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Reclamação constitucional

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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO ÉGREGIO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL.
Processo nº: XXXXXXXXXXXXXX
Adalgisa Portela, nacionalidade (xxx), estado civil (xxx), profissão (xxx), RG (xxx) e CPF (xxx),end. Eletrônico (xxxxx@xxxxx) com domicilio e residência na rua (xxx), Bairro (xxx), CEP (xxx), na cidade de Sucupira, e Andreas, brasileiro naturalizado (argentino), casado, desempregado, RG (xxx) e CPF (xxx), end. Eletrônico xxxxx@xxxxx com domicilio e residência na rua (xxx), Bairro (xxx), CEP (xxx), na cidade de Sucupira, neste ato representados por seus advogados infra-assinados com endereço no rodapé onde recebem as intimações de estilo, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, interpor a presente:
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL 
Com fulcro nos artigos 102, I, L, da Constituição Federal; e artigos 988 e seguintes do NCPC, e na Resolução interna deste douto Tribunal de nº 12/2009; frente à divergência existente DECISÃO INDEFERIDA, e Entendimento Jurisprudencial, Súmula ou Decisão em sede de Recurso proferido por este mesmo Tribunal.
DA TEMPESTIVIDADE E DA DESNECESSIDADE DE PREPARO
Enuncia o artigo 1º, caput, da Resolução 12/2009 deste Douto Tribunal, a possibilidade de interposição de Reclamação Constitucional, no prazo de 15 (quinze) dias contados da intimação da decisão, quando efetivamente prolatada em sede de Recurso Inominado de Turma Recursal, em contrariedade com Súmula, Jurisprudência, ou ainda decisão de Recurso Especial, anteriormente julgada seguindo o rito enunciado no artigo 988, parágrafo III, do novo Código de Processo Civil.
Ora, a intimação da sentença proferida alusiva ocorreu efetivamente no dia 18 (dezoito) de fevereiro do ano de 2016, começando a contar o prazo no dia útil posterior, e findo efetivamente no dia 10 (dez) de março do decorrente ano.
Deste feito, é, pois, tempestiva a presente Reclamação Constitucional, e prescinde da apresentação de preparo, como enunciado no artigo 1º da Resolução 12/2009.
BREVE RELATO DOS FATOS
Os reclamantes se inscreveram para o Concurso da prefeitura de Sucupira, no Estado de Minas Gerais, sob o Edital n.ºxxxxxx, concorrendo para o cargo assistente administrativo, para o qual estavam previsto 2 (duas ) vagas, tendo sido classificados ambos nas vagas previstas, conforme edital de homologação e de aprovados que segue anexo aos autos. O concurso foi homologado dia 05 (cinco) de janeiro do ano de 2014, no entanto até o presente momento não foram chamados para tomar posse de seus cargos. Adalgisa e Andreas procuram informação no RH da Prefeitura Sucupira obtiveram a informação de que os filhos do prefeito empossado ocupavam as vagas que por direito, eram dos candidatos aprovados no referido concurso. Os contratados para as vagas pleiteadas não prestaram o concurso público para provimento das vagas requeridas, de tal modo as vagas deveriam ser preenchidas por candidatos concursados.
Todavia, ao obter estas informações requereu junto a prefeitura a entrega dos devidos documentos para comprovar tal abuso. Em casos tais, a existência de pessoas contratadas precariamente no lugar de candidatos aprovados em concurso público, torna a mera expectativa em direito subjetivo à nomeação e posse, como será analisado logo abaixo (do direito líquido e certo).
DO CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL
A Reclamação Constitucional constitui medida célere, enquanto petição, visando arguir inconformidade de decisão com súmula, jurisprudência ou decisão proferida em sede de Recurso Especial por este mesmo Douto Tribunal, especialmente quando se tratar de sentença de Recurso Inominado em Turma Recursal, como garante a Resolução 12/2009 deste Tribunal:
Art. 1º. As reclamações destinadas a dirimir divergência entre acórdão prolatado por turma recursal estadual e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, suas súmulas ou orientações decorrentes do julgamento de reclamações como reza o artigo 988 do novo Código de Processo Civil serão oferecidas no prazo de quinze dias, contados da ciência, pela parte, da decisão impugnada, independentemente de preparo.
O Ministro do STF ainda lançou ao plenário a proposta do enunciado sumular vinculante nº 56;
 “nenhuma autoridade pode nomear para cargo em comissão, designar para função de confiança, nem contratar cônjuge, companheiro ou parente seu, até terceiro grau, inclusive, nem servidores podem ser nomeados, designados ou contratados para cargos ou funções que guardem relação funcional de subordinação direta entre si, ou que sejam incompatíveis com a qualificação profissional do pretendente”
Ademais, sempre é oportuno apresentar o art. 1º, III, da Constituição Federal que consagra o fundamento basilar do Estado Democrático de Direito, o da dignidade da pessoa humana. Melhor dizendo, princípio norteador de todos os direitos e garantias individuais insculpidos no texto constitucional.
DO TEOR DA DECISÃO IMPUGNADA
 “FUNDAMENTO E DECIDO. Não havendo questões preliminares a examinar, passo à análise do mérito. A jurisprudência dos Tribunais, em especial do Supremo Tribunal Federal, se pacificou quanto ao direito subjetivo dos candidatos aprovados em concursos públicos à nomeação e posse nas seguintes hipóteses: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; ii) Quando houver preterição 8 NPJ Direito Constitucional - Livro didático - Seção 6 na nomeação por não observância da ordem de classificação; iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. No dia 9 de dezembro de 2015 o Supremo Tribunal Federal firmou, em repercussão geral, as balizas sobre o tema do direito subjetivo à nomeação em concursos públicos. Vamos conferir, portanto, o RE 837.311: 
“Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, fixou tese nos seguintes termos: “O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: 1 – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; 2 – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; 3 – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da 9 NPJ Direito Constitucional - Livro didático - Seção 6 administração nos termos acima.” Vencido o Ministro Marco Aurélio, que se manifestou contra o enunciado. Ausentes, nesta assentada, os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. STF, Plenário, Data de Julgamento: 09.12.2015.
Como cita a referida lei, a r.decisão não se encontra em conformidades com os costumes doutrinários. Não tem cabimento que seja proferida uma lei totalmente contrária a Constituição e outras leis, que a principio dente a proteger o cidadão e não desfavorecer o seu direito. 
 DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Em face de tudo que foi exposto, pede e requer os Reclamantes:
Que sejam requisitadas informações a autoridade reclamada, que as prestará no prazo de 10 (dez) dias, como de direito, bem como a intimação do Ministério Público para oferecer parecer;
Que seja concedida a medida Liminar no ato impugnado, para evitar dano irreparável comprovado, conforme dispositivo no art. 989, II do NCPC;		.
Que se julgue procedente a presenteReclamação, cassando a decisão proferida, tendo em vista que a mesma afronta a sumula vinculante de nº 13 do STF, determinando-se ao juízo monocrático que proferiu outra decisão em observância a sumula referida por ser medida de sentença;
Pleiteiam deste modo o reconhecimento, recebimento e processamento do direito da Reclamante, cassando a sentença proferida;
Termos em que, pede deferimento.
Sucupira-MG, 02 de Março de 2016.
NOME DO ADVOGADO (OAB/MG: XXXXXX)

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