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�PAGE �3� POLÍCIA PENAL: UMA NOVA POLÍCIA BRASILEIRA Rio de Janeiro – RJ Outubro, 2017 � Introdução Esta pesquisa pretende mostrar que o Agente de Execução Prisional executa todas as tarefas equiparadas a um agente policial, através de funções da carreira conforme concepções apresentadas por estatuto da classe. Entretanto, articula-se o conceito de que o Agente prisional não se enquadrado no rol dos membros da Segurança Pública do Brasil expressos na Constituição Federal de 1988, com o conceito de que pratica todas as funções de polícia, mas não se enquadra como o mesmo perante a legislação federal. A rotina deste operante de segurança pública é realizada nas cadeias, penitenciárias, colônias agrícolas, casas de albergados e ambulatórios. Os estabelecimentos penais são separados de acordo com a pena que o detento irá cumprir. É de sua função fazer com que se executem as assistências destinadas aos presos, que são elas: material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa. Além disso, os Agentes prisionais são de sua função a realização de diversas escoltas rotineiras, mas não possuem o aparato de poder de polícia se caso fizer a identificação de um indivíduo suspeito no trajeto e encontre preciso abordar tal pessoa. Tal projeto de Emenda Constitucional vem para que o profissional de Execução Penal possa realizar seu trabalho de forma mais segura e eficiente, assegurando o devido poder de polícia nos seus atos praticados dentro e fora do estabelecimento penal. O objetivo do trabalho é debater o processo da Emenda Constitucional e a falta de recursos que os profissionais enfrentam nas atividades e funções. Portanto, oque pode ser discutido como problema de pesquisa que pretende ser solucionada à finalização que paira sobre a questão: Quais benefícios trarão o Projeto de Emenda Constitucional que visa garantir a atividade policial para os Agentes? Pesquisas foram feitas observando a evolução histórica do sistema penal, os carcereiros do passado, perfil do Agente Penitenciário, o sistema penitenciário no Brasil, a criação da polícia penal no contexto da segurança pública no Brasil. Apontam-se os resultados a partir de ideias que o caos no sistema penitenciário está em uma proporção nacional, dando ênfase nesse projeto parlamentar é possível que as mazelas e contradições sociais possam ser convertidas e solucionadas gradativamente. Justificativa: Com a aprovação do Projeto de Emenda a Constituição Federal, cria-se a Polícia Penal, tendo o sistema de administração prisional o poder e dever de contribuir para a contenção criminal e para a reinserção social, não devendo constituir-se, ainda que minimamente, em vetor de insegurança social. E o Estado brasileiro é o principal responsável pela instalação das condições e do ambiente favorável que irá permitir a redução de vulnerabilidade no contexto social. Aconteceria uma melhoria no sistema penitenciário, a proposta qualificaria o agente penitenciário e possibilita que se libere a Polícia Militar para voltar às ruas, pois ela tem de fazer a segurança externa dos presídios e até mesmo a segurança interna, em se tratando de crimes cometidos no interior dos estabelecimentos penais... Possibilitaria a investigação, mas não se sabe ainda se teria o aparato de abrir inquérito polícia que tinha na PEC 308, mas retirado por enquanto na PEC 14, deixando a Polícia Civil sem essa função. Em alguns Estados a condução do preso para delegacia ou fórum é feita ou pela PC ou PM, então os Agente assumiriam mais essa atividade de sua carreira. Importância social, econômica, profissional, ambiental e científica da pesquisa. Considerar a importância de resolver o problema da pesquisa. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo apresentar a tramitação do projeto de transformar o Agente de Execução Penal em Polícia Penal, dando Poder de Polícia em escoltas e guardas penitenciárias. Mostrar que o reconhecimento da classe diante da Constituição Federal proporciona atividades da função como escolta de presos que é executada pela Polícia Militar e Polícia Civil, investigações, e também, proporcionar a investigação policial nos crimes cometidos dentro de estabelecimento penal. Com a constitucionalização da Polícia Penal como atividade de segurança pública, o Agente Penitenciário passa a não precisar mais fazer lutas isoladas para garantir aquilo que todas as polícias têm, como que já tiveram que fazer que foi a luta pelo porte de arma e da lei que torna hediondo os crimes praticados contra servidores da segurança pública e contra agentes. O trabalho penitenciário exerce papel primordial no combate à criminalidade por estar diretamente em contato com os presos, por saber como mantê-los disciplinados e fazer com que cumpram suas penas de forma a serem verdadeiramente reinseridos na sociedade. Os Agentes Penitenciários são parte fundamental da engrenagem do combate ao crime, à proteção da população brasileira e, concomitante, do comprimento da legislação penal. Por isso é necessário à aprovação da Emenda para a classe e sociedade, fazer avançar no Senado e transformar em realidade as demandas da categoria por mais direitos. Procedimentos Metodológicos: Sobre o método de pesquisa empreendido Lakatos e Marconi (1996, p.15) definem que “Pesquisar não é apenas procurar a verdade; é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos”, através desta ótica é possível notar que a pesquisa é algo mais amplo do que se imagina em um primeiro momento. Segundo Santos e Candeloro (2006) existem duas naturezas diferentes para um pesquisa metodológica, são elas, qualitativa e quantitativa. Sendo assim: A pesquisa de natureza qualitativa é aquela que permite que o acadêmico levante dados subjetivos, bem como outros níveis de consciência da população estudada, a partir de depoimentos dos entrevistados, ou seja, informações pertinentes ao universo a ser sistêmica, de significações e de contexto cultural. [...] A pesquisa qualitativa é a que tem o objetivo de mensurar algumas variáveis, transformando os dados alcançados em ilustrações com tabelas, quadros, gráficos ou figuras. [...] Em geral, o instrumento de levantamento de dados mais adequados a este tipo de pesquisa é o questionário, em que questões fechadas correspondem a respostas codificadas. (SANTOS E CANDELORO, 2006, p.71-72) A natureza escolhida para realização deste trabalho é a qualitativa, buscando assim, levantar todas as informações teóricas a fim de se chegar à conclusão, utilizando-se de abordagem exploratória por meio de pesquisa do tipo bibliográfica para colher e avaliar os dados, as pesquisas bibliográficas podem ser através de obras ou artigos científicos. (GIL, 2008). Além disso, é importante dizer que existe também forma de pesquisa descritiva. Na pesquisa descritiva realiza-se o estudo, a análise, o registo e a interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador tendo a finalidade de observar, registrar e analisar os fenômenos ou sistemas técnicos, sem entrar no mérito dos conteúdos. Ainda sim, apresentam-se informações coletadas de fontes primárias, que correspondem e são disseminados exatamente na forma com que são produzidos por seus autores. (PINHEIRO, 2006). Abordam o pensamento original, reportam descobertas ou compartilham novas informações. E também, algumas informações de fontes secundárias que são interpretações de avaliações de fontes primárias, segundo JCU (PRIMARY,2006). Autores e Livros Básicos no Tema Sendo um assunto de natureza parlamentar em tramitação no Congresso Nacional, é possível apresentar o Projeto de Emenda a Constituição de número 14/2016 como fonte deste trabalho, o relator é o Senador Cássio que acrescenta os Agentes Penitenciários no rol de sistema de segurança pública brasileiro. Aborda-se também a lei 7.210/1984 Lei de Execução Penal que menciona as atividades do Departamento PenitenciárioFederal e aspectos da execução da pena. Do site politize foi retirado informações do processo de como é realizado o Projeto de Emenda a Constituição. Já no site newsrondonia foi possível retirar entrevistas feitas a parlamentares que aprovavam a Emenda. No blogdosagentes fala da criação da Polícia Penal, benefícios. Foi também utilizado a lei da carreira dos agentes penitenciários de Minas Gerais e o Regulamento do Curso de Formação de Agentes Penitenciários do Ceará para abordar funções e matérias abordadas na formação. Além disso, mostra entrevistas e reportagens com a pastoral carcerária, que opta pela criação de duas categorias profissionais: primeira categoria responsável pela segurança e disciplina interna, com proibição do porte de arma; a segunda, a categoria de guarda de polícia penitenciária armada, destinada exclusivamente ao serviço de segurança externa, nas muralhas guaritas e escoltas. Somente esta segunda categoria seria destinada a nomenclatura de Polícia Penitenciária. Aborda também que não é preciso que os agente penitenciários façam parte da segurança pública. Já em entrevista cedida a Gazeta do Povo o professor de Direito Penal da Universidade de São Paulo(USP) Pierpaolo Bottini diz que a proposta cria uma confusão entre as atribuições dos poderes Judiciário e Executivo. Pois, o Poder Judiciário tem a função de julgar, decidir. A polícia é Poder Executivo e tem função de executar ordens, investigar e atuar na prevenção. A PEC confunde as atribuições. Bottini diz que uma divisão interna da própria Polícia Civil seria uma divisão interna de competências. Defendendo a tramitação da PEC o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) em entrevista cedida a Gazeta do Povo diz que a proposta qualifica o agente penitenciário e possibilita que se libere a Polícia Militar para voltar às ruas, pois hije ela tem de fazer a segurança externa dos presídios. Para o Sindarspen a aprovação da PEC 14/2016 é uma grande conquista para categoria. Quando uma atividade consta da Constituição Federal, ela se torna imprescindível para o país, afastando riscos como o terceirização, por exemplo. Além disso a PEC 14 liga a Polícia Penal à segurança Pública. Com isso, caberá aos governos estaduais a obrigatoriedade de fazer a regulamentação de suas Polícias Penais, com seus regimentos próprios (como a PM), bem seus planos de carreira. O atual tema do trabalho que é a PEC 14 encontra-se em tramitação no Senado. No dia 13 de Setembro de 2017 foi aprovado no Senado em primeiro turno o projeto, ficando os profissionais Penitenciários mais próximos de serem enquadrados como policiais. No dia 21 de Setembro de 2017 ocorreu a primeira sessão de discussão em segundo turno. Já no dia 27 de Setembro de 2017 teve a segunda sessão de discussão em segundo turno da PEC, enfim no dia 28 de Setembro de 2017 o Projeto passou pela terceira e última sessão de discussão. No presente momento consta na pauta do Plenário do Senado da próxima semana a proposta da PEC 14. Passando pelo segundo tudo será encaminhado para a Câmara dos Deputados que será votada em dois turnos e precisamente necessita de 3/5 (três quintos) por volta de 308 deputados dando o voto favorável. A pesquisa foi formulada de forma qualitativa que busca levantar todas as informações teóricas a fim de se chegar à conclusão. Cronograma de Execução do TCC FASES PROGRAMAÇÃO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO ATIVIDADES 1º 2º 3º 4º 1º FASE PESQUISA DE DADOS RELIZANDO TERMINADO A PESQUISA DE DADOS 2º FASE ANÁLISE DE DADOS COMEÇANDO A ANÁLISE DE DADOS TERMINANDO A ANÁLISE DE DADOS 3º FASE REDAÇÃO DO TCC/REVISÃO GRAMATICAL/REGRAS ABNT REVISÃO DO TCC 4º FASE ENTREGA DO TCC PRONTO ENTREGA DO TCC Referências A PEC 308/2004, que cria a Polícia Penal federal e estaduais, foi a mais votada pelos participantes da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg). Disponível em: http://www.sindspem-ma.com.br/index.php?. Acesso em 05.ago.2017 Anderson do SINGEPERON destaca votação favorável à PEC 14, que cria Polícia Penal. Disponível em: http://www.newsrondonia.com.br/noticias/anderson+do+singeperon+destaca+votacao+favoravel+a+pec+14+que+cria+policia+penal/98031. Acesso em. 17.jul.2017 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 01.ago.2017 BRASIL. Lei n. º 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário Oficial. Brasília, 11 de julho de 1984. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm. Acesso em: 25.jul.2017. BRASIL. Lei nº 10.693, de 25 de Junho de 2003. Regula a criação da Carreira de Agente Penitenciário Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.693.htm. Acesso em 10.jul.2017 Carcereiro Policial. 25 de Fevereiro de 2016. Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carcereiro_policial Acesso em: 25.jul.2017 Execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. GIL, A. L. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2008. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 1996. NASCIMENTO, I.A. Função Retributiva e educativa da pena. 2003.70f. Monografia (Bacharel em Direito) – Faculdades Integradas “Antônio Eufrásio de Toledo”, presidente prudente 2003. Para que criar uma Polícia Penal no País? Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/para-que-criar-uma-policia-penal-no-pais-4cr2jt7zvp2lu91kmmbrdwpqm. Acesso em: 09.jul.2017. PEC14/16 que cria POLÍCIA PENAL é aprovada no CCJ e vai para o Plenário. Disponível em: http://blogdosagentes.blogspot.com.br/2017/05/pec-1416-que-cria-policia-penal-e.html. Acesso em 15.jul.2017
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