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LEI DE ESQUEMATIZADA [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. SUMÁRIO LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA (LEI Nº 11.343/06) UNIDADE 1 Antinomia aparente de normas penais na lei de drogas UNIDADE 2 Delito de posse de drogas ilícitas para consumo pessoal 2.1 Semeia, cultiva e colhe pequena quantidade para consumo pessoal 2.2 Critérios utilizados para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal 2.3 Garantia do cumprimento das medidas socioeducativas UNIDADE 3 Vedação da prisão em flagrante para o usuário de drogas UNIDADE 4 Repressão à produção não autorizada de drogas UNIDADE 5 Tráfico ilícito de drogas (art.33 caput e § 1º) 5.1 Outras condutas de tráfico 5.2 Delito de induzimento, auxílio ou instigação ao uso indevido de droga 5.3 Delito do uso compartilhado 5.4 Causa de diminuição de Pena nos delitos tráfico UNIDADE 6 Apetrechos de fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas UNIDADE 7 Delito de associação para o tráfico UNIDADE 8 Financiamento do tráfico 8.1 Entendimento doutrinário UNIDADE 9 Informante do tráfico UNIDADE 10 Prescrição ou ministração culposa de drogas UNIDADE 11 Condução de embarcação ou aeronave sob o efeito de drogas UNIDADE 12 Causas de aumento de pena UNIDADE 13 Delação premiada UNIDADE 14 Aplicação da pena LEI DE DROGAS PARA CONCURSOS [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 15 Vedações UNIDADE 16 Imputabilidade 16.1 Semi-imputabilidade UNIDADE 17 Da investigação, procedimentos e inquérito policial UNIDADE 18 Competência UNIDADE 19 Diversos entendimentos jurisprudenciais UNIDADE 20 Referência Bibliográfica [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 1 Antinomia Aparente de Normas Penais na Lei de Drogas (Conflito Aparente de Normas Penais) CONCEITO: A doutrina define que “há um conflito estabelecido, entre duas ou mais normas aparentemente aplicáveis ao mesmo fato”. Por isso, o conflito é aparente, pois há mais de uma norma pretendendo regular o mesmo fato; entretanto, somente uma delas será aplicada ao caso. Destarte, para solucionar tal conflito, torna-se necessário que busquemos a aplicação de alguns princípios, como por exemplo: Subsidiariedade, Especialidade, Consunção e Alternatividade – S E C A (Grifei). ATENÇÃO: Trabalharei somente o princípio da especialidade, por ser o cerne da obra, porquanto esse assunto está atrelado diretamente às leis especiais ou extravagantes. O QUE É PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE? O princípio da especialidade evidencia que a norma especial afasta a incidência da norma geral. Neste viés, a “norma se diz especial quando contiver os elementos de outra (geral) e acrescentar pormenores. Não há leis ou disposições especiais ou gerais, em termos absolutos. Resultam da comparação entre elas, da qual se aponta uma relação de espécie a gênero. A norma será preponderante quando especial” (Grifei). EXEMPLO: Tico, imputável, entrega cola de sapateiro para Ricardo, de 15 anos completos, em ato continuo, Tico é detido em flagrante por policiais que passavam próximo ao local e presenciaram o fato. Nesta situação hipotética, o Delegado de polícia, Alison Rocha, ao lavrar o auto de prisão em flagrante, indiciará Tico na conduta tipificada no art. 243 do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA (8.069/90), porquanto tal dispositivo menciona que: Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica (...) (Atualizada pela Lei nº 13.106, de 2015). De acordo com a Portaria SVS/MS no344, de 12 de maio de 1998, não aparece em sua lista, cola de sapato (componente tolueno). Nesse caso, aplica-se o princípio da especialidade por ter envolvido um adolescente, porque não foi explicitado o termo “DROGA ILÍCITA”, se fosse, haveria a conduta delituosa preceituada na nova lei de drogas (Lei nº 11.343/06), em tese, no art.33, c/c inciso VI, do art. 40, ambos da lei 11.343/06. IMPORTANTE: A norma Especial será aplicada, seja ela mais grave ou não. QUADRO SINÓTICO COM OUTRO EXEMPLO CONTRABANDO ART. 334-A do CP QUALQUER MERCADORIA PROIBIDA NORMA GERAL TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS ART. 33, CAPUT A MERCADORIA PROIBIDA É, ESPECIFICAMENTE, SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE NORMA ESPECIAL [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. QUESTÕES DE PROVAS (DELEGADO DE PC/ES – CESPE) 1. Considere a seguinte situação hipotética. O comerciante Ronaldo mantém em estoque e frequentemente vende para menores em situação de risco (meninos de rua) produto industrial conhecido como cola de sapateiro. Flagrado pela polícia ao vender uma lata do produto para um adolescente, o comerciante foi apresentado à autoridade policial competente. Nessa situação hipotética, caberá ao delegado de polícia a autuação em flagrante de Ronaldo, por conduta definida como tráfico de substância entorpecente. (AGENTE DE PC/ES – CESPE) 2. O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar substância entorpecente será também responsabilizado pelo crime de contrabando, visto que a droga, de qualquer natureza, é também considerada produto de importação proibida. GABARITOS COMENTADOS 1. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador testa o candidato mais uma vez, porquanto cobra um tema moderno, o conflito aparente de normas penais, em um de seus princípios, o da especialidade. Vejamos com a explanação: o Comerciante terá que responder pela a conduta na lei nº 8.069/90, no art. 243 (...), produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica (...), porque a conduta de vender cola de sapato envolveu adolescente e a droga não está na portaria nº344 SVS/MS. 2. COMENTÁRIO: O item está errado. Neste sentido, o conflito aparente de normas penais, em um de seus princípios, o da especialidade. Vejamos com a explanação: o agente criminoso, ao introduzir substância entorpecente (droga ilícita) no Brasil, ele pratica o crime do art.33, caput, da lei 11.343/06, na elementar –IMPORTAR. Não pode, o criminoso, nessas circunstâncias apresentadas no item, sofrer a reprimenda do art. 334-A (contrabando) do Cód. Penal, por mais que tal dispositivo tenha a elementar IMPORTAR, visto que neste pune-se qualquer mercadoria proibida (norma geral) e naquele (lei de drogas) pune-se especificamente os casos que envolvam mercadoria proibida, mas que seja considerada droga ilícita, de acordo com a portaria do Ministério da Saúde. Aplica-se, assim, o princípio da especialidade e o agente delitivo responderá somente pelo tráfico de drogas (art. 33,caput ). [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 2 Delito de posse de drogas ilícitas para consumo pessoal (art. 28, caput) Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas (...). A nova lei de drogas aboliu as penas privativas de liberdade cominadas na antiga lei, estabelecendo as seguintes sanções como medidas restritivas de direito: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. JURISPRUDÊNCIAS! 1. O STF sedimentou que por ter o legislador excluído do preceito secundário da norma as penas privativas de liberdade, estabelecendo penas educativas e restritivas de direito, gerou um grande conflito (ver RE 430.105-9-RJ), posto que embora tenha ocorrido a exclusão das penas privativas de liberdade (detenção ou reclusão), não houve a abolitio criminis, mas somente a despenalização. No entanto, há um Recurso Extraordinário nº 635659, que pode descriminalizar o consumo e o porte para uso da maconha. “O STF sinaliza que o artigo 28 da Lei de Drogas fere os princípios da CRFB e, portanto, defendem a sua inconstitucionalidade, visto que a criminalização do consumo e porte de maconha podem ser declarados inconstitucionais, baseados nos princípios da individualidade e da vida privada, pois o Estado não pode se meter na privacidade das pessoas tampouco pode criminalizar uma conduta que não fere direitos de terceiros. A autolesão é um exemplo claro. Se alguém desferir uma facada nela mesma, não se trata de crime, pois não ofende terceira pessoa”. Professor Alison, o que faço na prova? Pois bem, na prova objetiva, enquanto não for declarada a inconstitucionalidade do art.28 da lei em comento você irá marcar a alternativa que apresente como resposta que não houve a descriminalização do art.28 caput, que continua sendo considerado crime pelo ordenamento jurídico pátrio. Na prova discursiva e oral você irá complementar sua resposta com a atual discussão no STF sobre a constitucionalidade do art. 28 da lei de drogas. A doutrina majoritária diz que houve a despenalização ou a descarcerização do art.28 da lei de drogas. 2. Os oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do julgamento em 15.06.11 foram unânimes em liberar as manifestações pela legalização das drogas, como a Marcha da Maconha, no Brasil. Eles consideraram que as manifestações são um exercício da liberdade de expressão e não apologia ao crime, como argumentavam juízes que já proibiram a marcha anteriormente. 3. Classifica-se como "droga", para fins da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), a substância apreendida que possua "canabinoides" (característica da espécie vegetal Cannabis sativa), ainda que naquela não haja tetrahidrocanabinol (THC) (STJ/2016). DOUTRINA: Consoante a doutrina clássica, o crime se consuma com a realização de alguma das condutas descritas na norma penal. Além disso, a doutrina majoritária sedimentou entendimento no qual, nessa conduta, tipificadas no do art. 28, da presente lei, não há possibilidade de tentativa. A conduta em análise é classificada pela doutrina moderna como tipo misto alternativo, conhecido também como crime de forma livre ou conteúdo variado, porquanto o legislador descreveu um tipo misto, ou seja, várias ações na mesma norma penal, exigindo-se para a consumação do delito a prática de apenas uma das condutas. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. EXEMPLO: A, imputável, adquiriu, para consumo pessoal, substância conhecida como cloreto de etila (lança perfume), transportou e guardou tal substância em sua casa. Nessa situação, A, se flagrado, será responsabilizado apenas pela conduta de ADQUIRIR, pois os núcleos do tipo TRANSPORTAR e GUARDAR que também constituem elementos objetivos do crime não serão aplicados, uma vez que o agente delitivo responderá por um único crime. Entretanto, se o agente adquirir o lança perfume, transportar cocaína e guardar maconha haverá três crimes diferentes em concurso material, haja vista que uma conduta não tem ligação com a outra, dado a diversidade do contexto fático. Classifica-se também como delito de perigo abstrato, por sua configuração não exigir dano real a terceiro. Ademais, a doutrina tradicional define tal conduta (art.28) como norma penal em branco heterogênea, porque o termo “DROGA” tem a necessidade de ser complementado por norma de caráter administrativo, de hierarquia diferente, como por exemplo, a Portaria SVS/MS (Ministério da Saúde) no 344 de 12 de maio de 1998. O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado em dois anos. QUESTÕES DE PROVAS (DELEGADO DA PC/PE – CESPE) 3. Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. (AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/ES – CESPE) 4. De acordo com a legislação que tipifica o tráfico ilícito e o uso indevido de drogas, são consideradas entorpecentes aquelas capazes de produzir dependência física ou psíquica, constantes nas relações publicadas em conjunto com a lei específica, por esta constituir norma penal em branco. (DEFENSOR PÚBLICO- DPE/ES – CESPE) 5. O STF rejeitou as teses de abolitio criminis e infração penal sui generis para o delito de posse de drogas para o consumo pessoal, afirmando a natureza de crime da conduta perpetrada pelo usuário de drogas, não obstante a despenalização operada pela Lei n.º 11.343/2006. GABARITOS COMENTADOS 3. COMENTÁRIO: O item está certo. Essa questão, em relação ao tema de drogas, está expressa no art. 28: - Advertência; - Prestação de serviços à comunidade; - Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 4. COMENTÁRIO: O item está certo. À luz da doutrina moderna, considera-se norma penal em branco (cegas ou abertas): normas nas quais o preceito secundário (cominação da pena) está completo, permanecendo indeterminado o seu conteúdo. Trata-se, portanto, de uma norma cuja descrição da conduta está incompleta, necessitando de complementação por outra disposição legal ou regulamentar. O item se refere a norma penal em branco, mas podemos especificar ainda mais esta norma, dizendo que ela é norma penal em branco em sentido estrito ou heterogêneo, porquanto o complemento provém de fonte formal diversa; a lei é complementada por ato normativo infralegal, como uma portaria ou um decreto. Destarte, o rol de substâncias entorpecentes, é elencado pela Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) e Portariado Ministério da Saúde. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 5. COMENTÁRIO: O item está certo. O STF sedimentou que a Lei de Drogas não descriminalizou o fato, mas promoveu uma despenalização, a pena não deixa de existir, mas foi radicalmente reduzida em relação à norma legal anterior. Despenalização significa adotar penas alternativas para o ilícito penal de modo que suavize a resposta penal e evite a aplicação da pena privativa de liberdade. Enquanto que descriminalizar seria retirar o caráter ilícito do comportamento, legalizando-o ou transferindo-o para outra área do Direito a aplicação de penalidades. Além disso, rechaçou a tese da abolição do crime e da conduta sui generi. 2.1 Semeia, Cultiva e Colhe pequena quantidade para consumo pessoal Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica (§1º do art. 28). ATENÇÃO: Na antiga redação da lei de drogas (6.368/76), essa conduta em epígrafe era tratada como crime de tráfico de drogas. Com o novo advento da lei 11.343/06 (nova lei de drogas), o legislador corrigiu uma desproporcionalidade, para aqueles que semeiam, cultivam e colhem plantas para preparação de drogas destinadas ao consumo pessoal e em pequena quantidade. QUESTÕES DE PROVAS (ANALISTA JUDICIÁRIO/STF - CESPE) 6. É atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam matéria-prima para a preparação de drogas, ainda que sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. (Juiz Federal/TRF - CESPE) 7. A mencionada lei não contém previsão expressa para o agente que semeia, cultiva ou realiza a colheita de planta destinada à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica, para consumo compartilhado, eventualmente e sem objetivo de lucro, com pessoa de seu relacionamento. (Juiz Federal/TRF – CESPE) 8. Aquele que semeia, cultiva ou colhe, para consumo pessoal, planta destinada à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica, responde por tráfico, dada a ausência dos verbos “semear, cultivar e plantar” na descrição do art. 28 da referida norma. GABARITOS COMENTADOS 6. COMENTÁRIO: O item está errado. Consoante estipula o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, SEMEIA, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica". Data máxima vênia destacar que o examinador não trouxe no item riqueza de detalhes, como por exemplo, para consumo pessoal e pequena quantidade, com isso podemos concluir que seria mais adequado o enquadramento nas regras do art. 33, § 1º, II: - SEMEIA, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas. 7. COMENTÁRIO: O item está certo. Conforme o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica". Destarte, não há previsão expressa para o agente que semeia, cultiva ou realiza a colheita de planta destinada à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica, para consumo compartilhado, eventualmente e sem objetivo de lucro, com pessoa de seu relacionamento (conduta tipificada no § 3º do art. 33). [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 8. COMENTÁRIO: O item está errado. Nosso inimigo tenta confundir a gente, haja vista existir tal tipificação: o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica”. 2.2 Critérios utilizados para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal (§2º, art.28) Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. Preste atenção em um macete que ensino aos meus alunos. NA QUA LO CO CI CO: 1º – NAtureza da substância apreendida; 2º – QUAntidade da substância apreendida; 3º – LOcal em que se desenvolveu a ação; 4º – COndições em que se desenvolveu a ação; 5º – CIrcunstâncias sociais e pessoais do agente; 6º – COnduta e antecedentes do agente. CUIDADO: A quantidade da droga, por si só, não é determinada como único elemento a ser considerado para classificar a conduta de crime de tráfico ou de porte ilegal de drogas para consumo pessoal, já que todos os elementos citados acima serão analisados em conjunto. QUESTÕES DE PROVAS (OFICIAL DE JUSTIÇA /RR – CESPE) 9. A quantidade da substância entorpecente apreendida é circunstância que, por si só, justifica o aumento da pena base acima do mínimo legal. (PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ES – CESPE) 10. Segundo a lei Antidrogas, para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo destina- se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e pessoas e também a conduta e os antecedentes do agente, sob pena de violação do princípio da presunção de inocência. (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2º CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE) 11. Considere que, no decorrer de uma ação policial, foi encontrado no parachoque de um veículo de passeio cerca de 300 gramas de cocaína acondicionados em pequenos envelopes plásticos. Indagado a respeito da destinação da droga, o condutor e único ocupante do veículo declarou que a droga se destinava a consumo próprio. Nessa situação, caberá à autoridade policial competente a prisão em flagrante do infrator por tráfico de drogas, considerando, exclusivamente, a quantidade da substância apreendida. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. GABARITOS COMENTADOS 9. COMENTÁRIO: O item está errado. Observe que o examinador da banca, nosso inimigo, adora esse tema, você tem obrigação de dominá-lo. As regras previstas, no §2º, do art.28 são analisadas em conjunto pelo juiz, todos os elementos. A pegadinha frequente que o inimigo traz é de exclusão de um deles, como apresentado na questão, assim, o item fica incorreto, uma vez que há necessidade de serem analisados pelo magistrado todos os elementos do NA QUA LO CO CI CO: 1º – NAtureza da substância apreendida; 2º – QUAntidade da substância apreendida; 3º – LOcal em que se desenvolveu a ação; 4º – COndições em que se desenvolveu a ação; 5º – CIrcunstâncias sociais e pessoais do agente; 6º – COnduta e antecedentes do agente. As questões 10 e 11 estão erradas e seguem a mesma justificativa da questão 9. 2.3 Garantia do cumprimentodas medidas socioeducativas (§2º, art.28) Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do art. 28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II – multa. IMPORTANTE: O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado (§7º, art. 28). QUESTÕES DE PROVAS (ESCRIVÃO DA PC/ES – CESPE) 12. Caso, em juízo, o usuário de drogas se recuse, injustificadamente, a cumprir as medidas educativas que lhe foram impostas pelo juiz, este poderá submetê-lo, alternativamente, a admoestação verbal ou a pagamento de multa. (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2º CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE) 13. Considere que Joaquim, penalmente imputável, foi abordado em uma barreira policial e, após vistoria em seu veículo, foi encontrada pequena quantidade de maconha. Indagado a respeito, Joaquim alegou que a droga se destinava a consumo pessoal. Nessa situação, uma vez demonstrada a alegação de Joaquim, o policial responsável pela diligência deverá apreender a substância e liberar o usuário mediante admoestação verbal. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. GABARITOS COMENTADOS 12. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador cobrou a lei seca, como também a atenção do candidato, pois trocou o termo sucessivo por alternativo, sendo essa a casca de banana. Vejamos a legis: Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do ART. 28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II – multa. 13. COMENTÁRIO: O item está errado. O inimigo tenta mais uma vez confundir o candidato, ao afirmar que o policial irá admoestar verbalmente o condutor que transportava pequena quantidade de droga ilícita. A pegadinha se situa nesse momento, já que tanto a advertência quanto a admoestação verbal quem realiza é o juiz e nunca o policial, Delegado ou Promotor de Justiça. Vide: Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do ART. 28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I -admoestação verbal; II – multa. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 3 Vedação da prisão em flagrante para o usuário de drogas (§ 2º, art. 48) Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. ATENÇÃO: O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, SALVO se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (§ 1º). QUESTÕES DE PROVAS (OFICIAL DE JUSTIÇA /RR – CESPE) 14. Se a conduta de um agente caracterizar porte ilegal de drogas para consumo pessoal, em regra, esse agente deverá ser submetido à prisão em flagrante, uma vez que a mencionada conduta não foi descriminalizada. (AGENTE DE PC/RR– CESPE) 15. Considere a seguinte situação hipotética. Após consumir, por inteiro, um cigarro contendo substância entorpecente, um indivíduo foi preso por polícias e levado à delegacia mais próxima. Nessa situação, deverá ser lavrado auto de prisão em flagrante pela prática do crime de porte de drogas. (Juiz Federal/TRF 5ª Região – CESPE) 16. Reincidindo o agente na prática do crime de uso de substância entorpecente, caberá a sua prisão em flagrante, devendo ser ele imediatamente encaminhado ao juiz competente. (Juiz Federal/TRF 1ª Região – CESPE) 17. Tratando-se de posse de drogas para consumo pessoal, o agente deve ser processado e julgado no juizado especial criminal competente, ainda que a conduta tenha sido praticada em concurso com o tráfico de drogas, situação em que deve haver separação dos processos. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. GABARITOS COMENTADOS 14. COMENTÁRIO: O item está errado. Esse item é muito importante, porque traz uma regra própria para o agente que adquire (...) droga para consumo pessoal. Essa regra está preceituada no art. 48, §2º. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal. Com isso, reza o § 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado (aplica-se as regras do Juizado Especial Criminal, art.60 da lei 9.999/95) e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. 15. COMENTÁRIO: O item está errado. Aborda dois entendimentos: O 1º está tipificado no §2º do art.48 da lei de drogas, que proíbe a prisão em flagrante do usuário de drogas (art. 28, caput). O 2º está em consonância com a doutrina, as condutas tipificadas no art. 28 da nova lei de drogas não podem ser punidas como pretéritas (fatos passados). Assim, na questão, o agente já havia consumido por inteiro o cigarro de maconha, nesse caso, os policias nada podiam fazer, sob pena de cometerem abuso de autoridade, pois não há materialidade de tal conduta para ocorrer uma intervenção. 16. COMENTÁRIO: O item está errado. Ainda que o agente seja reincidente nas condutas do art. 28, ele não poderá ser preso em flagrante delito. 17. COMENTÁRIO: O item está errado. Se o agente que adquiri (...) droga para consumo pessoal estiver traficando também, além de ocorrer à absorção (princípio da consunção) da conduta menos grave (art. 28) pela conduta mais grave (art. 33), ele perderá o benefício do JECRIN: § 1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, SALVO se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (JECRIN). [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE4 Repressão à produção não autorizada de drogas VAI CAIR NA SUA PROVA! Preste atenção, esse tema está na moda, pois foi alterado pela Lei nº 12.961, de 2014. Na lei de drogas no que diz respeito à destruição: 1. Plantações localizadas: A droga será destruída imediatamente pelo delegado sem Autorização Judicial; 2. Drogas apreendidas com flagrante: O juiz em 10 dias certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará que a droga seja destruída em 15 dias pelo delegado na presença do MP e autoridade sanitária; 3. Drogas destruídas sem flagrante: Será destruída em no máximo 30 dias por incineração Segue a letra fria da lei: Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo (§ 3o). A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária (§ 4o). O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3o, sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. ATENÇÃO: As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. IMPORTANTE: As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor (§ 4º). QUESTÕES DE PROVAS (Inspetor da PC/CE – CESPE) 18. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por interesse público, mediante indenização ao proprietário por meio de títulos da dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação de que as plantações ilícitas foram eliminadas da propriedade. (Delegado de PC/PA – FUNCAB) 19. A destruição de plantações ilícitas não pode se dar de forma imediata pelo Delegado de Polícia, exigindo-se autorização judicial para tal. (Delegado de PC/SC – ACAFE) 20. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. GABARITOS COMENTADOS 18. COMENTÁRIO: O item está errado. A banca misturou os conceitos: As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor (§ 4º). 19. COMENTÁRIO: O item está errado. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 20. COMENTÁRIO: O item está correto. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 5 Tráfico ilícito de drogas (art.33 caput e § 1º) Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (ART.33): Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. Condutas instântaneas, como, por exemplo, os núcleos adquirir e vender, permitem a forma tentada. Condutas permanentes, como, por exemplo, guardar, transportar, trazer consigo e ter em depósito, não admitem a forma tentada. À luz da orientação do STJ, seria possível a forma tentada, quando a correspondência contendo drogas não chegar ao seu destinatário por circunstâncias alheia à vontade do remetente; O crime de tráfico se caracteriza independentemente da ocorrência ou não de dano ao usuário, trata-se de crime de período abstrato; Ocorrendo dentro do mesmo contexto fático, o crime de tráfico absorve o crime de drogas para consumo pessoal; A dependência não determina a figura típica. Pode-se ter um traficante que seja consumidor de droga; Em face ao princípio da especialidade, havendo a importação de drogas ilícitas, haverá tráfico e não contrabando, porquanto o princípio da dupla penalização veda. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. JURISPRUDÊNCIAS! 1. No informativo nº 569 do STJ, evidenciou-se que a conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada (e não tentada), ainda que a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, tenha efetivado a apreensão do material entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. Para que configure a conduta de "adquirir", prevista no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, não é necessária a tradição do entorpecente e o pagamento do preço, bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não é indispensável que a droga tenha sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação da venda. STJ. 6ª Turma. HC 212.528-SC, julgado em 1º/9/2015. 2. Abolitio criminis e cloreto de etila (LANÇA PERFUME): 1.º Posicionamento: Configura abolitio criminis, mesmo se for constatado erro da administração pública, corrigido imediatamente. É a atual orientação do Supremo Tribunal Federal, vide Habeas corpus número 94397/BA de 09.03.2010. “Tráfico de entorpecentes. Comercialização de "lança-perfume". Edição válida da Resolução ANVISA nº 104/2000. Retirada do cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas de uso proscrito. Abolitio criminis. Republicação da Resolução. Irrelevância. Retroatividade da lei penal mais benéfica. HC concedido. A edição, por autoridade competente e de acordo com as disposições regimentais, da Resolução ANVISA nº 104, de 7/12/2000, retirou o cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas de uso proscrito durante a sua vigência, tornando atípicos o uso e tráfico da substância até a nova edição da Resolução, e extinguindo a punibilidade dos fatos ocorridos antes da primeira portaria, nos termos do art. 5º, XL, da Constituição Federal”; 2.º Posicionamento: Não há abolitio criminis. É a orientação do Superior Tribunal de Justiça vide HabeasCorpus número 79916 / PE DJ 01/10/2007 p. 327: “Inocorrente a abolitio criminis em face da exclusão, pela Resolução RDC 104, de 06/12/2000 (DOU 07/12/2000), tomada pelo Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, ad referendum da Diretoria Colegiada, do cloreto de etila da Lista F2 – Lista de Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito no Brasil e o incluiu na Lista D2 – Lista de Insumos Químicos Utilizados como Precursores para a Fabricação e Síntese de Entorpecentes e/ou Psicotrópicos. Resolução que foi republicada, desta feita com a decisão da Diretoria Colegiada da ANVISA incluindo o cloreto de etila na Lista B1 – Lista de Substâncias Psicotrópicas. Prática de ato regulamentar manifestamente inválido pelo Diretor-Presidente da ANVISA, tendo em vista clara e juridicamente indiscutível a não caracterização da urgência a autorizar o Diretor-Presidente a baixar, isoladamente, uma resolução em nome da Diretoria Colegiada”. Destarte, há divergência, porquanto o Supremo Tribunal Federal se orienta a favor da tese da abolitio criminis; o Superior Tribunal de Justiça se posiciona contra essa tese. QUESTÕES DE PROVAS (DELGADO DE PC/PA – CESPE) 21. Não constitui tráfico ilícito de entorpecente a cessão gratuita e eventual de pequena quantidade de substância entorpecente. (DELGADO DE PC/PE – CESPE) 22. Segundo o STJ, configura crime consumado de tráfico de drogas a conduta consistente em negociar, por telefone, a aquisição de entorpecente e disponibilizar veículo para o seu transporte, ainda que o agente não receba a mercadoria, em decorrência de apreensão do material pela polícia, com o auxílio de interceptação telefônica. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. (DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE) 23. No dia 1.º/3/1984, Jorge foi preso em flagrante por ter vendido lança-perfume (cloreto de etila), substância considerada entorpecente por portaria do Ministério da Saúde de 27/1/1983. Todavia, no dia 4/4/1984, houve publicação de nova portaria daquele Ministério excluindo o cloreto de etila do rol de substâncias entorpecentes. Posteriormente, em 13/3/1985, foi publicada outra portaria do Ministério da Saúde, incluindo novamente a referida substância naquela lista. Nessa situação, de acordo com o entendimento do STF, ocorreu a chamada abolitio criminis, e Jorge, em 4/4/1984, deveria ter sido posto em liberdade, não havendo retroação da portaria de 13/3/1985, em face do princípio da irretroatividade da lei penal mais severa. GABARITOS COMENTADOS 21. COMENTÁRIO: O item está errado. Cuidado, visto que o CESPE adora essa pegadinha. Vejamos: Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (ART.33). Essas elementares são de tráfico de drogas, que ocorrerá, ainda que seja gratuito, porquanto tal conduta pode ser realizada para aliciar pessoas (atrair, convidar...). 22. COMENTÁRIO: O item está certo. Não é indispensável que a droga tenha sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação da venda. STJ. 6ª Turma. HC 212.528-SC, julgado em 1º/9/2015. 23. COMENTÁRIO: O item está certo. Configura abolitio criminis, mesmo se for constatado erro da administração pública, corrigido imediatamente. É a atual orientação do Supremo Tribunal Federal, vide Habeas corpus número 94397/BA de 09.03.2010. “Tráfico de entorpecentes. Comercialização de "lança- perfume". Edição válida da Resolução ANVISA nº 104/2000. Retirada do cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas de uso proscrito. Abolitio criminis. Republicação da Resolução. Irrelevância. Retroatividade da lei penal mais benéfica. HC concedido. A edição, por autoridade competente e de acordo com as disposições regimentais, da Resolução ANVISA nº 104, de 7/12/2000, retirou o cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas de uso proscrito durante a sua vigência, tornando atípicos o uso e tráfico da substância até a nova edição da Resolução, e extinguindo a punibilidade dos fatos ocorridos antes da primeira portaria, nos termos do art. 5º, XL, da Constituição Federal. Observe que a questão esta correta, ela se refere explicitamente ao posicionamento do STF; entretanto, se o examinador trouxesse o entendimento do STJ o item estaria incorreto. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 5.1 Outras condutas de tráfico (art. 33,§§ 1º; 2º e 3º) § 1º Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza (pode ser carro, barco, casa, etc.) de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 5.2 Crime de induzimento, instigação ou auxílio ao uso indevido de drogas Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga (crime autônomo) § 2º. Na antiga lei, esta conduta configurava crime de tráfico ilícito de drogas. Na nova lei, a pena passa a ser bem menos severa, privilegiando o legislador essa conduta, que não mais pode ser considerada crime de tráfico de entorpecente. CUIDADO: O auxílio não pode ser genérico, isto é, visar a todos indistintamente. Deve sempre visar a pessoa ou pessoas determinadas. As condutas induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga constitui crime autônomo, não caracteriza tráfico. Todavia, essa conduta pressupõe o dolo de não traficar, do contrário responderá pelo mesmo. UNIDADE 5.3 A figura do uso compartilhado Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem (crime autônomo), §3º do art. 33. ATENÇÃO: Consoante a doutrina moderna, as condutas do art. 28 caput, os §§ 2º e 3º do art.33, não são equiparados a delitos hediondos, porquanto é considerado crime de tráfico de drogas, somente aquele, cuja tipificação se encontra no art. 33, caput e § 1º, da Lei 11.343/2006, segundo expressa disposição constitucional (art. 5º, XLIII), considerado figura equiparada aos crimes hediondos assim definidos em lei (Lei 8.072/90). Eventualidade: o oferecimeto deve ser eventual, ou seja, esporádico. Se for permanente desnatura-se a figura do uso compartilhado. Sem objetivo de lucro: caso haja o fito de lucro, configurar-se-á odelito de tráfico. A doutrina majoritária entende que, a pessoa de seu relacionamento, sendo estas parentes consanguíneos em qualquer grau, colateral, inclusive amigos. Para juntos consumir: essa conduta, não admite que o agente tenha a intenção de arrecadação de clientes para o tráfico. Só se admite, por exemplo, a roda de fumo. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. QUESTÕES DE PROVAS (ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE) 24. Se o dono de um imóvel consentir que nele se consumam ilegalmente substâncias entorpecentes, estará sujeito às penas previstas para o tráfico desta substância. (AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL- CESPE) 25. Aquele que induz, instiga ou auxilia alguém a usar entorpecente ou substância que determine dependência física ou psíquica responderá penalmente segundo as penas cominadas ao crime de tráfico ilícito de entorpecentes. GABARITOS COMENTADOS 24. COMENTÁRIO: O item está errado. Um dos temas mais importante na nova lei de drogas, pois na antiga, esta conduta configurava crime de tráfico de drogas. Já na nova lei, a pena passa a ser bem menos severa, privilegiando o legislador essa conduta, que não mais pode ser considerada crime de tráfico de drogas. Com isso, a questão deixa claro que houve apenas um auxílio por parte do dono do imóvel que consentiu que nele se consumassem ilegalmente substâncias entorpecentes, aplicando as regras do §2º do art. 33 (Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga). Agora, cuidado, porque se o dono do imóvel o cedesse para terceiro traficar, ainda que seja um auxílio, estaria o mesmo (dono) sujeito às penas previstas para o tráfico desta substância (§1º, inciso III do art. 33). 25. COMENTÁRIO: O item está errado. Atualmente o item encontra-se completamente errado, uma vez que as condutas da questão (induzir, instigar ou auxiliar alguém a usar droga) são um delito autônomo previsto no §2º do art. 33, não se caracteriza como tráfico. UNIDADE 5.4 Causa de diminuição de Pena nos delitos tráfico (art. 33, §4º) Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, VEDADA a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa (§4º). IMPORTANTE: O Senado Federal, no dia 17.02.2012, publicou a Resolução n. 5, suspendendo, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução de parte do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, em decorrência dos entendimentos do STF e STJ. JURISPRUDÊNCIAS! 1. Ordem parcialmente concedida tão-somente para remover o óbice da parte final do art. 44 da Lei 11.343/2006, assim como da expressão análoga “vedada a conversão em penas restritivas de direitos”, constante do § 4º do art. 33 do mesmo diploma legal. Declaração incidental de inconstitucionalidade, com efeito, ex nunc, da proibição de substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos; determinando-se ao Juízo da execução penal que faça a avaliação das condições objetivas e subjetivas da convolação em causa, na concreta situação do paciente (STF. HC97256/RS). [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 2. Acompanhando entendimento do Supremo Tribunal Federal, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, em 24 de novembro de 2016, estabeleceu que o tráfico privilegiado de drogas não constitui crime de natureza hedionda. A nova tese foi adotada de forma unânime durante o julgamento de questão de ordem. Assim, o tráfico privilegiado não está sujeito a Lei dos Crimes Hediondos. Com o realinhamento da posição jurisprudencial, o colegiado do STJ decidiu cancelar a Súmula 512, editada em 2014 após o julgamento do REsp 1.329.088 sob o rito dos recursos repetitivos. Em suma, o STF e STJ entendem que o tráfico privilegiado não se equipara ao crime hediondo. Segundo a posição anterior Conforme o entendimento ATUAL Não tinha direito à concessão de anistia, graça e indulto. Passa a ter, em tese, direito à concessão de anistia, graça e indulto, desde que cumpridos os demais requisitos. Para a concessão do livramento condicional, o condenado não podia ser reincidente específico em crimes hediondos ou equiparados e teria que cumprir mais de 2/3 da pena. Para a concessão do livramento condicional, o apenado deverá cumprir 1/3 ou 1/2 da pena, a depender do fato de ser ou não reincidente em crime doloso. Para que ocorresse a progressão de regime, o condenado deveria cumprir: 2/5 da pena, se fosse primário; e 3/5 (três quintos), se fosse reincidente. Para que ocorra a progressão de regime, o condenado deverá cumprir 1/6 da pena. Fonte: site Dizer o Direito 2. Segundo o entendimento que prevalece no STF é possível aplicar o § 4º do art. 33 da LD às “mulas”. O fato de o agente transportar droga, por si só, não é suficiente para afirmar que ele integre a organização criminosa (STF/2016). No entanto, o STJ possui vários precedentes afirmando que, em regra, a "mula" integra a organização criminosa e, portanto, não faz jus ao benefício de redução da pena do §4º do art.33 da LD (STJ/2016). Preste atenção nessas decisões divergentes do STJ, pois na prova a questão que afirmar que o tema está “pacificado, firmado estará incorreta”, uma vez que há duas possibilidades. Para a questão ser considerada correta terá que explicitar o entendimento do STF ou STJ, o examinador deixará isso claro. QUESTÕES DE PROVAS (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL – CESPE) 26. A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecentes possibilita ao condenado por tráfico ilícito de entorpecente, desde que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique a atividades criminosas nem integre organização criminosa, a redução da pena de um sexto a dois terços de sua pena, bem como a conversão desta em penas restritivas de direitos. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. (ANALISTA PROCESSUAL – MPU- CESPE) 27. Em relação ao crime de tráfico de drogas, considera-se, tráfico privilegiado o praticado por agente primário, com bons antecedentes criminais, que não se dedica a atividades criminosas nem integra organização criminosa, sendo-lhe aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços, independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de droga apreendida, ainda que a pena mínima fique aquém do mínimo legal. GABARITOS COMENTADOS 26. COMENTÁRIO: O item está certo. Na época foi considerado pela banca como errado (em 2008), mas atualmente está certo. Cuidado, a VEDAÇÃO não existe mais, haja vista O Senado Federal, no dia 17.02.2012, publicou a Resolução n.°5, suspendendo, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução de parte do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Em decorrência do entendimento do STF e STJ. 27. COMENTÁRIO: O item está certo. Da análise do art. 33, § 4, da Lei de Drogas (n. 11.343/06) depreende-se a certeza de que nos crimes de tráfico ilícito de drogas, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organizaçãocriminosa. Em verdade, o fato de o tráfico ser nacional ou internacional em nada irá influenciar, pois entendeu o STJ que a quantidade e a natureza da droga não irão impedir a aplicação da diminuição de pena decorrente do crime de tráfico privilegiado (STJ REsp 1133945 / MG 15/04/2010). [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 6 Apetrechos para fabricação, preparação, produção de drogas Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (art.34). IMPORTANTE: Consoante a doutrina moderna, a nova lei de drogas prevê expressamente a responsabilidade penal de condutas que, normalmente, seriam apenas atos preparatórios para o crime de tráfico. ATENÇÃO: Os tribunais superiores vêm entendendo pela não aplicação do concurso do crime do art. 34 com o art.33 da lei de drogas, porquanto haveria aplicação do Princípio da consunção conhecido também como Princípio da Absorção, é um princípio aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com existência de um nexo de dependência, de acordo com tal princípio o crime mais grave absorve o crime menos grave. JURISPRUDÊNCIAS! 1. A prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei de Drogas absorve o delito capitulado no art. 34 da mesma lei, desde que não fique caracterizada a existência de contextos autônomos e coexistentes aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma distinta (STJ/2013). 2. Responderá pelo crime de tráfico de drogas (art. 33) em concurso com o art. 34 o agente que, além de ter em depósito certa quantidade de drogas ilícitas em sua residência para fins de mercancia, possuir, no mesmo local e em grande escala, objetos, maquinário e utensílios que constituam laboratório utilizado para a produção, preparo, fabricação e transformação de drogas ilícitas em grandes quantidades. Não se pode aplicar o princípio da consunção porque nesse caso existe autonomia de condutas e os objetos encontrados não seriam meios necessários nem constituíam fase normal de execução daquele delito de tráfico de drogas, possuindo lesividade autônoma para violar o bem jurídico (STJ/2013). Preste atenção nessas decisões divergentes do STJ, pois na prova a questão que afirmar que o tema está “pacificado, firmado estará incorreta”, uma vez que há duas possibilidades. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 7 Crime de associação para o tráfico Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (ART.35). Requisitos ATENÇÃO: Trata-se de delito permanente, a sua consumação não depende da apreensão da droga. A doutrina e a jurisprudência entendem que é perfeitamente possível o concurso entre o delito de tráfico (art.33,caput) com o art.35. Importante notar que para o delito de associação para o tráfico se caracterizar é preciso que haja um animus associativo, ou seja, um ajuste prévio e duradouro. Caso ocorra uma mera reunião ocasional de autores para realização de tráfico ilícito de entorpecente, haverá uma mera coautoria, em concurso eventual de agentes. JURISPRUDÊNCIAS! 1. O juiz pode negar a aplicação do § 4º usando como argumento o fato de o réu, além do delito de tráfico (art. 33), ter praticado também o crime de associação para o tráfico (art. 35) (STJ/2013). 2. Segundo o STJ e o STF, para configuração do tipo de associação para o tráfico, é necessário que haja estabilidade e permanência na associação criminosa. Dessa forma, é atípica a conduta se não houver ânimo associativo permanente (duradouro), mas apenas esporádico (eventual). 3. O crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei 11.343/2006, não é hediondo nem equiparado. No entanto, mesmo assim, o prazo para se obter o livramento condicional é de 2/3 porque este requisito é exigido pelo parágrafo único do art. 44 da Lei de Drogas (STJ/2015). 1) Acordo prévio; 2) Vínculo associativo de fato; 3) Finalidade direcionada para o tráfico ilícito de drogas. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 8 Financiamento do crime de tráfico Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.36). IMPORTANTE: A doutrina dominante entende que esse delito é habitual, não se aperfeiçoa com a prática de um ato eventual de financiamento. A doutrina majoritária entende que há necessidade de relevância do núcleo CUSTEAR, entendendo dessa forma que não seria coerente considerar qualquer tipo de contribuição para efeito de configurar esse crime. Em regra, o crime de financiamento do tráfico deveria caracterizar participação em tal delito; entretanto, com o advento da lei nº 11.343/06 (nova lei de drogas), o legislador trouxe mais uma exceção a teoria monística ou unitária, ao criar a figura penal autônoma preceituada no art. 36 (financiamento do delito de tráfico) da lei em comento. JURISPRUDÊNCIA! 1. Se o agente financia ou custeia o tráfico, mas não pratica nenhum verbo do art. 33: responderá apenas pelo art. 36 da Lei de Drogas. Se o agente, além de financiar ou custear o tráfico, também pratica algum verbo do art. 33: responderá apenas pelo art. 33 c/c o art. 40, VII da Lei de Drogas (não será condenado pelo art. 36) (STJ/2013). [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 9 Informante do tráfico Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.37). IMPORTANTE: Havendo ou não fim de obter lucro, o crime se aperfeiçoa no momento da colaboração com as informações. JURISPRUDÊNCIAS! 1. O Supremo Tribunal Federal, por maioria dos votos, entendeu que a conduta do fogueteiro do tráfico, antes tipificada no artigo 12, parágrafo 2º, inciso III, da Lei 6.368/76 revogada pela Lei 11.343/06, encontra correspondentes na Nova Lei de Drogas Lei 11.343/06. A decisão ocorreu na análise do Habeas Corpus (HC) 106155. 2. NÃO é possível que alguém seja condenado pelo art. 35 e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, da Lei de Drogas em concurso material, sob o argumento de que o réu era associado ao grupo criminoso e que, além disso, atuava também como “olheiro”, nesse caso, o agente deverá responder apenas pelo crime do art. 35 da LD, sem concurso material com o art. 37 (Grifei) (STJ/2013). QUESTÕES DE PROVAS (PAPILOSCOPISTA DA PF/CESPE) 28. O crime de associação para o tráfico de entorpecente e drogas afins exige, para sua consumação, a reiteração ou a habitualidade. (AGENTEDA POLÍCIA FEDERAL/CESPE) 29. É atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente que simplesmente colabora, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. (Agente de Polícia Federal – SIMULADO ) 30. Tício, fogueteiro, avisa os traficantes, por meio de estampidos de fogos de artifício, o momento que o BOPE (Batalham de Operações Especiais) realizava uma mega operação na favela da Rosinha localizada no estado do Rio de Janeiro. Nesse caso hipotético, consoante a mais recente decisão do STF, a ação do fogueteiro é atípica em relação à conduta de colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de tráfico de drogas. GABARITOS COMENTADOS 28. COMENTÁRIO: O item está certo. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.35). O legislador não exigiu que houvesse a reiteração ou habitualidade para o aperfeiçoamento do crime. Destarte, a questão está derrogada. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 29. COMENTÁRIO: O item está errado à luz do art. 37 que tipifica essa conduta como crime. Neste caso, a pegadinha está na afirmação dela ser considerada atípica, haja vista existir a previsão no art.37 da LD. Interessante atentarmos para dois fatores: O 1º está no seguinte caso, imagine que um a agente realize a colaboração, como informante, a um usuário que transporta maconha para consumo pessoal, que na direção que o mesmo segue, policiais o esperam para realizar uma abordagem. Nessa situação, a conduta de tal informante é atípica, uma vez que o legislador especificou as práticas dos crimes (art. 33 caput e §1º e 34), não há previsão de punição para as condutas do art.28. O 2º está conforme os arts. 33 e 34, caso seja considerado partícipe do delito, o indivíduo será punido com uma sanção mais pesada que a prevista para o crime do informante. Assim, teríamos a seguinte incongruência: Se o informante avisa para grupo, organização ou associação, é punido com uma pena mais leve do que se informa somente para um indivíduo. Desta forma, com base na analogia in bonam partem, aceita em nosso ordenamento jurídico, entendem os Tribunais e o CESPE que a tipificação prevista no art. 37 da lei nº 11.343/06, apesar de só tratar de grupo, associação ou organização, também se aplica no caso em que o informante avisa só uma pessoa." 30. COMENTÁRIO: O item está errado. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por maioria dos votos, entendeu que a conduta do fogueteiro do tráfico, antes tipificada no artigo 12, parágrafo 2º, inciso III, da Lei 6.368/76 revogada pela Lei 11.343/06, encontra correspondentes na Nova Lei de Drogas Lei 11.343/06. A decisão ocorreu na análise do Habeas Corpus (HC) 106155. À luz da lei 11.343/06, art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 10 Prescrição ou ministração culposa de drogas Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (art.38). ATENÇÃO: Os núcleos prescrever ou ministrar, para caracterizar o presente delito, devem ocorrer culposamente, do contrário, se as condutas forem dolosas, o agente deverá responder por crime de tráfico de drogas. CUIDADO: O sujeito ativo é o profissional autorizado para prescrever ou ministrar drogas, trata-se de crime próprio, podendo ser praticado por qualquer um destes. Entretanto se a ação for executada por um veterinário têm-se duas possibilidades: se agiu culposamente, a conduta é atípica, uma vez que não há analogia para prejudicar o réu; se for dolosa haverá crime de tráfico ilícito de drogas. JURISPRUDÊNCIA! 1. O STF, nos autos do HC nº 104.382/RJ, afastou a tese de absorção do crime de exercício ilegal da medicina, descrito no art. 282 do Código Penal pelo crime de tráfico de drogas, entendendo que, na hipótese, o autor deva responder pelos dois crimes, ainda que em concurso formal, quando, ao se fazer passar por médico, prescreveu, nessa qualidade, em receituário médico, o uso de substâncias sujeitas ao controle especial da ANVISA. O julgado foi veiculado no Informativo 596 do STF. UNIDADE 11 Condução de embarcação ou aeronave sob o efeito de drogas Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem (art.39). CUIDADO: Esse delito é classificado como formal, se consumando no momento da exposição do dano. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 12 Causas de aumento de pena Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. JURISPRUDÊNCIAS! 1. Consoante o informativo nº 808 do STF, para que incida a causa de aumento de pena prevista no inciso V do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira interestadual pelo agente, sendo suficiente a comprovação de que a substância tinha como destino localidade em outro Estado da Federação. STF. 1ª Turma. HC 122791/MS, julgado em 17/11/2015. STJ. 6ª Turma. REsp 1370391/MS, julgado em 03/11/2015. 2. No Informativo nº 586 do STJ julgado em 16/6/2016 ficou assentado que se o agente importa a droga com objetivo de vendê-la em determinado Estado da Federação, mas, para chegar até o seu destino, ele tem que passar por outros Estados, incidirá, neste caso, apenas a causa de aumento da transnacionalidade (art. 40, I), não devendo ser aplicada a majorante da interestadualidade (art. 40, V) se a intenção do agente não era a de comercializar o entorpecente em mais de um Estado da Federação. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISONROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 3. À luz da atual posição majoritária do STF e STJ, o art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de aumento de pena o fato de a infração ser cometida em transportes públicos. Neste caso, se o agente leva a droga em transporte público, mas não a comercializa dentro do meio de transporte, NÃO haverá incidência da referida majorante, somente deve ser aplicada nos casos em que ficar demonstrada a comercialização efetiva da droga em seu interior. STF. 1ª Turma. HC 122258-MS/STF. 2ª Turma. HC 120624/MS/STJ. 6ª Turma. REsp 1443214-MS. 4. A circunstância de o crime ter sido cometido nas dependências de estabelecimento prisional NÃO pode ser utilizada como fator negativo para fundamentar uma pequena redução da pena na aplicação da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 e, ao mesmo tempo, ser empregada para aumentar a pena como majorante do inciso III do art. 40. Utilizar duas vezes essa circunstância configura indevido bis in idem. Desse modo, neste caso, esta circunstância deverá ser utilizada apenas como causa de aumento do art. 40, III, não sendo valorada negativamente na análise do § 4º do art. 33. 5. A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação para o tráfico (art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 40, VI, da Lei nº 11.343/2006 (STJ/2015). ATENÇÃO: A causa de aumento prevista no inciso VII do art. 40, da presente lei, deve ter sua aplicação limitada para não constituir o bis in idem, isto é, a dupla apenação pelo mesmo fato, porquanto o legislador estabeleceu uma figura penal autônoma no art.36 (financiamento do tráfico). No entanto, de qualquer forma, pode ser aplicada tal majoração nas demais condutas, como por exemplo, a dos artigos 33, 35 ou 37. QUESTÕES DE PROVAS (SEJUS/ ES – CESPE) 31. Suponha que um preso, durante a execução da pena prisional, seja flagrado comercializando substância entorpecente com os demais internos da unidade. Nessa situação, aquele que comercializou a droga deverá responder pelo crime de tráfico de substância entorpecente, com a pena aumentada de um sexto a dois terços, em razão do local onde foi cometida a infração. (Promotor de Justiça/PR) 32. É desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação para incidência da majorante descrita no artigo 40, V, da Lei 11.343/2006. (Promotor de Justiça/PR) 33. É necessária a efetiva comercialização da droga, no interior do transporte público, para incidência do aumento de pena previsto no artigo 40, III, da Lei 11.343/2006. GABARITOS COMENTADOS 31. COMENTÁRIO: O item está certo. O inimigo dessa vez foi benevolente, já que cobrou a lei seca, vejamos - Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais (...). [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 32. COMENTÁRIO: O item está certo. Consoante o informativo nº 808 do STF, para que incida a causa de aumento de pena prevista no inciso V do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira interestadual pelo agente, sendo suficiente a comprovação de que a substância tinha como destino localidade em outro Estado da Federação (Grifei). 33. COMENTÁRIO: O item está certo. À luz do da posição majoritária no STF e STJ, o art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de aumento de pena o fato de a infração ser cometida em transportes públicos. Neste caso, se o agente leva a droga em transporte público, mas não a comercializa dentro do meio de transporte, NÃO haverá incidência da referida majorante, somente deve ser aplicada nos casos em que ficar demonstrada a comercialização efetiva da droga em seu interior. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 13 Delação premiada O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços (art.41). UNIDADE 14 Aplicação da pena O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente (art.42). JURISPRUDÊNCIAS! 1. A natureza e a quantidade da droga NÃO podem ser utilizadas para aumentar a pena-base do réu e também para afastar o tráfico privilegiado (art. 33, § 4º) ou para, reconhecendo-se o direito ao benefício, conceder ao réu uma menor redução de pena. Haveria, nesse caso, bis in idem (STJ/2014). 2. O grau de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da pena. De acordo com a Lei nº 11.343/2006, preponderam apenas a natureza e a quantidade da droga apreendida para o cálculo da dosimetria da pena (STJ/2016). 3. A grande quantidade de droga pode justificar o afastamento da causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º da LD (STJ/2016). 4. O fato de o réu ter ocupação lícita não significa que terá direito, necessariamente, à minorante do § 4º do art. 33 da LD (STJ/2016). 5. Causa de diminuição de pena e ausência de confissão. O STJ, em decisão proferida nos autos do HC nº 131.410/RJ, veiculado no Informativo nº 450, entendeu que, presentes os requisitos necessários à diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 em seu grau máximo, não constitui fundamento legal apto a influir na dosimetria a ausência de confissão ou arrependimento por parte do réu. Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/06, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368/76, sendo vedada a combinação de leis. [ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. UNIDADE 15 Vedações Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos (ART.44). Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. JURISPRUDÊNCIAS! 1. É inconstitucional o art. 44 da Lei n. 11.343/2006 na parte em que proíbe a liberdade provisória para os crimes de tráfico de drogas. Destarte, é permitida a liberdade provisória para o tráfico de drogas, desde que ausentes os requisitos do art. 312 do CPP. STF. Plenário. HC 104339/SP. 2. O Egrégio Supremo Tribunal Federal, em 2010, em sede de controle difuso, julgou inconstitucional os artigos 44 e 33, § 4°, da lei 11.343 de 2006, deixando para o magistrado a faculdade de, no caso concreto, realizar a conversão em penas alternativas. Não obstante essa decisão não ser vinculante, serve como precedente para o juiz,
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