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SERVIÇO PÚBLICO - São todas as atividades administrativas executadas pelo Poder Público de forma direta ou indireta, ou por colaboração de particulares sob regime de direito público (concessão ou permissão). Ex: segurança pública, transporte, saúde, educação.  Uma obra não é serviço, pois tem tempo limitado.
O serviço público é composto de 3 elementos:
Substrato Material – utilidade ou comodidade material prestada continuamente à sociedade.
Trato Formal – exercido sob o regime de direito público, mesmo sobe concessão ou permissão.
Elemento Subjetivo – prestado pelo Estado de forma direta ou indireta.
Princípios:
Além dos princípios já vistos para a Administração, temos:
Dever de prestação pelo Estado – O Estado é o responsável por promover o serviço, direta ou indiretamente.
P. da Universalidade (Generalidade) – deve ser prestado ao maior numero de pessoas possível.
P. da Modicidade das Tarifas – as tarifas devem ser módicas.
P. da Adaptabilidade (atualização) – deve se adaptar as técnicas mais modernas.
P. da Cortesia – educação no trato com o usuário do serviço.
P. da Continuidade – deve ser ininterrupto.
P. da Isonomia – isonomia na lei e perante a lei (formal e material).
Os serviços prestados pelo Estado são chamados de serviços centralizados. Para tanto, a Administração distribui a competência na execução desses serviços através da desconcentração em órgãos internos, sempre buscando eficiência.
A desconcentração pode se dar por OUTORGA ou por DELEGAÇÃO.
Na outorga o Estado transfere a outra entidade a titularidade e a prestação do serviço. Só é admitida a outorga à PJ de direito Público, criadas por meio de lei.
Na delegação o Estado mantém a titularidade e transfere apenas o poder de prestar o serviço. São feitas a qualquer entidade privada, seja da Administração ou particular.
Delegação:
O art. 175, CF preleciona q determinados serviços públicos q são de competência exclusiva do Poder Público, podem ser remunerados sob a forma de concessão ou permissão. O Poder Público transfere ao particular a execução e responsabilidade de serviço público mediante remuneração (tarifa) paga pelos usuários.
A legislação q regulamenta é a lei 8.987/95. Apenas a execução dos serviços é repassada aos particulares, mantendo o Poder Público a titularidade dos serviços.
Concessão:
É o contrato administrativo pelo qual o concessionário, mediante prévia licitação na modalidade concorrência, realiza execução de determinados serviços públicos, por sua própria conta e risco, sob a fiscalização do poder concedente. Somente as pessoas jurídicas e os consórcios de empresas poderão firmar concessão.
A lei 11079/2004 criou duas espécies de concessão (Contratos de Parceria Público Privadas – PPP):
– Concessão Patrocinada – A Administração contrata a empresa para realizar o serviço, recebendo remuneração do usuário e tb contraprestação da Administração (até 70%). A Administração está patrocinando o contrato. Serve para cobrança de tarifas mais baixas pela empresa.
– Concessão Administrativa – A Administração contrata a empresa para realizar serviço, mas a própria Administração é o usuário direito ou indireto do serviço, remunerando em 100%. Ex: construção de um presídio.
Permissão:
É considerado pela doutrina um ato administrativo negocial, unilateral, precário (extinto a qualquer tempo sem direito a indenização – mas isso não se aplica em contratos administrativos), discricionário, aplicando-se às permissões os mesmos requisitos atinentes às concessões. Tem natureza jurídica de contrato de adesão. Igualmente depende de licitação com modalidade variada. A lei 8.987/95 determina o seu instrumento – contrato de adesão, não havendo possibilidade de formalização com consórcio de empresas, mas admitem a contratação com PJ o PF.
Autorização:
Ato que permite a execução de serviços transitórios, emergenciais, a particulares.
Possui natureza de ato administrativo, discricionário, precário, pelo qual o Poder Público consente com o exercício de atividade, pelo particular, que indiretamente lhe convém. O interesse objeto da autorização toca, diretamente, ao próprio particular. Ex: taxistas, despachantes. Não depende de licitação
TERCEIRO SETOR:
É formado por associações e entidades sem fins lucrativos. A sociedade civil é dividida em três setores, primeiro, segundo e terceiro. O primeiro setor é formado pelo Governo, o segundo setor é formado pelas empresas privadas, e o terceiro setor são as associações sem fins lucrativos. O terceiro setor contribui para chegar a locais onde o Estado não conseguiu chegar, fazendo ações solidárias, portanto possui um papel fundamental na sociedade. O terceiro setor é composto quase que, em sua totalidade, de mão-de-obra voluntária, pessoas que trabalham e não recebem remuneração para isso. O terceiro setor é mantido com iniciativas privadas e até mesmo incentivos do Governo, com repasse de verbas públicas. As entidade do terceiro setor têm como objetivo principal melhorar qualidade de vida dos necessitados, sejam ele crianças, adultos, animais, meio ambiente, e etc. As fundações, associações, instituições do terceiro setor estão muitas vezes envolvidas com obras de filantropia. É importante referir que as empresas que têm responsabilidade social também podem contribuir para uma sociedade mais equilibrada e justa.
OS - As OS são criadas por particulares, sem necessidade de lei, sem fins lucrativos, e atuam ao lado do poder público executando serviços públicos não exclusivos do Estado (que o particular pode prestar sem necessidade de delegação do Estado), como saúde, educação e previdência. Por ter p contrato de gestão natureza de convênio, as OS podem ser firmadas por prazo indeterminado. As OS são mais próximas do Estado do que as OSCIPs. Podem receber bens públicos e até servidores públicos. ( Arts. 12,13,14 da  L9637).
Os artigos 12 e 13 dispõem sobre o fomento dessas atividades de interesse publico pelo Estado, através de alguns benefícios:
- Destinação de recursos orçamentários
- Bens públicos mediante permuta ou permissão de uso.
- Cessão de servidor público com ônus.
Em contraprestação, as organizações sociais também são controladas pelo Tribunal de Contas.
A OS precisa apresentar um relatório periódico (ao menos anual) para que possa ser fiscalizada pelo poder público.
Esse relatório será avaliado por uma comissão de avaliação que, verificando irregularidades, poderá requerer ao MP, AGU ou Procuradoria a decretação de indisponibilidade dos bens da entidade ou o sequestro dos bens de dirigentes ou terceiros.
A desqualificação da OS se dará nas seguintes hipóteses:
- Descumprimento dos requisitos legais do artigo 1º (Ex: a entidade muda seu objeto social).
- Desrespeito às disposições contidas no contrato de gestão (art 16).
Essa desqualificação se dará em processo administrativo com contraditório e ampla defesa.
Diogo de Figueiredo diz que, embora a qualificação se dê por ato discricionário, a desqualificação se dá por ato vinculado. Alguns doutrinadores criticam, mencionando violação à ideia de paralelismo das formas.
Podem também ser estipuladas sanções às OS, como a reversão de bens e valores.
Embora, em tese, as OS deveriam fazer licitação, o art. 24, inc XXIV da L8666 dispensa a licitação para estas entidades quando forem contratar com terceiros.
OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público). Regulamentada pela L9790 de 1999. é uma entidade privada sem fins lucrativos que atua ao lado do Estado, executando serviços públicos de natureza não exclusiva. A constituição da OSCIP também se dá nos moldes do direito privado, e a qualificação como terceiro setor se dará através de ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO. Preenchidos os requisitos, não pode a administração recusar a qualificação como OSCIP. Isso faz com que os requisitos para constituição sejam mais severos (ver arts. 4º e 5 da lei). O artigo 2º da lei também estabelece um rol de entidades que NÃO podem se qualificar como OSCIP (Ex: entidades religiosas, entidadesque já foram qualificadas como OS, sindicatos, partidos políticos, entre outros).
A competência para qualificação também é diferente, pois é se dá através de ato do Ministério da Justiça (artigos 5º e 6º). 
Ao contrário do que acontece nas OS, não se exige participação de agente público no Conselho de Administração. As OSCIPs firmam com o poder público um TERMO DE PARCERIA. O vínculo, portanto, não é contratual. A DIFERENÇA originária entre OS e OSCIP, portanto, é o vínculo. Se celebra um contrato de gestão, a entidade vira OS. Mas se ela celebra um termo de parceria, vira OSCIP. Para as OSCIPs, não há dispensa de licitação para a contratação com terceiros. No entanto, pra celebrar o termo de parceria, não precisa licitar, pois ele também tem natureza de convênio; só precisa licitar depois de se tornar OSCIP (pelo termo de parceria), para contratar com particulares! No entanto, se houver mais de uma entidade interessada em firmar o termo de parceria, aí sim é preciso fazer um procedimento simplificado, pra que a administração possa escolher com quem irá firmar o termo de parceria, respeitando a impessoalidade. É o chamado concurso de projetos. Mesmo não tendo fins lucrativos, se entende que o dirigente da OSCIP pode receber remuneração salarial fixa se ele for empregado celetista do OSCIP, o que não figura divisão de lucros (por isso precisa ser remuneração fixa, e só se for empregado regido pela CLT). Só serão remunerados dentro dos valores de mercado e se tiverem atuação efetiva ou específica dentro da instituição.
Desqualificação: Através de processo administrativo ou judicial com contraditório e ampla defesa. Por iniciativa da administração pública (autotutela), do Ministério Público ou do cidadão.
 
	 
	OS
	Vínculo
	Contrato de Gestão
	Licitação
	Não (dispensa expressa na L8666)
	Dinheiro Público
	Dotação Orçamentária específica, cessão de bens e servidores
	 
	OSCIP
	Vínculo
	Termo de Parceria
	Licitação
	Sim
	Dinheiro Público
	Destinação de valores, sem especificidade, não admite cessão de servidores e bens
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA
A Intervenção restritiva é aquela na qual o Estado impõe restrições e condições ao uso da propriedade sem retirá-la de seu dono. A doutrina tradicionalmente considera modalidade de intervenção restritiva: a servidão administrativa, a requisição, a ocupação temporária, as limitações administrativas e o tombamento. A intervenção do Estado na propriedade privada, muda assim o seu caráter, não podendo ser concebido o interesse somente com fim a si mesma, mas aderir à necessidade para a utilização pela maioria, passando assim a sociedade aproveitar de maneira mais ampla, promovendo o bem-estar social. Portanto, é necessário que o Judiciário esteja disposto para tutelar a contrariedade dos direitos individuais e os sociais que a coletividade enfrenta. Não atendendo a isso é incidir na omissão a conter às aspirações da sociedade. Aderindo a estas medidas, sem se valer de qualquer placidez, impulsiona a economia interna e externa do país e prestigia os dogmas de uma sociedade que protesta além da abdicação do Estado.
Limitação administrativa: “Toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências de bem-estar social”. 
Provêm do poder da polícia da Administração e exteriorizam-se sob modalidades, entre elas:
Positiva (o FAZER – fica obrigado a realizar o que a Administração impõe);
Negativa (o NÃO FAZER – abster-se do que lhe é vetado);
Permissiva (o PERMITIR FAZER – permitir algo em sua propriedade).
Em resumo:
a) São atos legislativos ou administrativos de caráter geral (todas as demais formas interventivas decorrem de atos singulares, com indivíduos determinados);
b) Têm caráter de definitividade (igual ao das servidões, mas diverso da natureza da requisição e da ocupação temporária);
c) O motivo das limitações administrativas é vinculado a interesses públicos abstratos (nas demais formas interventivas, o motivo é sempre a execução de obras e serviços públicos específicos);
d) Ausência de indenização (nas outras formas, pode ocorrer indenização quando há prejuízo para o proprietário).
DIREITO URBANISTICO: ramo do Direito Público destinado ao estudo e formulação dos princípios e normas que devem reger os espaços habitáveis, incluindo todas as áreas em que o homem exerce coletivamente qualquer de suas quatro funções essenciais na comunidade: habitação, trabalho, circulação e recreação. Atualmente, o Direito Urbanístico é formado por um conjunto de normas que ainda pertencem a várias instituições jurídicas, parecendo mais adequado considerá-lo, em seu estágio atual, como uma disciplina de síntese, ou ramo multi-disciplinar do Direito, que, aos poucos, vai configurando suas próprias instituições. 

Normas Urbanísticas: 
As normas urbanísticas são de direito público, porque regulam uma função pública, que é a atividade 
urbanística exercida pelo Poder Público. Por serem de direito público, são compulsórias e cogentes, 
pois obrigam todos que se encontrem sob seu alcance. 
Competência Legislativa: 
A competência legislativa para disciplinar a matéria urbanística é c oncorrente entre a União, Estados-
membros e Distrito Federal (art. 24, I, da Constituição Federal). A União possui competência para 
editar normas gerais de urbanismo e estabelecer o plano urbanístico nacional e planos urbanísticos 
macrorregionais (arts. 21, XX e XXI, e 24, I, § 1º). 
Competência dos Estados: 
Aos Estados cabe dispor sobre normas urbanísticas regionais (normas de ordenação do território 
estadual), suplementares das normas gerais estabelecidas pela União (art. 24, I, § 2º), o plano 
urbanístico estadual (plano de ordenação do território do Estado) e planos urbanísticos regionais 
(plano de ordenação do territorial de região estabelecida pelo Estado, que podem ter natureza de 
planos de coordenação urbanística na área).
Competência dos Municípios: 
Os municípios possuem sua competência em matéria urbanística delimitada no art. 30 da 
Constituição.
Limitações Urbanísticas: 
O urbanismo se constitui de limitações impostas ao exercício de atividades individuais e ao uso da 
propriedade, buscando a ordenação da vida no meio social. Assim, impõem-se limitações ao 
indivíduo em prol do interesse comum. As limitações impostas pelo direito urbanístico – limitações 
urbanísticas – por sua natureza de ordem pública, destinam-se a regular o uso do solo, as construções 
e o desenvolvimento urbano, objetivando o melhoramento das condições de vida coletiva, sob o 
aspecto físico-social. Para isto, prescreve normas de salubridade, conforto, segurança, funcionalidade 
e estética para a cidade e suas adjacências, ordenando desde o traçado urbano, as obras públicas, até 
as edificações particulares que vão compor o agregado humano.

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