréia - Verificar a presença da enzima urease, a qual degrada a uréia levando a uma alcalinização do meio de cultura; - O meio de cultura utilizado é o Rustigian & Stuart + Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.5- Oxidase Pesquisa da enzima citocromo oxidase, uma enzima da cadeia respiratória; Reativo de Kovac’s Formação do composto oxidade + Kovac’s (azul de indofenol), que substitui o oxigênio como receptor final de elétrons; As enterobactérias são oxidases negativas. Identificação dos principais patógenos 2- Staphylococcus saprothyticus Prova da catalase Prova da coagulase Fermentação de carboidratos (manose, trealose e manitol); Descarboxilação da ornitina; Resistência a novobiocina; Resistência à desferrioxamina; Produção de fosfatase alcalina; Produção de urease. Identificação dos principais patógenos 3- Streptococcus agalactiae Prova da catalase Padrão de hemólise; Teste CAMP; Sorologia. Identificação dos principais patógenos 4- Enterococcus sp Prova da catalase Padrão de hemólise; PYR, LAP, Hidrólise da esculina; Resistência ao NaCL 6,5%; Descarboxilação de arginina; Produção de pigmento; Motilidade; Fermentação de carboidratos (arabinose, rafinose, sorbose, sorbitol e manitol) DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO DAS INFECÇÕES DO TRATO INSTESTINAL COPROCULTURA Prof. Alan Brito Conceitos Gastrenterites Infecc ̧ões intestinais que se caracterizam por dores abdominais, náuseas, vômitos e diarre ́ia; Diarre ́ia Descarga fecal múltipla envolvendo um distúrbio hidro-eletroli ́tico; Disenteria Infecc ̧ão intestinal que se caracteriza pela presenc ̧a de fezes muco sanguinolentas além do distúrbio hidro- eletroli ́tico; Epitélio Intestinal Flora Intestinal As fezes contêm cerca de 1011 de bactérias por grama, dos mais diversos tipos: Cocos e bacilos Gram-positivos; Cocos, coco-bacilos e bacilos Gram-negatiovs; Aeróbios e anaeróbios; Vírus; Fungos; Parasitos, etc. Processo invasivo Microrganismos invasivos, capazes de destruir a mucosa; Aderência às células epiteliais, penetração e multiplicação celular, dando origem à síndrome disentérica. Modalidades de infecção intestinal Processo tóxico Bactérias produtoras de enterotoxinas Modalidades da infecção Processo tóxico Bactérias produtoras de enterotoxinas. Processo invasivo Microrganismos invasivos, capazes de destruir a mucosa; Aderência às células epiteliais,penetração e multiplicação celular, dando origem à síndrome disentérica Modalidades da infecção Processo tóxico Bactérias produtoras de enterotoxinas. Processo invasivo Microrganismos invasivos, capazes de destruir a mucosa; Aderência às células epiteliais, penetração e multiplicação celular, dando origem à síndrome disentérica Sintomas associados a patogenicidade Parâmetro Sintomas com Produção de toxina Invasão tecidual Consistência das fezes Aquosa Pastosa Evacuações Inúmeras Poucas Vômitos Sim Não Febre Não Sim Desidratação Sim Pouca Tempo para o início dos sintomas Poucas horas a 2 dias 1 a 3 dias Leucócitos nas fezes Não Sim Sangue nas fezes Não Sim Muco nas fezes Não Sim Processo de adesão celular Microrganismos fortemente aderidos às células intestinais; Desorganização das vilosidades intestinais; Alteração no fluxo de água e eletrólitos; Podendo ou não ser microrganismos invasivos, capazes de penetrar na mucosa e se multiplicarem; Geralmente não são produtores de toxinas; Exemplo: Escherichia coli enteropatogênica clássica (EPEC) Modalidades de infecção intestinal Três principais gêneros que podem produzir doença entérica primária (amplas epidemias de diarréia, casos esporádicos ou casos endêmicos): Certas raças de Escherichia coli; Salmonella, que é o agente etiológico da febre tifóide e de outras salmoneloses; Shigella, que é o agente da disenteria bacilar. Principais agentes de gastrenterites 1- Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites Principais agentes de gastrenterites 1- Escherichia coli diarreicogênicas E. coli enteropatogênica clássica (EPEC) Especialmente em crianças; Íntima adesão bacteriana (A/E) E. coli enterotoxigênica (ETEC) Toxinas termolábeis (LT-I e LT-II); Toxinas termoestáveis (STa e STb); Toxinas do tipo I ou tipo A-B E. coli enteroinvasora (EIEC) Similaridade à Shigella. E. coli enterohemorrágica (EHEC) Colite hemorrágica; Síndrome hemolítica-urêmica. E. coli enteroagregativa (EAEC) Agregação celular (AA); “Empilhamento de tijolos”. 1- Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites E. coli enteropatogênica clássica (EPEC) • É normalmente causadora de surtos de diarreia não sanguinolentas que ocorrem frequentemente em crianças; • Muitos adultos possuem EPEC no trato intestinal, porém não expressam os sintomas da doença imunidade • O mecanismo de patogenicidade da EPEC não esta completamente definido, mas acredita-se que a aderência à mucosa intestinal seja um importante factor para a colonização; • A bactéria destrói as microvilosidades sem invasão • Destruição das vilosidades intestinais, com má absorção dos nutrientes e consequente diarreia osmótica; • Tem como consequências também febre, náuseas e vómitos. 1- Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites E. coli enterotoxigênica (ETEC) • É a causa mais comum de diarreia em turistas, tendo o período de incubação variando de 8 a 44 horas; • A duração da doença é curta, aproximadamente 24 a 30 horas; • O microrganismo deve conter o plasmídio codificante para a produção de pelo menos uma toxina; • O hospedeiro deve ingerir um número suficiente de células bacterianas; • Quando infectam atuam principalmente sobre o intestino delgado; • Outros sintomas possíveis são dores violentas na zona do abdómen, vômitos, náuseas e febre baixa; • Produz uma ou mais toxinas que vão agir no intestino delgado induzindo a liberação de fluido; • Não ocorre invasão nem dano à camada epitelial do intestino delgado, o microrganismo apenas coloniza e liberta toxinas; • A doença pode ser perigosa para crianças devido à desidratação. 1- Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites E. coli enteroinvasora (EIEC) • Os sintomas são calafrio, febre, dores abdominais e disenteria; • A dose infectante é alta, sendo necessários muitos microrganismos para que surja a doença; • O período de incubação varia de 8 a 24 horas com média de 11 horas e a duração da doença é usualmente de vários dias. • O microrganismo invade células do epitélio intestinal, multiplica-se dentro destas células e invadem células epiteliais adjacentes provocando ulcerações do cólon, resultando finalmente em diarreia de sangue; • Aproximadamente 11 sorotipos são responsáveis por infecções de EIEC e o principal deles é O:124 1- Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites E. coli enterohemorrágica (EHEC) • Causa diarreia aquosa inicial que pode progredir em colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urêmica (que ocorre em 5% das infecções por EHEC); • Podem provocar anemia, trombocitopenia e insuficiência renal aguda potencialmente perigosa; • Entre os grupos patogénicos de Escherichia coli, este é provavelmente o mais importante em termos de infecções alimentares, e o principal sorotipo envolvido é o O157:H7. 2- Salmonella sp Principais agentes de gastrenterites Espécies S.enterica e S.bongori (antigamente sub-espécieV); S. enterica Seis sub-espécies (I, II, IIIa, IIIb, IV, e VI); Sub-espécie I Maioria dos sorotipos; Sorotipagem Reaço ̃es sorolo ́gicas para os antígenos O (soma ́tico) e H (flagelar); Salmonella ser. Typhi Características bioquímicas peculiares; Salmonelas patogênicas Capacidade de colonizaça ̃o a ̀s células M do intestino / sepse / febre tifóide / febre paratifo ́ide / gastroenterites / colonizac ̧a ̃o assintoma ́tica (cronicidade). 2- Salmonella sp Principais agentes de gastrenterites Gastroenterites A infecção humana por salmonelas não-tifóides é limitada ao intestino; No adulto são frequentemente chamadas de intoxicação alimentar; Clinicamente, caracteriza-se por diarréia aguda geralmente acompanhada de náuseas, dor de cabeça e, às vezes, febre e vômitos; O período de incubação, em média, é de 48 horas; Após o término da gastroenterite, a bactéria ainda é encontrada nas fezes durante quatro a cinco semanas. 2- Salmonella sp Principais agentes de gastrenterites Febre Tifóide É causada principalmente pela S. Typhi e ocasionalmente por outros sorotipos; Ocorre mais comumente em crianças, apresentando geralmente uma febre prolongada (10-14 dias), dor de cabeça, desconforto abdominal e letargia generalizada.; Cerca de 10% dos casos desenvolvem uma doença severa e uma possível complicação consiste na perfuração do intestino delgado. 3- Shigella sp Principais agentes de gastrenterites Sa ̃o descritas 4 espécies de Shigella S. dysenteriae (Grupo A), S. flexineri (Grupo B), S. boydii (Grupo C) e S. sonnei (Grupo D); Dentro das 4 espécies existem 43 sorotipos; Doenc ̧a cli ́nica tambe ́m conhecida como Disenteria bacilar; Microrganismo de elevada capacidade invasiva; Produça ̃o da toxina Shiga (toxina tipo I ou tipo A-B); Dose infectante baixa (10 a 100 bactérias) Principais agentes de gastrenterites 3- Shigella sp São descritas 4 espécies de Shigella S. dysenteriae (Grupo A), S. flexineri (Grupo B), S. boydii (Grupo C) e S. sonnei (Grupo D); Dentro das 4 espécies existem 43 sorotipos; Doença clínica também conhecida como Disenteria bacilar; Microrganismo de elevada capacidade invasiva; Produção da toxina Shiga (toxina tipo I ou tipo A-B); Dose infectante baixa (10 a 100 bactérias) 3- Shigella sp Principais agentes de gastrenterites Período de incubação varia de 12 a 48 horas; Caracterizando-se por invasão e destruição da camada epitelialda mucosa, com intensa reação inflamatória; Geralmente o paciente apresenta leucócitos, muco e sangue nas fezes; Raramente a Shigella invade a circulação do paciente. Principais agentes de gastrenterites 3- Shigella sp São descritas 4 espécies de Shigella S. dysenteriae (Grupo A), S. flexineri (Grupo B), S. boydii (Grupo C) e S. sonnei (Grupo D); Dentro das 4 espécies existem 43 sorotipos; Doença clínica também conhecida como Disenteria bacilar; Microrganismo de elevada capacidade invasiva; Produção da toxina Shiga (toxina tipo I ou tipo A-B); Dose infectante baixa (10 a 100 bactérias) 4- Yersinia enterocolitica Principais agentes de gastrenterites • Causa comum de enterocolite na Escandina ́via e outros pai ́ses europeus e nas a ́reas mais frias da América do Norte; • Diretamente associada à ingestão de carnes, frutos do mar e a ́gua contaminada; • Período de incubac ̧a ̃o 1 a 10 dias; • Sintomatologia 1 a 2 semanas. 5- Campylobacter Principais agentes de gastrenterites Campylobacter jejuni Causa mais comum de gastrenterite bacteriana nos EUA; Fatores de virulência Adesinas, enzimas citoto ́xicas e enterotoxinas; Os microrganismos sa ̃o mortos quando expostos ao suco gástrico, de modo que condic ̧o ̃es que reduzem ou neutralizam a secreça ̃o ga ́strica a ́cida favorecem a doenc ̧a 6- Vibrio cholerae Principais agentes de gastrenterites Toxina colérica CTX-A e CTX-B Toxina tipo I ou A-B; Sub-unidades B Se ligam aos receptores GM1 nas células epiteliais intestinais; Sub-unidade A Interage com protei ́na G que controla a adenilato ciclase, levando a conversa ̃o catabo ́lica de ATP em cAMP, ocasionando uma hiper secrec ̧a ̃o de a ́gua e eletrólitos; Infecc ̧a ̃o clínica Popularmente conhecida como a ́gua de arroz. 7- Outros agentes importantes Principais agentes de gastrenterites Clostridium difficille Colite pseudo-membranosa; Bacillus cereus; Clostridium botulinum; Staphylococcus aureus; Etiologia viral. Principais agentes de gastrenterites 7- Outros agentes importantes Clostridium difficille Colite pseudo-membranosa; Bacillus cereus; Clostridium botulinum; Staphylococcus aureus; Etiologia viral Rotavírus Colite pseudo-membranosa Procedimento Laboratorial 1- Coleta do espécime clínico As amostras de fezes devem ser colhidas no início da doença diarréica e antes de qualquer tratamento; 1 a 2g de fezes (equivalente a 1 colher de sobremesa) representa uma amostra ideal; No laboratório, as amostras devem ser semeadas o mais rápido possível; Procedimento Laboratorial 1- Coleta do espécime clínico Quando presentes, devemos selecionar constituintes patológicos como muco, pus ou pedaços de epitélio; Amostras que não puderem ser semeadas logo após a colheita devem ser colocadas em solução para transporte; Meios de transporte Glicerina tamponada, Cary-Blair e Água peptonada alcalina (APA); Vibrio cholerae “Swab” retal Procedimento laboratorial 1- Coleta do espécime clínico 1 a 2g de fezes no início do quadro diarréico antes de antibioticoterapia; Meios de transporte Glicerina tamponada, Cary-Blair e Água peptonada alcalina (APA); Vibrio cholerae “Swab” retal Procedimento Laboratorial 1.1- Amostras não aceitáveis Amostras sem conservantes que foram obtidas há mais de 3 horas; Mistura de várias amostras colhidas no mesmo dia; Fezes líquidas colhidas ou enviadas em fraldas; Amostras de fezes contaminadas com urina; Amostras coletadas há mais de três dias. Procedimento Laboratorial 2- Meios de semeadura primária Mac-Conkey ou EMB Seletivo para bacilos Gram negativos e indicador da fermentação de lactose Procedimento Laboratorial 2- Meios de semeadura primária Meio SS Seletivo para Salmonella e Shigella; Meio VB (verde-brilhante) Isolamento de Salmonella; Caldo de enriquecimento Caldo Selenito e Tetrationato de sódio; Meio de Skirrow Isolamento de Campylobacter; Meio TCBS (Ágar Tiossulfato citrato sais biliares e sacarose) Isolamento de Vibrio; Hektoen-Enteric (HE) Isolamento de Salmonella e Shigella. Procedimento Laboratorial 3- Coloração pelo método de Gram Não tem valor diagnóstico 4- Etapas iniciais de enriquecimento Uma etapa de crioenriquecimento é indicado nos casos de suspeita de Yersinia enterocolitica. Procedimento laboratorial Espécime Clínico Mac-Conkey Agar SS Tetrationato ou Selenito Protocolos especiais Vibrio Campylobacter Yersinia S. aureus Identificação + Sorologia + TSA Procedimento Laboratorial Procedimento laboratorial 5- Identificação dos principais patógenos A- Família Enterobacteriacea Salmonella Shigella E. coli Oxidase (-) + Fermentação de glicose (+) Lactose (-) / Sacarose (-) Glicose (+) / Indol (-) / Citrato (-) / Uréia (-) / Motilidade (+) / Gás (+) / H2S (+) Lactose (-) / Sacarose (-) Glicose (+) / Indol (+/-) / Citrato (-) / Uréia (-) / Motilidade (-) / Gás (-) / H2S (-) Lactose (+/-) / Sacarose (+/-) Glicose (+) / Indol (+) / Citrato (-) / Uréia (-) / Motilidade (+/-) / Gás (+) / H2S (-) Sorologia / Reações Sorológicas Procedimento Laboratorial Procedimento Laboratorial Procedimento laboratorial 5- Identificação dos principais patógenos B- Protocolos especiais b.1 – Yersinia enterocolitica Fezes em meio de transporte Crioenriquecimento Após 7 / 14 / 21 dias Mac-Conkey Indol (+/-) / Citrato (-) / Uréia (-) / Motilidade (-) / Gás (-) / Sacarose (+) / H2S (-) / Lactose (-) / Glicose (+) Sorologia Procedimento Laboratorial Procedimento laboratorial 5- Identificação dos principais patógenos B- Protocolos especiais b.2 - Campylobacter Microaerofilia / 420C Meio Skirrow ou Campy-Bap Morfologia colonial / Hemólise em agar sangue / Catalase (+) / Oxidase (+) / Coloração de Gram da colônia / Uréia (+) / H2S (-) / Hidrólise do hipurato (+) / Procedimento Laboratorial Procedimento laboratorial 5- Identificação dos principais patógenos B- Protocolos especiais b.3 – Vibrio cholerae Meio TCBS Morfologia colonial / Oxidase (+) / Catalase (+) / Hidrólise da esculina (-) / Motilidade (+) / Indol (+) / Lactose (-) / Sacarose (+) Lisina (+) / Ornitina (+) Determinação de biotipo + Sorologia Exercício 1) Paciente masculino, 58 anos, etilista há duas décadas, chega ao hospital com queixa de tosse com expectoração, febre há mais de três dias e dispneia aos menores esforços. O médico solicitou coleta de escarro para avaliação macroscópica e microscópica. A cultura em ágar sangue mostrou colônias alfa-hemolíticas, catalase negativas e sensíveis à optoquina. O Gram mostrou diplococos gram positivos encapsulados. Foram encontrados 18 leucócitos por campo analisado e 5 células epiteliais. Com base nessas informações: a) Deve se solicitar uma nova amostra, uma vez que provavelmente o material coletado foi contaminado. b) Pode se dizer que a bactéria isolada é um Streptococcus pneumoniae. c) Suspeita-se que a bactéria isolada é um S. viridans. d) Não é possível realizar a identificação do microrganismo isolado. e) A bactéria isolada sugere que o paciente possui uma faringoamigdalite, provavelmente causada por Moraxella catarrhalis. 2) Coloque (V) nas afirmativas verdadeiras e (F) nas alternativas falsas. Justifique as alternativas consideradas falsas: a) ( ) Em uma amostra de TU, a contagem de 1x104 UFC/ml é indicativa de processo infeccioso, sendo necessário realizar identificaçãodo patógeno e antibiograma. b) ( ) Na inoculação de BAAR em sítios não estéreis a descontaminação é obrigatória, já em meios estéreis, esses microrganismos podem ser inoculados diretamente. c) ( ) Exigência de fator X, V ou XV no meio de cultura para crescimento e possível satelistismo com Staphilococcus são características da bactéria Haemophilus spp. d) ( ) O diagnóstico de micobactérias não leprae pode ser realizado a partir de amostras de escarro, lavado gástrico, líquor e urina, entre outras. Exercício (3) Um estagiário do laboratório de Microbiologia Clínica recebeu uma lâmina contendo esfregaço de Escherichia coli e uma lâmina contendo esfregaço de Staphylococcus aureus para serem coradas pela coloração de Gram (cristal violeta, lugol, álcool, fucsina diluída). Após fixar os esfregaços pelo calor, o estagiário realizou a coloração, porém inverteu a ordem da utilização dos corantes (fucsina, álcool diluído, cristal violeta, lugol). Qual foi o resultado da coloração observado ao microscópio para E. coli e S. aureus, respectivamente? (A) Bacilos violeta-escuro e cocos vermelho-claros. (B) Bacilos vermelho-claros e bacilos violeta-escuro. (C) Bacilos e cocos vermelho-claros. (D) Bacilos e cocos violeta-escuro. (E) Cocos vermelho-claros e cocos violeta-escuro. Exercício
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