Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROPAGAÇÃO DE INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS -Podem variar de bem localizadas e de baixa intensidade, até infecções graves e generalizadas causando risco de morte - Importante evitar que casos simples se tornem graves ETIOLOGIA Origem pulpar (necrose) Cárie-necrose-disseminação para periápice Pós-esodontias Origem periodontal (bolsas, pericoronarites) MICROBIOLOGIA DAS INFECÇÕES 5% bac aeróbicas 35% bac anaeróbicas 60 mista Natureza poli microbiana ETIOLOGIA DAS INFECÇÕES Periapical Cárie necrose disseminação para periápice Periodontal Infecção bacteriana através de bolsa periodontal ou saco pericoronário ESTÁGIOS DA INFECÇÃO Osteíte periapical / inoculação (fase inicial) Celulite (fase intermediaria) Abcesso (fase final) OSTEÍTE Confinada ao osso Não ultrapassou as barreiras do periósteo e cortical óssea Sensação de extrusão do dente - pericementite Dor à percussão e mastigação CELULITE Vence as barreiras ósseas e difunde-se aos tecidos circunvizinhos Resposta inflamatória reacional Aumento de volume intenso e difuso, sem secreção purulenta, dor aguda, generalizada, limites difusos, consistência dura Processo agudo da infecção Trismo, dificuldade de deglutição, mastigação e respiração Reação do organismo (defesa) – p evitar que a infecção se propague ABCESSO Cronificação do processo infeccioso Infecção bem delimitada, consistência mole, dor localizada Menos perigoso: pois é um processo crônico Toxinas apreendem bactéria e conseguem começar a combater – impede que se propague DISSEMINAÇÃO DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS Inserção muscular Acima: espaço intra oral Abaixo: espaço extra oral Espessura da cortical óssea Passa pela cortical óssea menos espessa (palatina ou vestibular) Espaços fasciais Primários ou secundários Ao longo das linhas de menor resistência Obs.: abcesso vestibular: passa pela cortical óssea vestibular abaixo das inserções musculares Propaga-se pelo osso medular e dissemina-se até encontrar o periósteo e a lamina óssea cortical Localização da infecção determinada por: Espessura da cortical óssea adjacente ao dente envolvido Relação do local de perfuração do osso com as inserções musculares ESPAÇOS FASCIAIS PRIMÁRIOS Maxilares ESPAÇO CANINO Entre os mm. Elevador do canto da boca e o mm. elevador do lábio superior - Região infraorbitária Causa: infecções do canino superior - quando seu ápice se localiza acima do músculo levantador do ângulo da boca Sinais clínicos: Inchaço na região anterior da face, causando obliteração do sulco nasolabial ESPAÇO BUCAL Entre o mm. Bucinador e a pele Causa: quando há perfuração da cortical óssea vestibular acima da inserção do musculo (maxila) ou abaixo (mandíbula). Geralmente é atingido por infecções provenientes de molares superiores, quando seus ápices se localizam acima do músculo bucinador. Porém os pré-molares superiores, bem como os molares inferiores, também podem atingi-lo Sinais clínicos: aumento de volume abaixo do arco zigomático e acima do bordo inferior da mandíbula Resuminho dentes superiores Incisivos centrais: cortical vestibular; Incisivos laterais: palato (devido curvatura da raíz); Caninos superiores: espaço canino; Pré-molares superiores: Região mediana do palato (ápice abaixo da inserção do mm) ou espaço Bucal (ápice acima da inserção) Molares superiores: cortical vestibular/palato ou espaço bucinador (acima da inserção do mm) MANDÍBULARES ESPAÇO SUBLINGUAL Delimitado lateralmente pelo corpo da mandíbula (fóvea sublingual), superiormente pela mucosa do soalho da boca e inferiormente pelo músculo milo-hióideo Limite posterior é aberto: portanto, comunica-se livremente com o espaço submandibular Causas: infecções provenientes dos molares inferiores e, às vezes, de pré-molares inferiores. Sinais clínicos: inchaço intra bucal (pois a infecção se espalhou acima da inserção do mm), elevação do soalho da boca Como a infecção é limitada inferiormente pelo músculo milo-hióideo, não ocorre inchaço extra – bucal Pode ultrapassar o plano mediano – tornando-se bilateral e causando elevação da língua ESPAÇO SUBMENTUAL Limite lateral: ventre anterior do mm. Digástrico; superior: mm. Milo-hióideo; inferior: pele e mm. Platisma Causas: infecções originadas de incisivos e caninos inferiores Sinais clínicos: inchaço da pele que recobre a região da linha média ESPAÇO SUBMANDIBULAR É limitado lateralmente pelo corpo da mandíbula (fóvea submandibular), superiormente pelo músculo milo-hióideo e inferiormente pela lâmina de revestimento da fáscia cervical, platisma e pele. Causa: infecções causadas a partir do 3M e 2M (quando a infecção perfura a parede lingual da mandíbula, abaixo do músculo milo-hióideo) Sinais clínicos: inchaço extra-bucal que vai da borda inferior da mandíbula ao músculo digástrico e, posteriormente, até o osso hióide Molares inferiores: fundo de vestíbulo (espaço vestibular) ou espaço sublingual ou espaço submandibular. 2M:drenam para V ou L ; 3M:drenam usualmente para lingual SECUNDÁRIOS - Infecções de espaços primários não tratadas - Mais graves - Relacionados com músculos da mastigação ESPAÇO PTERIGOMANDIBULAR Limite lateral: fáscia interna do ramo ascendente; limite medial: mm. pterigoideo medial. Causas: podem ser originadas a partir do espaço submandibular e sublingual, e agulhas anestésicas contaminadas (no momento da anestesia dos nervos alveolar inferior e lingual - que se localizam neste espaço) Sinais clínicos: trismo sem aumento de volume AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM INFECÇÃO ODONTOGÊNICA Solicitar radiográfica (intra e extra oral) e TC (casos mais graves) História clínica e médica do paciente Observar presenças de sinais e sintomas locais e sistêmicos Estágios e evolução da infecção Avaliar a gravidade da infecção Progressão rápida Dificuldade de respiração e deglutição Envolvimento dos espaços fasciais Trismo acentuado Fadiga, mal estar, desnutrição (caquexia) Comprometimento imunológico TRATAMENTO DA INFECÇÃO ODONTOGÊNICA - Drenagem cirúrgica - Remoção da causa DRENAGEM Anestesia Punção da secreção Incisão Divulsão tecidual ao encontro da coleção purulenta (fazer com a ponta de uma tesoura – fechada) Compressão manual Dreno Estabilizar o dreno – com sutura Curativo TERAPIA DE SUPORTE Terapia com calor úmido Bochechos Hospitalização (pacientes com dificuldade de respirar, deglutir, mastigar ou infecção com disseminação rápida) Uso de antibióticos Quando usar: Infecção com progressão rápida, difusa, doenças sistêmicas, comprometimento imunológico, pericoronarite grave, osteomielite Quando não usar: abcesso crônico e bem localizado, abcesso passível de drenagem, pericoronarite crônica, alveolite, pulpite, pericementite. Critérios de seleção: amplo ou estreito espectro, estágios da infecção, efeitos colaterais, custo
Compartilhar