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0 FACULDADE PITÁGORAS/CAMPUS IPATINGA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DETERMINAÇÃO DO MODULO DE YOUNG PARA BARRAS CHATAS Isael Henrique John Norman Maciel Fernando Garcia Pedro Paulo Carvalhais Tiago Barros Gonçalves Wilson José Cândido Turma A/5ºperiodo IPATINGA/MG NOVEMBRO/2017 1 FACULDADE PITÁGORAS/CAMPUS IPATINGA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DETERMINAÇÃO DO MODULO DE YOUNG PARA BARRAS CHATAS Isael Henrique John Norman Maciel Fernando Garcia Pedro Paulo Carvalhais Tiago Barros Gonçalves Wilson José Cândido Relatório técnico-científico N˚01 Apresentado na discip. de Resistência dos Materiais na Faculdade Pitágoras Ipatinga. Prof. Carmos Antônio Gandra IPATINGA/MG NOVEMBRO/2017 2 RESUMO Neste relatório técnico será evidenciado a determinação de modulo de Young para barras chatas. Será feito teste com 3 materiais diferentes em formato de barras chatas com medidas diferentes, aplicando forças diferentes. Neste experimento, será determinado um valor aproximado para o módulo de Young, uma vez que não será considerado o efeito causado pela mola do medidor de deslocamento sobre a barra. 3 ABSTRACT In this technical report will be evidenced the determination of Young's modulus for flat bars. It will be done test with 3 different materials in format of flat bars with different measures, applying different forces. In this experiment, an approximate value will be determined for the Young's modulus since it will not be considered the effect caused by the spring of the displacement meter on the bar 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5 2 OBJETIVO................................................................................................................6 3 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA...............................................................................7 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.....................................................................10 4.1 Materiais e Ferramentas utilizadas..........................................................10 4.2 Procedimento ............................................................................................11 5 RESULTADO E DISCUSSÕES.............................................................................15 6 CONCLUSÃO........................................................................................................18 7 BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................19 5 1. INTRODUÇÃO O módulo de Young ou módulo de elasticidade é um parâmetro mecânico que proporciona uma medida da rigidez de um material sólido. É um parâmetro fundamental para a engenharia e aplicação de materiais pois está associado com a descrição de várias outras propriedades mecânicas, como por exemplo, a tensão de escoamento, a tensão de ruptura, a variação de temperatura crítica para a propagação de trincas sob a ação de choque térmico, etc. [1][2] É uma propriedade intrínseca dos materiais, dependente da composição química, microestrutura e defeitos (poros e trincas), que pode ser obtida da razão entre a tensão exercida e a deformação sofrida pelo material. Tensão corresponde a uma força ou carga, por unidade de área, aplicada sobre um material, e deformação é a mudança nas dimensões, por unidade da dimensão original. O conjunto Matzenbacher para Módulo de Young é destinado à determinação do módulo de Young para barras de diferentes materiais e dimensões, auxiliando na identificação dos fatores que influenciam na flexão de uma barra apoiada 6 2. OBJETIVO Facilitar o estudo do módulo de elasticidade de diferentes materiais, Determinar a flexão da barra apoiada em função da força aplicada, A flexão da barra apoiada em função do material para a força constante, Determinar o módulo de Young de uma barra chata apoiada. 7 3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para a barra a ser estudada, convencionaremos as seguintes dimensões: L: comprimento (m) b: espessura (m) a: largura (m) A barra (apoiada por dois pontos considerados extremos) ficará submetida a uma força vertical Fy agindo em seu ponto intermediário. Para facilitar o equacionamento, a barra se comporta como se o equipamento estivesse virado (Figura 2), sendo apoiada pelo ponto intermediário e com suas duas extremidades sujeitas a uma força Fy/2, em sentido oposto. Figura 1: Esquema da barra apoiada. A camada superior da barra sofre compressão e a acamada inferior sofre tração, enquanto que a camada central permanece inalterada (fibra neutra). A Figura 2 representa as dimensões da barra antes e após a deformação por flexão. 8 Figura 2: Deformação da barra submetida à flexão. A flexão d, que representa uma deflexão elementar da barra, é expressa por: d = x.d = 2..x/b A força elástica dFx, que produz um alongamento dl é expressa por: dFx/ds = E dl/dx onde: ds = a dy dl = 2..y/b Fazendo as substituições e simplificando: dFx = (2 E a /b dx).y dy Esta força dFx produz um torque dTz calculado como: dTz = y dFx = (2 E a /b dx) y2 dy Integrando-se esta expressão no intervalo de 0 a b/2, obtém-se a soma dos torques Tz: Tz = E a b2/6 dx A soma dos torques produzidos pelas forças elásticas deve ser igual ao torque produzido pela força externa Fy/2: Integrando esta expressão no intervalo de 0 a L/2, obtém-se a deflexão total da barra: = 1/4 (L/b)3.1/a.Fy/E 9 Isolando o módulo de flexão de Young (E): E = 0,25.(L/b)3.(1/a).(Fy/) Onde: E: módulo de Young (Pa) L: comprimento da barra (m) b: espessura da barra (m) a: largura da barra (m) Fy: força aplicada à barra (N) : deflexão sofrida pela barra (m) 10 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1 Materiais e Ferramentas utilizadas 1 painel de múltiplas funções com mesa sustentadora deslizante. 1 tripé universal Delta. 1 medidor de deslocamento com divisão de 0,01 mm. 1 suporte do medidor de deslocamento. 2 suportes móveis. 1 estribo deslizante para acoplamento. 1 gancho longo para acoplamento de carga. 5 massas de 100,00 g. 1 barra chata de aço. 1 barra chata de alumínio. 1 barra chata de latão. 1 paquímetro. 11 4.2 Procedimento Meça e anote a largura e a espessura das barras chatas em estudo na Tabela 1. Tabela 1: Dimensões das barras estudadas Barra Aço Alumínio Latão L a rg u ra ( m ) a1 13,00x10-3 12,80x10-3 12,75x10-3 a2 12,95x10-3 12,65x10-3 12,70x10-3 a3 13,10x10-3 12,65x10-3 12,80x10-3 amédia 13,02x10-3 12,70x10-3 12,75x10-3 E s p e s s u ra ( m ) b1 3,20x10-33,30x10-3 3,30x10-3 b2 3,10x10-3 3,15x10-3 3,20x10-3 b3 3,10x10-3 3,10x10-3 3,25x10-3 bmédia 3,13x10-3 3,18x10-3 3,23x10-3 12 Monte o conjunto conforme a Figura 3, fixando os suportes (A) e (B) sobre as marcas de 50,00 mm e 450,00 mm do painel. Figura 3: Montagem inicial do conjunto. Observe que estando a barra apoiada nas marcas 50,00 mm e 450,00 mm, o comprimento a ser considerado será: L = 400,00 x 10-3 m. Posicione o estribo, juntamente com a haste, no ponto intermediário da barra. Desça manualmente o suporte junto com o medidor de deslocamento, forçando uma leitura inicial (x0) de aproximadamente 4,00 mm. Lembrando da Segunda Lei de Newton e considerando g = 9,80 m/s2, determine a força aplicada (Fy) e complete a segunda coluna das Tabelas 2, 3 e 4. Complete a primeira linha da terceira coluna das Tabelas 2, 3 e 4, com o valor obtido para x0. Adicione as massas, conforme a Figura 6, e complete as demais linhas das Tabelas 2, 3 e 4. 13 Figura 4: Esquema do conjunto parcialmente carregado. Determinação da deformação para cada tipo de material, tabelas 2,3 e 4. Tabela 2: Dados da experiência com a barra de aço Material: Aço Massa (kg) Fy (N) Valor de x (m) Deformação (m) = x0 - xi 0,00 x 10-3 0 x0=5,00x10-3 0 100,00 x 10-3 0,98 x1=4,82x10-3 1,80x10-4 200,00 x 10-3 1,96 x2=4,61x10-3 3,90x10-4 300,00 x 10-3 2,94 x3=4,40x10-3 6,00x10-4 400,00 x 10-3 3,92 x4=4,19x10-3 8,10x10-4 500,00 x 10-3 4,90 x5=3,97x10-3 10,30x10-4 14 Tabela 3: Dados da experiência com a barra de alumínio Material: Alumínio Massa (kg) Fy (N) Valor de x (m) Deformação (m) = x0 - xi 0,00 x 10-3 0 x0=4,00x10-3 0 100,00 x 10-3 0,98 x1=3,53x10-3 4,70x10-4 200,00 x 10-3 1,96 x2=2,92x10-3 10,80x10-4 300,00 x 10-3 2,94 x3=2,31x10-3 16,90x10-4 400,00 x 10-3 3,92 x4=1,71x10-3 22,90x10-4 500,00 x 10-3 4,90 x5=1,03x10-3 28,90x10-4 Tabela 4: Dados da experiência com a barra de latão Material: Latão Massa (kg) Fy (N) Valor de x (m) Deformação (m) = x0 - xi 0,00 x 10-3 0 x0=4,00x10-3 0 100,00 x 10-3 0,98 x1=3,63x10-3 3,70x10-4 200,00 x 10-3 1,96 x2=3,30x10-3 7,00x10-4 300,00 x 10-3 2,94 x3=2,92x10-3 10,80x10-4 400,00 x 10-3 3,92 x4=2,53x10-3 14,70x10-4 500,00 x 10-3 4,90 x5=2,12x10-3 18,80x10-4 15 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Gráfico de dispersão da força deformadora versus deformação (Fy x ) Gráfico 1 – Força versus deformação do Aço. Gráfico 2 – Força versus deformação do Alumínio. y = 4727,3x + 0,0785 0 1 2 3 4 5 6 0,00E+002,00E-044,00E-046,00E-048,00E-041,00E-031,20E-03 Aço Aço Linear (Aço) y = 1669,3x + 0,1075 0 1 2 3 4 5 6 0,00E+00 1,00E-03 2,00E-03 3,00E-03 4,00E-03 Alumínio Alumínio Linear (Alumínio) 16 Gráfico 3 – Força versus deformação do Latão. Módulo de Young (E) da barra de Aço E = 0,25.(L/b)3.(1/a).(Fy/) E=0,25 x (0,45/3,13x10-3)3 x (1/13,02x10-3) x (4,90/10,30x10-4) E=271,37 GPa Módulo de Young (E) da barra de Alumínio E = 0,25.(L/b)3.(1/a).(Fy/) E=0,25 x (0,45/3,18x10-3)3 x (1/12,70x10-3) x (4,90/28,90x10-4) E=94,60 GPa y = 2619,3x + 0,049 0 1 2 3 4 5 6 0,00E+00 5,00E-04 1,00E-03 1,50E-03 2,00E-03 Latão Latão Linear (Latão) 17 Módulo de Young (E) da barra de Latão E = 0,25.(L/b)3.(1/a).(Fy/) E=0,25 x (0,45/3,23x10-3)3 x (1/12,50x10-3) x (4,90/18,80x10-4) E=141 GPa 18 6. CONCLUSÃO Com o desenvolver do experimento foi adquirido conhecimentos sobre elasticidade dos materiais e seus conceitos na pratica. E que cada material tem um coeficiente de elasticidade diferente do outro, pois essa diferença se dá aos diferentes tipos de ligações atômicas, e está diretamente ligada a dureza do material. O módulo de Young é um parâmetro fundamental para a engenharia em geral. 19 7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%B3dulo_de_Young QUALINOX. Ficha Técnica Latão Liga 260. Disponível em: <http://www.qualinox.com.br/ficha-tecnica-latao.htm>. Acesso em: 02 set. 2014.
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