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PIM Projeto de Revista Design Inside UNIP

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS E DA COMUNICAÇÃO
CURSO SUPERIOR TECNOLÓGICO EM DESIGN GRÁFICO
AUTORES
Bruna de Oliveira Rodrigues – RA: T76567-6 
Caio César de Sá Lemos Monteiro – RA: C90FEJ-0 
Daiane Rodrigues de Almeida – RA: D04437-0
Luiz Carlos Moreira de Freitas Junior – RA: C77223-2 
Desenvolvimento de Projeto Editorial
Revista Design Inside
SOROCABA
2017
Bruna de Oliveira Rodrigues – RA: T76567-6 
Caio César de Sá Lemos Monteiro – RA: C90FEJ-0 
Daiane Rodrigues de Almeida – RA: D04437-0
Luiz Carlos Moreira de Freitas Junior – RA: C77223-2 
Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM, apresentado como requisito para conclusão do 3º semestre do Curso Tecnológico em Design Gráfico da Universidade Paulista de Sorocaba. 
Orientador Prof. Me. Giovani de Arruda Campos
SOROCABA
2017
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer a equipe de trabalho, que dedicaram tempo e esforço para a realização deste projeto gráfico, aos professores que incentivaram e nos guiaram para a direção correta e a universidade UNIP, por nos conceder um ambiente favorável para a conclusão do projeto gráfico. 
“Design não é apenas o que parece e o que se sente. Design é como funciona. ” 
 Steve Jobs
 Lista de Figuras
	1
	Principais softwares utilizados na execução do projeto.........................
	21
	2
	Conceito do Símbolo Revista Design Inside..........................................
	22
	3
	Primeiros esboços do logo da Revista Design Inside...........................
	23
	4
	Primeiros esboços do personagem.......................................................
	23
	5
	Personagem finalizado em vetor...........................................................
	23
	6
	Print do modelo 3D em desenvolvimento no software..........................
	24
	7
	Personagem 3D em peça finalizada no Adobe Photoshop...................
	24
	8
	Protótipo 3D da lata de Redbull............................................................
	25
	9
	Peça 3d finalizada com a textura metálica e rótulo..............................
	25
	10
	Anúncio produzido com o elemento 3D...............................................
	26
	11
	Computer Arts Brasil, Zupi e Abc Design............................................
	27
	
	Revista Design Inside..........................................................................
	30
	
RESUMO
Esse trabalho tem como principal objetivo apresentar um estudo sobre a elaboração do projeto gráfico e editorial da Revista Design Inside. A pesquisa pretende tratar das suas características, mostrando a construção do logotipo e símbolo, passando pela tipografia, material e softwares utilizados. Dando ênfase a estrutura da revista, o projeto segue falando sobre a importância do planejamento para execução do projeto, bem como o uso correto dos elementos na diagramação. Além disso, ressaltar a importância das disciplinas do curso superior de tecnologia em Design Gráfico/Fotografia na realização do seguinte trabalho. Ademais, constará um breve resumo da revista.
Palavras chave: Revista, Editorial, Design Gráfico, Projeto, Design Inside. 
ABSTRACT
This work has as main objective to present a study on the elaboration of the graphic design and editorial of the Magazine Design Inside. The research intends to deal with its characteristics, showing the construction of the logo and symbol, passing through typography, material and software used. Emphasizing the structure of the journal, the project continues to talk about the importance of planning for project execution, as well as the correct use of the elements in the diagram. In addition, to emphasize the importance of the subjects of the superior course of technology in Graphic Design / Photography in the accomplishment of the following work. In addition, a brief summary of the journal will be included.
Keywords: Magazine, Editorial, Graphic Design, Project, Design Inside. 
SUMÁRIO
	1
	Introdução ....................................................................................................
	11
	2
	Ética e Legislação .......................................................................................
	13
	3
	Comunicação Editorial .................................................................................
	17
	4
	Produção Gráfica .......................................................................................
	20
	5
	Computação 3D e Modelamento .................................................................
	22
	6
	Pesquisa das Referências para Elaboração do Projeto da Revista...........
	27
	7
	O Projeto Editorial ..................................................................................
	28
	
	Considerações Finais...................................................................................
	38
	
	Referências...................................................................................................
	39
	
	Anexos .......................................................................................................
	40
	
	
	
	
	
	
 
INTRODUÇÃO
O tema pesquisado neste trabalho é o projeto editorial e gráfico de uma revista. Desse modo, foi proposta a pesquisa dos elementos que a compõem, tendo como objeto de estudo o mercado de Design Gráfico. Mais especificamente, o objetivo é entender como se dá o processo de criação, editoração e impressão de uma revista.
Para realização desta pesquisa, foram de extrema importância as disciplinas do curso superior de tecnologia em Design Gráfico, estas que proporcionaram conteúdo e direcionamento para confecção da Revista Design Inside que será apresentada em conjunto do Projeto Integrado Multidisciplinar. 
O objetivo é atrair tanto o público que está ingressando na área de Design Gráfico, como pessoas que não são da área que possam se interessar pelo assunto. No projeto, o leitor poderá encontrar uma seleção de matérias, referências, informativos e curiosidades, todas relacionadas ao Design Gráfico. 
Começaremos falando sobre a Ética e Legislação, onde pudemos entender o conceito de ética em geral e conhecer as normas e leis que vigoram no mercado. Realizamos estudo do Código de Ética Profissional do Designer Gráfico, focando nos artigos sobre direitos de imagem e conduta do profissional. Também estudamos o conceito de moral e cultura na sociedade em geral.
A disciplina de Produção Gráfica foi fundamental para obtermos o conhecimento necessário para realizar uma impressão de boa qualidade, e com o material adequado para o objetivo final. Realizamos o estudo dos principais processos de impressão (offset, rotogravura, flexografia e tipografia) através da história das artes gráficas; ferramentas de edição de imagem; sistemas de acabamento de impressão e o gerenciamento de cores.
Na disciplina de Comunicação Editorial, serão tratados o processo de diagramação das matérias, elementos textuais e imagens, e estruturas visuais de acordo com o público-alvo e objetivo do projeto. No capítulo correspondente, serão explanadas as etapas do processo de construção da revista, considerando na sua elaboração as seguintes necessidades: reconhecer e utilizar os elementos de composição; a correta diagramação; a construção do símbolo e do logotipo da revista; a tipografia e tamanho utilizados.
Sobre a disciplina Computação e Modelagem 3D, iremos discutir o processo da criaçãoda mascote no software de modelagem, além do objeto modelado e utilizado em um dos anúncios da revista.
Por fim, traremos uma breve amostra da revista, e faremos uma breve definição a respeito de sua importância, elementos e objetivo.
ÉTICA E LEGISLAÇÃO
A ética na área do design gráfico, tem como objetivo, indicar normas e condutas corretas, estas regras na íntegra podem ser encontradas no site da Associação dos Designers Gráficos do Brasil. Falaremos um pouco sobre o conceito de ética em geral e no meio profissional.
ÉTICA E PONTO DE VISTA: Os conflitos entre ética individual e ética grupal e também entre as diversas éticas grupais (sociais) pode ser creditado às diferentes percepções que possuímos da realidade. A existência de diversas línguas e culturas está alinhada à multiplicidade de valores que a humanidade desenvolveu nas diversas latitudes. Caso levássemos em consideração apenas as diferenças deveríamos admitir a impossibilidade do estabelecimento de valores éticos universais. Ocorre que quando nos debruçamos sobre os estudos antropológicos, encontramos em culturas separadas por tempo e espaço uma série de traços comuns, então reanimamos a tese de uma ética universal.
ÉTICA PROFISSIONAL: Um dos desdobramentos contemporâneos da questão ética são os códigos de ética estabelecidos pelas diversas categorias profissionais. Médicos, advogados, psicólogos, jornalistas, entre outros, possuem códigos estabelecidos por suas respectivas entidades de classe e referendados em assembléias. Estes mecanismos servem como reguladores da profissão, e o profissional que rompe com os preceitos do código pode ter seu registro cassado, sendo impedido legalmente de exercer a profissão. Este mecanismo só é válido para as profissões reconhecidas e que possuam seus respectivos códigos.
ÉTICA EMPRESARIAL: Tema muito atual é a responsabilidade social empresarial. Esta se refere aos compromissos que as empresas devem assumir com o desenvolvimento sustentado de suas comunidades. Compreende as práticas ambientais, filantrópicas, educacionais e culturais, bem como a relação das empresas com instituições públicas, concorrentes e consumidores.
ÉTICA E MORAL: Durante a construção dos conceitos de ética e moral, vários teóricos passaram a ins-tituir algumas diferenças entre ambos, que podem ser resumidas nos seguintes tópicos:
1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas;
2. Ética é permanente, moral é temporal;
3. Ética é universal, moral é cultural; 
4. Ética é regra, moral é conduta da regra;
5. Ética é teoria, moral é prática.
Durante a construção dos conceitos de ética e moral, vários teóricos passaram a instituir algumas diferenças entre ambos, que podem ser resumidas nos seguintes tópicos: 
 1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas; 
 2. Ética é permanente, moral é temporal; 
 3. Ética é universal, moral é cultural; 
 4. Ética é regra, moral é conduta da regra; 
 5. Ética é teoria, moral é prática.
 Qual a diferença entre moral, imoral e amoral?
Amoral é uma pessoa que não pode decidir, escolher e julgar. Exemplos: menor de idade, um idoso com alzheimer, uma pessoa considerada demente socialmente, ou seja, aquelas pessoas cuja lei considera INCAPAZES PARA EXERCER OS ATOS DA VIDA CIVIL. Por não terem condiçoes de decidir, de julgar as questoes da vida (quero, posso e devo).
Imoral: é a pratica de condutas contrarias aos ditames eticos sociais;
Moral: é a pratica de uma ÉTICA. E assim podemos dizer que ética é a concepção de um principio e a moral é a pratica deste princÍpio. 
ÉTICA SOCIAL - AS SOCIEDADES: FAMÍLIA, EMPRESA, NAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO
ETICA X FAMÍLIA: As primeiras liçoes éticas aprendemos dentro do ambito familiar. É no ambito familiar que recebemos os conceitos que irão formar a base de comportamentos morais do ser humano, recebe os principios guias para sua vida;
ÉTICA X RELIGIÃO: A ética decorreu da religião, porque ela define desde sua origem o certo e o errado. Ser ético não tem relação com o não fazer algo e sim com praticar condutas positivas.
ÉTICA DENTRO DOS SISTEMAS ECONOMICOS: CAPITALISMO X SOCIALISMO 
Capitalismo estabelece uma economia de mercado através do jogo entre a oferta e a procura existindo duas classes sociais: a burguesia que é a detentora dos meios de produção e a classe proletariada (que troca sua força de trabalho por $$$). Aqui encontramos valorações e principios éticos interpretados de forma diferenciada para cada classe. Apesar das normas constitucionais preverem que todos são iguais perante a lei. Socialismo estabelece que os meios de produção são de propriedade estatal e o governo é o responsavel por atenter as necessidades sociais. Teoricamente aqui encontramos uma ÉTICA mais equilibrada onde todos sao iguais e devem receber o mesmo tratamento 
ÉTICA SOCIAL – NAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO 
Nação: é a reunião de pessoas, geralmente do mesmo grupo etnico e que tem os mesmos costumes, igual religião, tradições e consciência nacional;
Globalização: É um processo de integração econômico, social e político originado por um fenômeno decorre da necessidade da dinamica do capitalismo que busca a expansão de novos mercados na busca do lucro. Na globalização ocorre uma aglomeração nações e surgem grandes conflitos. 
Depois de todos esses conceitos, separamos alguns dos principais artigos do Código de Ética do Profissional do Design Gráfico:
Artigo 6º - O Designer Gráfico, em relação aos colegas, deve empenhar-se em: 
5. Em busca de oportunidade de trabalho, o Designer Gráfico deve apoiar a concorrência íntegra e transparente, baseada no mérito do profissional e de sua proposta de trabalho; 
7. Não se aproveitar, nem concorrer para que se aproveite de ideias, planos ou projetos de autoria de outros profissionais, sem a necessária citação ou autorização expressa destes; 
12. O Designer Gráfico não deve reivindicar ter crédito sozinho em um projeto onde outros Designers Gráficos colaboraram. 
Artigo 8º - O Designer Gráfico, em relação a seus clientes e empregadores, deve: 
1. Oferecer-lhes o melhor de sua capacidade Técnica e Profissional, procurando contribuir para a obtenção de máximos benefícios em decorrência de seu trabalho; 
3. Considerar como sigilosa e confidencial toda informação que souber em razão de suas funções, não as divulgando sem o consentimento dos clientes e/ou empregadores; 
5. O Designer Gráfico não deverá aceitar instruções do cliente que impliquem infração contra os direitos próprios de outras pessoas ou conscientemente, agir de maneira a acarretar alguma infração.
Artigo 9º - O Designer Gráfico, em relação ao setor público, deve: 
1. Interessar-se pelo bem público com sua capacidade para esse fim, subordinando seu interesse particular ao da sociedade; 
3. Contribuir para uma utilização racional dos recursos materiais e humanos, visando o estabelecimento de melhores condições sociais e ambientais.
3. COMUNICAÇÃO EDITORIAL
A comunicação editorial é o conjunto de atividades envolvidas na edição e na publicação de obras impressas ou eletrônicas. O profissional de produção editorial coordena a edição de livros, revistas, catálogos, manuais, folhetos, websites e produtos interativos (na mídia eletrônica, CDs, vídeos e filmes, TV, cinema e rádio). Com visão ampla do negócio, é ele quem seleciona os títulos que serão publicados e define com o autor o conteúdo e a forma da obra. Determina também o tipo e o tamanho das letras, o papel e as cores, a paginação e as fotos ou ilustrações. Estabelece a tiragem, a periodicidade, a época de lançamento e a distribuição da publicação. Para isso, supervisiona todo o processo de produção, controla prazos e orçamentos.
Explicado isso, começaremos a detalhar os elementos do processo de produção da revista Design Inside. Depois de definido o tema da revista, realizamos uma pauta com os assuntos que entrariam no exemplar em hierarquia. É a diretriz para o rough¹. A partir dele, devemosdar continuidade e coerência à leitura. 
O produto editorial é um objeto para ser manipulado e lido. Sua forma física deve ser pensada de acordo com o uso. O ato de folhear dá um caráter tridimensional a ele. Sobre os textos e matérias, elas devem ser autocontidas: começa e termina em uma dupla. Não esquecer que as matérias, embora diferentes, pertencem à um todo: a publicação. E esta contém um projeto gráfico. Além disso, deve ser feito um cálculo para determinar quantas linhas são necessárias para compor os textos escritos pela redação. Nesta parte, entra a diagramação, onde os roughs produzidos são transformados nas páginas da revista. Lembrando que deve existir harmonia entre os elementos visuais e textuais, e o público-alvo da publicação.
Em uma publicação, não basta que as informações estejam corretas, também é importante “vestí-las” com os atrativos visuais que ela merece. A seguir, vamos explicar os tópicos principais da composição de uma revista:
CAPA: é um elemento de marketing. Deve deixar clara a intenção do produto e aguçar a curiosidade do leitor. Além disso, ela destaca a manchete e sintetiza o conteúdo jornalístico daquele projeto gráfico, que são as chamadas matérias secundárias. Apresenta também o logo da revista, que será a identidade daquele produto nas próximas edições. 
¹ Rough: rascunho, dá apoio e entendimento para a sequência horizontal.
SUMÁRIO: organiza e indica em quais páginas o leitor encontra a matéria que gostaria de ler. 
EDITORIAL: Editorial é um artigo publicado na imprensa, ou seja, jornais, revistas ou sites e que possui conteúdo opinativo. O ponto de vista pode ser da empresa (veículo de comunicação) ou da redação (editor, colunistas) sem ter que cumprir com a obrigação jornalística de imparcialidade. Como em qualquer matéria publicada, o editorial também possui o objetivo de informar, contudo não possui a obrigação de ser neutro ou indiferente, já que expressa a visão do autor sobre o assunto narrado. Em suma, o texto do editorial é dissertativo, crítico e informativo, porque desenvolve argumentos, expõe opiniões e relata um acontecimento, e estes pontos de vista se encarregam de transmitir aos leitores a interpretação dos fatos ocorridos.
EXPEDIENTE: listagem da equipe da redação (pelo menos a direção, as chefias e as editorias), dados de tiragem e circulação, mais endereços e telefones para contato, assinaturas, números atrasados etc.
PÁGINAS: cada uma deve ter características próprias, mas elas devem ter uma identidade visual. Guiar naturalmente o leitor na sequência das matérias é um dos papéis do diagramador. O leitor cria um vínculo com o estilo da revista e facilita a aceitação por parte dele. A diagramação de três colunas é a mais comum nas revistas, pois proporciona um visual mais eficiente, e o texto fica enquadrado numa largura quase perfeita em termos de legibilidade. A diagramação de quatro colunas perde a vantagem de sua largura comportar um volume menor de toques de linha. 
ESPAÇO EM BRANCO: a legibilidade e o destaque de uma composição gráfica dependem da quantidade de branco que os cerca. Muitas vezes, uma composição de corpo menor entrelinhada é preferível a outra de corpo maior sem entrelinha.
PÁGINAS CENTRAIS: geralmente é vendida para publicidade ou indicado para matéria de destaque.
TIPOLOGIA: conjuntos de tipos e fontes que compõem a diagramação. A escolha dos tipos é uma decisão importante. 
TÍTULO: é o chamariz. Seu tamanho é maior, e pode ser considerado desenho. A tipologia e forma podem ser mais bonitas e/ou diferentes das ilustrações.
SUBTÍTULO: tem como função ajudar o título.
OLHO: dá uma pista daquilo que será abordado na matéria.
LEAD: primeiro parágrafo. Esclarece o que virá no restante da matéria.
LEGENDA: traz informações complementares. A função é esclarecer e não repetir o que já foi dito na matéria. 
BOX: mais um elemento que auxilia o entendimento do texto. Ele pode ter conteúdos que explicam melhor o assunto principal ou informações paralelas. Recebe um tratamento especial para não se misturar com o resto da página. 
ICONOGRAFIA: é o conjunto de imagens de uma publicação, tais como: fotos, gráficos e desenhos. Através dela se cria uma harmonia na sequência apresentada ao leitor. 
4. PRODUÇÃO GRÁFICA
Para atingir o equilíbrio entre técnica e talento, o designer e/ou o produtor gráfico deve ter em mente algumas questões importantes. Princípios básicos que devem ser questionados, talvez, em sua primeira visita ao cliente. Junto a ele, obtendo todas as informações possíveis, será definido o caminho a ser tomado já no primeiro layout. O impacto dessas questões será sentido em todas as fases do projeto gráfico, da criação ao pós-venda. Iniciamos então o resultado de nosso estudo de caso:
Qual a intenção do impresso? Saber qual a intenção do impresso é parte importantíssima do processo de criação. E este tipo de informação é obtido junto ao cliente. Não é você quem decide sobre a utilização final do impresso. Conhecer o objetivo da peça gráfica junto a seu cliente vai ajudar a definir níveis de qualidade e custo, prazo e quantidades adequadas. Paralelamente, certas questões técnicas se apresentam. Assim, partes da estrutura do produto vão se definindo. Portanto, nossa revista tem o objetivo de informar.
Quem é seu público? Saber quem vai consumir o impresso é fator decisivo para caracterizar suas necessidades. A escolha de fontes, da cor do papel, do número de cores de impressão e do formato. Obter essa informação junto ao cliente pode evitar surpresas desagradáveis, além de fortalecer sua relação com o cliente. Por se tratar de um público alvo específico (estudantes e profissionais da área do Design Gráfico) tornamos as matérias chamativas de modo a influenciar pessoas que não são dessa área a se interessar pelo conteúdo apresentado.
O que deve conter seu projeto? Fotos e textos, entrevistas, fotos com legendas, e com certeza muitos infográficos. Trabalhamos com conteúdo visual o tempo todo, então não poderia faltar nenhum desses elementos. A partir dela podemos realizar a definição da estrutura, formato, escolha do papel e número de cores de impressão. 
Como o produto será apresentado? Desde a fase inicial, você tem, graças a informações e necessidades do cliente, uma ideia de como será seu produto. Sóbrio, informal, agressivo, impactante, discreto, chamativo. Perceba que são adjetivos que podem muito bem ser atribuídos a uma pessoa. Seu cliente, por exemplo. A peça gráfica oferece produtos, serviços ou ambos? 
Para o projeto impresso foi utilizado o papel couchê: gramatura 210g com laminação brilho na frente para confecção da capa; e couchê fosco gramatura 115g nas páginas internas, dando um acabamento elegante, além de proporcionar uma melhor resistência para a composição gráfica. A escolha do papel foi feita de modo a não prejudicar a leitura, visto que muitas revistas, por ter tiragem grande, acabam utilizando um papel de menor gramatura para baratear os custos de impressão, tendo como resultado os textos aparentes na parte de trás de cada folha.
Figura 1: Principais softwares utilizados na execução do projeto
Dentro da produção foi necessário à utilização dos softwares Corel Draw e Adobe Illustrator para vetorização, Gimp para tratamento de imagens, Adobe Indesign para toda a diagramação, 3D Max para o desenvolvimento do mascote 3D e execução de um anúncio. Para manter os materiais pesquisados e todo o andamento do projeto em ordem, utilizamos o site Todoist, uma ferramenta que possibilita a listagem de tarefas e verificação dos processos concluídos e em aberto.
5. COMPUTAÇÃO 3D E MODELAMENTO
A área de modelagem 3D foi parte crucial para a composição dentro do projeto da revista, os conhecimentos adquiridos foram aplicados para produção da mascote, e por sua vez usado em nosso logotipo. Para alcançar o resultado final, foi preciso um brainstorm para gerar alguns concept arts. O conceito de criação foi gerado a partir de três elementos: 
LAMPADA:fazendo referência às ideias que os profissionais de Design têm
OLHO: para dar um toque humano ao personagem, fazendo referência também ao principal tipo de comunicação que o profissional da área vai lidar, a visual.
LETRA D: D de Design, mas olhando a 90º temos a impressão da bulba de uma lâmpada.
Figura 2: Conceito do Símbolo Revista Design Inside
A seguir, temos alguns sketchs da primeira versão: 
 Figura 3: Primeiros esboços do logo da Revista Design Inside
Figura 4: Primeiros esboços do personagem Figura 5: Personagem finalizado em vetor
A partir do personagem vetorizado, partimos para o software de modelagem 3DMax. A estrutura base foi a partir de uma esfera, e usando a técnica Poly By Poly, achatamos a base, para que tomasse forma de uma lâmpada. A estrutura abaixo da esfera foi construída a partir de um cilindro, porém com um número mais alto que o comum de edges para que todos os detalhes fossem moldados de forma que trouxesse uma maior fluidez para a peça. E para finalizar aplicamos o modificador TurboSmooth, que suaviza a malha, deixando partes (quinas e cantos) do objeto com suavização mais alongada (no caso de objetos mais arredondados).
 
 Figura 6: Print do modelo 3D em desenvolvimento no software
Com a estrutura pronta, deu-se inicio à texturização. Utilizando o programa Corel Draw, criamos uma base aberta onde foram desenhados os olhos, e determinada a cor padrão do personagem. Partindo deste ponto aplicamos a textura no personagem, e usando a ferramenta modificadora UVW Map, conseguimos rotacionar a textura, até o ponto que os olhos ficassem no local correto. Finalizando o projeto renderizamos através do vray scanner e criamos no photoshop um contexto para a apresentação do personagem.
 Figura 7: Personagem 3D em peça finalizada no Adobe Photoshop
Outro uso do 3D no projeto editorial foi a produção de uma peça publicitária utilizando um objeto 3D, e nós escolhemos modelar a lata do energético RedBull. A técnica utilizada foi a modelagem ‘in line’ que possibilita a perfeita simetria e uma forma rápida de editar caso necessário.
 Figura 8: Protótipo 3D da lata de Redbull
Após a finalização da modelagem partimos para a texturização, onde utilizando o Corel Draw montamos todo layout da embalagem, seguindo o padrão da marca.
Figura 9: Peça 3d finalizada com a textura metálica e rótulo
A peça publicitária seguiu o padrão do que já é apresentado, com seu estilo que remete a desenho com caneta. Também inserimos elementos como as asas da borboleta por representarem a imaginação, contextualizando com o slogan.
 Figura 10: Anúncio produzido com o elemento 3D
6. PESQUISA DAS REFERÊNCIAS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DA REVISTA
Para o início do projeto, foi necessário pensar qual seria o público-alvo, para que a revista tivesse conteúdo direcionado a ele. Após isso, foi decidido o tema, e quais matérias seriam abordadas. Dentre este processo da construção do projeto, foi fundamental a pesquisa de referências que já possuem circulação, para analisar a diagramação, os tipos de matérias e como o público consumia a revista. Escolhemos algumas das principais revistas sobre Design Gráfico existentes no Brasil: Zupi, Computer Arts Brasil e Abc Design.
Figura 11: Da esquerda para a direita: Computer Arts Brasil, Zupi e Abc Design.
7. PROJETO EDITORIAL 
O projeto editorial de uma publicação é um documento que descreve detalhadamente as características, o conteúdo e o seu plano geral de funcionamento. O Projeto Editorial (de um periódico, de um livro, de um site) é um patrimônio institucional da instituição que o publica. Serve para planejar detalhadamente os rumos desse canal de comunicação com o público do ponto de vista editorial e, por isso mesmo, ajuda a manter a sua qualidade ao longo do tempo. Funciona mais ou menos como a planta de uma casa a ser construída, planejada de acordo com as características da família que nela vai morar. Sem a descrição de um projeto editorial, o canal de comunicação perde consistência, coerência e permanência na memória do cliente, pois seus diversos elementos (seções, conteúdos) ficam desconectados. Sem o projeto editorial, há um grande risco de o produto modificar-se ao longo do tempo à revelia de um planejamento, tomando rumos não desejados pela instituição detentora da obra. Os rumos do veículo, no caso de um periódico ou site, podem se alterar ao longo do tempo sem que a instituição se dê conta disso ou até mesmo sem que deseje as mudanças.
O Projeto Editorial é um documento que serve para que os membros da equipe da instituição tomem conhecimento de qual é o seu objetivo e quais são as metas para o cumprimento de cada etapa de trabalho. Ele traz um conjunto de normas a serem seguidas para aquele produto editorial. Assim, mesmo com a mudança da equipe, substituição de editores ou dirigentes, o fluxo de trabalho permanece.
A documentação do Projeto Editorial é também uma maneira de oficializar e reconhecer adequadamente o trabalho do editor, que serve como consultor para a montagem do novo veículo, coordena o trabalho da equipe (de programadores, de outros redatores, de fotógrafos), trabalha em conjunto com os designers gráficos, e investe seu tempo no planejamento de todo o trabalho: seu, e de outros profissionais envolvidos. O editor realiza, por meio da confecção do Projeto Editorial, a programação do trabalho a ser realizado em consonância com os objetivos e expectativas do cliente. No caso de periódicos científicos, o editor-chefe tem a função primordial de selecionar o conteúdo a ser publicado em cada edição, e o editor assistente ou associado precisa auxiliá-lo cumprindo normas e procedimentos previamente descritos num Projeto Editorial. O Projeto Editorial deve conter:
– Qual o objetivo/missão do produto/empresa: 
– Qual o título e ISBN ou ISSN
– Quais são as seções (ou capítulos) e conteúdos do veículo (jornal, revista, portal na internet, livro, periódico científico) e a que se destinam
– Qual a periodicidade mínima e máxima da publicação no caso de periódicos (jornal, revista, página na internet)
– Como devem ser formatados os elementos componentes (qual a linguagem do texto? Qual sua extensão mínima e máxima?)
– Como serão usadas imagens (fotografias, ilustrações), em que situações, de que maneira, e como será produzido esse material
– No caso de livro, quem são os autores
– De onde vêm e como são obtidos os textos de colaboradores externos
– No caso de periódico científico, quais são os critérios de autoria, ou seja, o que faz de um autor realmente um autor e não um colaborador
– As responsabilidades de cada membro da equipe (ou conselhos)
– Qual o prazo mínimo e máximo para execução de cada tarefa e qual o cronograma do primeiro número.
REVISTA DESIGN INSIDE
 
Considerações Finais
O objetivo deste projeto foi concretizar o que nos foi proposto a fim de ampliar nossos conhecimentos em diversos ramos da área de design gráfico. Acredita-se que ao fim do projeto, qualquer indivíduo que possa a se interessar na produção de uma revista tenha um ponto de partida. Porém é um trabalho complicado, que exige muita atenção e conhecimento dos elementos; é fundamental se atentar aos mínimos detalhes de todo o processo descrito acima.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Srour, R.S. Ética empresarial, o ciclo virtuoso dos negócios. São Paulo, Elsevier, 2008.
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PEDROSA, ISRAEL. Da cor a cor inexistente: RJ. Leo Christiano Editorial Uda, 1999. 
TISKI-FRANCKOWIAK, Irene T. Homem comunicação e cor. 3. ed. Sao Paulo: Icone, 1997.
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HORIE, Ricardo Minoru; PEREIRA, trezentas superdicas de editorat;;8o design e artes grilficas. 2. ed. Sao Paulo: SENAC, 2001.
MARTINS, Wilson. A Palavra Escrita. Sao Paulo: editora Atica, 1998 
MIRANDA, Oswaldo, David Carson. Grafica. Curitiba, n.49, jan/fev. 1999 
NETTO, J. Teixeira Coelho. Semi6tica, Informat;;80 e ComuniCat;;8o. Sao Paulo: Editora Perspectiva, 2001.
ANEXOS
Conheça o site que permite que você crie sua própria fonte
Texto por Rafael Machado – Escrito em 06/06/2017
Design Culture
Se você é um daqueles criativos que amam tipografia, provavelmente já conhece ou, pelo menos, já ouviu falar do Prototypo. Se ainda não ouviu, não tem problema, a gente apresenta para você.
O site foi lançado em 2014, e desde então tem atraído (e ajudado) muitos criadores, já que ele permite que você crie sozinho sua própria fonte, mesmo que não tenha lá toda essa experiência. Ele ainda permite que você a visualize na hora, fazendo os ajustes necessários onde quiser. Tudo isso em muito pouco tempo. Legal, né? O site foi composto por designers e desenvolvedores durante alguns anos, passando por erros e acertos até chegarem ao produto final.
Apesar de ser pago, o Prototypo permite criar uma primeira fonte de forma gratuita.
Disponível em: https://www.prototypo.io/index.html 
Matéria disponível em: http://designculture.com.br/conheca-o-site-que-permite-que-voce-crie-sua-propria-fonte/

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