Administrativo Aula 01

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XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Online 1ª Fase 
 
EXAME DE ORDEM 
Damásio Educacional 
 
 
 
ONLINE – XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
 
Disciplina Direito Administrativo 
Aula 01 
 
EMENTA DA AULA 
1. Noção básica; 
2. Princípios; 
3. Poderes da Administração. 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Noção básica: a única finalidade, objetivo que o Poder Público pode perseguir quando 
atua é a preservação dos interesses da coletividade. 
Toda vez que o Administrador atuar sem que para preservar o interesse público, 
pratica desvio de finalidade, que é ilegalidade e, como tal, poderá ser levada à 
apreciação do Judiciário (desde que provocado). 
2. Princípios (art. 37, “caput” CF): 
a) Legalidade: a Administração só poderá fazer o que a lei expressamente determina; 
b) Impessoalidade: a Administração está proibida de realizar discriminações 
gratuitas. Só pode estabelecer discriminações se for para preservar o interesse 
público. Logo, só poderá beneficiar/prejudicar alguém em nome da preservação 
do interesse coletivo; 
c) Moralidade: a Administração está proibida de praticar atos imorais. 
i. Improbidade Administrativa (Lei 8429/92): se apresenta como espécie 
qualificada de imoralidade Administrativa, uma vez que é sinônimo de 
desonestidade. O dolo é imprescindível para a caracterização de 
improbidade administrativa. São hipóteses de improbidade: 
 Art. 9º: Enriquecimento ilícito, as de maior gravidade; 
 Art. 10: Danos ao erário, cofres públicos, têm gravidade mediana. Neste 
caso há a admissão da configuração de improbidade por dolo ou culpa. 
 Art. 11: agressão a Princípios da Administração. 
São sanções que incidem sobre tais atos (art. 37, §4º da CF): 
 Perda da função; 
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 Suspensão dos direitos políticos; 
 Declaração de indisponibilidade dos bens/bloqueio de bens; 
 Ressarcimento dos danos causados. 
São destinatários das sanções acima elencadas (art. 2º e 3º da Lei 8429/92): 
 Agentes públicos; 
 Particulares que tenha contribuído para que o ato ocorresse ou dele 
tenham se beneficiado. 
d) Publicidade: em regra, a Administração deverá fornecer transparência em relação 
aos seus atos e informações armazenadas nos seus bancos de dados. 
Art. 5, XXXIII da CF: como regra, todos têm o direito de obter dos órgãos públicos 
informações de interesse particular, coletivo ou geral. 
e) Eficiência: a Administração é obrigada a manter ou ampliar a qualidade dos seus 
serviços e fazer economia em relação aos negócios que pratica. 
i. Motivação dos atos administrativos; 
ii. Razoabilidade; 
iii. Supremacia do interesse público. 
3. Poderes da Administração: instrumentos que o ordenamento jurídico confere à 
Administração para a preservação dos interesses da coletividade. São modalidades: 
a) Poder vinculado: o administrador se encontra diante de situações que comportam 
solução única prevista em lei, logo o administrador não tem espaço para fazer 
juízo de valores, de conveniência e oportunidade. 
b) Poder discricionário: se apresenta em situações que não preveem solução única 
estabelecida em lei, logo o administrador tem a possibilidade de fazer juízo de 
valores, de conveniência e oportunidade. 
c) Poder hierárquico: poder conferido à Administração para fixar os campos de 
atuação de todas as figuras (órgãos e servidores) que integram a sua estrutura. Ato 
praticado por quem não tem competência para tanto é ato inválido. 
d) Poder disciplinar: é o poder conferido à Administração para aplicar sanções 
administrativas aos seus servidores pela prática de irregularidades ligadas ao 
cargo. Para que estas sanções possam incidir o servidor tem o direito de abertura 
de processo administrativo, assegurando-se o contraditório e a ampla defesa. 
e) Poder normativos/regulamentar (art. 84, IV da CF): é o poder conferido à 
Administração para a publicação de decretos e regulamentos para oferecer fiel 
execução à lei, ou seja, melhor detalhar aquilo que a lei previamente estabeleceu. 
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A existência de lei anterior que discipline a matéria é pressuposto para a edição. 
Razão pela qual a Administração não poderá inovar em relação à lei, apenas 
detalhar. Somente o Chefe do Executivo de cada esfera poderá editar decretos. 
f) Poder de polícia: é o poder conferido à Administração para restringir, disciplinar, 
limitar o exercício de direitos e atividades dos particulares para a preservação dos 
interesses da coletividade. Funda-se na supremacia do interesse público sobre do 
particular. A Administração poderá exercê-lo ainda que nenhuma irregularidade 
tenha sido praticada pelo particular. 
Dica: o ato somente será legítimo se preservar o interesse público, caso contrário 
será ilegal.