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trabalho av1 Jung

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Jung sempre foi muito criticado pelo seu interesse por temas como: a astrologia, a alquimia, a adivinhação, a telepatia, a clarividência, a ioga, o espiritualismo, os médiuns, medicina chinesa entre outros “tidos como não científicos”. Em sua opinião científica, portanto, com uma resposta fundamentada, responda os itens abaixo:
O que esses temas têm a ver com a vida simbólica do indivíduo?
R: São temas constantes do inconsciente coletivo, portanto, expressões arquetípicas com um valor simbólico. E todo arquétipo se mostra através do simbólico, identificando-se com objetos correspondentes.
b) Poderíamos chamar os sujeitos que sofrem as manifestações de mediunidade como portadores de psicose?
R: Não. Psicose é um distúrbio psiquiátrico grave onde o indivíduo perde contato com a realidade; emite juízos falsos (delírio), podendo também apresentar alucinações (percepções irreais quanto à audição, visão, tato), distúrbios de conduta levando à impossibilidade de convívio social, além de outras formas de comportamento. As manifestações mediúnicas, segundo Jung, são vistos por ele como fenômenos psíquicos objetivos que, apesar de serem inconscientes, fazem parte da personalidade do indivíduo e que procuram vir à consciência.
c)Quais possíveis interpretações Jung poderia fazer diante de tais temas manifestados em uma consulta, ou melhor, como ele poderia usar a imaginação ativa, ou as técnicas expressivas para tratar desse assunto?
R: Como o próprio Jung disse, o imaginário é a linguagem da alma, e tais temas são manifestações deste imaginário, e que dizem muito sobre o indivíduo e sua história. O imaginário constitui uma ligação mais direta com a essência divina, a sabedoria, a parte de si que sabe que pode curar. As técnicas expressivas possibilitam o indivíduo entrar em contato com sua vida interna, suas emoções, sentimentos, memórias, histórias e afetos. Através de técnicas expressivas ou símbolos do inconsciente são expressos e ganham vida interna.
d)Como Jung tratava os pacientes, ou melhor, como ele realizava suas interpretações a partir do foco destes temas na sessão analítica?
R: Todo conteúdo trazido pelo paciente é importante. Esses conteúdos podem tanto fazer parte do consciente, quanto do inconsciente. Quando se refere ao inconsciente, temas arquetípicos estão sempre presente no núcleo dos complexos, e diz muito sobre suas experiências e a forma como o indivíduo a elabora. Através da investigação destes conteúdos, que podem ser através dos sonhos, produções artísticas, ou mesmo um discurso, é possível interpretar e tratar o que o aflige.
2)Vimos que a identificação com a persona traz seqüelas sérias ao desenvolvimento psíquico. Estabeleça uma relação entre transtorno narcísico e a identificação com a persona:
R: A persona é imprescindível à sobrevivência. Ela permite o indivíduo adaptar-se às demandas sociais desempenhando diversos papeis. No entanto, quando um indivíduo se identifica forte e unicamente com um papel, passa a ser governado por este papel, ou Persona. O ego confunde-se com esta persona tornando-a superdesenvolvida e inflada. O indivíduo tem um senso exagerado da própria importância, que tende se impor aos demais, e muitas vezes, projeta-se nos outros, exigindo um desempenho idêntico ao seu. Assim é com os indivíduos que sofrem de transtorno narcísico: tem um sentimento grandioso da própria importância. Tem necessidade de admiração e falta de empatia. Superestima de forma rotineira suas capacidades e exageram suas conquistas,, com freqüência parecendo pretenciosos e arrogantes. Podem partir do pressuposto de que os outros atribuem o mesmo valor aos seus esforços. Contudo, podem surpreender-se quando o elogio que esperam e o sentimento que sentem merecer não ocorrem. O indivíduo, vítima da persona inflada, quando se sente capaz de corresponder aos padrões que dele esperam, podem experimentar sentimentos de inferioridade e de recriminação a si mesmo. A vulnerabilidade na auto estima torna os indivíduos , com transtorno de personalidade narcisista, muito sensíveis às “feridas” resultantes de críticas ou derrotas. Embora possam não evidenciar isso de forma direta, a crítica pode assustá-los, deixando neles sentimentos de humilhação, degradação, vácuo e vazio.
3)De acordo com as imagens ao lado, que representa os diferentes ciclos de vida, como vocês explicariam o porque na primeira metade da vida, até a constituição do campo do ego, a dominância seja pela vida mais instintiva e extrovertida. E o porque de na segunda já seja mais relativa uma necessidade de adaptação ao mundo interior, ou a um voltar-se ao interior com um foco mais sobre os aspectos culturais.
R: Durante o desenvolvimento, a consciência, tanto a individual quanto a coletiva passam por estágios progressivos de diferenciação do inconsciente, adquirindo uma capacidade cada vez maior de abstração e de autonomia.
 Na primeira metade da vida, logo nos primeiros anos, a vida psíquica é governada pelos instintos, voltada para as satisfações das necessidades fisiológicas, da sobrevivência e da adaptação. Nesta etapa, o ego está em formação. Posteriormente, já com o ego parcialmente estruturado, há um maior emprego da energia da consciência e do ego para a adaptação à vida, tanto interior quanto exterior. Jung se referencia a este estágio como um “nasciemnto psíquico”. Portanto, a primeira metade da vida tem a ver com uma vida mais instintiva e voltada para valores extrovertidos possibilitando, assim, que o indivíduo crie seu próprio lugar no mundo.
Na segunda metade da vida, que começa por volta dos 40 anos, as coisas se dão de maneira diversa. Surgem novos valores e a energia, antes voltada para as adaptações externas, volta-se para estes valores, que são os espirituais e culturais. A auto realização se dá mais pela contemplação e meditação do que pela atividade. É um instinto de se ligar com aquilo que é maior que si em si. O indivíduo precisa experimentar o próprio ser interior para compreender o significado da sua vida.
 4)Comente sobre essa imagem segundo por que, como e quando isso ocorre:
R: Em geral, tendemos a esconder e a afastar de nossa consciência e dos outros tudo o que desaprovamos em nós mesmos, ou então, escondemos aquilo que a cultura considera inapropriado. Passamos muito tempo nos anulando, representando um papel, e identificados com a nossa persona.
Apesar da forte identificação que possuímos com a Persona, nossa personalidade autêntica está sempre presente e se faz sentir, direta ou indiretamente, por meio da função compensatória do inconsciente. E quando analisamos a persona, desmontamos a máscara, e descobrimos que aquilo que parecia ser individual é, na verdade, coletivo. Alcançamos então, a sombra da personalidade. Para lidar com a sombra é preciso aceitá-la; é necessário o confronto para superá-la, e assim, tomá-la consciente.
Por meio do encontro com a sombra é que os complexos poderão ser integrados, as projeções retiradas e a energia necessária para o desenvolvimento do ego restituída. Em nossa sombra é que se encontram as ferramentas e os tesouros necessários ao desenvolvimento de nossa personalidade. Entretanto, despir-se dessa roupagem, da máscara protetora da persona, e nos vermos como realmente somos não é nada fácil.

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