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plano de aula 6 e7

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Plano de aula 4: José, funcionário da empresa L, admitido em 11/05/2015, ocupava o cargo de recepcionista, com salário mensal de R$ 1.200,00. Em 19/06/2016, José afastou-se do trabalho mediante a concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença. Cessado o benefício em 20/07/2016 e passados dez dias sem que José tivesse retornado ao trabalho, a empresa convocou-o por meio de notificação, recebida por José mediante aviso de recebimento. José não atendeu à notificação e, completados trinta dias de falta, a empresa LV expediu edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, José não retornou ao trabalho. Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com a baixa da CTPS, com o pagamento das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, a empresa procurou profissional da advocacia. Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de advogado(a) da empresa LV, elabore a peça processual adequada a satisfazer-lhe judicialmente o interesse, ciente de que José nunca usufruiu férias. (39º Exame OAB adaptado).
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA CAPITAL – TRT 1.º REGIÃO
(10 linhas)
A EMPRESA LV, pessoa jurídica de direito privado, tendo a sua sede na Rua xxx, n.º xxx, Bairro xxx, estado xxx, CEP xxx, portadora do CNPJ sob o n.º xxx, vem através de seu advogado com procuração inclusa, com escritório na Rua xxx, nº xxx, Bairro xxx, estado xxx, onde receberá ulteriores intimações (art. 39, I, do CPC), perante V. Ex.ª, propor a presente
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO,
em face de JOSÉ, brasileiro, recepcionista, solteiro, portador da carteira de identidade n.° xxx, inscrito no CPF sob o n.° xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, n.º xxx, bairro xxx, estado xxx, CEP xxx, o que faz com base nas razões de fato de matérias de direito a seguir deduzidas.
DOS FATOS
O CONSIGNADO trabalhou na empresa CONSIGNANTE do dia 11/05/2008 até dia 19/06/2009, último dia em que se afastou do trabalho para gozar a concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença, com salário mensal de R$ 465,00. O CONSIGNADO teve o seu benefício cessado em 20/07/2010, data em que deveria retornar ao trabalho.
Vale ressaltar, que o CONSIGNADO, passados 10 (dez) dias não retornou ao trabalho, o que levou a CONSIGNANTE a convocá-lo por meio de notificação, enviada aoCONSIGNADO por meio de aviso de recebimento, que não foi atendido e, assim, completou-se trinta dias de falta ao trabalho.
A CONSIGNANTE expediu, então, edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, porém, ainda assim, o CONSIGNADO não retornou ao trabalho.
Cumpre anotar os termos do art. 890 do Código de Processo Civil, no que pertine à possibilidade da presente ação: "Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida."         
Desta feita, combinando as disposições do diploma processual com as de direito material, acima enlencadas, conclui-se pela total pertinência, e outrossim, procedência da presenteAção de Consignação, proposta em razão da recusa injustificada do CONSIGNADO em efetuar o pagamento das verbas, havendo de outro lado, o direito do devedor de adimplir sua obrigação, sendo certo, portanto, que para caracterizar-se o efeito de pagamento busca-se a tutela judicial, mediante a consignação da quantia devida.
Nestas condições, outra alternativa não resta à CONSIGNANTE senão socorrer-se do que lhe faculta o art. 890 e seguintes do Código de Processo Civil, combinado com o art. 973, I e II do Código Civil, para o fim de proceder ao depósito judicial a importância de R$ 5200,00 (cinco mil e duzentos reais), para o pagamento de crédito trabalhista do SR. JOSÉ, cujos valores estão discriminados no incluso Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho.
DO PEDIDO
Diante do exposto, vem requerer a Vossa Excelência a expedição de guia para depósito bancário e a notificação do SR. JOSÉ para comparecer à audiência de instrução e julgamento, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato, a fim de receber a quantia supra referida de R$ 5.200,00 (cinco mil e duzentos reais), sob pena de ser feito respectivo depósito judicial, prosseguindo-se nos ulteriores atos e termos do processo até a final sentença, com a procedência da presente ação, condenando o Réu ao pagamento das custas judiciais.
Outrossim, requer a CONSIGNANTE, Notificação Citatória aoCONSIGNADO através de Edital a fim de conhecer a presente e comparecer a esse Juízo, em audiência que for designada, para contestar, querendo, os termos desta AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, sob pena de revelia e confissão, quanto à matéria de fato, devendo ao final ser julgada PROCEDENTE, com a conseqüente condenação da Ré na forma do PEDIDO, mais - juros de mora, correção monetária, custas, taxas, despesas processuais, honorários advocatícios e, demais cominações legais.
DAS PROVAS
Protesto pela produção de todos os meios de prova admitidos em direito, na amplitude do art. 332, do CPC, em especial às de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do representante legal do CONSIGNADO.
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais).
(3 linhas)
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
(2 linhas)
Local e data
(2 linhas)
Advogado OAB/UF
Plano de aula 7: XVII EXAME OAB FGV (adaptado) Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação trabalhista nº XX, distribuída para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela ex-funcionária Paula, que foi gerente geral de agência de pequeno porte por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Sua agência atendia apenas a clientes pessoa física. Paula era responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do desempenho comercial desta. Na ação, Paula aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais, além da gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. Porém, seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia R$ 10.000,00, sendo gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e reflexos. Paula afirma que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo de 20 minutos. Requer horas extras e reflexos. Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família. Por isso, ela requer o pagamento de adicional de transferência. Paula requer a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde, que assinou no ato da admissão, tendo indicado dependentes. Requer, ainda, multa prevista no Art. 477 da CLT, pois foi notificada da dispensa em 06/02/2017, uma segunda-feira, e a empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 16/02/2017, um dia após o prazo, segundo sua alegação. Redija a peça prático-profissional pertinente ao caso.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM - PA, 8ª REGIÃO
(5 linhas)
Processo nº: XX
(5 linhas)
BANCO DINHEIRO BOM S.A., inscrito no CNPJ sob o nº xxx, representado por seu sócio gerente, cuja sede se localiza endereço completo com CEP xxx, por meio de seu advogado abaixo subscrito, nos termos do documento de outorga de mandato anexo (documento 01), vem, com base no artigo 847 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o artigo 336 do Código de Processo Civil (CPC), respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua resposta em forma de 
CONTESTAÇÃO
na Reclamação Trabalhista que lhe move Paula, já qualificada na inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. DO CONTRATO DE TRABALHO
Paula trabalhou por quatro anos para a Reclamada na função de gerente-geral de agência, cumprindo a jornada de segundaa sexta-feira das 08:00 às 20:00 horas, com intervalo de 20 (vinte) minutos para o almoço. Foi dispensada sem justa causa no dia 02/03/2015, percebendo o salário de oito mil reais, além da gratificação de função de 50% (cinquenta por cento) a mais que o cargo efetivo.
II. DO CARGO DE CONFIANÇA/INAPLICABILIDADE DE HORAS EXTRAS
A Reclamante exercia a função de gerente-geral de agência bancária, sendo responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem como o desempenho comercial da agência. Percebia 50% (cinquenta por cento) como gratificação de função. Enseja, na inicial, receber horas extras durante o período laborado.
Ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prescrita no art. 62, II e paragrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando leciona que o gerente-geral de agência bancária presume-se em cargo de gestão, aplicando-se-lhe o que prescreve o art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias.
Portanto, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas além da jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e perceber 50% de gratificação de função, tampouco são devidos os seus reflexos.
III. EQUIPARAÇÃO SALARIAL/DIFERENÇAS SALARIAIS
A empregada aduziu que o seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia o valor de dez mil reais de salário efetivo como gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. A agência de Paula era de pequeno porte e atendia somente pessoas físicas.
Verifica-se, assim, que há diferenças nas funções e tarefas desempenhadas por João Petrônio na sua agência, o que justifica a aplicação do art. 461, §1º, da CLT, corroborado pela Sumula 6, III, do TST.
Destarte, não prospera a pretensão da Reclamante em pleitear equiparação salarial e as respectivas diferenças salariais.
IV. DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família, requerendo o pagamento do adicional de transferência em forma de adicional mensal.
Vale destacar que há previsão de transferência para empregados que exercem cargo de confiança no art. 469, §1º, da CLT. Porém, a Orientação Jurisprudencial 113 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção 1 (OJ-113-SDI-1) do TST, aduz que esta transferência está apta a legitimar a percepção do adicional de transferência, se for de forma provisória, o que não é o caso da situação em tela.
Sendo assim, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência, pelas razoes acima expostas.
V. DO DESCONTO SALARIAL/PLANO DE SAÚDE
A empregada assinou, em sua admissão, autorização de desconto relativo ao plano de saúde, tendo indicado dependentes. No entanto, na inicial, está requerendo a sua devolução.
Deve-se esclarecer, entretanto, que os descontos salariais efetuados pelo empregador, autorizado pelo empregado por escrito, integrando planos de assistências médico-hospitalar, odontológicas, de seguro, de previdência privada, entre outras, aduzidas na Súmula 342 do TST, em beneficio do empregado e de seus dependentes, não afrontam a disposição do art. 462 da CLT, salvo se demonstrada a coação ou outro defeito praticado pelo empregador, o que não foi o caso.
Portanto, não pode prosperar o pedido de devolução dos descontos relativos ao plano de saúde.
VI. DA MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT
Requer a Reclamante a multa do art. 477, § 8º, da CLT, tendo em vista que as verbas foram pagas dia 12/03/2015, sendo que a dispensa se deu em 02/03/2015. Na ocasião do pagamento, se deu a homologação, segundo Paula, um dia após o prazo.
Verifica-se que o prazo de dez dias prescrito no art. 477, § 6º, b, da CLT, contado da notificação da demissão, exclui o dia da notificação e inclui o dia do vencimento, de acordo com o art. 132 do Código Civil (CC). Desta forma, o prazo terminou exatamente no dia 12/03/2015.
Neste sentido, a empregada não faz jus à multa do art. 477, § 8º, da CLT.
VII. DO PEDIDO
De acordo com os fatos e fundamentos acima explicitados, requer a Vossa Excelência o acolhimento da presente contestação, a fim de que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e a Reclamante seja condenada ao pagamento das custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa.
VIII. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado mediante todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal da Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário para elucidação dos fatos.
(3 linhas)
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
(2 linhas)
Local e data
(2 linhas)
Advogado OAB/UF

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