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AÇÕES POSSESSÓRIAS

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AÇÕES POSSESSÓRIAS 
	
 	As ações possessórias são as ações que visam à proteção da posse. 
Veja-se que o Código Civil não conceitua a posse, mas o possuidor. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício pleno, ou não, de alguns dos poderes inerentes ao domínio ou propriedade (CC, art. 1.196).
Principais teorias acerca da posse
Savigny: teoria subjetiva. Conjugação de dois elementos: corpus + animus. Posse é, a um só tempo, fato e direito. 
Ihering: teoria objetiva. Possuidor é quem exterioriza o domínio. Posse é direito juridicamente tutelado. 
Código Civil: art. 1.210 – posse é o poder físico sobre a coisa, que faz nascer direitos (posse é um fato e um direito).
Classificação da posse:
justa e injusta (art. 1.200 do CC)
De boa e má-fé (art. 1.201 do CC)
Direta e indireta (art. 1.197 do CC).
Juízo possessório x juízo petitório:
ius possesionis: direito de posse decorrente do simples fato de possuir a coisa. A ação manejável é a possessória. 
Ius possiendi: direito à posse decorrente do domínio. A ação manejável é a petitória.
Outros mecanismos de tutela da posse:
imissão na posse: protege aquele que adquire a propriedade, mas não consegue se investir na posse;
reivindicatória: permite que o proprietário, com base no domínio, invoque o seu direito à posse perdida;
embargos de terceiro: cabível quando a ofensa à posse decorre de constrição judicial;
despejo: causa de pedir se assenta sobre o desfazimento do vínculo locatício e a proteção possessória fica em segundo plano. Se, todavia, versar sobre a precariedade da posse em virtude do termo final do contrato, reveste-se de caráter possessório. 
Procedimento das possessórias típicas:
ação de força nova (menos de ano e dia) – admite-se deferimento de liminar (art. 562). O procedimento é especial.
Ação de força velha (mais de ano e dia) – o procedimento é ordinário. Admite-se a antecipação de tutela, se preenchidos os requisitos do art. 300, CPC.
Peculiaridades do procedimento das ações possessórias:
natureza dúplice: é possível que o réu alegue, em contestação, ter sofrido ofensa em sua posse, pleiteando a tutela possessória em face do autor. 
Cumulação de pedidos: além da proteção possessória, pode o autor pleitear a condenação do réu em perdas e danos e indenização pelos frutos percebidos e não indenizados (art. 555).
Fungibilidade: a propositura de uma ação possessória, em vez de outra, não obsta ao conhecimento do pedido.
Exceção de domínio: o CPC/2015 passa a permitir que a propriedade seja discutida, excepcionalmente, quando envolver terceira pessoa.
Legitimação:
ativa: possuidor direto ou indireto.
Passiva: aquele praticou ofensa à posse.
Foro competente:
coisas móveis: art. 46.
Coisas imóveis: art. 47, § 2º.
Obs. Se o valor da causa é igual ou inferior a 40 salários mínimos a competência é do juizado especial.
Hipótese de intervenção da União, suas autarquias, empresas públicas e fundações: justiça federal.
Tutela antecipada:
requisitos: art. 561 do CPC.
Momento: a) literalmente, se há prova documental suficiente junto a com a inicial; b) após justificação, se houver necessidade de prova testemunhal.
Sentença: 
revela-se objetivamente complexa, tendo em vista a possibilidade de cumulação de pedidos.
A tutela principal (possessória) é satisfeita pelo rito ao art. 498.
Eventual pedido cominatório seguirá o regime do art. 497.
A condenação em perdas e danos será satisfeita com base no art. 523.
Apelação:
efeitos devolutivo e suspensivo, se o pedido é julgado improcedente.
Efeito somente devolutivo, se a sentença confirmar a liminar.
Litígios coletivos pela posse de bem imóvel:
procedimento específico previsto no art. 565.

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