Buscar

Resumo Direito Civil I Artigo 1 até 39

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Civil
Direito Civil, é um ramo do Direito Privado, que visa regular as relações particulares de caráter familiar e patrimonial das pessoas enquanto membros da sociedade, desde a sua concepção e mesmo antes dela. É aquele que regula as relações privadas dos cidadãos entre si.
Trata-se do conjunto de normas jurídicas que regem os vínculos pessoais ou patrimoniais entre entidades/pessoas privadas, sejam elas singulares ou jurídicas, de carácter privado ou público. O seu objetivo consiste em proteger e defender os interesses da pessoa na ordem moral e patrimonial. Como tal, o direito civil compreende o direito das pessoas (na medida em que regula a capacidade jurídica destas), o direito das obrigações e contratos, o direito dos bens, o direito da família, o direito das sucessões e as normas de responsabilidade civil, por exemplo.
Princípios Estruturantes do Direito Civil
Princípio da Sociabilidade/Socialidade - é aquele que impõe prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, respeitando os direitos fundamentais da pessoa humana. Ex: princípio da função social do contrato, da propriedade.
 Princípio da Eticidade - funda-se no valor da pessoa humana como fonte de todos os demais valores, priorizando a equidade, a boa-fé, a justa causa, o equilíbrio econômico, etc. É aquele que impõe justiça e boa-fé nas relações civis ("pacta sunt servanda"). No contrato tem que agir de boa-fé em todas as suas fases. Corolário desse princípio é o princípio da boa-fé objetiva.
 Princípio da Operabilidade - é aquele que impõe soluções viáveis, operáveis e sem grandes dificuldades na aplicação do direito. A regra tem que ser aplicada de modo simples. Exemplo: princípio da concretude pelo qual deve-se pensar em solucionar o caso concreto de maneira mais efetiva.
Pessoa Natural e Personalidade
Pessoa é o ente suscetível de direito e Obrigações. Basta que tenha nascido com vida para que se atribua personalidade, passando a ser sujeito do direito.
Pessoa natural é todo ser humano, como recém nascido , criança , idoso , absolutamente incapazes , relativamente incapaz , ou seja , todo ser humano nascido com vida , sem discriminação de qualquer tipo como : idade , sexo , cor , raça , racionalidade , saúde , etc. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil
Personalidade é a aptidão que toda pessoa tem de adquirir Direitos e contrair deveres na ordem civil pelo simples fato de existir e ser pessoa. (Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.) 
 Da personalidade e Nascimento com vida
 O código civil adquiriu a Teoria Natalista: Nasceu = Respirou = adquiriu personalidade. Personalidade jurídica começa com o nascimento com vida, o que traz a conclusão de que o nascituro não é pessoa, portanto, tem apenas expectativa de direitos, ao contrário da Teoria concepcionalista que sustenta que o nascituro é pessoa humana desde a concepção( fecundação), tendo direitos resguardados pela lei.
Nascituro é aquele que irá nascer que foi gerado e não nasceu ainda. É considerado sinônimo de feto e existe uma grande controvérsia se, mesmo tendo vida, um feto pode ser considerado um ser humano e quais direitos que este ser possui. Em outras palavras, nascituro é o ser já concebido e que está pronto para nascer, mas que ainda está no ventre materno.
Dá-se o nascimento com a positiva separação da criança das vísceras da mãe, pouco importando que ocorra naturalmente ou artificialmente (cesárea ou parto normal). A prova inequívoca que o sujeito tenha respirado pertence à medicina, mas somente com o ato de respirar ele ganhará sua personalidade. A posição do nascituro é peculiar, pois o nascituro possui, entre nós, um regime que o protege tanto no Direito Civil, como no Direito Penal, mesmo não tendo todos os requisitos de personalidade. Embora o nascituro não seja considerado pessoa, tem a proteção de seus direito desde a concepção e os mesmo resguardados por lei. O nascituro tem direito a alimentos por parte de quem o concebeu.
Art. 2ª A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Direito do Nascituro
O artigo 2º do Código Civil brasileiro estabelece que o nascituro tenha seus direitos assegurados pela lei desde sua concepção ( fecundação), porém o feto vai adquirir personalidade civil apenas no momento em que nascer; sair do ventre materno. Antes de sair do ventre ele não tem personalidade, mas tem assegurado alguns direitos, como direito á vida , direito á pré natal , direitos a alimentos gravídicos,etc.
Estatuto do Nascituro
No dia 5 de Junho de 2013, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou um substitutivo para o Projeto de Lei 478/2007. Esse substitutivo institui o Estatuto do Nascituro, que concede as crianças que nascerem devido a um abuso sexual, por exemplo, o direito de receber uma pensão alimentícia (no valor de um salário mínimo). A pensão poderá ser concedida até o nascimento da criança ou até ela ser adotada. Uma outra proposta sugere essa ajuda financeira durante o primeiro trimestre da gravidez. Se o pai biológico da criança for identificado, ele deverá pagar a pensão. Caso contrário, o Estado deverá pagar a pensão. O Estatuto do Nascituro afirma que é “dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento, à alimentação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à família, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Natimorto
Ao contrário do nascituro, que é o feto que irá nasceu o natimorto é o nome atribuído ao ser vivo que “nasce morto” O natimorto se configura quando o feto morre ainda dentro do útero de sua progenitora ou durante o parto. Feto quando morre dentro do útero materno ou durante o trabalho de parto. O natimorto é o ser vivo que não “nasce” com vida, ou seja, já não se encontra com vida quando sai do corpo materno.No entanto, existem alguns fatores que devem ser considerados para que o feto possa ser classificado como natimorto e não um aborto espontâneo.
Gestação igual ou superior a 20 semanas; Estatura igual ou superior a 25 centímetros;
Peso corporal do feto igual ou superior a 500 gramas; Caso o feto morto apresenta quaisquer desses requisitos, já pode ser considerado um natimorto.
A definição de natimorto é utilizada para distinguir os fetos que nascem vivos e os chamados abortos espontâneos, quando o feto morre antes da vigésima semana de gestação, por exemplo.
 
 Capacidade e Incapacidades e Emancipação
Manifestação da Vontade na Capacidade Plena
Manifestar a vontade é quando a pessoa ao realizar contratos, negócios jurídicos de acordo com seus interesses, desde que estejam dentro dos limites impostos pela norma. Ex: Ao comprar uma casa, a pessoa pode escolher em qual bairro comprar, o tamanho da casa, qual o valor pretende pagar, em quantas parcelas, etc.
Capacidade Plena
É a capacidade de direito atrelada a capacidade de Exercício.
Capacidade de Direito: Todo ser humano tem capacidade de direito pelo simples fato de ser pessoa. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Capacidade de exercício (Fato): Quando a pessoa pode exercer sozinha os seus direitos e deveres na ordem civil 
Na capacidade plena a pessoa realiza todos os atos da vida civil, sem a ajuda de um assistente ou um representante. Ou seja, pode manifestar vontade e também exercer desse direito, Ex: Uma criança herdeira de uma grande fortuna, onde antes não poderia usufruir da mesma , pois era absolutamente incapaz ( menor de 16 anos) e atingido a idade necessária pode usar desta fortuna e exercer sua capacidade de direito( onde já tinha , todos tem) e exercício ( onde não tinha por ser incapaz).
Das Incapacidades
Absolutamente Incapazes - Incapacidade Absoluta 
Possui capacidade de Direito ou gozo, mas não possui capacidadede exercício ou fato.
Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
 Na incapacidade absoluta o incapaz não tem capacidade de exercício, que será manifestada pelo seu Representante. O representante realiza os atos da vida civil por ela. Absolutamente Incapaz ---> Representante
Os representantes podem ser os Pais ou os tutores que vão representar os menores que não possuem pais, ou filhos de pais que perderam o poder familiar.
Relativamente Incapazes – Capacidade Relativa
Não possui idade, discernimento ou condições físicas de exercer plenamente sua vontade, por este motivo precisa de um Assistente para lhe auxiliar nos atos da vida civil. Possui capacidade de Direito e também capacidade de Exercício ou de fato, porém esta de forma Limitada. O relativamente incapaz pode manifestar a sua vontade, mas deverá ser assistido pelo seu Assistente, ou seja, a vontade é manifestada pelo relativamente incapaz com o auxilio de seu assistente. 
Existem atos que o relativamente incapaz pode realizar pessoalmente sem auxilio de outra pessoa, que é: Fazer testamento, celebrar contrato de trabalho, ser testemunha de um processo, votar e outros que estejam previstos em Lei.
Podem ser os assistentes: Os pais (assistem os filhos), Tutores (assistem os menores que não tem pais , ou de pais que perderam o poder familiar) e os Curadores ( assistem os maiores relativamente incapazes)
Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios (embriagado/Bêbado) habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. Ex : Deficiência Mental , estado de coma ( pode ser transitória ou permanente) , perda de memória ( pode ser transitória ou permanente)
IV - os pródigos (É a pessoa que gasta imoderadamente seu dinheiro e seus bens, comprometendo o seu patrimônio).
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
 Cessação da Incapacidade
Art. 5º- A menoridade cessa aos dezoito anos completos ( primeiro minuto do dia do seu aniversário de nascimento) , quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Adquiriu a Capacidade Plena ( capacidade de Direito e de Exercício) , pode exercer todos os atos da vida civil sem ajuda de um representante ou de um assistente. 
Da emancipação
Emancipação é a antecipação da capacidade civil antes de a pessoa atingir a maioridade, ou seja, antes dos 18 anos completos.
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Existem 3 tipos de emancipações :
Emancipação Voluntária
Requisitos: Vontade dos Pais, vontade do menor, ser realizada no cartório por instrumento público, independe de homologação Judicial, o menor precisa ter 16 anos completos.
Emancipação Judicial 
O menor tem que ter um tutor ( ou não tem os pais , ou os pais não tem mais poder familiar sobre o mesmo) , o menor precisa ter 16 anos completos , Juiz ouvirá o tutor , emancipação se dará por sentença do juiz.
Emancipação Legal
 Casamento (emancipação por casamento é irreversível , mesmo que se divorcie, continuará a emancipação), pelo exercício de emprego público efetivo (passou por concurso público e entra em exercício no cargo), pela colação de grau em ensino superior em Faculdade ou Universidade (Não é considerado curso técnico), Desde que o menor com 16 anos completos e tenha economia própria (Já se sustenta) em função de: estabelecimento civil, comercial ou relação de emprego.
 Da extinção da Pessoa Natural
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Juridicamente temos dois tipos de morte: 
Morte real = Pressupõe a existência de um cadáver (existência de um corpo). Acha-se o corpo ou restos dele, cérebro parou, morte encefálica. A comprovação jurídica da morte real se dá pela certidão de óbito. A morte real extingue a personalidade civil da pessoa; a extinção da personalidade põe fim aos direitos e obrigações da pessoa.
 As consequências da extinção da personalidade (morte): Extingue-se a obrigação de pagar pensão alimentícia; extinguem-se os contratos personalíssimos; dissolve-se o vínculo conjugal; extingue-se o Usufruto; etc.
Morte presumida = Não tem um corpo, se presume a morte. Pode ser 2 tipos :
1 ) Com decretação de ausência (art. 37 e 38, CC): Ausente são aquelas pessoas que desapareceram e nunca mais se teve noticias, estão desaparecidas. Quando a pessoa desaparece e não deixa noticias, é aberto um processo judicial de ausência de 3 fases : a) Curadoria , b) Sucessão Provisória , c) Sucessão definitiva , somente aberta a sucessão definitiva vai ser presumida a morte da pessoa. Permite-se a abertura da sucessão definitiva em relação aos ausentes:
a) dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória
b) provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele
2) sem decretação de ausência - art. 7º, CC (a declaração da morte presumida somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento). Casos:
a) se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida (exemplo: acidente aéreo, catástrofe, enchente. lembre os casos noticiados na TV dos acidentes naturais na Região Serrana do RJ que, mesmo depois de 1 ano não acharam os corpos);
b) se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Comoriência
Art. 8º- Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Ocorrerá quando dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião.
Por exemplo: caiu um avião e não se consegue aferir quem dos ocupantes faleceu primeiro. Presume-se que todos faleceram ao mesmo tempo. Tem importância somente para pessoas que tenham direitos sucessórios recíprocos (Ex: mãe e filho
 Direito da Personalidade
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Os direitos da personalidade são os direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua integridade moral (honra, imagem, recato, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social). (Lenza, 2011, p.888)
São intransmissíveis, irrenunciáveis, ilimitados, absolutos, extrapatrimoniais, indisponíveis, imprescritíveis, impenhoráveis e vitalícios.
Proteção dos direitos da Personalidade - Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstasem lei.
Medidas judiciais adotadas para proteger os direitos da personalidade: De natureza Preventiva, ex: Impedir a publicação de uma biografia não autorizada.
De natureza Cominatória, ex: Imposição de multa diária para cada dia que for vinculado um vídeo na internet.
De natureza Repressiva, ex: Suspender a inscrição do nome da pessoa no CPC ou no Serasa. 
Na constituição de 1988 também temos exemplos de medidas judiciais previstas para proteção do direito da personalidade como: Habeas corpus, Habeas data, mandado de segurança, mandado de Injunção. Desta forma a pessoa tem o direito de requerer a tutela jurisdicional, quando houver ameaça ou lesão dos seus direitos da personalidade nos termos do Art.12 do CC.
Disposição do Próprio corpo em vida
Integridade física é tutelada pelo Estado e um direito da personalidade
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Salvo por exigência médica: exemplo: imputação nos casos de diabetes, caso contrário à pessoa não pode dispor do próprio corpo.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. É permitido em casos de transplante. 
Segundo o Artigo 199, parágrafo 4º da constituição de 1988, determinou que teria que ter uma lei especial para regulamentar o transplante de órgão e a transfusão de sangue , proibido qualquer tipo de comercialização e ser feita de forma gratuita.
Art.9 da lei de transplante de órgãos determina que: é permitida, por pessoa capaz, a disposição do próprio corpo em vida para fins terapêuticos, ou de transplante, em cônjuge ou parentes até o 4º grau, ou para qualquer outra pessoa mediante autorização judicial. O artigo 9º parágrafo 3 determina que a pessoa somente pode doar quando a doação não constituir perigo de vida; não acarretar risco para integridade física ; não representar comprometimento das aptidões vitais e saúde mental; não causar deformação ou mutilação inaceitável e , por fim , de órgãos duplos
Disposição do Próprio Corpo Após a Morte
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Exemplos de fins científicos: doação de um corpo para uma universidade, para um laboratório etc.
Exemplos de fins altruísticos: doação de orgãos
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
A doação do corpo para depois da morte pode ser realizada por ato de livre vontade do doador ou pela vontade de seus familiares. Lei 9.434/1997 Art 4°: A retirada dos tecidos, orgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica , dependerá autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória , reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes a verificação da morte 
Ninguém é Obrigado a Submeter-se a Tratamento Médico
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Principio da autonomia da vontade , respeitar a vontade da pessoa. O direito da inviolabilidade de consciência e crença, previstos no art 5º, VI ,da constituição Federal, aplica-se também a pessoa que se a nega tratamento médico, inclusive transfusão de sangue. Para isso é requisitado capacidade civil plena e manifestação da vontade livre , consciente e informada.
Já nas decisões sobre cuidado e tratamento de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade, como um documento de vontade inscrito.
Testamento vital – Instrumento utilizado para determinar a vontade da pessoa quanto ao seu tratamento médico, como se fosse uma declaração da manifestação da vontade da pessoa. Requisitos: capacidade plena Individualização da Pessoa Natural
Individualização da pessoa natural 
1 - Nome – composto por prenome (pertence a pessoa) + sobrenome( pertence a linhagem) , também conhecido por nome completo ou nome de família, é a expressão utilizada para designar uma pessoa natural, ou seja, trata-se de elemento de individualização da pessoa. Vai daí que o nome é direito fundamental da pessoa, pois insere o ser humano na família e na sociedade, particularizando-o.Sinal que extingue a pessoa na sociedade e família. Natureza Jurídica (Propriedade, Propriedade ‘’ Sus gênesis’’ , negativista , sinal distintivo revelador da personalidade e direito da personalidade)
2- Estado – 1 - A situação conjugal quer dizer se a pessoa é solteira, casada, divorciada ou viúva.. 2 - A naturalidade quer dizer a cidade origem que se deu o nascimento daquela pessoa. 3 - Nacionalidade quer dizer o país origem que se deu o nascimento daquela pessoa. 4 – Individual (idade e sexo), 5 - A capacidade civil que é o elemento que determina se uma pessoa é capaz ou incapaz para a pratica dos 
atos da vida civil, 6 – Familiar (parentesco). A legislação brasileira estabelece três tipos de parentescos: 1) parentes em linha reta; 2) parentes em linha colateral e; 3) parentes por afinidade. 7 – Políticos (cidadania) - o dever do cidadão em participar ativamente na sociedade e no governo de modo a fomentar o Estado Democrático de Direito.
3- Domicilio – O domicílio é o local onde se encontra a pessoa ou seus representantes legais. É o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo (Art. 70, CC-02), ou seja, é a morada onde a pessoa exerce suas atividades ou encontra-se habitado. Por essa razão que nomes idênticos dentro do seio familiar são proibidos. Por fim, vale destacar que a lei confere o direito da pessoa alterar seu nome, por ser direito personalíssimo, no primeiro ano da maioridade (art. 56, LRP) ou ainda quando o nome expô-lo ao ridículo.. Pode ser feito por instrumento público ou particular. Situações que podem ser previstas no testamento vital são: transfusão de sangue, amputação, quimioterapia, doação de orgãos, etc.
 Individualização da Pessoa natural nome 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
É um direito da personalidade e portanto um direito fundamental. É a forma de individualizar a pessoa perante o Estado e sociedade.
Nome – composto por prenome (pertence à pessoa) + sobrenome (pertence à linhagem). Prenome Simples: Matheus; Maria. Prenome composto: João Pedro, Maria Paula, etc. Sobrenome Simples: Prates Brito, Loiola. Sobrenome composto: Pereira Gonçalves, Souza da Silva.
Também conhecido por nome completo ou nome de família, é a expressão utilizada para designar uma pessoa natural, ou seja, trata-se de elemento de individualização da pessoa. Vai daí que o nome é direito fundamental da pessoa, pois insere o ser humano na família e na sociedade, particularizando-o. Por essa razão que nomes idênticos dentro do seio familiar são proibidos. É o caso, por exemplo, de irmãos gêmeos ou não, cuja regra prevê a inserção de duplo prenome quando nomes idênticos ou ainda nome completo diverso (art. 63, LRP e item 33.4 do Capítulo XVII da NSCGJ-SP). Outros sim se aplicam o agnome (júnior, filho, neto, sobrinho, etc) quando o nome do registrando for igual ao nome de um de seus familiares, ou seja, o agnome vai distinguir as pessoas que possuem o mesmo nome e pertence à mesma família.
Por fim, vale destacar que a lei confere o direito da pessoa alterar seu nome, por ser direito personalíssimo, no primeiro ano da maioridade (art. 56, LRP) pelos casos:
Quando o nome expô-lo ao ridículo, ex: Oceano Atlântico Silva, Janeiro Fevereiro Linhares.
Em caso de erro de grafia, ex: Osvardo, Everon, etc. 
Casos também de Homonímia, quando pessoas possuem o mesmo nome. 
Na mudança de Sexo. (pessoa transexual que muda seu nome)
Adoção durante menoridade (quandoa pessoa é adotada na menoridade e os pais adotivos quererem colocar outro nome)
Proteção de vitimas e testemunhas
 Apelido público e notório, ex: Xuxa, Pelé , Dilma ,etc.
Casos para mudança de sobrenome:
Casamento (adicionar sobrenome do cônjuge )
Divórcio (retirar o sobrenome do cônjuge) 
Adoção (Os pais adotantes devem colocar seu sobrenome nos filhos)
 Sinal que extingue a pessoa na sociedade e família. Natureza Jurídica (Propriedade, Propriedade ‘’ Sus gênesis’’ , negativista , sinal distintivo revelador da personalidade e direito da personalidade)
Proteção ao Nome da Pessoa Natural
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Ex: Escritos , Internet, Rádio
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Não se pode utilizar o nome alheio para vender bens ou serviços , nem para fins políticos , religiosos , eleitoral ,artísticos, etc.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Pseudônimo é um nome fictício usado por um indivíduo como alternativa ao seu nome legal. Normalmente, os pseudônimos são nomes inventados por escritores, poetas, jornalistas, artistas e outras pessoas famosas que não querem ou não podem assinar suas próprias obras.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
 Direitos da Ausência 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Ausente é a pessoa que desaparece de seu domicílio sem deixar um representante ou procurador para administrar os seus bens (art. 22, 1ª parte - CC). Ocorre uma ausência quando uma pessoa desaparece de seu domicilio sem deixar noticias.
O objetivo do processo de ausência é arrecadar e cuidar dos bens do ausente até que ele retorne futuramente, se a pessoa não retornar é decretar sua morte.
Será declarada a ausência caso o procurador não queira, não possa administrar os bens ou se os seus poderes forem insuficientes
Nos casos de ausência, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência e nomear-lhe-á curador.
FASES DA AUSÊNCIA
A situação do ausente passa por três fases:
PRIMEIRA FASE: CURADORIA DO AUSENTE
Nesta primeira fase, subseqüente ao desaparecimento, o ordenamento jurídico procura preservar os bens deixados pelo ausente, para a hipótese de seu eventual retorno. É a fase em que o curador cuida de seu patrimônio.
Assim, comunicada a ausência ao juiz, este determinará a arrecadação dos bens do ausente e os entregará à administração do curador nomeado.
A curadoria do ausente prolonga-se pelo período de um ano, durante o qual serão publicados editais, de “dois em dois meses”, convocando o ausente a reaparecer (art. 1.161 - CPC).
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. 
CESSA A CURADORIA
O art. 1.162 do Código de Processo Civil prescreve as situações em que cessará a representação por curadoria:
i) pelo comparecimento do ausente;
ii) pela certeza da morte do ausente;
iii) pela abertura da sucessão provisória;
SEGUNDA FASE: SUCESSÃO PROVISÓRIA
Art 26º CC - Assim, decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, no caso de haver deixado representante ou procurador, decorridos mais três anos sem que o ausente reapareça, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e requerer a abertura da sucessão provisória (art. 26 – CC).
Na segunda fase, prolongando-se a ausência, o legislador passa a preocupar-se com os interesses de seus sucessores, permitindo a abertura da sucessão provisória.
Determinada a abertura da sucessão provisória por sentença, que só produzirá efeito 180 dias depois de publicada pela imprensa, mas logo que passe em julgado, se procederá à abertura do testamento, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
Art.28º -CC - Os bens serão entregues aos herdeiros e legatários (se houver), procedendo-se à abertura de testamento (se houver) e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. 
Os bens serão entregues aos herdeiros em caráter provisório e condicional, de sorte que deverão prestar garantias de restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões. 
Art 30º - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.
§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente..
Os imóveis do ausente só se poderão alienar ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína, ressalvada a hipótese de desapropriação, que é admitida (art. 31 - CC).
O descendente, o ascendente ou o cônjuge que for sucessor provisório do ausente fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que couberem a este (art. 33, 1ª parte – CC).
Os demais sucessores deverão capitalizar metade dos frutos e rendimentos obedecendo o prescrito no art. 29 do Código Civil.
Se o ausente aparecer, ficando provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele em favor do sucessor a sua parte nos frutos e rendimentos (art. 33, parágrafo único - CC).
Se o ausente aparecer ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessará desde logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando obrigados a tomar medidas assecuratórias precisas até a entrega dos bens a seu dono (art.36 - CC).
Cessará a sucessão provisória pelo comparecimento do ausente.
 Por outro lado, converter-se-á em sucessão definitiva:
i) quando houver certeza da morte do ausente; ii) 10 anos depois de transitada em julgado a sentença de abertura da sucessão provisória. iii) Quando o ausente contar com 80 anos de idade e houverem decorrido 5 anos das últimas notícias suas.
SUCESSÃO DEFINITIVA
Finalmente, depois de longo período de ausência, é autorizada a abertura de sucessão definitiva, nas hipóteses já mencionadas. Assim, os interessados requererãoa abertura da sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. Os sucessores deixam de ser provisórios, adquirindo o domínio dos bens, mas resolúvel, porque se o ausente regressar nos 10 anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes,
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal 
Matheus Prates Loiola

Outros materiais