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COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIV INTRODUÇÃO: Cardiopatia é um termo usado para designar todas as patologias que acometem o coração, dividindo-se em quatro tipos : congênitas,das válvulas, do miocárdio e infecciosas. As cardiopatias congênitas são consideradas como a principal causa de mortalidade entre os recém nascidos.Dentre elas , a comunicação interventricular ( CIV ),conhecida pela ausência de tecido septal,ocorre quando existe um orifício entre os ventrículos, permitindo a comunicação entre eles. INTRODUÇÃO: Responsáveis por 3 a 5% dos óbitos RN Incidência de 2-6/ 1000 nascidos vivos Ocorre com mais frequência no sexo masculino,podendo ser observada isoladamente ou associada a outras síndromes. Hiper fluxo pulmonar – SHUNT : Desvio patológico do sangue venoso oxigenado da esquerda para a direita, aumentando o fluxo sanguíneo para os pulmões. DEFINIÇÃO: A comunicação interventricular (CIV) é um tipo de cardiopatia congênita ,que tem como característica uma abertura ou orifício na parede (septo)que divide os ventrículos direitos e esquerdos. Classificação Clínica: Acianótica ou seja sobrecarga de volume e pressão nos pulmões. Diminui a complacência pulmonar Aumenta o trabalho respiratório Extravasamento de líquido para o espaço Intersticial e alvéolos Edema pulmonar FISIOPATOLOGIA: Restritiva: Pequena; Há gradiente de pressão significativo entre o VE e o VD, o shunt é pequeno.Não causa alterações hemodinâmicas importante , e pode até se fechar espontaneamente. Moderadamente restritiva: Moderada;O gradiente de pressão e o shunt são moderados. Ocorre sobrecarga hemodinâmica sobre o VE e AE, levando a sua dilatação e disfunção .Causando aumento da resistência vascular pulmonar. Não Restritiva:Grande; shunt.Ocorre sobrecarga de volume do VE,aumento progressivo da pressão da artéria pulmonar,que futuramente causa reversão do shunt (direita /esquerda CIV com hipertensão pulmonar –Síndrome eisenmenger doença obstrutiva vascular pulmonar Exame: aumento do ventrículo direito, dilatação da artéria pulmonar.t CLASSIFICAÇÃO: São classificadas de acordo com sua posição no septo interventricular. Perimembranosa:Localizada na área do septo membranoso,é o tipo mais comum 80%. Muscular: Localizada no septo muscular,tem incidência de 5 a 20% , podem ocorrer múltiplas comunicações interventriculares (tipo queijo suíço).É a que mais fecha de modo espontâneo. Tipo Via de Entrada: Em geral é única e não fecha espontaneamente. Subarterial:Localizada nas áreas subjacentes ás válvulas arteriais, é mais rara (6%). QUADRO CLÍNICO: Assintomáticas – pequenas Dispinéia Taquicardia Sudorese Dificuldade de mamar Infecção Respiratória Dificuldade para ganhar peso Hipertensão Pulmonar 7 DIAGNÓSTICO: EXAMES COMPLEMENTARES Eletrocardiograma( ECG) RX de tórax- CIV moderada , cardiomegalia e aumento do átrio esquerdo,aumento do tronco pulmonar Eco cardiograma bidimensional- Avalia hipertensão pulmonar Cateterismo- Estudo pré-operatório/relação fluxo sanguíneo sistêmico/pulmonar Outros exames: Hemograma,eletrólitos séricos, gasometria arterial , função renal. TRATAMENTO: ICC –DIFÍCIL CONTROLE:Insuficiência Aórtica Cirurgia precoce ICC-CONTROLADA:CIV Moderada:Cirurgia eletiva aos 2 anos CIV Pequena: Crianças menores de 1 ano acompanhamento clínico mensal,visando o tratamento imediato de eventuais complicações.Após 1 ano há possibilidade de fechamento espontâneo. CIV Assintomático: Cirurgia eletiva aos 10 anos. CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA: PRÉ-OPERATÓRIO:Garantir a permeabilidade das vias aéreas e a adequação ventilatória,pois a criança com cardiopatia de indicação cirúrgica pode apresentar quadros de hipersecreção brônquica atalectasias . Vibração,tapotagem, pressão manual torácica, aspiração da vias aéreas, tosse e drenagem postural,expiração forçada,incentivadores inspiratórios (Respiron , voldyne e Flutter ),VNI. CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA: PÓS OPERATÓRIO:Colaborar com a equipe para adequar o posicionamento do paciente no leito e garantir a devida colocação dos acessos vasculares, drenos e da cânula traqueal evitando riscos de deslocamento durante o transporte do paciente. AVALIAR expansibilidade torácica, ausculta pulmonar,análise da radiografia do tórax,interpretação da gasometria,verificar suporte ventilatório,SpO2 entre outros. DESMAME/EXTUBAÇÃO: Nas primeiras seis horas , passado o efeito anestésico e após avaliação clínica e laboratorial os pacientes são extubados, reduzindo as chances de pneumonias e de hipertrofia do diafragma e diminuindo as chances de morbidade e mortalidade. PROGNÓSTICO: A CIV é progressivamente obstrutiva ou fecha-se espontaneamente.A maioria de pacientes não tratados vão a óbito com 1 ano de vida. Hipóxia intensa e óbito seguem-se ao fechamento da CIV a não ser que ocorra PCA COMPLICAÇÕES: endocardite infecciosa, embolia paradoxal e abscesso cerebral Em geral , a mortalidade cirúrgica é inversamente relacionada com a idade e o peso da criança. 12 CONCLUSÃO: As cardiopatias estão entre os defeitos congênitos mais comuns ao nascimento e acometem de 8 a 10 crianças a cada 1000 nascidos vivos. A criança portadora de cardiopatia congênita está, geralmente abaixo do peso ideal e permanece internada em UTI por cerca de 16 dias. A fisioterapia é de suma importância ,no período pré e pós operatório, a fim de atingir condições clínicas que permitam o manuseio das repercussões respiratórias e motoras nas internações. BIBLIOGRAFIA: Semiologia Cardiovascular Cardiopatias Congênitas Carolina Cunto de Athayde Maria Eduarda Merlin da SILVA1, Marília Rohling FEUSER1, Mayara Pereira SILVA1, Shelley UHLIG1, Paloma Lopes Francisco PARAZZI2, George Jung da ROSA3, Camila Isabel Santos SCHIVINSKI4 Pediatric cardiac surgery: what to expect from physiotherapeutic intervention? Cirurgia cardíaca pediátrica: o que esperar da intervenção fisioterapêutica? ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM CRIANÇAS SUBMETIDAS À CORREÇÃO CIRÚRGICA DE COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR: REVISÃO DE LITERATURA1 Dário Lucas Ventura Jambeiro de Souza Mello Maria Cecília K. Farah Geraldo Cantarino Villela CARDIOPATIA CONGÊNITA
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