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TRABALHO DE SAÚDE MENTAL

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INTRODUÇÃO
A alimentação tem grande importância no desenvolvimento adequado das crianças e adolescentes. O transtorno alimentar mais comum entre os adolescentes, a anorexia nervosa é uma séria condição psiquiátrica, com consequências fatais. É uma doença que geralmente começa na adolescência devido à preocupação com a mudança do corpo, e é mais comum entre as mulheres, raramente tem início na puberdade ou após os 40 anos de idade, e geralmente afeta, pessoas de classes econômicas superiores. É uma doença psiquiátrica, caracterizada pelo peso abaixo do normal e medo intenso de ganhar peso, podendo possuir também uma distorção da sua imagem corporal e negação da doença. Em alguns casos, os pacientes pesam-se frequentemente, ingerem pequenas quantidades de alimentos, realizam exercícios de forma intensa, auto induzem o vômito ou ingerem laxantes e/ou diuréticos para a perda de peso. Ela apresenta dimensões que requerem uma maior seriedade no tratamento em virtude do seu alto índice de gravidade, com uma prevalência de 0,5 a 1% na população adolescente e juvenil. Embora a maioria dos transtornos psiquiátricos o início precoce é indicativo de prognóstico ruim, na anorexia nervosa quanto mais cedo for o diagnóstico da doença, maiores serão as chances de sucesso terapêutico. Por outro lado, quanto mais tarde ocorrer o aparecimento ou a descoberta, menores serão as chances de recuperação.
RESUMO DO FILME 
O filme “O Mínimo para viver” é um drama que traz a anorexia como tema principal. 
A protagonista chamada Ellen, que é uma jovem de 20 anos, vive lidando com esse distúrbio alimentar que afeta tanto jovens mundialmente. Entre muitas idas a casas de reabilitação, ela conhece um médico chamado William que lhe oferece um tratamento não convencional para seu distúrbio, desafiando-a a enfrentar a doença e mostrando que ainda há esperança de melhora. Num primeiro instante a menina se mostra rebelde, porém ela vai mudando a sua conduta após conhecer a terapêutica que o médico lhe propôs. 
O filme mostra como é ser anoréxica aos olhos da própria protagonista, como ela se enxerga diante do espelho e do mundo, mostrando, também, as ações da menina com relação à doença e como as pessoas ao seu redor lidam com a sua condição. Deixando claro seus dilemas internos e cheios de culpa por fazer seus amigos e familiares sofrerem com a sua situação. Mas a partir do momento em que ela conhece Luke, um menino que também frequenta a casa de recuperação, ela passa a conhecer melhor cada integrante da casa e deixa o seu egoísmo e pensa mais sobre quem está ao seu lado.
Várias razões são citadas no filme sobre o que desencadeou o desenvolvimento da doença na menina como problemas familiares, a ausência do pai, baixa autoestima e entre outros. Porém, o que é mais focado é sobre ela está apta a escolher o caminho da recuperação ou se entregar a doença. Isso pode ser visto em dois momentos do filme, como quando ela precisa lidar com o problema junto com a madrasta, a mãe e a irmã e com os amigos que ela faz na casa de reabilitação. 
O filme mostrar, com muitos detalhes, os possíveis comportamentos que um anoréxico pode ter como contar as calorias de todos os alimentos presentes no prato; vomitar sem ninguém ver; mastigar a comida e cuspir; praticar exercícios intensos ao ponto de se machucar; medir o tamanho do corpo, entre outros. 
CONCEITO
A expressão anorexia nervosa é derivada do termo grego para “perda do apetite” e de uma palavra latina implicando origem nervosa. 
É uma síndrome caracterizada por três critérios essenciais. O primeiro é uma inanição auto induzida até́ um grau significativo – um comportamento. O segundo é uma busca incessante por magreza ou um medo mórbido de engordar – uma psicopatologia. O terceiro critério é a presença de sinais e sintomas resultantes da inanição – uma sintomatologia fisiológica.
 Essa síndrome está frequentemente associada a distúrbios da imagem corporal, à percepção do indivíduo de que ele é angustiantemente obeso apesar da inanição médica.
O tema, em ambos os tipos de anorexia, tem ênfase altamente desproporcional colocada na magreza como uma fonte vital, as vezes a única fonte, de autoestima, sendo o peso e a forma física transformada na preocupação principal que toma conta dos pensamentos, humor e comportamentos durante o dia inteiro.
As hipóteses de um transtorno psicológico subjacente em mulheres jovens com a síndrome incluem conflitos em torno da transição da juventude para a idade adulta. Questões psicológicas relacionadas a sentimentos de desamparo e dificuldade em estabelecer autonomia também foram sugeridas como contribuintes para o desenvolvimento da condição.
A anorexia nervosa foi reportada mais frequentemente durante as últimas décadas, com relatos crescentes do transtorno em meninas e meninos pré́-púberes. A época mais comum de início é na metade da adolescência, mas até́ 5% dos pacientes anoréxicos tem o início do transtorno no começo da década dos 20 anos. A idade mais comum de início é entre 14 e 18 anos.
Fatores biológicos, sociais e psicológicos estão implicados nas causas de anorexia nervosa. Algumas evidências apontam para taxas mais elevadas de concordância nos gêmeos homozigóticos do que nos gêmeos dizigóticos e irmãs de pacientes com anorexia nervosa tem probabilidade de ser afetadas, porém essa associação pode refletir influencias sociais mais do que fatores genéticos.
TIPOS DE ANOREXIA
Especificam-se dois tipos de anorexia nervosa a restritiva, onde prevalecem os comportamentos voltados ao controle da ingestão alimentar, como refeições restritivas dos tipos hipocalóricas, de baixo teor lipídico e as hipoprotéicas, diminuição do número de refeições diárias ou jejum, que pode ser de algumas horas ou períodos mais longos. E a compulsão alimentar purgativa, onde prevalecem os comportamentos purgativos como vômitos, diarreias decorrentes do abuso de laxantes, uso/abuso de inibidores do apetite, prática de exercício excessivo voltado à perda de peso, além dos comportamentos restritivos que também podem estar presentes.
QUADRO CLÍNICO
As consequências físicas são semelhantes às de um estado de desnutrição crônico. Quando em crianças ou adolescentes, são semelhantes às nos pacientes adultos, entretanto existem algumas peculiaridades, como interferência na curva de crescimento, fazendo com que elas tenham estaturas menores do que as esperadas, e atrasa ou até interrompe o desenvolvimento puberal.
Algumas outras consequências físicas decorrentes dessa doença são bradicardia, hipotensão, hipotermia, atrofia cerebral difusa/central, ocasionalmente atrofia regional, edema periférico, diminuição do diâmetro cardíaco, resposta diminuída à demanda física, uremia pré-renal, anemia, esvaziamento gástrico lentificado, dilatação gástrica, lactase e lipase intestinais diminuídas, hipercolesterolemia, hipercarotenemia, hipoglicemia, aumento das enzimas hepáticas, diminuição de estrógeno ou progesterona, diminuição da tirotoxina normal, diminuição da triiodotironina, aumento da triiodotironina reversa, aumento do cortisol, aumento do hormônio de crescimento e diabetes insipidus parcial.
Porém, o principal sintoma é a necessidade do paciente de tentar se manter em um peso bem abaixo do normal, por meios de práticas de exercícios em excesso ou até mesmo por meio de jejum, além disso os pacientes mais graves fazem a associação dos dois, e quando sentem muita vontade de comer algo, comem e provocam o próprio vômito, laxantes, entre outras coisas mais.
As pessoas podem ter mudanças no comportamento, humor, peso, desenvolvimento e também mudar seus aspectos fisiológicos como na menstruação e no aparelho gastrointestinal. 
 Apesar de todas os sintomas, há um sintoma mais grave que é o psicológico, onde envolve o medo e a depressão. Os transtornos afetivos representam 70% das comorbidades no momento da internação de pacientes com anorexia nervosa, e a depressão é a maior diagnosticada em 53% das pacientes que buscam tratamento.TRATAMENTO
O tratamento é geralmente ambivalente e o incentivo dos pacientes para comer, ganhar peso e manter um estado ponderal normal é difícil. As taxas de recaídas, reincidências e sabotagem da dieta são muito elevadas. Contudo os especialistas concordam que o processo de realimentação é fundamental para estabilizar as complicações adjuntas a esta patologia. Para o sucesso do tratamento é necessária uma abordagem multidisciplinar com uma forte vertente psicológica. 
Antes de proceder-se ao processo de realimentação em si é essencial realizar uma análise global do paciente, associando uma avaliação clínica, nutricional e psicológica, incluindo também a dinâmica familiar e social.
Nessa avaliação inicial deve ser feito um exame físico para avaliar estado da pele, pelos e cabelo, existência de edemas periférico e estado muscular; eletrocardiograma para detectar bradicardias, pausas sinusais ou outras arritmias; osteodensitometria, especialmente nos pacientes que apresentam amenorreia, de forma a detectar osteopenia e osteoporose; Amenorreia, de forma a detectar osteopenia e osteoporose; avaliação bioquímica com contagem de alanina aminotransferase, fenilalanina amonialiase, tiamina pirofosfato, ureia, creatinina, depuração de creatinina, albumina, pré-albumina, hemograma, eletrólitos, magnésio, cálcio, fósforo, glicose, proteína creativa e medição da FSH, LH, TSH e prolactina para avaliar a causa da amenorreia; exame digestivo nas glândulas salivares e trato esofagogastrointestinal; balanço hídrico; exame psiquiátrico buscando antecedentes e estado psicológico atual, relacionamento familiar, relacionamento social, estado emocional; história ponderal para saber seu peso atual, peso mínimo e máximo atingido, altura, IMC e Cinética e duração da perda de peso; história do distúrbio para avaliação da ingestão alimentar, comportamento na restrição alimentar, condutas purgativas associadas, o consumo de substâncias viciantes e atividade física; Verificar também patologias associadas conhecidas e medicação como diabetes, patologias tiroideisa, digestivas e metabólicas;
Em seguida, é necessário traçar um objetivo para iniciar o tratamento. A maioria dos pacientes expressa o desejo de mudar embora procurem um tratamento nos seus próprios termos. A motivação demonstrada inicialmente é impulsionada pelo desejo de ter um alívio temporário das consequências físicas e psicológicas da patologia, porém sem ganhar peso significativo. 
É indiscutível que no tratamento da anorexia é imprescindível uma psicoterapia tanto individual quanto familiar. No nível individual o objetivo é ajudar na adesão e incentivar à reabilitação física e nutricional, compreender e modificar os disfuncionamentos ligados ao distúrbio alimentar, melhorar as relações sociais e interpessoais e tratar eventuais comorbilidades psiquiátricas. Já a nível familiar consiste em ajudar a família a dar apoio, de modo a encarar as dificuldades do paciente e a gerir os conflitos e o sofrimento familiar.
Os objetivos do tratamento nutricional envolvem o restabelecimento do peso, da normalização do padrão alimentar, da percepção de fome e saciedade e da correção das complicações fisiológicas e psicológicas da desnutrição. Só se pode dizer que um paciente está recuperado quando duas fases são atingidas: uma restauração ponderal para um IMC de 19-21 kg/m2, seguido por uma prevenção de recaída. 
CONCLUSÃO
Concluímos com esse trabalho que a anorexia nervosa requerer do paciente e das pessoas que convivem com ele, comportamentos e atitudes de compreensão, entendimento, colaboração, paciência, disponibilidade, busca constante de orientação e momentos de reflexão. 
Vimos também como é importante o papel da família, que ajuda o paciente a chegar a uma compreensão melhor de como ele está e como deve melhorar a sua situação.
A doença deflagra uma situação de crise, que atinge não só o indivíduo afetado, como as pessoas mais próximas que o cercam. O ambiente familiar se vê frente a uma situação vital nova e potencialmente transformadora. Doente e familiares sentem a necessidade de se adaptarem à nova realidade que se instaura, e mobilizam seus recursos defensivos para enfrentá-la.
As necessidades afetivas são intensificadas e é comum a regressão emocional, acompanhada de manifestações de sentimentos, tais como impotência, medo, raiva, culpa e agressividade.
Sendo assim, será essencial que seja realizado um tratamento multidisciplinar que combine áreas da psiquiatria, psicoterapia, endocrinologia, nutrição e enfermagem.
REFERÊNCIAS
Fleitlich, Bacy W., Larino, Maria Aparecida; Cobelo, Alícia; Cordás, Táki A. Anorexia nervosa na adolescência. Disponível em: <http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-s323/port.pdf >
Sá, de Make. Anorexia Nervosa: Definição, Diagnóstico e Tratamento. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/68853/2/39783.pdf>
Sadock, Benjamin J.; Sadock, Virginia A.; Ruiz, Pedro. Compêndio de psiquiatria: Ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11ª edição. Rio Grande do Sul: Artmed, 2017.

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