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Hemoparasitoses nos animais

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DOENÇAS PARASITÁRIAS
HEMOPARASITOSES
1. ERLICHIOSE
 
# DEFINIÇÃO:
A erliquiose é causada por um parasita intracelular obrigatório, a Ehrlichia spp; 
 
# ETIOLOGIA:
Doença riquetsial polissistêmica
# ETIOLOGIA/ CLASSIFICAÇÃO:
Ordem: Rickettsiales 
Gêneros: Ehrlichia e Anaplasma 
Espécies: Ehrlichia canis (E. canis), agente da erliquiose monocítica canina, 
Ehrlichia chaffeensis, agente da erliquiose monocítica humana, 
Ehrlichia ewingii, agente da erliquiose granulocítica canina, 
E. platys agente da trombocitopenia cíclica canina. 
E. canis é a espécie mais comum e causa a forma clínica mais grave
# TRANSMISSÃO:
A doença é considerada endêmica principalmente nas áreas urbanas -> onde há ocorrência abundante de populações do carrapato vetor: Rhipicephalus sanguineus. 
# CICLO DE VIDA DO CARRAPATO:
OVOS: Podem ser milhares e, em duas semanas, estão prontos para dar origem às larvas.
LARVA: Após eclodir do ovo, a larva procura imediatamente por sangue. Uma vez alimentada, volta para o solo e muda para a fase evolutiva seguinte (ninfa).
NINFA: Depois de mudar para ninfa, o carrapato procura por mais sangue. Uma vez alimentado, cai no solo e muda novamente, agora para a fase adulta.
ADULTO: Já adulto, o carrapato procura por sangue outra vez. Quando cheias de sangue, as fêmeas se desprendem do hospedeiro para realizar o oviposição no ambiente. 
# PATOGENIA: 
Curso da erliquiose: de caráter agudo a crônico 
Fase aguda da Erliquiose: * fase de incubação: 8-20 dias 
				* duração: 2-4 semanas 
Rhipicephalus sanguineus (infectado), em corrente sanguínea, replica nas células mononucleares. O parasita dissemina para os órgãos. Ocorrerá uma Trombocitopenia (10-20 dias após infecção), aumenta o número de plaquetas imaturas circulantes, pois não está dando tempo de repor. Animal irá apresentar Anemia, Leucopenia. Quadro de anemia Hemolítica imunomediada. 
Fase sub-clínica da Erliquiose: 6-8 semanas. O animal não apresentara manifestações clínicas.
Fase crônica da Erliquiose: A partir de 6 semanas. Apresentará Trombocitopenia intensa que poderá vir acompanhada de: aplasia medular (medula para de produzir cels sanguíneas), anemia arregenerativa e com doenças concomitantes (devido à baixa da imunidade). Isso irá levar a morte do animal. 
# ASPECTOS CLÍNICOS:
As manifestações clínicas irão depender do estágio da infecção; quanto à agudo, sub-clínico ou crônico. 
Agudo: febre, secreção óculo-nasal, anorexia, perda de peso, dispnéia, linfadenopatia, infestação por carrapatos frequentemente evidente. 
 Sub-clínico: nenhuma alteração clínica, carrapatos frequentemente ausentes (pois já causaram a doença).
Crônico: carrapatos frequentemente ausentes, depressão, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, dor abdominal, mucosas pálidas, dispneia e aumento dos sons pulmonares. Evidencia de hemorragia (epistaxe, retina, petéquias). Oculares: uveíte anterior, retinite, descolamento da retina.
 Hemorragia: Cistite hemorrágica, Petéquias na retina, Hifema, Epistaxe, Petéquias, Sufusão, Hemometra, Gastroenterite hemorrágica -> VASCULITE: Trombocitopenia por consumo de plaquetas no sítio da vasculite. 
- Destruição imunomediada. 
- CID em alguns caninos. 
# DOENÇA RENAL AGUDA E CRÔNICA:
A doença renal é um dos quadros clínicos mais comuns em cães e gatos, sendo a principal causa de óbitos entre cães e gatos. A doença renal crônica é gradual e progressiva. 
# PROGNÓSTICO:
MULTIFATORIAL, a depender do estágio da doença, os sistemas comprometidos, aplasia medular, alterações incompatíveis com a vida, do sofrimento e da chance de reversão do quadro. 
# DIAGNÓSTICO: 
Diagnóstico clínico + exames complementares (fase da doença)
O diagnóstico confirmatório da Erliquiose: baseado na detecção do agente. 
- Presença de mórulas 
- PCR
O parasita pode ser observado: três diferentes formas (estágios de desenvolvimento do ciclo de vida do parasita no HD): 
corpúsculo elementar (organismos únicos que se apresentam aderidos à membrana plasmática da célula, a qual se invagina para dentro da célula) 
corpúsculo inicial (forma granular, é composta de múltiplos grânulos azurófilos, são formados a partir do crescimento e multiplicação dos corpúsculos elementares dentro do fagossoma, através da divisão binária, entre o 3° e 5° dia de infecção ) 
Mórula (estruturas circundadas por uma membrana que contém quantidade variável de corpúsculos elementares, colônia arredondada, com grânulos; estruturas intracitoplasmáticas, arredondadas, ovóides ou alongadas, circundadas por dupla membrana limitada por membrana trilaminar, que envolve numerosos corpúsculos elementares).
# ACHADOS LABORATORIAIS:
- mórula de Erlichia spp
- alterações no eritrograma 
- alterações no leucograma
- alterações plaquetárias 
Alterações bioquímicas:
- aumento de globulinas - diminuição de proteína sérica 
- aumento da eritropoietina - aumento de uréia e creatinina 
- aumento ALT e Fosfatase Alcalina
# DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
- Doenças polissistêmicas 
- outras doenças transmitidas hemoparasitas
- Leptospirose 
# TRATAMENTO:
- Antibioticoterapia de eleição: DOXICICLINA: 5-10mg/Kg, VO, 12/12hs, 21-30 dias(cães e gatos);
- Associação com IMIDOCARB: 5 mg/Kg, SC, 2 doses a cada 14 dias;
- Terapia de suporte: Fluidoterapia adequada a cada caso Tratamento de suporte;
- Nutrição, suplementos e estimulantes de apetite.
# CONTROLE: 
O controle de carrapatos (ambiente/animal) é a melhor forma de prevenção. 
2. HEPATOZOONOSE
Protozoário Hepatozoon spp. 
Filo Protozoa 
Subfilo Apicomplexa 
família Hepatozoidae, 
Subordem Adeleorina. 
Mais de 300 espécies de Hepatozoon: anfíbios, répteis, pássaros, marsupiais e mamíferos. 
# CICLO DE VIDA: 
 Desenvolvimento assexuado com merogonia e gametogonia em um hospedeiro intermediário vertebrado.
- desenvolvimento sexual até esporogonia em um hospedeiro definitivo invertebrado e hematófago. 
- carrapatos, ácaros, mosquitos, piolhos, entre outros, podem atuar como hospedeiro definitivo para as diferentes espécies de Hepatozoon spp. 
- transmitido por carrapatos que acomete cães e outros carnívoros em diversas regiões do mundo. 
 Riphicephalus sanguineus é considerado o seu vetor 
Pesquisas: diferentes espécies de carrapato como possíveis vetores de H. canis em áreas rurais do Brasil.
Distribuição geográfica: Hepatozoonose canina causada por H. canis descrita em regiões tropicais, subtropicais e de clima temperado.
Distribuição diretamente relacionada com a do hospedeiro definitivo (vetor). Descrita pela primeira vez no Rio de Janeiro depois em outros estados: Espírito Santo , Minas Gerais, São Paulo, Góias, Rio Grande do Sul, Brasília, Mato Grosso do Sul e Pará 
 *transmissão:
-> Diferente de outros patógenos transmitidos por carrapatos - transmissão pela glândula salivar do artrópode 
A transmissão de Hepatozoon sp. a cães ocorre pela ingestão de carrapatos contendo oocistos esporulados na hemocele. 
Os oocistos se rompem no trato digestivo do animal liberando os esporozoítos e atravessam a parede intestinal > invadem células do sistema mononuclear > se disseminam por via sanguínea ou linfática > diversos órgãos, principalmente medula óssea, baço e linfonodos, onde ocorre a merogonia.
Dois tipos de merontes são formados: 
- macromerontes (contendo de dois a quatro macromerozoítos); 
- micromerontes (aproximadamente 20 a 30 micromerozoítos); 
- macromerozoítos liberados do meronte maduro invadem tecidos e iniciam uma segunda merogonia - novas formas merogônicas; 
- micromerozoítos invadem monócitos e neutrófilos e sofrem gametogonia -origem aos gamontes circulantes;
completa o ciclo no hospedeiro intermediário - 28 dias. 
Obs: O carrapato se infecta ao se alimentar de sangue contendo gamontes de H. canis no interior de neutrófilos e monócitos circulantes. 
- início a gametogênese e esporogonia > gamontes são liberados no intestino> há formação de gameta em um processo de singamia que dão origem ao zigoto > atravessa a parede intestinal > localizar na hemocele do carrapato > ocorre a formação do oocisto > maturação - apresentam vários esporocistos 7 a 14 esporozoítos > - quando ingeridos darão continuidade ao ciclo. 
 
# TRANSMISSÃO:
- ocorre quando cães ingerem carrapatos infectados.
- o parasita desenvolve a fase sexuada do ciclo biológico.
- R. sanguineus é considerado vetor biológico de H. canis (H. canis é transmitido de forma transestadial, da ninfa para o estágio adulto).
# MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Hepatozoon canis: 
As manifestações clínicas e achados laboratoriais da hepatozoonose canina não são claramente definidos. São inespecíficos e similares a outras doenças que afetam comumente os cães. Frequentemente encontrado em cães saudáveis, mas a doença geralmente é intercorrente a outras enfermidades imunossupressoras. 
- > Parvovírus, Erliquia canis, Toxoplasma gondii, e Leishmania infantum são frequentemente encontradas em associação com H. canis.
# DIAGNÓSTICO:
Hepatozoon canis:
identificação dos gamontes dentro de neutrófilos e monócitos em esfregaços sangüíneos 
OBS: muitas vezes é encontrado casualmente em cães sem sinais clínicos.
- Imunofluorescência indireta (IFAT);
- Western blot;
- Biópsia tecidual têm sido usadas como técnicas alternativas no diagnóstico.
# TRATAMENTO: 
Não existem estudo validados e controlados a respeito da terapia contra infecções por H.canis. 
- imidocarb, toltrazuril, clindamicina, diminazene, primaquina, tetraciclinas, trimetoprim-sulfonamida, entre outros, têm sido usados tratamento da hepatozoonose canina. 
- A resposta variável. 
# CONTROLE:
O controle de ectoparasitas; diminuir o contato do cão com o vetor responsável pela transmissão.
- A infecção por H. canis geralmente é subclínica, varia de assintomática em cães aparentemente saudáveis à doença séria que cursa com anemia, letargia e perda de peso. 
 - A infecção por H. americanum está associada a uma síndrome clínica que envolve miosite crônica, dores ósseas, debilitação e geralmente fatal. 
 
3. BABESIOSE
Doença causada por parasitos do gênero Babesia, transmitidos por carrapatos. Estes parasitos penetraram nos glóbulos vermelhos dos animais domésticos e se multiplicam promovendo lise (morte) destas células, causando assim anemia severa que, em alguns casos, pode levar à morte do animal. Os três principais sintomas, que caracterizam a doença são: hemoglobinúria, anemia e icterícia (chamados de tríade sintomática da babésia).
Após a picada do carrapato infectado o animal poderá apresentar sintomas num período que varia de poucas semanas até meses, com as reações variando de acordo com a imunidade do hospedeiro, a raça, a idade, o estado nutricional, a taxa de infestação por carrapatos e fatores ambientais.
# SINONÍMIA
Piroplasmose, nutaliose (em eqüinos), tristeza parasitária bovina
(associada a anaplasmose).
# AGENTE ETIOLÓGICO
Bovinos – a babésia é transmitida através do carrapato Boophilus microplus. As espécies de babésia que acometem o bovino são: Babesia bigemina, B. major, B. bovis e Babesia divergens.
Cães – transmitida através do carrapato Riphicephalus sanguineus. As espécies são: Babesia canis, B. vogeli e B. gibsoni.
Ovinos – as espécies são: Babesia motasi, B. foliata e B. tailori.
Suínos – as espécies são: Babesia trautmani e B. perroncitoi.
Eqüinos – transmitida pelo carrapato Amblyomma cajennense. As espécies são: Babesia caballi (Nutallia caballi) e B. equi (Nutallia equi).
Gatos – a espécie é: Babesia felis.
# EPIDEMIOLOGIA
Sua distribuição geográfica é cosmopolita, principalmente em climas tropicais e subtropicais. Acomete animais de todas as idades, sendo os jovens mais resistentes a parasitose. A infecção pré-natal não ocorre. Seu período de incubação costuma ser de 7 a 15 dias, podendo sofrer variações.
# CICLO
O carrapato é infectado quando suga sangue de um animal doente ou portador crônico e, uma vez ingeridas as babésias, estas se dirigem para as glândulas salivares, onde se multiplicam ativamente por divisão binária.
Esta localização favorece a inoculação das babésias quando o carrapato se fixa na pele do hospedeiro definitivo. Os esporozoítos inoculados no hospedeiro, pelo carrapato, ganham a corrente circulatória e penetram nos eritrócitos, onde se multiplicam originando os trofozoitos que originam os merozoitos que, por sua vez, originam as formas sexuadas (macro e micro gametas).
# PATOLOGIA
Com o rompimento das hemácias, ocorre a liberação de hemoglobina. A hemoglobina livre (hemoglobinemia) leva à icterícia e hemoglobinúria (presença de hemoglobina na urina), deixando as mucosas amareladas e a urina escura (enegrecida).
Ocorre distensão da vesícula biliar, espessamento da bile, hepatomegalia, nefrite, degeneração gordurosa do miocárdio. A mucosa gastrintestinal fica edematosa e ictérica, o tecido adiposo fica amarelado e gelatinoso. A morte advém da obstrução dos capilares dos órgãos viscerais pelas hemácias parasitadas, por parasitos e por detritos celulares, que produzem metabólitos tóxicos e letais.
# SINTOMAS CLÍNICOS
Variam de acordo com cada espécie afetada:
- caninos (pode vir associada a Ehrlichia canis): anemia, icterícia, hemoglobinúria, anorexia, febre (acima de 40ºC), linfadenopatia, esplenomegalia, emaciação, trombocitopenia (quando associado a
erlichiose).
- eqüinos: anemia severa (há extravasamento do LEC), icterícia, ciclo febril irregular, depressão nervosa (devido a hipóxia), inapetência, petéquias na terceira pálpebra, andar cambaleante.
- bovinos: anemia, icterícia, urina enegrecida (hemoglobinúria), febre, apatia, tristeza, anorexia, diarréias, edemas e até mesmo sintomas neurológicos (confundindo com raiva).
O complexo anaplasmose-babesiose, popularmente chamado de “tristeza parasitária bovina”, é uma hemoparasitose causada por um protozoário (gênero Babesia) e por uma rickettsia (Anaplasma marginale), ambos parasitos de eritrócitos. O carrapato (Boophilus microplus) é o transmissor e responsável pelo contínuo contato entre parasita (babésias e anaplasmas) e hospedeiro (principalmente bovinos), exigindo que o organismo do animal mantenha constante controle da parasitemia.
Tanto na babesiose quanto na anaplasmose (podem ou não estar associadas), o animal apresenta síndrome de febre, anemia e icterícia.
# DIAGNÓSTICO
Clínico – é feito através da sintomatologia e verificação da presença do carrapato.
Laboratorial – é feito através exame hematológico (pesquisa de hemoparasitas e hemograma). A pesquisa dos hematozoários é feita em esfregaço sanguíneo corado com Giemsa, sendo a coleta mais indicada na fase febril aguda. Normalmente coleta-se a amostra da ponta da orelha do animal e faz-se o esfregaço.
# TRATAMENTO
A babesiose costuma responder bem ao tratamento, que deverá ser realizado, se possível, aos primeiros sinais ou sintomas. Deve ser prescrito por um médico veterinário, pois somente ele poderá escolher o medicamento mais eficaz para a destruição do parasito e determinar a gravidade do quadro de anemia do paciente, observando se há a necessidade de transfusão sanguínea, de suplementação com vitaminas e minerais e de outras medicações de suporte. Orientará ainda um esquema de prevenção contra carrapatos.
O tratamento para babesiose é a base de quimioterápicos como Ganaseg® (bensamina), AcaprinaÒ ou AcapranÒ (ambos: quinolli- sulfaturéia) e BabesanÒ (sulfato de quinurônio). Para anaplasmose, em bovinos, usa-se a tetraciclina - 10 mg/kg durante 3 dias (Terramicina LA®, Terramicina®, Talcin®, Oxivet LA®, Oxitac®, Oxiritard®, etc). Já o imidocarb (Imizol®) é um quimioterápico que atua em ambas enfermidades.
As terapias de suporte (combatem os sintomas) podem ser: transfusão de sangue, administração de energéticos (Stimovit) e de vitamina B12, aplicação de antitérmicos e antiinflamatórios (Banamine – 2ml por cada 45kg de peso corporal diariamente – vias venosa ou intramuscular), aplicaçãode estimulantes de apetite (Arsenil – bezerros: 2 a 5ml, intramuscular; adultos: 10ml, intramuscular - série de 5 injeções em dias alternados; repetir o tratamento após uma semana).
# PROFILAXIA
Boa transferência de imunidade passiva (pelo colostro) aos filhotes recém nascidos;
Exposição controlada dos filhotes a população dos vetores (carrapatos) enquanto estiverem sob proteção da imunidade passiva;
Oferecer boas condições para que os animais desenvolvam imunidade própria – nutrição adequada, proteção contra outras doenças; premunição de animais oriundos de região isenta de carrapatos e/ou de babesiose e anaplasmose, antes de incluí-los ao rebanho; uso de carrapaticidas com critério, associado ao manejo das pastagens, garantindo a ausência de carrapatos e da babesiose. Estão sendo desenvolvidas algumas vacinas e outras já estão sendo usadas, para prevenção da babesiose.

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