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LIBERDADE PROVISÓRIA E FIANÇA

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LIBERDADE PROVISÓRIA E FIANÇA
Prevista no Artigo 321 do Código de Processo Penal, Lei n° 3.689 de 03 de outubro de 1941, a Liberdade Provisória é o ato de colocar o sujeito em liberdade, quando não há os requisitos necessários para decretar a prisão preventiva, e caso seja necessário impor medidas cautelares. Art. 319 do CPP. No Art. 5, LXVI, da Constituição Federal, adiciona mais ênfase, onde um indivíduo jamais será levado à prisão se a lei assim admitir Liberdade Provisória. São 03 (três) as espécies de classificação.
Liberdade Provisória Obrigatória, onde conforme o Art. 321, CPP é obrigatória a concessão de liberdade provisória ao sujeito, ressalvando o disposto no Art. 323, III e IV, que diz que independente da fiança o réu deverá ficar livre, somente no caso de infração que não for isolada, cumulativa ou alternativamente, será sentenciado a pena de privativa de liberdade, porém não excedendo o prazo máximo da pena de 03 (três) meses. 
Liberdade Provisória Vedada, refere-se a alguns casos em que a lei veda a liberdade provisória, como exemplo o Art. 07 da lei de Crime Organizado n° 9.034/95 que diz que aos agentes participativos de organização criminosa seja intensamente ou efetivamente, não será concedida a liberdade provisória, seja com ou sem fiança.
Liberdade Provisória Permitida, será dividida em liberdade provisória permitida sem fiança, prevista no Art. 310, Caput e Parágrafo Único, CPP que diz que em casos de prisão em flagrante, onde o juiz se voltar aos autos, o sujeito que praticou o ato ilícito, nas condições do Art. 23, I, II, III, do Código Penal, 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I- somente em casos de necessidade;
II – em legitima defesa; 
III – estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito.
Deverá conceder ao réu Liberdade Provisória, após ouvir o Ministério Público, porém mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo sob pena de revogação. Já a Liberdade Provisória Permitida com fiança, se difere no ato em que será concedida, porém com as seguintes hipóteses, para as contravenções penais que não estejam abrangidas pelo artigo 69, da Lei 9.099/95 que diz que a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrêncialavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários, porem o autor do fato que após a lavratura do termo for encaminhado imediatamente ao juizado ou o mesmo assumir o compromisso de a ele comparecer, não será decretada a prisão em flagrante e nem será exigida a fiança, somente em casos de violência doméstica que será determinada como medida cautelar o afastamento do lar de convivência com a vítima. Para os crimes punidos com detenção e aos crimes punidos com reclusão cuja pena mínima seja igual ou inferior a dois anos.
A fiança é o pagamento pela própria liberdade provisória, se enquadrando com caução real, sendo permitido pela constituição, sendo decretada pelo Juiz Art. 322, Parágrafo Único, CPP, cujo valor da fiança será de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos Art. 325, II, do CPP e pelo Delegado de Polícia Art. 322, CPP, com crimes de até 04 (quatro) anos, cujo valor da fiança será de 01 (um) a 100 (cem) salários mínimos Art. 325, I, do CPP, onde ambos devem observar o disposto no Art. 326, do CPP para que seja decretado o valor da fiança, sendo observado a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida do acusado, periculosidade e as custas processuais. De acordo com o Art. 323 e 324, do CPP não será concedida a fiança pelos crimes descritos nos mesmo, como exemplo Racismo, Crimes Hediondos e Equiparados. 
O Afiançado deve comparecer sempre que for intimado a autoridade policial ou judiciaria. A mudança de endereço e a ausência na comarca por mais de 08 (oito) dias somente poderá ocorrer sob autorização legal, previstos no Art. 327 e 328 do CPP.
Somente poderá ser concedida até o transito em julgado da sentença condenatória, conforme o disposto no Art. 334, do CPP. Não é necessária a oitiva do Ministério Público para que seja decretada (Art. 333, do CPP). O destino da fiança será para pagamento das custas processuais, dos danos a vítima e pagamento de multa (Art. 336, do CPP).
Somente ocorrera a dispensa da fiança se o réu se enquadrar na qualidade de vida inferior aos padrões da sociedade (pobres). A fiança somente será devolvida se houver a extinção da ação penal, absolvição ou fiança sem efeito, podendo ser cassada em qualquer fase do processo.
O réu que não cumprir com a fiança e cometer o ato de quebra sem justificativa aos atos processuais, poderá recorrer de Recurso em Sentido Estrito – RESE, porém o valor já pago será perdido. Art. 341, do CPP.
Por fim a Liberdade Provisória é expressamente citada pela Constituição Federal em seu Artigo 5º, LXVI, assegurando o acusado de não ir preso e nos casos de prisão em flagrante ou prisão preventiva o direito a fiança para casos previsto no Art. 321, do CPP.

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