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zee do Ceara

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Cordões litorâneos.
Definição: 
Os cordões litorâneos constituem acidentes que ocorrem junto à costa, formados por material heterogéneo, geralmente areias e seixos. O aumento gradual desses cordões é um produto da deposição de sedimento marinho pela ação de correntes e ondas em condições de submersão marinha interglacial e de ventos em condições de emersão. 
Como consequência deste processo, ocorre o isolamento de um braço do oceano,transformsando se assim em uma lagoa, que permitem a manutenção da circulação da água no ciclo das mares entre lagunas e mar aberto.
Representação:
Cordões arenosos junto a costa.
Cordões litorâneos no Ceará.
No Ceará os cordões e flechas litorâneas, são feições predominantes, ocupando em torno de 14% da sua extensão total, as mais conhecidas ,sendo as do: Icapuí ,Parajuru ,Itarema ,Guriú, Iguape,.As barreiraras se localizam onde há maior disponibilidade de areias, aportadas por rios pela deriva litorânea através de células sedimentares, onde predominam os perfis dissipativos,sem a presença de falésias ativas. Os processos que levaram a origem dessas formas estão associados á: energia das ondas e da corrente longitudinal(Iguape ,Caiupe ,Patos)das ondas da corrente longitudinal e das marés(Icapuí, Itarema) e dos rios, das marés(as desembocaduras da quase totalidade dos rios).Com rara exceções(Jaguaribe, Jaricoacoara, Barrinha) as barreiras litorâneas se encontram nas planícies litorâneas modernas.
Claudino Sales e Pelvast apontam condicionantes para a formação de barreiras no litoral cearense: Abundância de sedimentos na zona da praia e presença de espaços favoráveis para a sedimentação e estabilização de depósitos de areia, costas dominadas por ondas extensas, estreitas e estáveis.
Praia doa Bica-Paracuru-Ceará.
Barras
são canais que ligam rios e lagos com o mar, onde ocorre muita sedimentação, com a formação de bancos de areia e a deposição de detritos. Elas se formam devido à acumulação de material de aluvião, paralelo à costa, na linha onde a corrente do curso de água e a do corpo onde este desemboca se equilibram.
Segundo Mikahailov (1964),a formação das barras e ilhas são características da maioria dos rios, nos mais variados ambientes e sua formação é predeterminada, em especial devido a dinâmica o fluxo do rio e pelo volume de descarga de sedimento do rio. Entre outros fatores, como(ação das ondas, correntes de marés, crescimento de vegetação,colmatação de sedimentos em suspensão) deformam ou modelam as barras formadas pelo fluxo do rio e facilitam ou retardam o seu movimento.
Divisão de barras: Longitudinais ,laterais e travessais.
Subdivisão de barras: de desmbocadura,barra de foz de distributario,barra de soldura,barra de enchente, barra alternada e barra de confluência.
Terraços marinhos e Planícies de deflação.
Terraços marinhos consistem acumulações arenosas marinhas com superfície relativamente plana, estreita e alongada, horizontal ou com um pequeno declive. Apresentam ondulações semelhantes a cordões litorâneos. São encontrados em Icapuí a maior extensão superficial de terraços marinhos do Ceará ,localizados entre Barreiras e o Rio Grande do Norte.
Estes terraços tiveram origem durante o Pleistoceno, foram possivelmente formados na fase terminal da penúltima transgressão e na regressão subsequente, quando o nível do mar posicionou-se entre 6 e 8 metros acima do nível atual. máximo de transgressão foi favorável ás acumulações arenosas litorâneas devido ao favorecimento abundante de areias pelos rios, assim como pelo retrabalhamento das formações de alteração da plataforma continental pela transgressão.
são superfícies planas ou ligeiramente inclinadas, que se estendem desde o limite da maré alta até a base dos campos de dunas. Nestas superfícies predomina a remoção de sedimentos pelos processos eólicos, com formação de feições residuais. Geralmente são formados a partir de erosões eólicas, se distinguindo dos terraços marinhos por terem sidos moldados pelo vento.
De acordo com Hesp & Thom (1990) são comumente encontradas ao longo de bordas voltadas para o mar dos campos de dunas progressivas que migram para o continente.
No Ceará ,as planícies de deflação são encontradas onde os ventos são mais intensos e constantes(Aracati,Cascavel,Beberibe,Aquirraz,Paracuru)
Planície de deflação no município de Paracuru.
Blowouts e rebdous
Blowout: À medida que uma crista de dunas perde a sua ligação à praia, ela deixa de receber areias e cria-se uma tendência à erosão. Esta pode ser materializada pelos “blowouts”, depressões de forma semi-circular com aparência de cratera existentes na face da duna. São comumente encontrados em ambientes costeiros e margens áridas. Com o tempo, essa superfície bastante inóspita será colonizada por espécies pioneiras. Essas espécies (por exemplo, grama marram ) estabilizam as dunas e impedem que elas se movam mais. O processo de sucessão de plantas acabará por ver essas dunas convertidas em florestas (dependendo do clima) e um solo maduro se formará
Rebdous:Uma acumulação de sedimentos soprados pelo vento, geralmente areia, coletada de dentro e por trás, e estabilizada por vegetação (definição modificada de Khalaf et al., 1995 e Keary, 1996). Rebdous também são considerados grandes “Nebkhas” ,conhecidas em inglês como “coppice dunes”,são dunas simples que se formam em torno da vegetação.Podem ser associados a blowouts pelo lado voltado para o vento.
Dunas costeira: classificação de dunas
No Estado do Ceara-os 573 km lineares de extensão litorânea, são acompanhados por cordões de dunas ao longo da paisagem, cujas larguras são variadas, muitas vezes interrompidas pela passagem de um rio ou pela presença de falésias que chegam a linha da praia. Algumas áreas como Canoa Quebrada,Aracati,Morro Branco, Praia das fontes e Caponga encontram se densamente povoadas, ocupadas em maioria por hotelarias e residências, desfigurando o ambiente das dunas.
 Classificação: De acordo com o formato,as dunas podem ser divididas em longitudinais,transversais e complexas.
Subdivisão:
Dunas Parabólicas: São dunas individuais, que se formam em ambientes úmidos e com vegetação. Essa umidade ou vegetação, quando fixada na parte inferior, retardam o movimento da areia nesse local, e a crista, que se mantém seca ou sem vegetação, avança. Dessa forma, a "cauda" da duna se posiciona contra o vento.
 
Dunas Barcanóides: Se formam como as barcanas, porém a disponibilidade de areia é maior.
Dunas Transversais: Assim como as duas anteriores, se formam onde o vento sopra em uma única direção. As cristas são transversais à direção de vento. O suprimento sedimentar deve ser abundante.
Dunas Barcanas: Possuem formato de lua crescente, formadas em regiões secas com baixa disponibilidade de sedimentos, a vegetação é ausente e as "caudas" se alongam a favor do vento. São geralmente pequenas e de rápida propagação.
Duna Estrela: crescem de maneira mais vertical e recebem esse nome pelo formato piramidal que possuem.
 
Duna Linear: são dunas mais retas que formam longas linhas contínuas. Em geral surgem em conjuntos paralelos separados por corredores de outro tipo de areia, cascalho ou rochas.
Classificação de dunas de acordo com a idade
Paleodunas: As paleodunas representam as dunas antigas rebaixadas quase ao nível dos tabuleiros costeiros pelo constante retrabalhamento dos ventos movidos nas direções leste e nordeste. Possuem coloração avermelhada em função do grau da oxidação de ferro ,formadas, na sua maioria, pelo transporte eólico de sedimentos arenosos.No Estado do Ceará podem ser encontradas em Paracuru,Baleia,Trairi e Preá.
Dunas fixadas por vegetação : Também chamadas de Nebkhas ou “hummock dunes” são pequenos montes de areia que se acumulam em torno da vegetação. Durante a estação chuvosa, quando a água subir, estas hummocks tornam se ilhas dentro da planície de deflação. São encontradas no Ceará nas regiões de : Iguape,Pecém e Icaraí de Amontada.
Eolionitos ou cascudos: Rocha formada pela consolidação/litificação de depósito eólico a partir da cimentação de seus grãos, principalmente por carbonato e sulfato de cálcio dissolvido de fragmentos de conchas e outros de níveis mais altos das dunas pela água subterrânea com percolação per descensum atingindo o lençol freático e reprecipitando como cimento.Podem ser encontrdos no Ceará em Baleia,Paracuru e Apiques.
Dunas móveis: Formadas a partir da erosão de sedimentos litorâneos ,com redistribuição ao longo das praias e formação de dunas.Esses tipos de duna mudam de local decorrente da forte ação dos ventos e ausência de vegetação ou barreira natural que a estabilizaria.O campo de dunas móveis mais expressivo no Estado do Ceará se estende entre o Porto Canoas e a foz do rio Jaguaribe.
Corredores fluviais e planícies flúvio-marinhas
Corredores fluviais:
São formados pelo canal do rio e a vegetação que ocorre em ambos os lados do canal. Neste ambiente são incluídos os bancos de areia dos riachos,planíce de inundação que é composta de um estuário propriamente dito, englobando ainda a planície flúvio- marinha, os afluentes, as gamboas, e a planície fluvial com os meandros abandonados e lagoas.
Planíces flúvio-marinhas:A planície flúvio-marinha é um ambinte que sofre influência das oscilações das marés e dos processos continentais. É formada pela deposição de sedimentos argilosos, ricos em matéria orgânica em suas áreas de inundação, e vegetação de mangue. De importância fundamental para a bioestabilização da planície fluvio-marinha e na deposição de sedimentos fluviais nas margens dessa planície, os manguezais atuam como filtro entre o continente e os oceanos, atenuando efeitos de inundações e avanços das marés e funcionando como "área tampão". São encontradas planices flúvio-marinhas no Estado do Ceará no município de Eusébio.
Médio -litoral-médio e Médio-litoral- superior
Médio-litoral -médio:É nesta região em que se encontram os manguezais.
Manguezal é uma zona úmida, caracterizada como ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho . Característico de regiões tropicais e subtropicais, está sujeito ao regime das marés, dominado por espécies vegetais típicas, às quais se associam a outros componentes vegetais e animais. os manguezais, apresentam elevada diversidade estrutural e funcional, atuando, juntamente com os estuários, como exportadores de biomassa para os sistemas adjacentes
Na região Metropolitana de Fortaleza os principais manguezais estão associados ao rio Ceará, Cocó e Pacoti.No caso do Cocó, grande parte da sujeira lançada nas águas percorre o leito e se acumula na região de mangue. Os animais se alimentam dali e acabam também se contaminando pelos dejetos e afetando toda a cadeira alimentar. Em suas seções bem preservadas há várias espécies de moluscos, crustáceos, peixes, répteis, aves e mamíferos participam de cadeias alimentares complexas, em ambientes favoráveis à reprodução, desova, crescimento e proteção natura
Médio-litoral-superior: Neste setor se encontram os salgados e apicuns.
Apicum é uma áre desprovida de vegetação vascular situada na região entre marés superior,inundadas apenas pelas marés de lua nova e cheias (sigizías).Esta frequência quinzenal d einundação,associada a climas secos ou sazonalmente secos e a uma baixa declividade do terreno,é responsável pela hipersalinização do solo,erradicando a vegetação vascular.
“Salgados” é o termo regional para marismas tropicais hipersalinos, que são áreas entre marés expostas a uma inundação inermédiaria entre marés de sizígias e de quadratura(quatro crescente e minguante,) com salinidade entre 100 e 150 partes por mil.
Espécies do mangue cearense.
FOTOS DA SALINA E DO MANGUE EM REQUENGUELA-ICAPUÍ
Sibiti:
A cambacica (Coereba flaveola) é a única espécie da família Thraupidae no sistema classificativo tradicional. É também conhecida como mariquita, chupa-mel, til (Rio Grande do Norte) chiquita (Rio de Janeiro), sibite (Ceará).
Socó boi:
O socó-boi é uma ave pelecaniformes da família Ardeidae.
Conhecido também como socó-pintado, socó-boi-ferrugem, iocó-pinim (Pará). 
Maçarico-branco
O maçarico-branco é uma ave charadriiforme da família Scolopacidae.
Martim-pescador-miúdo
O martim-pescador-miúdo(Chloroceryle aenea) é uma ave pertencente a família Alcedinidae, também chamado de martim-pescador-pequeno, martim-pescador-anão.
Planície fluvial e terras altas.
Planície fluvial: É a planície de inundação do rio, localizada acima do nível superior do médio-litoral-superior, portanto sem influencia marinha. Planície de inundação ou várzea é toda a região à margem de um curso d'água que fica inundada durante as cheias. São áreas muito propícias à agricultura devido à fertilidade do solo. Tais áreas se desenvolvem sobre a calha de um vale preenchido por solo aluvionar, sobre o qual os meandros serpenteiam devido à baixa declividade do curso do rio, o qual, em épocas de cheia, extravasa sua margem original e inunda a região adjacente
Terras altas: São áreas não inundadas, mesmo na maioria das enchentes, embora elas tenham sido esculpidas ,nas formas atuais ,pelos cursos d’água.
A franja transicional das terras altas serve como ligação entre a Planície de inundação e a paisagem envolvente. Embora os processos hidrológicos e geomorfológicos relacionados aos riachos possam ser responsáveis pela formação da porção da franja de transição das terras altas no tempo geológico, elas não são responsáveis pela manutenção ou alteração da sua forma atual.Consequentemente,as atividades do uso da terra tem o maior potencial para impactar o componente desse corredor fluvial, não existindo para esse tipo de feição uma porção específica.
Na passagem das franjas de transição das Terras Altas para as Planícies de inundação,ocorre sempre a presença de um ou mais bancos sub-horizontais,constituindo assim os chamados Terraços.

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