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LEI DE DROGAS.pdf

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LEI DE 
ESQUEMATIZADA 
[ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA 
 
LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA 
 
 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA (LEI Nº 11.343/06) 
 
UNIDADE 1 Antinomia aparente de normas penais na lei de drogas 
 
UNIDADE 2 Delito de posse de drogas ilícitas para consumo pessoal 
 
 2.1 Semeia, cultiva e colhe pequena quantidade para consumo pessoal 
 
 2.2 Critérios utilizados para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal 
 
 2.3 Garantia do cumprimento das medidas socioeducativas 
 
UNIDADE 3 Vedação da prisão em flagrante para o usuário de drogas 
 
UNIDADE 4 Repressão à produção não autorizada de drogas 
 
UNIDADE 5 Tráfico ilícito de drogas (art.33 caput e § 1º) 
 
 5.1 Outras condutas de tráfico 
 
 5.2 Delito de induzimento, auxílio ou instigação ao uso indevido de droga 
 
 5.3 Delito do uso compartilhado 
 
 
 5.4 Causa de diminuição de Pena nos delitos tráfico 
 
UNIDADE 6 Apetrechos de fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas 
 
UNIDADE 7 Delito de associação para o tráfico 
 
UNIDADE 8 Financiamento do tráfico 
 8.1 Entendimento doutrinário 
 
UNIDADE 9 Informante do tráfico 
 
UNIDADE 10 Prescrição ou ministração culposa de drogas 
 
UNIDADE 11 Condução de embarcação ou aeronave sob o efeito de drogas 
 
UNIDADE 12 Causas de aumento de pena 
 
UNIDADE 13 Delação premiada 
 
UNIDADE 14 Aplicação da pena 
 
LEI DE DROGAS PARA CONCURSOS 
[ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA 
 
LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA 
 
 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
UNIDADE 15 Vedações 
 
UNIDADE 16 Imputabilidade 
 16.1 Semi-imputabilidade 
 
UNIDADE 17 Da investigação, procedimentos e inquérito policial 
 
UNIDADE 18 Competência 
 
UNIDADE 19 Diversos entendimentos jurisprudenciais 
 
UNIDADE 20 Referência Bibliográfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA 
 
LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA 
 
 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
UNIDADE 1 
 
 
Antinomia Aparente de Normas Penais na Lei de Drogas (Conflito Aparente de Normas Penais) 
 
 
 
 
CONCEITO: A doutrina define que “há um conflito estabelecido, entre duas ou mais normas aparentemente 
aplicáveis ao mesmo fato”. Por isso, o conflito é aparente, pois há mais de uma norma pretendendo regular o 
mesmo fato; entretanto, somente uma delas será aplicada ao caso. Destarte, para solucionar tal conflito, torna-se 
necessário que busquemos a aplicação de alguns princípios, como por exemplo: Subsidiariedade, Especialidade, 
Consunção e Alternatividade – S E C A (Grifei). 
 
ATENÇÃO: Trabalharei somente o princípio da especialidade, por ser o cerne da obra, porquanto esse assunto está 
atrelado diretamente às leis especiais ou extravagantes. 
 
 
O QUE É PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE? 
O princípio da especialidade evidencia que a norma especial afasta a incidência da norma geral. Neste viés, a “norma 
se diz especial quando contiver os elementos de outra (geral) e acrescentar pormenores. Não há leis ou disposições 
especiais ou gerais, em termos absolutos. Resultam da comparação entre elas, da qual se aponta uma relação de 
espécie a gênero. A norma será preponderante quando especial” (Grifei). 
 
 
EXEMPLO: Tico, imputável, entrega cola de sapateiro para Ricardo, de 15 anos completos, em ato continuo, Tico é 
detido em flagrante por policiais que passavam próximo ao local e presenciaram o fato. Nesta situação hipotética, o 
Delegado de polícia, Alison Rocha, ao lavrar o auto de prisão em flagrante, indiciará Tico na conduta tipificada no art. 
243 do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA (8.069/90), porquanto tal dispositivo menciona que: Art. 
243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a 
adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência 
física ou psíquica (...) (Atualizada pela Lei nº 13.106, de 2015). De acordo com a Portaria SVS/MS no344, de 12 de 
maio de 1998, não aparece em sua lista, cola de sapato (componente tolueno). Nesse caso, aplica-se o princípio da 
especialidade por ter envolvido um adolescente, porque não foi explicitado o termo “DROGA ILÍCITA”, se fosse, 
haveria a conduta delituosa preceituada na nova lei de drogas (Lei nº 11.343/06), em tese, no art.33, c/c inciso VI, 
do art. 40, ambos da lei 11.343/06. 
 
 
IMPORTANTE: A norma Especial será aplicada, seja ela mais grave ou não. 
QUADRO SINÓTICO 
COM OUTRO EXEMPLO
CONTRABANDO 
ART. 334-A do CP
QUALQUER
MERCADORIA 
PROIBIDA
NORMA GERAL
TRÁFICO INTERNACIONAL 
DE DROGAS 
ART. 33, CAPUT
A MERCADORIA PROIBIDA 
É, ESPECIFICAMENTE, 
SUBSTÂNCIA 
ENTORPECENTE
NORMA ESPECIAL
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LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA 
 
 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
(DELEGADO DE PC/ES – CESPE) 
1. Considere a seguinte situação hipotética. O comerciante Ronaldo mantém em estoque e 
frequentemente vende para menores em situação de risco (meninos de rua) produto industrial conhecido 
como cola de sapateiro. Flagrado pela polícia ao vender uma lata do produto para um adolescente, o 
comerciante foi apresentado à autoridade policial competente. Nessa situação hipotética, caberá ao 
delegado de polícia a autuação em flagrante de Ronaldo, por conduta definida como tráfico de substância 
entorpecente. 
 
(AGENTE DE PC/ES – CESPE) 
2. O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar substância entorpecente 
será também responsabilizado pelo crime de contrabando, visto que a droga, de qualquer natureza, é 
também considerada produto de importação proibida. 
 
 
GABARITOS COMENTADOS 
 
1. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador testa o candidato mais uma vez, porquanto cobra um 
tema moderno, o conflito aparente de normas penais, em um de seus princípios, o da especialidade. 
Vejamos com a explanação: o Comerciante terá que responder pela a conduta na lei nº 8.069/90, no 
art. 243 (...), produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica (...), porque a 
conduta de vender cola de sapato envolveu adolescente e a droga não está na portaria nº344 SVS/MS. 
 
 
2. COMENTÁRIO: O item está errado. Neste sentido, o conflito aparente de normas penais, em um de seus 
princípios, o da especialidade. Vejamos com a explanação: o agente criminoso, ao introduzir substância 
entorpecente (droga ilícita) no Brasil, ele pratica o crime do art.33, caput, da lei 11.343/06, na elementar –IMPORTAR. Não pode, o criminoso, nessas circunstâncias apresentadas no item, sofrer a reprimenda do 
art. 334-A (contrabando) do Cód. Penal, por mais que tal dispositivo tenha a elementar IMPORTAR, visto 
que neste pune-se qualquer mercadoria proibida (norma geral) e naquele (lei de drogas) pune-se 
especificamente os casos que envolvam mercadoria proibida, mas que seja considerada droga ilícita, de 
acordo com a portaria do Ministério da Saúde. Aplica-se, assim, o princípio da especialidade e o agente 
delitivo responderá somente pelo tráfico de drogas (art. 33,caput ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA 
 
 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
UNIDADE 2 
 
 
Delito de posse de drogas ilícitas para consumo pessoal (art. 28, caput) 
 
 
Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes 
penas (...). 
A nova lei de drogas aboliu as penas privativas de liberdade cominadas na antiga lei, estabelecendo as 
seguintes sanções como medidas restritivas de direito: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIAS! 
 
 
1. O STF sedimentou que por ter o legislador excluído do preceito secundário da norma as penas privativas 
de liberdade, estabelecendo penas educativas e restritivas de direito, gerou um grande conflito (ver RE 
430.105-9-RJ), posto que embora tenha ocorrido a exclusão das penas privativas de liberdade (detenção 
ou reclusão), não houve a abolitio criminis, mas somente a despenalização. No entanto, há um Recurso 
Extraordinário nº 635659, que pode descriminalizar o consumo e o porte para uso da maconha. 
“O STF sinaliza que o artigo 28 da Lei de Drogas fere os princípios da CRFB e, portanto, defendem a sua 
inconstitucionalidade, visto que a criminalização do consumo e porte de maconha podem ser declarados 
inconstitucionais, baseados nos princípios da individualidade e da vida privada, pois o Estado não pode se 
meter na privacidade das pessoas tampouco pode criminalizar uma conduta que não fere direitos de 
terceiros. A autolesão é um exemplo claro. Se alguém desferir uma facada nela mesma, não se trata de 
crime, pois não ofende terceira pessoa”. 
 
Professor Alison, o que faço na prova? 
Pois bem, na prova objetiva, enquanto não for declarada a inconstitucionalidade do art.28 da lei em 
comento você irá marcar a alternativa que apresente como resposta que não houve a descriminalização 
do art.28 caput, que continua sendo considerado crime pelo ordenamento jurídico pátrio. 
 
Na prova discursiva e oral você irá complementar sua resposta com a atual discussão no STF sobre a 
constitucionalidade do art. 28 da lei de drogas. 
 
A doutrina majoritária diz que houve a despenalização ou a descarcerização do art.28 da lei de drogas. 
 
 
2. Os oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do julgamento em 15.06.11 foram 
unânimes em liberar as manifestações pela legalização das drogas, como a Marcha da Maconha, no Brasil. 
Eles consideraram que as manifestações são um exercício da liberdade de expressão e não apologia ao 
crime, como argumentavam juízes que já proibiram a marcha anteriormente. 
 
 
3. Classifica-se como "droga", para fins da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), a substância apreendida que 
possua "canabinoides" (característica da espécie vegetal Cannabis sativa), ainda que naquela não haja 
tetrahidrocanabinol (THC) (STJ/2016). 
 
DOUTRINA: Consoante a doutrina clássica, o crime se consuma com a realização de alguma das condutas 
descritas na norma penal. Além disso, a doutrina majoritária sedimentou entendimento no qual, nessa 
conduta, tipificadas no do art. 28, da presente lei, não há possibilidade de tentativa. 
A conduta em análise é classificada pela doutrina moderna como tipo misto alternativo, conhecido 
também como crime de forma livre ou conteúdo variado, porquanto o legislador descreveu um tipo misto, 
ou seja, várias ações na mesma norma penal, exigindo-se para a consumação do delito a prática de apenas 
uma das condutas. 
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LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA 
 
 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
EXEMPLO: A, imputável, adquiriu, para consumo pessoal, substância conhecida como cloreto de etila 
(lança perfume), transportou e guardou tal substância em sua casa. Nessa situação, A, se flagrado, será 
responsabilizado apenas pela conduta de ADQUIRIR, pois os núcleos do tipo TRANSPORTAR e GUARDAR 
que também constituem elementos objetivos do crime não serão aplicados, uma vez que o agente delitivo 
responderá por um único crime. Entretanto, se o agente adquirir o lança perfume, transportar cocaína e 
guardar maconha haverá três crimes diferentes em concurso material, haja vista que uma conduta não 
tem ligação com a outra, dado a diversidade do contexto fático. Classifica-se também como delito de 
perigo abstrato, por sua configuração não exigir dano real a terceiro. Ademais, a doutrina tradicional 
define tal conduta (art.28) como norma penal em branco heterogênea, porque o termo “DROGA” tem a 
necessidade de ser complementado por norma de caráter administrativo, de hierarquia diferente, como 
por exemplo, a Portaria SVS/MS (Ministério da Saúde) no 344 de 12 de maio de 1998. 
 
O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado em dois anos. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
 
(DELEGADO DA PC/PE – CESPE) 
3. Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo 
pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela poderá ser submetida à pena de advertência sobre 
os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
 
(AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/ES – CESPE) 
4. De acordo com a legislação que tipifica o tráfico ilícito e o uso indevido de drogas, são consideradas 
entorpecentes aquelas capazes de produzir dependência física ou psíquica, constantes nas relações 
publicadas em conjunto com a lei específica, por esta constituir norma penal em branco. 
 
 
(DEFENSOR PÚBLICO- DPE/ES – CESPE) 
5. O STF rejeitou as teses de abolitio criminis e infração penal sui generis para o delito de posse de drogas 
para o consumo pessoal, afirmando a natureza de crime da conduta perpetrada pelo usuário de drogas, 
não obstante a despenalização operada pela Lei n.º 11.343/2006. 
 
GABARITOS COMENTADOS 
 
3. COMENTÁRIO: O item está certo. Essa questão, em relação ao tema de drogas, está expressa no art. 28: 
- Advertência; 
- Prestação de serviços à comunidade; 
- Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
4. COMENTÁRIO: O item está certo. À luz da doutrina moderna, considera-se norma penal em branco 
(cegas ou abertas): normas nas quais o preceito secundário (cominação da pena) está completo, 
permanecendo indeterminado o seu conteúdo. Trata-se, portanto, de uma norma cuja descrição da 
conduta está incompleta, necessitando de complementação por outra disposição legal ou regulamentar. 
O item se refere a norma penal em branco, mas podemos especificar ainda mais esta norma, dizendo que 
ela é norma penal em branco em sentido estrito ou heterogêneo, porquanto o complemento provém de 
fonte formal diversa; a lei é complementada por ato normativo infralegal, como uma portaria ou um 
decreto. Destarte, o rol de substâncias entorpecentes, é elencado pela Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) e 
Portariado Ministério da Saúde. 
 
 
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LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA 
 
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5. COMENTÁRIO: O item está certo. O STF sedimentou que a Lei de Drogas não descriminalizou o fato, 
mas promoveu uma despenalização, a pena não deixa de existir, mas foi radicalmente reduzida em relação 
à norma legal anterior. Despenalização significa adotar penas alternativas para o ilícito penal de modo que 
suavize a resposta penal e evite a aplicação da pena privativa de liberdade. Enquanto que descriminalizar 
seria retirar o caráter ilícito do comportamento, legalizando-o ou transferindo-o para outra área do Direito 
a aplicação de penalidades. Além disso, rechaçou a tese da abolição do crime e da conduta sui generi. 
 
 
2.1 Semeia, Cultiva e Colhe pequena quantidade para consumo pessoal 
 
 
Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência 
física ou psíquica (§1º do art. 28). 
 
 
ATENÇÃO: Na antiga redação da lei de drogas (6.368/76), essa conduta em epígrafe era tratada como 
crime de tráfico de drogas. Com o novo advento da lei 11.343/06 (nova lei de drogas), o legislador corrigiu 
uma desproporcionalidade, para aqueles que semeiam, cultivam e colhem plantas para preparação de 
drogas destinadas ao consumo pessoal e em pequena quantidade. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
 
(ANALISTA JUDICIÁRIO/STF - CESPE) 
6. É atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam matéria-prima para a preparação de 
drogas, ainda que sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
 
(Juiz Federal/TRF - CESPE) 
7. A mencionada lei não contém previsão expressa para o agente que semeia, cultiva ou realiza a colheita 
de planta destinada à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar 
dependência física ou psíquica, para consumo compartilhado, eventualmente e sem objetivo de lucro, com 
pessoa de seu relacionamento. 
 
 
(Juiz Federal/TRF – CESPE) 
8. Aquele que semeia, cultiva ou colhe, para consumo pessoal, planta destinada à preparação de pequena 
quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica, responde por tráfico, 
dada a ausência dos verbos “semear, cultivar e plantar” na descrição do art. 28 da referida norma. 
 
GABARITOS COMENTADOS 
 
 
 6. COMENTÁRIO: O item está errado. Consoante estipula o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às 
mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, SEMEIA, cultiva ou colhe plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência 
física ou psíquica". Data máxima vênia destacar que o examinador não trouxe no item riqueza de detalhes, 
como por exemplo, para consumo pessoal e pequena quantidade, com isso podemos concluir que seria 
mais adequado o enquadramento nas regras do art. 33, § 1º, II: - SEMEIA, cultiva ou faz a colheita, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em 
matéria-prima para a preparação de drogas. 
 
7. COMENTÁRIO: O item está certo. Conforme o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas 
submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de 
pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica". Destarte, 
não há previsão expressa para o agente que semeia, cultiva ou realiza a colheita de planta destinada à 
preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou 
psíquica, para consumo compartilhado, eventualmente e sem objetivo de lucro, com pessoa de seu 
relacionamento (conduta tipificada no § 3º do art. 33). 
[ www.beabadoconcurso.com.br ] PROFESSOR ALISON ROCHA 
 
LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA 
 
 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
8. COMENTÁRIO: O item está errado. Nosso inimigo tenta confundir a gente, haja vista existir tal 
tipificação: o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas submete-se quem, para seu 
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de 
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica”. 
 
2.2 Critérios utilizados para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal (§2º, art.28) 
 
Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da 
substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e 
pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
 
Preste atenção em um macete que ensino aos meus alunos. 
 
NA QUA LO CO CI CO: 1º – NAtureza da substância apreendida; 
 
2º – QUAntidade da substância apreendida; 
 
3º – LOcal em que se desenvolveu a ação; 
 
4º – COndições em que se desenvolveu a ação; 
 
5º – CIrcunstâncias sociais e pessoais do agente; 
 
6º – COnduta e antecedentes do agente. 
 
 
CUIDADO: A quantidade da droga, por si só, não é determinada como único elemento a ser considerado 
para classificar a conduta de crime de tráfico ou de porte ilegal de drogas para consumo pessoal, já que 
todos os elementos citados acima serão analisados em conjunto. 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
(OFICIAL DE JUSTIÇA /RR – CESPE) 
9. A quantidade da substância entorpecente apreendida é circunstância que, por si só, justifica o aumento 
da pena base acima do mínimo legal. 
 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ES – CESPE) 
10. Segundo a lei Antidrogas, para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo destina-
se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às 
condições em que se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e pessoas e também a 
conduta e os antecedentes do agente, sob pena de violação do princípio da presunção de inocência. 
 
(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2º CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE) 
11. Considere que, no decorrer de uma ação policial, foi encontrado no parachoque de um veículo de 
passeio cerca de 300 gramas de cocaína acondicionados em pequenos envelopes plásticos. Indagado a 
respeito da destinação da droga, o condutor e único ocupante do veículo declarou que a droga se 
destinava a consumo próprio. Nessa situação, caberá à autoridade policial competente a prisão em 
flagrante do infrator por tráfico de drogas, considerando, exclusivamente, a quantidade da substância 
apreendida. 
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GABARITOS COMENTADOS 
 
9. COMENTÁRIO: O item está errado. Observe que o examinador da banca, nosso inimigo, adora esse 
tema, você tem obrigação de dominá-lo. As regras previstas, no §2º, do art.28 são analisadas em conjunto 
pelo juiz, todos os elementos. A pegadinha frequente que o inimigo traz é de exclusão de um deles, como 
apresentado na questão, assim, o item fica incorreto, uma vez que há necessidade de serem analisados 
pelo magistrado todos os elementos do NA QUA LO CO CI CO: 
 
1º – NAtureza da substância apreendida; 
2º – QUAntidade da substância apreendida; 
3º – LOcal em que se desenvolveu a ação; 
4º – COndições em que se desenvolveu a ação; 
5º – CIrcunstâncias sociais e pessoais do agente; 
6º – COnduta e antecedentes do agente. 
As questões 10 e 11 estão erradas e seguem a mesma justificativa da questão 9. 
 
 2.3 Garantia do cumprimentodas medidas socioeducativas (§2º, art.28) 
 
Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do 
art. 28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida 
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o 
agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II – multa. 
 
IMPORTANTE: O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, 
estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado (§7º, art. 28). 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
(ESCRIVÃO DA PC/ES – CESPE) 
12. Caso, em juízo, o usuário de drogas se recuse, injustificadamente, a cumprir as medidas educativas que 
lhe foram impostas pelo juiz, este poderá submetê-lo, alternativamente, a admoestação verbal ou a 
pagamento de multa. 
 
(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2º CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE) 
13. Considere que Joaquim, penalmente imputável, foi abordado em uma barreira policial e, após vistoria 
em seu veículo, foi encontrada pequena quantidade de maconha. Indagado a respeito, Joaquim alegou que 
a droga se destinava a consumo pessoal. Nessa situação, uma vez demonstrada a alegação de Joaquim, o 
policial responsável pela diligência deverá apreender a substância e liberar o usuário mediante 
admoestação verbal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITOS COMENTADOS 
 
12. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador cobrou a lei seca, como também a atenção do 
candidato, pois trocou o termo sucessivo por alternativo, sendo essa a casca de banana. Vejamos a legis: 
Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do ART. 
28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa 
de comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o 
juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II – multa. 
 
13. COMENTÁRIO: O item está errado. O inimigo tenta mais uma vez confundir o candidato, ao afirmar 
que o policial irá admoestar verbalmente o condutor que transportava pequena quantidade de droga 
ilícita. A pegadinha se situa nesse momento, já que tanto a advertência quanto a admoestação verbal 
quem realiza é o juiz e nunca o policial, Delegado ou Promotor de Justiça. Vide: Para garantia do 
cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do ART. 28 (I advertência 
sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de 
comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o 
juiz submetê-lo, sucessivamente a: I -admoestação verbal; II – multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 3 
 
Vedação da prisão em flagrante para o usuário de drogas (§ 2º, art. 48) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor 
do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso 
de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e 
perícias necessários. 
 
 
ATENÇÃO: O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, SALVO se houver concurso 
com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e 
seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais 
(§ 1º). 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
(OFICIAL DE JUSTIÇA /RR – CESPE) 
14. Se a conduta de um agente caracterizar porte ilegal de drogas para consumo pessoal, em regra, esse 
agente deverá ser submetido à prisão em flagrante, uma vez que a mencionada conduta não foi 
descriminalizada. 
 
(AGENTE DE PC/RR– CESPE) 
15. Considere a seguinte situação hipotética. Após consumir, por inteiro, um cigarro contendo substância 
entorpecente, um indivíduo foi preso por polícias e levado à delegacia mais próxima. Nessa situação, 
deverá ser lavrado auto de prisão em flagrante pela prática do crime de porte de drogas. 
 
(Juiz Federal/TRF 5ª Região – CESPE) 
16. Reincidindo o agente na prática do crime de uso de substância entorpecente, caberá a sua prisão em 
flagrante, devendo ser ele imediatamente encaminhado ao juiz competente. 
 
(Juiz Federal/TRF 1ª Região – CESPE) 
17. Tratando-se de posse de drogas para consumo pessoal, o agente deve ser processado e julgado no 
juizado especial criminal competente, ainda que a conduta tenha sido praticada em concurso com o tráfico 
de drogas, situação em que deve haver separação dos processos. 
 
 
 
 
 
 
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GABARITOS COMENTADOS 
 
14. COMENTÁRIO: O item está errado. Esse item é muito importante, porque traz uma regra própria para 
o agente que adquire (...) droga para consumo pessoal. Essa regra está preceituada no art. 48, §2º. O 
procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste 
Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução 
Penal. Com isso, reza o § 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em 
flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta 
deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado (aplica-se as regras 
do Juizado Especial Criminal, art.60 da lei 9.999/95) e providenciando-se as requisições dos exames e 
perícias necessários. 
 
15. COMENTÁRIO: O item está errado. Aborda dois entendimentos: O 1º está tipificado no §2º do art.48 
da lei de drogas, que proíbe a prisão em flagrante do usuário de drogas (art. 28, caput). O 2º está em 
consonância com a doutrina, as condutas tipificadas no art. 28 da nova lei de drogas não podem ser 
punidas como pretéritas (fatos passados). Assim, na questão, o agente já havia consumido por inteiro o 
cigarro de maconha, nesse caso, os policias nada podiam fazer, sob pena de cometerem abuso de 
autoridade, pois não há materialidade de tal conduta para ocorrer uma intervenção. 
 
16. COMENTÁRIO: O item está errado. Ainda que o agente seja reincidente nas condutas do art. 28, ele 
não poderá ser preso em flagrante delito. 
 
17. COMENTÁRIO: O item está errado. Se o agente que adquiri (...) droga para consumo pessoal estiver 
traficando também, além de ocorrer à absorção (princípio da consunção) da conduta menos grave (art. 28) 
pela conduta mais grave (art. 33), ele perderá o benefício do JECRIN: § 1o O agente de qualquer das 
condutas previstas no art. 28 desta Lei, SALVO se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 
37 desta Lei será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de 
setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (JECRIN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE4 
 
Repressão à produção não autorizada de drogas 
 
 
VAI CAIR NA SUA PROVA! 
Preste atenção, esse tema está na moda, pois foi alterado pela Lei nº 12.961, de 2014. 
 
Na lei de drogas no que diz respeito à destruição: 
1. Plantações localizadas: A droga será destruída imediatamente pelo delegado sem Autorização Judicial; 
 
2. Drogas apreendidas com flagrante: O juiz em 10 dias certificará a regularidade formal do laudo de 
constatação e determinará que a droga seja destruída em 15 dias pelo delegado na presença do MP e 
autoridade sanitária; 
 
3. Drogas destruídas sem flagrante: Será destruída em no máximo 30 dias por incineração 
 
Segue a letra fria da lei: 
Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade 
formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra 
necessária à realização do laudo definitivo (§ 3o). 
 
A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias 
na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária (§ 4o). 
 
O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3o, sendo lavrado 
auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. 
 
ATENÇÃO: As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, 
que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições 
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
 
IMPORTANTE: As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no 
art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor (§ 4º). 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
 
(Inspetor da PC/CE – CESPE) 
18. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por interesse público, mediante 
indenização ao proprietário por meio de títulos da dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação 
de que as plantações ilícitas foram eliminadas da propriedade. 
 
(Delegado de PC/PA – FUNCAB) 
19. A destruição de plantações ilícitas não pode se dar de forma imediata pelo Delegado de Polícia, 
exigindo-se autorização judicial para tal. 
 
(Delegado de PC/SC – ACAFE) 
20. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que recolherá 
quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições 
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
 
 
 
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GABARITOS COMENTADOS 
 
18. COMENTÁRIO: O item está errado. A banca misturou os conceitos: As glebas cultivadas com 
plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo 
com a legislação em vigor (§ 4º). 
 
19. COMENTÁRIO: O item está errado. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas 
pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, 
de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, 
asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
 
20. COMENTÁRIO: O item está correto. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas 
pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, 
de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, 
asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 5 
 
Tráfico ilícito de drogas (art.33 caput e § 1º) 
 
 
 
 
 
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer 
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar (ART.33): 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e 
quinhentos) dias-multa. 
 
 
Condutas instântaneas, como, por exemplo, os 
núcleos adquirir e vender, permitem a 
forma tentada. 
Condutas permanentes, como, por exemplo, 
guardar, transportar, trazer consigo e ter em 
depósito, não admitem a forma tentada. 
À luz da orientação do STJ, seria possível a forma tentada, quando a correspondência
contendo drogas não chegar ao seu destinatário por circunstâncias alheia à vontade
do remetente;
O crime de tráfico se caracteriza independentemente da ocorrência ou não de dano ao
usuário, trata-se de crime de período abstrato;
Ocorrendo dentro do mesmo contexto fático, o crime de tráfico absorve o crime de
drogas para consumo pessoal;
A dependência não determina a figura típica. Pode-se ter um traficante que seja
consumidor de droga;
Em face ao princípio da especialidade, havendo a importação de drogas ilícitas, haverá
tráfico e não contrabando, porquanto o princípio da dupla penalização veda.
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JURISPRUDÊNCIAS! 
 
1. No informativo nº 569 do STJ, evidenciou-se que a conduta consistente em negociar por telefone a 
aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do 
entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada (e não tentada), ainda que 
a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, tenha efetivado a apreensão do 
material entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. Para que configure a conduta 
de "adquirir", prevista no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, não é necessária a tradição do entorpecente e o 
pagamento do preço, bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não é indispensável que a droga tenha 
sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação 
da venda. STJ. 6ª Turma. HC 212.528-SC, julgado em 1º/9/2015. 
 
2. Abolitio criminis e cloreto de etila (LANÇA PERFUME): 
 
1.º Posicionamento: Configura abolitio criminis, mesmo se for constatado erro da administração pública, 
corrigido imediatamente. É a atual orientação do Supremo Tribunal Federal, vide Habeas corpus número 
94397/BA de 09.03.2010. “Tráfico de entorpecentes. Comercialização de "lança-perfume". Edição válida da 
Resolução ANVISA nº 104/2000. Retirada do cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas de uso 
proscrito. Abolitio criminis. Republicação da Resolução. Irrelevância. Retroatividade da lei penal mais 
benéfica. HC concedido. A edição, por autoridade competente e de acordo com as disposições regimentais, 
da Resolução ANVISA nº 104, de 7/12/2000, retirou o cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas 
de uso proscrito durante a sua vigência, tornando atípicos o uso e tráfico da substância até a nova edição 
da Resolução, e extinguindo a punibilidade dos fatos ocorridos antes da primeira portaria, nos termos do 
art. 5º, XL, da Constituição Federal”; 
 
2.º Posicionamento: Não há abolitio criminis. É a orientação do Superior Tribunal de Justiça vide HabeasCorpus número 79916 / PE DJ 01/10/2007 p. 327: “Inocorrente a abolitio criminis em face da exclusão, pela 
Resolução RDC 104, de 06/12/2000 (DOU 07/12/2000), tomada pelo Diretor-Presidente da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, ad referendum da Diretoria Colegiada, do cloreto de etila da 
Lista F2 – Lista de Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito no Brasil e o incluiu na Lista D2 – Lista de 
Insumos Químicos Utilizados como Precursores para a Fabricação e Síntese de Entorpecentes e/ou 
Psicotrópicos. Resolução que foi republicada, desta feita com a decisão da Diretoria Colegiada da ANVISA 
incluindo o cloreto de etila na Lista B1 – Lista de Substâncias Psicotrópicas. Prática de ato regulamentar 
manifestamente inválido pelo Diretor-Presidente da ANVISA, tendo em vista clara e juridicamente 
indiscutível a não caracterização da urgência a autorizar o Diretor-Presidente a baixar, isoladamente, uma 
resolução em nome da Diretoria Colegiada”. 
Destarte, há divergência, porquanto o Supremo Tribunal Federal se orienta a favor da tese da abolitio 
criminis; o Superior Tribunal de Justiça se posiciona contra essa tese. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
 
(DELGADO DE PC/PA – CESPE) 
21. Não constitui tráfico ilícito de entorpecente a cessão gratuita e eventual de pequena quantidade de 
substância entorpecente. 
 
(DELGADO DE PC/PE – CESPE) 
22. Segundo o STJ, configura crime consumado de tráfico de drogas a conduta consistente em negociar, 
por telefone, a aquisição de entorpecente e disponibilizar veículo para o seu transporte, ainda que o 
agente não receba a mercadoria, em decorrência de apreensão do material pela polícia, com o auxílio de 
interceptação telefônica. 
 
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(DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE) 
23. No dia 1.º/3/1984, Jorge foi preso em flagrante por ter vendido lança-perfume (cloreto de etila), 
substância considerada entorpecente por portaria do Ministério da Saúde de 27/1/1983. Todavia, no dia 
4/4/1984, houve publicação de nova portaria daquele Ministério excluindo o cloreto de etila do rol de 
substâncias entorpecentes. Posteriormente, em 13/3/1985, foi publicada outra portaria do Ministério da 
Saúde, incluindo novamente a referida substância naquela lista. Nessa situação, de acordo com o 
entendimento do STF, ocorreu a chamada abolitio criminis, e Jorge, em 4/4/1984, deveria ter sido posto 
em liberdade, não havendo retroação da portaria de 13/3/1985, em face do princípio da irretroatividade 
da lei penal mais severa. 
 
GABARITOS COMENTADOS 
 
21. COMENTÁRIO: O item está errado. Cuidado, visto que o CESPE adora essa pegadinha. Vejamos: 
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer 
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar (ART.33). Essas elementares são de tráfico de drogas, que ocorrerá, ainda que seja gratuito, 
porquanto tal conduta pode ser realizada para aliciar pessoas (atrair, convidar...). 
 
22. COMENTÁRIO: O item está certo. Não é indispensável que a droga tenha sido entregue ao 
comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação da venda. STJ. 6ª 
Turma. HC 212.528-SC, julgado em 1º/9/2015. 
 
23. COMENTÁRIO: O item está certo. Configura abolitio criminis, mesmo se for constatado erro da 
administração pública, corrigido imediatamente. É a atual orientação do Supremo Tribunal Federal, vide 
Habeas corpus número 94397/BA de 09.03.2010. “Tráfico de entorpecentes. Comercialização de "lança-
perfume". Edição válida da Resolução ANVISA nº 104/2000. Retirada do cloreto de etila da lista de 
substâncias psicotrópicas de uso proscrito. Abolitio criminis. Republicação da Resolução. Irrelevância. 
Retroatividade da lei penal mais benéfica. HC concedido. A edição, por autoridade competente e de acordo 
com as disposições regimentais, da Resolução ANVISA nº 104, de 7/12/2000, retirou o cloreto de etila da 
lista de substâncias psicotrópicas de uso proscrito durante a sua vigência, tornando atípicos o uso e tráfico 
da substância até a nova edição da Resolução, e extinguindo a punibilidade dos fatos ocorridos antes da 
primeira portaria, nos termos do art. 5º, XL, da Constituição Federal. Observe que a questão esta correta, 
ela se refere explicitamente ao posicionamento do STF; entretanto, se o examinador trouxesse o 
entendimento do STJ o item estaria incorreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 5.1 
 
Outras condutas de tráfico (art. 33,§§ 1º; 2º e 3º) 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em 
depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas; 
 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza (pode ser carro, barco, casa, etc.) de que tem a 
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico 
ilícito de drogas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 5.2 
 
Crime de induzimento, instigação ou auxílio ao uso indevido de drogas 
 
 
Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga (crime autônomo) § 2º. 
 
 
 
Na antiga lei, esta conduta configurava crime de tráfico ilícito de drogas. Na nova lei, a pena passa a ser 
bem menos severa, privilegiando o legislador essa conduta, que não mais pode ser considerada crime de 
tráfico de entorpecente. 
 
CUIDADO: O auxílio não pode ser genérico, isto é, visar a todos indistintamente. Deve sempre visar a 
pessoa ou pessoas determinadas. 
 
As condutas induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga constitui crime autônomo, não 
caracteriza tráfico. Todavia, essa conduta pressupõe o dolo de não traficar, do contrário responderá pelo 
mesmo. 
 
UNIDADE 5.3 
 
A figura do uso compartilhado 
 
 
Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem (crime autônomo), §3º do art. 33. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: Consoante a doutrina moderna, as condutas do art. 28 caput, os §§ 2º e 3º do art.33, não são 
equiparados a delitos hediondos, porquanto é considerado crime de tráfico de drogas, somente aquele, 
cuja tipificação se encontra no art. 33, caput e § 1º, da Lei 11.343/2006, segundo expressa disposição 
constitucional (art. 5º, XLIII), considerado figura equiparada aos crimes hediondos assim definidos em lei 
(Lei 8.072/90). 
 
 
 
 Eventualidade: o oferecimeto deve ser eventual, ou seja, esporádico. Se for permanente 
desnatura-se a figura do uso compartilhado. 
 Sem objetivo de lucro: caso haja o fito de lucro, configurar-se-á odelito de tráfico.
 A doutrina majoritária entende que, a pessoa de seu relacionamento, sendo estas parentes 
consanguíneos em qualquer grau, colateral, inclusive amigos. 
 Para juntos consumir: essa conduta, não admite que o agente tenha a intenção de 
arrecadação de clientes para o tráfico. Só se admite, por exemplo, a roda de fumo. 
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QUESTÕES DE PROVAS 
 
(ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE) 
24. Se o dono de um imóvel consentir que nele se consumam ilegalmente substâncias entorpecentes, 
estará sujeito às penas previstas para o tráfico desta substância. 
 
(AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL- CESPE) 
25. Aquele que induz, instiga ou auxilia alguém a usar entorpecente ou substância que determine 
dependência física ou psíquica responderá penalmente segundo as penas cominadas ao crime de tráfico 
ilícito de entorpecentes. 
 
GABARITOS COMENTADOS 
 
24. COMENTÁRIO: O item está errado. Um dos temas mais importante na nova lei de drogas, pois na 
antiga, esta conduta configurava crime de tráfico de drogas. Já na nova lei, a pena passa a ser bem menos 
severa, privilegiando o legislador essa conduta, que não mais pode ser considerada crime de tráfico de 
drogas. Com isso, a questão deixa claro que houve apenas um auxílio por parte do dono do imóvel que 
consentiu que nele se consumassem ilegalmente substâncias entorpecentes, aplicando as regras do §2º 
do art. 33 (Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga). Agora, cuidado, porque se o 
dono do imóvel o cedesse para terceiro traficar, ainda que seja um auxílio, estaria o mesmo (dono) sujeito 
às penas previstas para o tráfico desta substância (§1º, inciso III do art. 33). 
 
25. COMENTÁRIO: O item está errado. Atualmente o item encontra-se completamente errado, uma vez 
que as condutas da questão (induzir, instigar ou auxiliar alguém a usar droga) são um delito autônomo 
previsto no §2º do art. 33, não se caracteriza como tráfico. 
 
 
UNIDADE 5.4 
 
 
 
Causa de diminuição de Pena nos delitos tráfico (art. 33, §4º) 
 
 
Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois 
terços, VEDADA a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons 
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa (§4º). 
 
 
 
IMPORTANTE: O Senado Federal, no dia 17.02.2012, publicou a Resolução n. 5, suspendendo, nos 
termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução de parte do § 4º do art. 33 da 
Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, em decorrência dos entendimentos do STF e STJ. 
 
JURISPRUDÊNCIAS! 
1. Ordem parcialmente concedida tão-somente para remover o óbice da parte final do art. 44 da Lei 
11.343/2006, assim como da expressão análoga “vedada a conversão em penas restritivas de direitos”, 
constante do § 4º do art. 33 do mesmo diploma legal. Declaração incidental de inconstitucionalidade, com 
efeito, ex nunc, da proibição de substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos; 
determinando-se ao Juízo da execução penal que faça a avaliação das condições objetivas e subjetivas da 
convolação em causa, na concreta situação do paciente (STF. HC97256/RS). 
 
 
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2. Acompanhando entendimento do Supremo Tribunal Federal, a Terceira Seção do Superior Tribunal de 
Justiça, em 24 de novembro de 2016, estabeleceu que o tráfico privilegiado de drogas não constitui crime 
de natureza hedionda. A nova tese foi adotada de forma unânime durante o julgamento de questão de 
ordem. Assim, o tráfico privilegiado não está sujeito a Lei dos Crimes Hediondos. Com o realinhamento da 
posição jurisprudencial, o colegiado do STJ decidiu cancelar a Súmula 512, editada em 2014 após o 
julgamento do REsp 1.329.088 sob o rito dos recursos repetitivos. Em suma, o STF e STJ entendem que o 
tráfico privilegiado não se equipara ao crime hediondo. 
 
Segundo a posição anterior Conforme o entendimento ATUAL 
Não tinha direito à concessão de anistia, 
graça e indulto. 
Passa a ter, em tese, direito à concessão 
de anistia, graça e indulto, desde que 
cumpridos os demais requisitos. 
Para a concessão do livramento 
condicional, o condenado não podia ser 
reincidente específico em crimes 
hediondos ou equiparados e teria que 
cumprir mais de 2/3 da pena. 
Para a concessão do livramento 
condicional, o apenado deverá cumprir 
1/3 ou 1/2 da pena, a depender do fato 
de ser ou não reincidente em crime 
doloso. 
Para que ocorresse a progressão de 
regime, o condenado deveria cumprir: 
2/5 da pena, se fosse primário; e 
3/5 (três quintos), se fosse reincidente. 
Para que ocorra a progressão de regime, 
o condenado deverá cumprir 1/6 da 
pena. 
Fonte: site Dizer o Direito 
 
2. Segundo o entendimento que prevalece no STF é possível aplicar o § 4º do art. 33 da LD às “mulas”. O 
fato de o agente transportar droga, por si só, não é suficiente para afirmar que ele integre a organização 
criminosa (STF/2016). No entanto, o STJ possui vários precedentes afirmando que, em regra, a "mula" 
integra a organização criminosa e, portanto, não faz jus ao benefício de redução da pena do §4º do art.33 
da LD (STJ/2016). 
 
Preste atenção nessas decisões divergentes do STJ, pois na prova a questão que afirmar que o tema está 
“pacificado, firmado estará incorreta”, uma vez que há duas possibilidades. Para a questão ser 
considerada correta terá que explicitar o entendimento do STF ou STJ, o examinador deixará isso claro. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL – CESPE) 
26. A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecentes possibilita ao condenado por tráfico 
ilícito de entorpecente, desde que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique a 
atividades criminosas nem integre organização criminosa, a redução da pena de um sexto a dois terços de 
sua pena, bem como a conversão desta em penas restritivas de direitos. 
 
 
 
 
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(ANALISTA PROCESSUAL – MPU- CESPE) 
27. Em relação ao crime de tráfico de drogas, considera-se, tráfico privilegiado o praticado por agente 
primário, com bons antecedentes criminais, que não se dedica a atividades criminosas nem integra 
organização criminosa, sendo-lhe aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços, 
independentemente de o tráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de droga 
apreendida, ainda que a pena mínima fique aquém do mínimo legal. 
 
GABARITOS COMENTADOS 
 
26. COMENTÁRIO: O item está certo. Na época foi considerado pela banca como errado (em 2008), mas 
atualmente está certo. Cuidado, a VEDAÇÃO não existe mais, haja vista O Senado Federal, no dia 
17.02.2012, publicou a Resolução n.°5, suspendendo, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição 
Federal, a execução de parte do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Em decorrência 
do entendimento do STF e STJ. 
 
27. COMENTÁRIO: O item está certo. Da análise do art. 33, § 4, da Lei de Drogas (n. 11.343/06) 
depreende-se a certeza de que nos crimes de tráfico ilícito de drogas, as penas poderão ser reduzidas de 
um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre organizaçãocriminosa. Em verdade, o fato de o tráfico ser nacional ou 
internacional em nada irá influenciar, pois entendeu o STJ que a quantidade e a natureza da droga não 
irão impedir a aplicação da diminuição de pena decorrente do crime de tráfico privilegiado (STJ REsp 
1133945 / MG 15/04/2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 6 
 
Apetrechos para fabricação, preparação, produção de drogas 
 
 
Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, 
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto 
destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar (art.34). 
 
IMPORTANTE: Consoante a doutrina moderna, a nova lei de drogas prevê expressamente a 
responsabilidade penal de condutas que, normalmente, seriam apenas atos preparatórios para o crime de 
tráfico. 
 
ATENÇÃO: Os tribunais superiores vêm entendendo pela não aplicação do concurso do crime do art. 34 
com o art.33 da lei de drogas, porquanto haveria aplicação do Princípio da consunção conhecido também 
como Princípio da Absorção, é um princípio aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com 
existência de um nexo de dependência, de acordo com tal princípio o crime mais grave absorve o crime 
menos grave. 
 
JURISPRUDÊNCIAS! 
 
1. A prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei de Drogas absorve o delito capitulado no art. 34 da 
mesma lei, desde que não fique caracterizada a existência de contextos autônomos e coexistentes aptos a 
vulnerar o bem jurídico tutelado de forma distinta (STJ/2013). 
 
2. Responderá pelo crime de tráfico de drogas (art. 33) em concurso com o art. 34 o agente que, além de 
ter em depósito certa quantidade de drogas ilícitas em sua residência para fins de mercancia, possuir, no 
mesmo local e em grande escala, objetos, maquinário e utensílios que constituam laboratório utilizado 
para a produção, preparo, fabricação e transformação de drogas ilícitas em grandes quantidades. Não se 
pode aplicar o princípio da consunção porque nesse caso existe autonomia de condutas e os objetos 
encontrados não seriam meios necessários nem constituíam fase normal de execução daquele delito de 
tráfico de drogas, possuindo lesividade autônoma para violar o bem jurídico (STJ/2013). 
 
Preste atenção nessas decisões divergentes do STJ, pois na prova a questão que afirmar que o tema está 
“pacificado, firmado estará incorreta”, uma vez que há duas possibilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 7 
 
Crime de associação para o tráfico 
 
 
Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes 
previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (ART.35). 
 
 
Requisitos 
 
 
 
ATENÇÃO: Trata-se de delito permanente, a sua consumação não depende da apreensão da droga. 
 
A doutrina e a jurisprudência entendem que é perfeitamente possível o concurso entre o delito de tráfico 
(art.33,caput) com o art.35. Importante notar que para o delito de associação para o tráfico se caracterizar 
é preciso que haja um animus associativo, ou seja, um ajuste prévio e duradouro. Caso ocorra uma mera 
reunião ocasional de autores para realização de tráfico ilícito de entorpecente, haverá uma mera 
coautoria, em concurso eventual de agentes. 
 
JURISPRUDÊNCIAS! 
 
1. O juiz pode negar a aplicação do § 4º usando como argumento o fato de o réu, além do delito de tráfico 
(art. 33), ter praticado também o crime de associação para o tráfico (art. 35) (STJ/2013). 
 
2. Segundo o STJ e o STF, para configuração do tipo de associação para o tráfico, é necessário que haja 
estabilidade e permanência na associação criminosa. Dessa forma, é atípica a conduta se não houver 
ânimo associativo permanente (duradouro), mas apenas esporádico (eventual). 
 
3. O crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei 11.343/2006, não é hediondo 
nem equiparado. No entanto, mesmo assim, o prazo para se obter o livramento condicional é de 2/3 
porque este requisito é exigido pelo parágrafo único do art. 44 da Lei de Drogas (STJ/2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Acordo prévio;
2) Vínculo associativo de fato;
3) Finalidade direcionada para o tráfico ilícito de drogas.
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UNIDADE 8 
 
Financiamento do crime de tráfico 
 
 
Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei 
(art.36). 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE: A doutrina dominante entende que esse delito é habitual, não se aperfeiçoa com a 
prática de um ato eventual de financiamento. 
 
A doutrina majoritária entende que há necessidade de relevância do núcleo CUSTEAR, entendendo dessa 
forma que não seria coerente considerar qualquer tipo de contribuição para efeito de configurar esse 
crime. 
 
Em regra, o crime de financiamento do tráfico deveria caracterizar participação em tal delito; entretanto, 
com o advento da lei nº 11.343/06 (nova lei de drogas), o legislador trouxe mais uma exceção a teoria 
monística ou unitária, ao criar a figura penal autônoma preceituada no art. 36 (financiamento do delito de 
tráfico) da lei em comento. 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
 
1. Se o agente financia ou custeia o tráfico, mas não pratica nenhum verbo do art. 33: responderá apenas 
pelo art. 36 da Lei de Drogas. Se o agente, além de financiar ou custear o tráfico, também pratica algum 
verbo do art. 33: responderá apenas pelo art. 33 c/c o art. 40, VII da Lei de Drogas (não será condenado 
pelo art. 36) (STJ/2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 9 
 
 
Informante do tráfico 
 
 
Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.37). 
 
IMPORTANTE: Havendo ou não fim de obter lucro, o crime se aperfeiçoa no momento da colaboração 
com as informações. 
 
JURISPRUDÊNCIAS! 
 
1. O Supremo Tribunal Federal, por maioria dos votos, entendeu que a conduta do fogueteiro do tráfico, 
antes tipificada no artigo 12, parágrafo 2º, inciso III, da Lei 6.368/76 revogada pela Lei 11.343/06, encontra 
correspondentes na Nova Lei de Drogas Lei 11.343/06. A decisão ocorreu na análise do Habeas Corpus (HC) 
106155. 
 
2. NÃO é possível que alguém seja condenado pelo art. 35 e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, da Lei de 
Drogas em concurso material, sob o argumento de que o réu era associado ao grupo criminoso e que, além 
disso, atuava também como “olheiro”, nesse caso, o agente deverá responder apenas pelo crime do 
art. 35 da LD, sem concurso material com o art. 37 (Grifei) (STJ/2013). 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
 
(PAPILOSCOPISTA DA PF/CESPE) 
28. O crime de associação para o tráfico de entorpecente e drogas afins exige, para sua consumação, a 
reiteração ou a habitualidade. 
 
(AGENTEDA POLÍCIA FEDERAL/CESPE) 
29. É atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente que 
simplesmente colabora, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de 
entorpecentes. 
 
(Agente de Polícia Federal – SIMULADO ) 
30. Tício, fogueteiro, avisa os traficantes, por meio de estampidos de fogos de artifício, o momento que o 
BOPE (Batalham de Operações Especiais) realizava uma mega operação na favela da Rosinha localizada no 
estado do Rio de Janeiro. Nesse caso hipotético, consoante a mais recente decisão do STF, a ação do 
fogueteiro é atípica em relação à conduta de colaborar, como informante, com grupo, organização ou 
associação destinados à prática de tráfico de drogas. 
 
 
GABARITOS COMENTADOS 
 
28. COMENTÁRIO: O item está certo. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, 
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.35). O 
legislador não exigiu que houvesse a reiteração ou habitualidade para o aperfeiçoamento do crime. 
Destarte, a questão está derrogada. 
 
 
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29. COMENTÁRIO: O item está errado à luz do art. 37 que tipifica essa conduta como crime. Neste caso, a 
pegadinha está na afirmação dela ser considerada atípica, haja vista existir a previsão no art.37 da LD. 
Interessante atentarmos para dois fatores: O 1º está no seguinte caso, imagine que um a agente realize a 
colaboração, como informante, a um usuário que transporta maconha para consumo pessoal, que na 
direção que o mesmo segue, policiais o esperam para realizar uma abordagem. Nessa situação, a conduta 
de tal informante é atípica, uma vez que o legislador especificou as práticas dos crimes (art. 33 caput e §1º 
e 34), não há previsão de punição para as condutas do art.28. O 2º está conforme os arts. 33 e 34, caso 
seja considerado partícipe do delito, o indivíduo será punido com uma sanção mais pesada que a prevista 
para o crime do informante. Assim, teríamos a seguinte incongruência: Se o informante avisa para grupo, 
organização ou associação, é punido com uma pena mais leve do que se informa somente para um 
indivíduo. Desta forma, com base na analogia in bonam partem, aceita em nosso ordenamento jurídico, 
entendem os Tribunais e o CESPE que a tipificação prevista no art. 37 da lei nº 11.343/06, apesar de só 
tratar de grupo, associação ou organização, também se aplica no caso em que o informante avisa só uma 
pessoa." 
 
30. COMENTÁRIO: O item está errado. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por maioria dos 
votos, entendeu que a conduta do fogueteiro do tráfico, antes tipificada no artigo 12, parágrafo 2º, inciso 
III, da Lei 6.368/76 revogada pela Lei 11.343/06, encontra correspondentes na Nova Lei de Drogas Lei 
11.343/06. A decisão ocorreu na análise do Habeas Corpus (HC) 106155. 
 
À luz da lei 11.343/06, art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação 
destinados a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 10 
 
Prescrição ou ministração culposa de drogas 
 
 
Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses 
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (art.38). 
 
ATENÇÃO: Os núcleos prescrever ou ministrar, para caracterizar o presente delito, devem ocorrer 
culposamente, do contrário, se as condutas forem dolosas, o agente deverá responder por crime de tráfico 
de drogas. 
 
CUIDADO: O sujeito ativo é o profissional autorizado para prescrever ou ministrar drogas, trata-se de 
crime próprio, podendo ser praticado por qualquer um destes. Entretanto se a ação for executada por um 
veterinário têm-se duas possibilidades: se agiu culposamente, a conduta é atípica, uma vez que não há 
analogia para prejudicar o réu; se for dolosa haverá crime de tráfico ilícito de drogas. 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
 
1. O STF, nos autos do HC nº 104.382/RJ, afastou a tese de absorção do crime de exercício ilegal da 
medicina, descrito no art. 282 do Código Penal pelo crime de tráfico de drogas, entendendo que, na 
hipótese, o autor deva responder pelos dois crimes, ainda que em concurso formal, quando, ao se fazer 
passar por médico, prescreveu, nessa qualidade, em receituário médico, o uso de substâncias sujeitas ao 
controle especial da ANVISA. O julgado foi veiculado no Informativo 596 do STF. 
 
 
UNIDADE 11 
 
Condução de embarcação ou aeronave sob o efeito de drogas 
 
 
 
Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade 
de outrem (art.39). 
 
CUIDADO: Esse delito é classificado como formal, se consumando no momento da exposição do dano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 12 
 
Causas de aumento de pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
 
 I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato 
evidenciarem a transnacionalidade do delito; 
 
 II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de 
educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 
 
 III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de 
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de 
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 
 
 IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer 
processo de intimidação difusa ou coletiva; 
 
 V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
 
 VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
 
 VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
 
JURISPRUDÊNCIAS! 
 
1. Consoante o informativo nº 808 do STF, para que incida a causa de aumento de pena prevista no inciso 
V do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira interestadual pelo agente, sendo suficiente a 
comprovação de que a substância tinha como destino localidade em outro Estado da Federação. STF. 1ª 
Turma. HC 122791/MS, julgado em 17/11/2015. STJ. 6ª Turma. REsp 1370391/MS, julgado em 03/11/2015. 
 
2. No Informativo nº 586 do STJ julgado em 16/6/2016 ficou assentado que se o agente importa a droga 
com objetivo de vendê-la em determinado Estado da Federação, mas, para chegar até o seu destino, ele 
tem que passar por outros Estados, incidirá, neste caso, apenas a causa de aumento da transnacionalidade 
(art. 40, I), não devendo ser aplicada a majorante da interestadualidade (art. 40, V) se a intenção do 
agente não era a de comercializar o entorpecente em mais de um Estado da Federação. 
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 3. À luz da atual posição majoritária do STF e STJ, o art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de 
aumento de pena o fato de a infração ser cometida em transportes públicos. Neste caso, se o agente leva 
a droga em transporte público, mas não a comercializa dentro do meio de transporte, NÃO haverá 
incidência da referida majorante, somente deve ser aplicada nos casos em que ficar demonstrada a 
comercialização efetiva da droga em seu interior. STF. 1ª Turma. HC 122258-MS/STF. 2ª Turma. HC 
120624/MS/STJ. 6ª Turma. REsp 1443214-MS. 
 
4. A circunstância de o crime ter sido cometido nas dependências de estabelecimento prisional NÃO pode 
ser utilizada como fator negativo para fundamentar uma pequena redução da pena na aplicação da 
minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 e, ao mesmo tempo, ser empregada para 
aumentar a pena como majorante do inciso III do art. 40. Utilizar duas vezes essa circunstância configura 
indevido bis in idem. Desse modo, neste caso, esta circunstância deverá ser utilizada apenas como causa 
de aumento do art. 40, III, não sendo valorada negativamente na análise do § 4º do art. 33. 
 
5. A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação para o tráfico 
(art. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 40, VI, da Lei nº 
11.343/2006 (STJ/2015). 
 
ATENÇÃO: A causa de aumento prevista no inciso VII do art. 40, da presente lei, deve ter sua aplicação 
limitada para não constituir o bis in idem, isto é, a dupla apenação pelo mesmo fato, porquanto o 
legislador estabeleceu uma figura penal autônoma no art.36 (financiamento do tráfico). No entanto, de 
qualquer forma, pode ser aplicada tal majoração nas demais condutas, como por exemplo, a dos artigos 
33, 35 ou 37. 
 
QUESTÕES DE PROVAS 
 
(SEJUS/ ES – CESPE) 
31. Suponha que um preso, durante a execução da pena prisional, seja flagrado comercializando 
substância entorpecente com os demais internos da unidade. Nessa situação, aquele que comercializou a 
droga deverá responder pelo crime de tráfico de substância entorpecente, com a pena aumentada de um 
sexto a dois terços, em razão do local onde foi cometida a infração. 
 
 (Promotor de Justiça/PR) 
32. É desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação para incidência da 
majorante descrita no artigo 40, V, da Lei 11.343/2006. 
 
(Promotor de Justiça/PR) 
33. É necessária a efetiva comercialização da droga, no interior do transporte público, para incidência do 
aumento de pena previsto no artigo 40, III, da Lei 11.343/2006. 
 
 
GABARITOS COMENTADOS 
 
 
31. COMENTÁRIO: O item está certo. O inimigo dessa vez foi benevolente, já que cobrou a lei seca, 
vejamos - Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois 
terços, se: III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos 
prisionais (...). 
 
 
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32. COMENTÁRIO: O item está certo. Consoante o informativo nº 808 do STF, para que incida a causa de 
aumento de pena prevista no inciso V do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira 
interestadual pelo agente, sendo suficiente a comprovação de que a substância tinha como destino 
localidade em outro Estado da Federação (Grifei). 
 
33. COMENTÁRIO: O item está certo. À luz do da posição majoritária no STF e STJ, o art. 40, III, da Lei de 
Drogas prevê como causa de aumento de pena o fato de a infração ser cometida em transportes públicos. 
Neste caso, se o agente leva a droga em transporte público, mas não a comercializa dentro do meio de 
transporte, NÃO haverá incidência da referida majorante, somente deve ser aplicada nos casos em que 
ficar demonstrada a comercialização efetiva da droga em seu interior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 13 
 
 
Delação premiada 
 
 
O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na 
identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do 
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços (art.41). 
 
 
UNIDADE 14 
 
 
Aplicação da pena 
 
 
O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, 
a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente 
(art.42). 
 
JURISPRUDÊNCIAS! 
 
1. A natureza e a quantidade da droga NÃO podem ser utilizadas para aumentar a pena-base do réu e 
também para afastar o tráfico privilegiado (art. 33, § 4º) ou para, reconhecendo-se o direito ao benefício, 
conceder ao réu uma menor redução de pena. Haveria, nesse caso, bis in idem (STJ/2014). 
 
2. O grau de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da pena. De acordo com a Lei nº 
11.343/2006, preponderam apenas a natureza e a quantidade da droga apreendida para o cálculo da 
dosimetria da pena (STJ/2016). 
 
3. A grande quantidade de droga pode justificar o afastamento da causa de diminuição de pena do art. 33, 
§ 4º da LD (STJ/2016). 
 
4. O fato de o réu ter ocupação lícita não significa que terá direito, necessariamente, à minorante do § 4º 
do art. 33 da LD (STJ/2016). 
 
5. Causa de diminuição de pena e ausência de confissão. O STJ, em decisão proferida nos autos do HC nº 
131.410/RJ, veiculado no Informativo nº 450, entendeu que, presentes os requisitos necessários à 
diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 em seu grau máximo, não constitui fundamento 
legal apto a influir na dosimetria a ausência de confissão ou arrependimento por parte do réu. 
 
Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343/06, desde que o resultado da incidência das 
suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei 6.368/76, 
sendo vedada a combinação de leis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 15 
 
 
 
Vedações 
 
 
Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de 
sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de 
direitos (ART.44). 
 
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o 
cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. 
 
JURISPRUDÊNCIAS! 
 
 
1. É inconstitucional o art. 44 da Lei n. 11.343/2006 na parte em que proíbe a liberdade provisória para 
os crimes de tráfico de drogas. Destarte, é permitida a liberdade provisória para o tráfico de drogas, desde 
que ausentes os requisitos do art. 312 do CPP. STF. Plenário. HC 104339/SP. 
 
 2. O Egrégio Supremo Tribunal Federal, em 2010, em sede de controle difuso, julgou inconstitucional os 
artigos 44 e 33, § 4°, da lei 11.343 de 2006, deixando para o magistrado a faculdade de, no caso concreto, 
realizar a conversão em penas alternativas. Não obstante essa decisão não ser vinculante, serve como 
precedente para o juiz,

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