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ESTUDO DE CASO CC

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ESTUDO DE CASO:
Fístula Arterio-venosa
Ensino Clínico V Prático, turma 3002
Supervisão: Professora Enf. Gabrielle Fonseca
Discentes: KARLA TATYANE REZENDE CARDOSO ANDRADE
STEFANI CATARINA GOIS SANTANA
FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Identificação do Paciente
Nome: F. R. S. Q.
Idade: 37 anos.
Sexo: Feminino.
Diagnóstico clínico: Doença renal em estádio final.
Procedimento cirúrgico: Fístula Arterio-venosa.
Fazer breve histórico da paciente: A paciente estudada F.R.S.Q. foi encaminhada pela Clinica de Nefrologia de Sergipe – Clinese, para o centro cirúrgico do Hospital de Cirurgia de Sergipe, em jejum, no dia 08 de maio de 2017 para o procedimento de confecção de fístula arterio-venosa, com diagnóstico de Doença renal em estádio final. 
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Fazer breve histórico da paciente:
Doença Renal em Estádio Final
Consiste na lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina). A Doença renal crônica tem sua fase mais avançada chamada de fase terminal ou estádio final, nela os rins não conseguem mais manter a homeostase do paciente. Assim, corresponde ao estado sindrômico originado do declínio da função renal por um período de ao menos três meses. Apresenta etiologia multifatorial e, dentre as causas prevalentes encontram-se hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e glomerulonefrites, além de outros fatores de risco tradicionais, como idade avançada, tabagismo, obesidade, elevação dos níveis de colesterol total e LDL. 
Esta doença é classificada em cinco estágios, sustentados pela taxa de filtração glomerular (TFG): estágio 1 quando a TFG é maior que 90 ml/min/1,73 m²; estágio 2 entre 60-89 mL/min/1,73 m²; estágio 3 quando entre 30-59 mL/min/1,73 m²; estágio 4 quando entre 15-29 mL/min/1,73 m2; e estágio 5 quando é menor que 15 ml/min/1,73 m². Uma TFG inferior a 15 ml/min/1,73m² implica em falência renal e necessidade de terapia dialítica ou transplante renal.
Caracteriza-se como uma doença silenciosa e muitas vezes assintomática nos primeiros estágios. Devido à redução da capacidade de filtração glomerular, tem-se a uremia, que é o acúmulo no sangue de substâncias que deveriam ser filtradas e excretadas pelos rins. Além da elevação dos níveis de uréia e creatinina do sangue existe eventualmente o aumento nos níveis de fósforo, magnésio e potássio, ao tempo em que o paciente manifesta profunda anemia. Os sintomas mais comuns podem incluir: Mal-estar geral e fadiga, prurido e pele seca, cefaléia, perda de peso e de apetite, náuseas, dor nos ossos, sonolência e confusão, dificuldade de concentração e raciocínio, dormência nas mãos, pés e outras áreas do corpo, espasmos musculares ou cãibras, mau hálito, sede excessiva, soluços frequentes, baixo nível de interesse sexual e impotência, amenorreia, distúrbios do sono, edemas e vômitos.
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Dados Epidemiológicos
Dez milhões de brasileiros apresentam algum grau de alteração renal;
2 milhões de pessoas apresentam a forma grave da alteração nas funções do rim;
Idosos, hipertensos, diabéticos, pessoas com doenças cardiovasculares ou quem tem histórico familiar de DRC compõem o grupo mais propenso a desenvolver DRC;
52 milhões correm risco de desenvolver a DRC por estarem no grupo de risco.
Classificação da Cirurgia
Quanto a urgência cirúrgica: Eletiva;
Segundo risco cardiológico: Pequeno porte;
Segundo tempo de duração: Porte I;
Segundo a finalidade: Reconstrutora (????);
Segundo potencial de contaminação: Limpa;
Tipo de Anestesia
Local
ASA
ASA III
Posição cirúrgica
Decúbito dorsal
Classificação de estado físico dos pacientes: 
- ASA I: sem alterações fisiológicas ou orgânicas, processo patológico responsável pela cirurgia não causa problemas sistêmicos. 
- ASA II: alteração sistêmica leve ou moderada relacionada com patologia cirúrgica ou enfermidade geral. 
- ASA III: alteração sistêmica intensa relacionado com patologia cirúrgica ou enfermidade geral. 
- ASA IV: distúrbios sistêmico grave que coloca em risco a vida do paciente. 
- ASA V: paciente moribundo que não é esperado que sobreviva sem a operação. 
- ASA VI: paciente com morte cerebral declarada, cujos órgãos estão sendo removidos com propósitos de doação.
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PROCEDIMENTO CIRÚRGICO:
Fístula Arterio-Venosa
Para que o sangue possa ser retirado, limpo e devolvido ao corpo é necessário que seja estabelecido um acesso à circulação do paciente. A fístula arteriovenosa (FAV) é um acesso permanente, criado por meios cirúrgicos. A FAV é uma anastomose (ligação) entre uma veia e uma artéria periférica de pequeno calibre. É confeccionada nos membros superiores, de preferência no antebraço não dominante. Habitualmente é confeccionada utilizando a artéria radial, já que esta não é a artéria dominante em termos de irrigação da mão. Uma das razões para construir a FAV no punho é que em caso de falência da FAV radial, ainda persistem inúmeros locais acima desta onde se pode efetuar nova anastomose. A FAV é o acesso vascular definitivo de eleição para o tratamento hemodialítico, pela sua facilidade de utilização e pelos relativamente poucos riscos que apresenta.
Algumas alterações importantes acontecem ao nível das veias que têm ligação com a artéria. Estando sujeitas à pressão forte e constante de uma artéria, vão dilatar, tornando-se mais salientes e fáceis de puncionar. Por um mecanismo adaptativo à pressão sanguínea do seu interior, vai ocorrer espessamento das paredes da veia, conferindo-lhe assim maior resistência. Essa rede venosa superficial, constituída por veias dilatadas e resistentes e com elevado fluxo sanguíneo é capaz de suportar punções repetidas ao longo de anos.
A FAV deve ser confeccionada, de preferência, num Bloco Operatório por um médico especialista em cirurgia vascular. Geralmente é utilizada anestesia local para a sua confecção. É uma cirurgia simples que demora em média 15 a 30 minutos.
O processo de arterialização das veias não é um processo imediato. Utilizar uma fistula pouco após a sua confecção leva irremediavelmente à sua destruição. Isto porque as veias ainda não estão preparadas para serem puncionadas. O tempo de maturação da FAV é variável, mas em média considera-se um tempo de dois meses após a sua confecção. Durante o processo de maturação, devem ser efetuados alguns exercícios que ajudam a dilatar e a fortalecer as veias. Durante este tempo se for necessário efetuar HD, devem ser utilizados os cateteres centrais como forma de acesso à circulação sanguínea.
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Evolução de Enfermagem
08/05/2017 – F. R. S. Q., encontrava-se em jejum, sentada, consciente, orientada no tempo e espaço, com memórias preservadas, verbalizando, em ar ambiente. Instalado AVP em MSE pela técnica de enfermagem da instituição, encaminhada à sala operatória; orientada quanto ao procedimento pelo cirurgião, posicionada na mesa operatória em decúbito dorsal, instalado oxímetro de pulso; mesa cirúrgica da sala 02 com problemas; encaminhada à sala 08; posicionada novamente em decúbito dorsal, instalado oxímetro de pulso, realizada antissepsia do MSD com clorexidina aquosa, administrada heparina; anestesia local e incisão operatória em região distal do antebraço D; saturação de O2: 100%, FC: 82 bpm; realizada sutura com fio cirúrgico algodão 2-0, curativo oclusivo, procedimento sem intercorrência; orientada quanto à cuidados pós-operatórios e encaminhada à SRPA; retirado AVP e encaminhada à Climese para realização de hemodiálise.
Processo de Enfermagem
Plano de Alta
Referências Bibliográficas
OBRIGADA!!!
Férias? Férias!
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