direito processual penal lei penal no tempo no espaco inquerito policial aula 01

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Direito Processual do Penal 
Aula: 01 | Data: 01.02.2017 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
1. Lei Processual no Tempo 
2. Lei Processual no Espaço 
3. Inquérito Policial (início e fim) 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
1- Lei Processual no Tempo 
 
- Lei Penal no Tempo não retroage, salvo para beneficiar o réu - Art. 2º, CP e 5º CF. 
- Lei Processual no Tempo é regida pelo princípio de efeito imediato “(tempus regit actum)” – A nova 
lei processual será aplicada a todos os processos em curso, não importando se 
beneficia ou não o réu. Aplica-se em todos os processos em curso, em 
andamento. 
 
- Os atos processuais já realizados permanecerão válidos, ou seja, os interrogatórios, as audiências, 
citações e etc., ficaram do mesmo jeito, da li para a frente aplica-se a lei em vigor, não 
importando se é boa ou ruim. 
 
2- Lei Processual no Espaço 
- Regide pelo princípio da Territorialidade “Lex Fori” (Lei do Lugar). 
O Ato Processual será regido pela lei processual do lugar onde for realizado, (ex. intimação, citação, 
interrogatório, ouvida as testemunhas). 
 Caso Prático: Interrogatório na Bolívia – Lei Processual Boliviana 
 Citação na Colômbia – Lei Colombiana. 
A justificativa desse princípio é a soberania do País, aplica-se a lei do País. 
A lei do lugar onde o ato processual for regido do lugar onde ele for realizado. 
 
3- Contagem de Prazo 
Prazo Penal 
- Conta o dia do começo 
(Exclui o dia do final). 
 
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 MATERIAL DE APOIO 
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 Um Ano 
01/02/17 31/12/18 
- É improrrogável e pode terminar em qualquer dia da semana. 
Prazo Processual 
- Começa a contar no próximo dia útil, a partir da intimação ou citação. 
- Aqui o prazo é prorrogável se cair em feriados e finais de semana, próximo dia útil. 
 
4- Inquérito Policial Art. 4º e SS, CPP 
Não é um processo !!! 
- O Inquérito Policial é um procedimento administrativo, destinado à colheita de provas. 
CARACTERISTICAS: 
a) É escrito – Art. 9º CPP – Todos os atos do IP serão redigidos a termo e colocado no papel. 
b) É inquisitivo - não tem contraditória e ampla defesa. 
O Art. 5º, LV, CF? Não se aplica ao IP. 
c) Sigiloso Art. 20, CPP para garantia e eficácia da investigação. – Exceção: Não é sigiloso par 
algumas pessoas, Juiz, MP e Advogados Art. 7º, EOAB + Súmula Vinculante 14 STF. 
 O advogado tem sempre acesso aos autos da investigação do IP, mas não tem direito de 
acompanhar toda a investigação. 
 A autoridade assegurará o sigilo do inquérito policial (delegado) para: 
- Não atrapalhar a investigação. 
- Preservar a entidade do investigado. 
Exceção: Se o Juiz decretar a investigação sigilosa nem o advogado terá acesso. Isso já ocorria com a 
interceptação telefônica. O advogado só terá acesso aos autos quando for colocado fim ao sigilo. 
d) O IP é dispensável – para o início da ação penal, (não preciso do inquérito para o inicio da ação 
penal), mas as provas são indispensáveis. (Ex: Ata Notorial no cartório, caso de Racismo em 
redes sociais ou internet). 
e) O IP é indisponível – O delegado não pode arquivar o IP, nem mesmo o MP. Quem arquiva é o 
Juiz. 
Não é só a policia que pode fazer a investigação do inquérito. 
5- Existem inquéritos extrapoliciais Art. 4, CPP, permite a investigação feita por outras 
autoridades, (não são feitos por policiais). 
 
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a) Segundo o STF o MP tem poder de investigação, (explicito na CF/88). 
b) Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Art. 58, §3º, CF/88. 
- A CPI tem poder instrutório de juiz, ou seja, pode produzir a mesma prova. 
 - Intimação de testemunha. 
Pode - Requisitar documentos. 
 - Decretar a quebra do sigilo bancário e fiscal. 
 
Não - Decretar Prisões (temporárias, preventivas) - Salvo Prisão em Flagrante. 
Pode -Decretar busca domiciliar. 
 - Decretar intercepção telefônica. 
 
Ex1: A investigação feita pelo MP - segundo o STF, o MP tem poderes de 
investigação. Esses poderes estão implícitos nos Art. 129, I, CF (promotores e 
funcionário). 
 
Ex2: CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Art. 58, §3º, CF. 
 - É a investigação feita por parlamentares. 
 - Pode ser criada em qualquer casa legislativa 
Para criar a CPI se faz necessário de 1/3 de parlamentares, para respectiva casa. 
Encerrada a CPI, é enviado o relatório para o MP. 
 
6- Inicio ao IP + Peça que dá inicio ao IP. 
Depende da Ação Penal de cada crime. 
a) Nos crimes de Ação Penal Pública Incondicionada, (crimes contra a vida). 
- Pode começar de ofício pelo delegado (fazendo um documento chamado portaria). 
- Mediante requisição (ordem) do MP ou do juiz, o delegado não pode indeferir. 
- Mediante requerimento da vítima, e o delegado pode indeferir. 
- Não cabe recurso judicial, mas cabe recurso administrativo para o chefe do delegado. 
 
b) Nos crimes de Ação Penal Pública Condicionada a Representação da Vítima, (estupro em 
regra). 
- Somente pode começar o IP por meio de representação da vítima ou do ofendido. 
 
c) Ação Penal Privada (crimes contra a honra). 
- Somente pode começar o IP por meio de requerimento da vítima. 
 
7- Prazo para Conclusão do Inquérito Policial. 
Câmara dos 
deputados 
Senado 
Assembléia 
Legislativa do 
Estado 
Câmera de 
vereadores 
 
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Regra: - Se o indiciado estiver preso, é de 10 dias (improrrogável). 
- Se o indiciado estiver solto, é de 30 dias (prorrogável pelo juiz). 
Exceção: Lei 11.343/2006 – basta triplicar o prazo da regra geral. 
 - Preso 30 dias 
 - Solto 90 dias 
Obs.: O juiz pode duplicar esses prazos a pedido do delegado, ouvido o MP. Art. 51 da Lei de 
Drogas. 
 
8- Conclusão do Inquérito Policial. 
- Concluído o IP o delegado fará um relatório, dizendo quais provas foram produzidas e a 
conclusão. 
- Não vincula o MP, pois é mera peça informativa. 
Ex.: Caso Ana Hikiman – O delegado poderá dar a sua conclusão dizendo que foi 
legitima defesa do investigado, manda o IP para o MP e só o MP poderá dizer se o 
investigado será denunciado ou não. 
 
9- Opções do Ministério Público com o Inquérito Policial. 
a) – O Promotor pode oferecer a denúncia 
 
b) O Promotor pode requerer o arquivamento: 
- Juiz concordar com o pedido o IP será arquivado. 
- É irrecorrível não cabe recurso. 
- Juiz discordar remete os autos ao Procurador Geral (ao chefe do MP), que vai dar a palavra 
final, se é caso de arquivamento ou denúncia, Art.28, CPP. 
 
O Inquérito pode ser aberto se surgirem novas provas. 
- Juiz Concordar – O IP arquivado: Essa decisão é irrecorrível, não cabe recurso, mas pode ser reaberto 
se surgirem novas provas. 
- Juiz Discorda – Remete os autos ao Procurador Geral (ao chefe do MP), que vai dar a palavra final, se é 
caso de arquivamento ou denúncia, Art.28, CPP. 
 
Juiz pode receber 
Juiz pode rejeitar 
 
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c) O MP pode requisitar novas diligências, pode requisitar novas provas. 
 
Local que prestou serviço.