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Resumo princípios CDC

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DIREITOS​ ​DO​ ​CONSUMIDOR 
 
A vulnerabilidade é o ponto fundamental do CDC e, na prática, traduz-se na 
insuciência, na fragilidade de o consumidor se manter imune a práticas lesivas sem 
a intervenção auxiliadora de órgãos ou instrumentos para sua proteção. Por se tratar 
de conceito tão relevante, a vulnerabilidade permeia, direta ou indiretamente, todos 
os aspectos da proteção do consumidor. O modo encontrado pelos fornecedores 
para se sobreporem na relação com tantos e indenidos consumidores foi se apoiar 
em formulários nos quais se inserem as imposições contratuais, cumprindo ao 
consumidor, em regra, tão somente aceitá-los na sua integralidade ou rejeitá-los. 
Este é um fator, dentre outros, que contribuiu para que as relações de consumo 
fossem massicadas, isto é, concluíam-se as contratações em bloco sem atenção 
para a necessidade ou vontade individual de cada consumidor. O instrumento, por 
excelência, das relações de consumo em massa, são os chamados contratos de 
adesão. O que se pode extrair daí é que o consumidor deixou de ter livre-escolha, o 
alcance de sua vontade real sobre o que adquire, para simplesmente submeter-se 
às​ ​condições ​ ​gerais​ ​do​ ​mercado. 
 
Nesse contexto de relações massicadas concluídas, com cada vez mais agilidade, 
verica- se que os contratos de adesão são a realidade do mercado de consumo 
brasileiro. Basta observar que lojas de departamento e eletrodomésticos, bancos 
oferecendo linhas de crédito e o acesso aos serviços de água, luz, telefone e 
energia elétrica, estão presentes tanto em grandes quanto em pequenos municípios. 
O Contrato de Adesão é o contrato padrão cujas cláusulas são estabelecidas 
unilateralmente​ ​pelo​ ​fornecedor​ ​de​ ​produtos​ ​e​ ​serviços. 
 
No entanto, conforme se verá adiante, o CDC é ainda mais abrangente e protege o 
cidadão, inclusive na rara situação do contrato ter sido elaborado em conjunto, por 
fornecedor e consumidor, de modo individualizado, visto que mesmo nesta situação, 
a vulnerabilidade do consumidor não deixa de existir. A intervenção do Estado 
(União, Estados, Municípios e Distrito Federal – diretamente ou por intermédios dos 
órgãos de proteção e defesa de consumidor) na proteção do consumidor não o 
coloca em situação de vantagem ou benefício unilateral em relação ao fornecedor, 
mas visa ao equilíbrio e à harmonização deste frente a uma situação que é desigual 
desde ​ ​seu​ ​nascedouro. 
 
A transparência, conança, harmonia nas relações de consumo, reconhecimento da 
vulnerabilidade do consumidor, bem como a harmonização de interesses, sempre 
com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores, 
são ​ ​princípios​ ​que ​ ​estão​ ​expressamente​ ​previstos​ ​no​ ​artigo​ ​4º​ ​do​ ​CDC. 
 
PRINCÍPIOS 
Princípio​ ​da​ ​proteção​ ​da​ ​conança​ ​do​ ​consumidor 
O CDC instituiu o Princípio da proteção da conança do consumidor, tendo como um dos 
seus aspectos “a proteção da conança na prestação contratual, que dará origem às normas 
cogentes do CDC, que procuram garantir ao consumidor a adequação do produto ou serviço 
adquirido, assim como evitar riscos e prejuízos oriundos destes produtos e serviços”. No 
mesmo sentido, o artigo 4º, inciso I, do CDC, estabelece como valor principal o 
reconhecimento​ ​da​ ​vulnerabilidade​ ​do​ ​consumidor​ ​no​ ​mercado​ ​de​ ​consumo. 
 
Princípio​ ​da​ ​vulnerabilidade 
Por ‘vulnerabilidade’, deve-se entender o princípio mais importante do CDC, pois a partir 
dele é reconhecido que os consumidores são sujeitos que precisam da proteção especial do 
Estado quando se relacionam com os fornecedores, pois sem este auxílio, não cam em pé 
de igualdade e passam a sofrer vários prejuízos pessoais e econômicos. Para Valério Dal 
Pai Moraes, vulnerabilidade, sob o enfoque jurídico, é, então, o princípio pelo qual o sistema 
jurídico positivado brasileiro reconhece a qualidade ou condição daquele(s) sujeito(s) mais 
fraco(s) na relação de consumo, tendo em vista a possibilidade de que venha(m) a ser 
ofendido(s) ou ferido(s), na sua incolumidade física ou psíquica, bem como no âmbito 
econômico,​ ​por​ ​parte​ ​do(s)​ ​sujeito(s)​ ​mais​ ​potente(s)​ ​da​ ​mesma​ ​relação. 
Isso posto, pode-se dividir a vulnerabilidade em três âmbitos de forma clássica para doutrina 
brasileira: a técnica, a jurídica e a fática. A reformulação dada pela Professora Cláudia Lima 
Marques ao conceito insere a ideia de vulnerabilidade informacional, a qual ganha especial 
relevância​ ​nos​ ​dias​ ​atuais. 
 
A ​vulnerabilidade técnica é a mais fácil de se identicar. Basicamente, pode-se resumir na 
ideia de que o consumidor não tem conhecimentos especícos sobre o produto ou serviço 
adquirido,​ ​conhecimento​ ​este​ ​que,​ ​em​ ​geral,​ ​o​ ​fornecedor​ ​possui. 
 
Por outro lado, a ​vulnerabilidade jurídica é aquela em que o consumidor não entende quais 
as consequências de rmar um contrato ou estabelecer uma relação de consumo. Para 
Cláudia Lima Marques, estaria incluída aqui a vulnerabilidade, além de jurídica, também a 
contábil e a econômica. Em linhas gerais, verica-se quando é marcante que, enquanto o 
fornecedor trabalha frequentemente com seu ramo econômico, contando com 
assessoramento jurídico especializado, habitualmente defendendo causas semelhantes, o 
consumidor que precisa com ele litigar (defender- se ou ajuizar ação judicial), terá, em 
contraste, poucos recursos. Obviamente, a experiência, os argumentos, os documentos e 
provas​ ​nestes​ ​assuntos​ ​já​ ​estão​ ​previamente​ ​organizados​ ​pelo​ ​fornecedor. 
 
A ​vulnerabilidade fática é mais abrangente, e é reconhecida no caso concreto. É espécie 
importante, pois além de ser uma ideia/conceito genérica de vulnerabilidade, é aqui que 
se​ ​estabelecem​ ​casos​ ​de​ ​dupla​ ​vulnerabilidade​ ​do​ ​consumidor​ ​idoso​ ​e​ ​criança. 
 
Por m, a vulnerabilidade informacional constitui-se no reexo da sociedade em que 
vivemos, a qual se caracteriza pelo surgimento de blocos econômicos e pela globalização, 
pela acessibilidade, rapidez e uidez do acesso à informação. Nesse contexto, o dever de 
informar ganha contornos importantíssimos e fundamentais nos tempos atuais, seja no 
direito civil ou no direito do consumidor, onde sua importância é ainda maior, reetindo-se na 
proteção​ ​legal​ ​da​ ​vulnerabilidade​ ​do​ ​consumidor,​ ​nos​ ​termos​ ​do​ ​art.​ ​4º,​ ​Inciso​ ​III,​ ​do​ ​CDC. 
 
A partir de todos estes critérios de visualização da vulnerabilidade, é importante observar 
que eles são apenas critérios didáticos que auxiliam na identicação do ponto de fragilidade 
do consumidor. Na prática, a demonstração da vulnerabilidade é presumida pela própria lei. 
As espécies de vulnerabilidade (técnica, fática, jurídica e informacional) não precisam se 
somar​ ​para​ ​que​ ​o​ ​consumidor​ ​seja​ ​reconhecido.​ ​Basta​ ​uma! 
 
Princípio​ ​da​ ​Isonomia 
Previsto no art.1º, CF/88, seu conceito formal gira em torno do tratamento igualitário as 
pessoas sem que haja qualquer discriminação. Entretanto, no conceito jurídico emprega-se 
o uso do seguinte conceito-> devemos tratar os iguais perante sua igualdade e os desiguais 
na medida de sua desigualdade. Nas relações de consumo não seria diferente. A 
identicação do consumidor, como pessoa destinatária de atenção e cuidados especiais no 
mercado, tem fundamento na Constituição Federal e no Código de Defesa do Consumidor. 
O artigo 170 da CF/88 determinou que toda e qualquer atividade econômica desenvolvida 
no​ ​Brasil​ ​levará​ ​em​ ​conta​ ​a​ ​defesa​ ​do​ ​consumidor. 
 
Princípio​ ​da​ ​Boa-fé 
Cuida-se de um princípio relacionado com os contratos e as etapas de sua formação. A 
nova perspectiva da boa-fé trazida pelo CDC impõe aos contratantes (especialmente aos 
fornecedores) que não são apenas as regras contratuais que valem para disciplinar a 
relação entre as partes: na verdade, além do que consta escrito no contrato, as partes têm o 
dever de respeitar deveres gerais que não precisam sequer estar escritos, mas serão 
exigidos no dia a dia. A boa-fé pode ser extraída dos usos e costumes do local, assim como 
a partir das experiências das pessoas envolvidas, fazendo-se necessária para permitir ou 
recuperar a legítima expectativa do consumidor que, a mais das vezes, contrata uma coisa 
pensando​ ​noutra. 
 
A harmonização dos interesses, a boa-fé e o equilíbrio nas relações de consumo estão 
previstas no art.4°, inciso III, do CDC. O Superior Tribunal de Justiça já decidiu, como 
exemplo de concretização das regras gerais da boa-fé, que as operadoras de planos de 
saúde não podem limitar o prazo de cobertura para pacientes que se internam em Unidade 
de Terapia Intensiva – UTI, o que signica dizer que esta exigência contratual é totalmente 
contrária à legítima expectativa dos pacientes que, quando buscaram este tipo de serviço, 
não tiveram condições ou mesmo oportunidade de avaliar a malfadada exigência contratual 
(Súmula​ ​nº​ ​302,​ ​do​ ​STJ;​ ​no​ ​mesmo​ ​sentido,​ ​Portaria​ ​7,​ ​de​ ​3​ ​de​ ​setembro​ ​de​ ​2003​ ​-​ ​SDE). 
 
Princípio​ ​da​ ​Educação​ ​e​ ​Informação 
Outro princípio importante do CDC que diz respeito justamente à educação e ao 
aprimoramento de fornecedores e consumidores e até entre os agentes do Sistema 
Nacional de Defesa do Consumidor, visando à melhoria do mercado de consumo, assim 
como para alcançar as novas e sempre renovadas práticas comerciais provocadas pelos 
fornecedores no mercado. Cumpre destacar que os fornecedores também devem ser 
educados quanto a seus deveres, demonstração clara de que as atividades dos órgãos de 
proteção e defesa do consumidor não são exclusivamente repressivas ou punitivas, mas 
antes​ ​de​ ​tudo,​ ​pedagógicas. 
 
Princípio​ ​da​ ​​ ​Racionalização​ ​e​ ​Melhoria​ ​dos​ ​Serviços​ ​Públicos 
Preza pela constante racionalização e melhoria dos serviços públicos, devendo os órgãos 
de proteção e defesa do consumidor acompanhar e repensar formas de otimização e 
evolução​ ​dos​ ​serviços​ ​públicos​ ​disponibilizados​ ​aos​ ​cidadãos. 
 
 
O CDC não tem aplicabilidade a todas as relações econômicas, mas restringe-se à 
identicação de atividades econômicas nas quais estejam o consumidor e o fornecedor, e 
entre​ ​eles​ ​uma​ ​transação​ ​envolvendo​ ​produto​ ​e/ou​ ​serviço. 
 
De antemão, é importante realçar que o CDC não é uma lei que protege o consumidor a 
todo e qualquer custo. Não é sempre verdadeiro o ditado de que o consumidor tem sempre 
razão. O CDC veio para restabelecer uma situação de equilíbrio entre consumidor e 
fornecedor. É exatamente o que estabelece a meta de harmonização das relações de 
consumo.​ ​Logo,​ ​o​ ​consumidor​ ​deve​ ​pagar​ ​um​ ​preço​ ​justo​ ​e​ ​agir​ ​de​ ​boa-fé. 
 
QUEM​ ​É​ ​CONSUMIDOR? 
 
O consumidor é a parte vulnerável da relação de consumo. O Código de Defesa do 
Consumidor​ ​(CDC)​ ​dene: 
 
No art.2º, caput, consumidor é: 
“toda pessoa física ou jurídica 
que adquire ou utiliza produto 
ou serviço como destinatário 
nal”. 
 
 
Dessa forma, a Lei de Consumo não deixa dúvidas de que o cidadão individualmente 
considerado (pessoa física ou natural) é consumidor nos termos da lei. Crianças e 
adolescentes também são consumidores, bastando que o atendimento de suas demandas e 
pleitos ocorra com o acompanhamento de um responsável.Porém, cumpre observar que, no 
tocante às empresas (e pessoas físicas que exercem atividades prossionais) existe alguma 
dúvida, tanto da doutrina quanto da jurisprudência quando o assunto é denir qual o sentido 
e​ ​alcance​ ​da​ ​expressão​ ​destinatário​ ​nal. 
 
Para exemplicar, se uma loja de automóveis adquire um veículo de uma concessionária 
para transportar seus consumidores, os maximalistas entendem que a loja é consumidora 
pelo simples fato de ter comprado o carro, enquanto que os nalistas entendem que a 
destinação dada ao veículo (transportar seus consumidores) é parte de sua atividade 
empresarial​ ​e​ ​não​ ​atrai​ ​a​ ​proteção​ ​legal​ ​do​ ​CDC. 
 
Mas, isto não signica que os nalistas afastem o CDC de todas as situações em que as 
pessoas jurídicas adquiram produtos ou serviços, pois elas também podem consumir para 
satisfação de suas necessidades primárias, como a água para seus funcionários, na 
contratação de um plano de assistência médico-hospitalar para seus funcionários (aí, sim, 
estaria​ ​dando​ ​aos​ ​produtos​ ​e​ ​serviços​ ​a​ ​devida​ ​destinação​ ​nal). 
 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem adotado uma solução 
interessante, ou uma linha segura de interpretação para concluir pela aplicação, ou não, do 
CDC às empresas ou aos prossionais que empregam os produtos e serviços para 
incremento de suas atividades: examinar, em cada caso especíco, se estes empresários 
estão realmente em situação de vulnerabilidade, isto é, se contratam em situação 
notoriamente fragilizada com fornecedores que detenham maiores conhecimentos 
especícos​ ​do​ ​produto. 
 
Assim, o STJ entendeu que, tanto um pequeno agricultor que adquire sementes de uma 
multinacional beneciadora de alimentos, quanto um dentista interessado em uma máquina 
moderna de radiograa, fornecida por um fabricante estrangeiro, devem ser protegidos pelo 
CDC,​ ​em​ ​especial,​ ​por​ ​conta​ ​da​ ​acentuada​ ​vulnerabilidade​ ​entre​ ​as​ ​partes. 
 
TUTELA​ ​COLETIVA 
 
Um dos avanços das legislações modernas, como é o CDC, foi reconhecer que há direitos 
que não assistem apenas a determinada pessoa ou indivíduo, mas alcançam a uma 
coletividade denida ou indenida de pessoas. O direito do consumidor é um direito coletivo 
porque um mercado harmônico e pautado no respeito à vulnerabilidade interessa a todos. 
Da mesma forma a preservação da saúde, vida e segurança dos consumidores, a partir da 
manutenção​ ​de​ ​qualidade​ ​dos​ ​produtos​ ​e​ ​serviços​ ​postos​ ​em​ ​circulação,​ ​é​ ​direito​ ​de​ ​todos. 
 
 
“O CDC (art. 6º, inciso VI) e a 
Constituição Federal, em seu 
artigo 129, inciso III, preveem 
expressamente a existência e 
proteção​ ​de​ ​direitos​ ​coletivos. 
 
Art. 6º São direitos básicos do 
consumidor: 
(...) 
VI – a efetiva prevenção e 
reparação dedanos patrimoniais e 
morais, individuais, coletivos e 
difusos; 
(...)” 
 
A tutela (proteção) coletiva dos direitos do consumidor aumenta a eciência do CDC, pois 
alcança e benecia maior número de pessoas, especialmente para prevenir que outras se 
prejudiquem. Se, pois, uma exigência escrita em um contrato de adesão que é ofertado ao 
público é identicada por um órgão de proteção e defesa do consumidor como abusiva, 
pode este, nos termos dos artigos 81 e 82 do CDC, buscar uma medida judicial que revise 
este contrato corrigindo a falha apontada, inclusive para prevenir maiores danos a 
consumidores​ ​que​ ​ainda​ ​não​ ​tenham​ ​contratado. 
 
Art.​ ​2°​ ​(...) 
 
Parágrafo único. Equipara-se a 
consumidor a coletividade de 
pessoas, ainda que 
indetermináveis, que haja 
intervindo nas relações de 
consumo. 
 
No tocante à defesa do consumidor em juízo (perante os Tribunais), além do Ministério 
Público, Defensoria Pública, União, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades civis 
de proteção e defesa do consumidor (constituídas há mais de um ano), os Procons estão 
autorizados e legitimados (art. 82, III, CDC), a promoverem medidas coletivas em favor dos 
consumidores. 
 
Já no caso do artigo 17, que cuida da seção dos acidentes de consumo (fato do produto ou 
serviço), tem-se que todas as pessoas que, mesmo sem contratarem diretamente, 
adquirindo às suas expensas produtos ou serviços, caso sofram danos com o evento de 
consumo,​ ​serão​ ​tratadas​ ​como​ ​consumidoras. 
 
Por m, ainda estão equiparadas a consumidores todas as pessoas, determináveis ou não, 
expostas​ ​às​ ​chamadas​ ​práticas​ ​abusivas​ ​dos​ ​fornecedores​ ​(art.​ ​29,​ ​CDC). 
 
A redação do artigo 29 delimita que este tipo de equiparação só ocorrerá se estiverem 
presentes as situações contidas neste capítulo, referindo-se ao capítulo V do CDC que 
estabelece o que sejam práticas comerciais. As atividades contidas no referido capítulo são 
de oferta e publicidade, cobranças de dívidas, bancos de dados e cadastros de 
consumidores,​ ​além​ ​do​ ​rol​ ​de​ ​exemplos​ ​de​ ​práticas​ ​abusivas​ ​do​ ​artigo​ ​39​ ​do​ ​CDC. 
 
Da mesma forma que o conceito contido no artigo 2º, parágrafo único, do CDC, o 
consumidor aqui equiparado é aquela pessoa, ou coletividade de pessoas, que não 
necessariamente adquiriram produtos ou serviços, mas já passaram a sofrer algum tipo de 
dano (ou mesmo perigo de dano) tão somente ao terem contato com a conduta praticada 
pelo fornecedor ao anunciar seu produto e serviço (e, aí, poderá praticar publicidades 
enganosas ou abusivas), ao receber a cobrança de uma dívida já paga ou da qual nunca 
deu causa (práticas abusivas) ou, ainda, ao ter seu nome inscrito erroneamente em um 
cadastro de consumidores ou banco de dados. Está-se diante, pois, de atividades não 
necessariamente atreladas ao consumo direto do produto ou serviço, mas mesmo assim 
ocasionam danos aos cidadãos que com ela têm contato, devendo ser tratados, pois, como 
consumidores. 
 
FORNECEDOR 
 
O CDC estabelece no seu artigo 3º, de modo bastante genérico e propositadamente amplo, 
de​ ​que​ ​fornecedor​ ​é: 
 
“toda pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como entes 
despersonalizados, que 
desempenha atividades de 
produção, montagem, criação, 
construção, transformação, 
importação, distribuição ou 
comercialização de produtos ou 
prestação​ ​de​ ​serviços”. 
 
Inicialmente,​ ​esta​ ​lista​ ​de​ ​atividades​ ​mencionadas​ ​na​ ​lei​ ​é,​ ​segundo​ ​a​ ​doutrina,​ ​meramente 
um​ ​exemplo​ ​do​ ​que​ ​pode​ ​fazer​ ​o​ ​fornecedor​ ​para​ ​“colocar​ ​o​ ​produto​ ​ou​ ​serviço​ ​em 
circulação​ ​no​ ​mercado”.​ ​Se​ ​um​ ​comerciante​ ​exercer​ ​uma​ ​atividade​ ​que​ ​não​ ​encontra 
conectivo​ ​direto​ ​com​ ​quaisquer​ ​das​ ​hipóteses​ ​do​ ​artigo​ ​3º,​ ​acima​ ​destacado,​ ​mas​ ​se​ ​resume 
em​ ​disponibilizar​ ​produto​ ​ou​ ​serviço​ ​aos​ ​consumidores,​ ​não​ ​há​ ​dúvida​ ​de​ ​que​ ​ele​ ​é 
fornecedor. 
 
Conforme​ ​o​ ​CDC,​ ​tanto​ ​uma​ ​empresa​ ​(brasileira​ ​ou​ ​estrangeira)​ ​quanto​ ​uma​ ​pessoa​ ​física 
que​ ​se​ ​empenhe​ ​para​ ​disponibilizar​ ​produto​ ​ou​ ​serviço​ ​no​ ​mercado​ ​são​ ​tratadas​ ​como 
fornecedoras.​ ​Há​ ​certa​ ​discussão​ ​na​ ​doutrina​ ​para​ ​estabelecer​ ​em​ ​que​ ​termos​ ​uma​ ​pessoa 
física​ ​é​ ​considerada​ ​fornecedora​ ​ou​ ​não,​ ​a​ ​depender​ ​da​ ​habitualidade​ ​(ou​ ​frequência)​ ​com 
que​ ​exerce​ ​a​ ​atividade:​ ​se​ ​uma​ ​pessoa​ ​prepara​ ​em​ ​sua​ ​casa​ ​um​ ​tabuleiro​ ​de​ ​doces​ ​e,​ ​junto 
a​ ​seus​ ​colegas​ ​de​ ​classe​ ​ou​ ​serviço,​ ​vende-os​ ​para​ ​complementar​ ​sua​ ​renda,​ ​apenas​ ​uma 
vez,​ ​ela​ ​não​ ​será​ ​considerada​ ​fornecedora.​ ​Deve-se​ ​considerar​ ​que​ ​o​ ​fornecedor​ ​não 
precisa​ ​necessariamente​ ​auferir​ ​lucro​ ​de​ ​sua​ ​atividade,​ ​mas​ ​apenas​ ​receber​ ​uma 
remuneração​ ​direta​ ​ou​ ​indireta​ ​pelo​ ​produto​ ​ou​ ​serviço​ ​colocado​ ​em​ ​circulação.​ ​Assim,​ ​não 
importa​ ​a​ ​forma​ ​de​ ​constituição​ ​da​ ​empresa​ ​(seja​ ​ela​ ​uma​ ​pequena​ ​ou​ ​grande​ ​empresa, 
uma​ ​Sociedade​ ​Anônima,​ ​uma​ ​Associação​ ​sem​ ​ns​ ​lucrativos),​ ​desde​ ​que​ ​desempenhe​ ​a 
atividade​ ​descrita​ ​no​ ​artigo. 
 
O​ ​CDC​ ​estabelece​ ​que​ ​é​ ​fornecedor​ ​pessoa​ ​jurídica​ ​pública.​ ​Isto​ ​signica​ ​que​ ​a​ ​Lei​ ​é 
imposta​ ​até​ ​mesmo​ ​aos​ ​prestadores​ ​de​ ​serviços​ ​públicos​ ​(atividades​ ​disponibilizadas​ ​por 
órgãos​ ​ou​ ​entes​ ​do​ ​Poder​ ​Público)​ ​em​ ​respeito​ ​às​ ​suas​ ​disposições.​ ​Todavia,​ ​nem​ ​todo 
serviço​ ​público​ ​está​ ​sujeito​ ​ao​ ​CDC.​ ​A​ ​doutrina​ ​tem​ ​entendido​ ​que​ ​apenas​ ​podem​ ​ser 
tratados​ ​à​ ​luz​ ​do​ ​CDC​ ​os​ ​serviços​ ​públicos​ ​oferecidos​ ​aos​ ​consumidores​ ​mediante 
remuneração​ ​especíca​ ​e​ ​de​ ​modo​ ​individualizado.​ ​Nestes​ ​casos,​ ​quem​ ​explora​ ​estes 
serviços​ ​é​ ​o​ ​Estado​ ​(a​ ​partir​ ​de​ ​empresas​ ​públicas)​ ​ou​ ​particulares​ ​conhecidos​ ​como 
concessionárias​ ​de​ ​serviços​ ​públicos.​ ​Ficam​ ​de​ ​fora​ ​da​ ​incidência​ ​do​ ​CDC​ ​os​ ​serviços 
públicos​ ​pelos​ ​quais​ ​o​ ​cidadão​ ​tem​ ​acesso​ ​independentemente​ ​de​ ​pagamento​ ​especíco,​ ​a 
exemplo​ ​de​ ​segurança​ ​pública. 
 
PRODUTOS​ ​E​ ​SERVIÇOS 
 
O​ ​CDC​ ​trata​ ​os​ ​bens​ ​da​ ​vida​ ​como​ ​produtos​ ​(qualquer​ ​bem,​ ​móvel​ ​ou​ ​imóvel,​ ​material​ ​ou 
imaterial)​ ​ou​ ​serviços​ ​(qualquer​ ​atividade​ ​fornecida​ ​no​ ​mercado​ ​de​ ​consumo,​ ​mediante 
remuneração)​ ​–​ ​de​ ​acordo​ ​com​ ​os​ ​parágrafos​ ​1º​ ​e​ ​2º,​ ​do​ ​artigo​ ​3º,​ ​do​ ​CDC.​ ​A​ ​partir​ ​destes 
conceitos,​ ​é​ ​possível​ ​compreender​ ​o​ ​quão​ ​ampla​ ​será​ ​a​ ​abrangência​ ​desta​ ​lei,​ ​que​ ​pode 
alcançar​ ​desde​ ​a​ ​contratação​ ​de​ ​planos​ ​de​ ​saúde​ ​até​ ​a​ ​compra​ ​de​ ​um​ ​simples​ ​calçado.​ ​Em 
ambos​ ​os​ ​casos,​ ​o​ ​consumidor​ ​está​ ​em​ ​situação​ ​desfavorável. 
 
Os​ ​produtos​ ​são​ ​bens​ ​que​ ​se​ ​transferem​ ​do​ ​patrimônio​ ​do​ ​fornecedor​ ​para​ ​o​ ​do​ ​consumidor, 
sejam​ ​eles​ ​materiais​ ​(ex.:​ ​aparelho​ ​telefônico)​ ​ou​ ​até​ ​imateriais​ ​(ex.:​ ​um​ ​programa​ ​de 
computador). 
 
Os​ ​produtos​ ​móveis​ ​são​ ​aqueles​ ​que,​ ​como​ ​o​ ​próprio​ ​nome​ ​indica,​ ​são​ ​passíveis​ ​de 
deslocamento,​ ​sujeitos​ ​à​ ​entrega​ ​(ex.:​ ​um​ ​veículo,​ ​uma​ ​televisão,​ ​algum​ ​alimento),​ ​enquanto 
são​ ​imóveis​ ​os​ ​bens​ ​incorporados​ ​natural​​ou​ ​articialmente​ ​ao​ ​solo​ ​(ex.:​ ​lote​ ​de​ ​terra​ ​urbana 
ou​ ​rural,​ ​residencial​ ​ou​ ​comercial;​ ​um​ ​apartamento). 
 
Já​ ​os​ ​serviços​ ​são​ ​atividades​ ​humanas​ ​executadas​ ​pelos​ ​fornecedores,​ ​de​ ​interesse​ ​dos 
consumidores​ ​que​ ​deles​ ​necessitam.​ ​O​ ​CDC​ ​esclarece,​ ​para​ ​que​ ​não​ ​haja​ ​dúvidas,​ ​que 
também​ ​são​ ​considerados​ ​serviços​ ​as​ ​atividades​ ​de​ ​natureza​ ​“bancária,​ ​nanceira,​ ​de 
crédito​ ​e​ ​securitária”​ ​(art.​ ​3º,​ ​parágrafo​ ​2º,​ ​CDC).​ ​Assim,​ ​as​ ​relações​ ​travadas​ ​entre​ ​o 
consumidor​ ​e​ ​uma​ ​instituição​ ​nanceira,​ ​casa​ ​bancária​ ​ou​ ​de​ ​crédito,​ ​assim​ ​como 
seguradora,​ ​deverão​ ​respeitar​ ​as​ ​leis​ ​de​ ​consumo​ ​aqui​ ​tratadas.​ ​Assim​ ​decidiu​ ​o​ ​Supremo 
Tribunal​ ​Federal,​ ​em​ ​2006,​ ​no​ ​julgamento​ ​da​ ​Ação​ ​Direta​ ​de​ ​Inconstitucionalidade​ ​nº 
2.591/DF. 
 
 
Em​ ​ambos​ ​os​ ​casos,​ ​o​ ​consumidor​ ​pagará​ ​ao​ ​fornecedor​ ​pela​ ​aquisição​ ​do​ ​produto​ ​ou 
utilização​ ​do​ ​serviço.​ ​Esta​ ​retribuição​ ​econômica​ ​(pagamento​ ​do​ ​preço),​ ​por​ ​sua​ ​vez,​ ​nem 
sempre​ ​será​ ​efetivada​ ​de​ ​modo​ ​direto,​ ​a​ ​partir​ ​de​ ​um​ ​ato​ ​de​ ​entrega​ ​de​ ​dinheiro. 
 
A​ ​doutrina​ ​e​ ​a​ ​jurisprudência​ ​do​ ​Superior​ ​Tribunal​ ​de​ ​Justiça​ ​tem​ ​admitido​ ​que​ ​há​ ​hipóteses 
nas​ ​quais,​ ​apesar​ ​de​ ​não​ ​existir​ ​um​ ​desembolso​ ​direto​ ​do​ ​consumidor,​ ​o​ ​serviço,​ ​por​ ​ser 
utilizado,​ ​é​ ​remunerado​ ​indiretamente,​ ​como​ ​é​ ​o​ ​caso​ ​da​ ​utilização​ ​de​ ​uma​ ​conta​ ​de​ ​e-mail 
gratuita​ ​oferecida​ ​por​ ​qualquer​ ​provedor​ ​de​ ​acesso​ ​à​ ​internet.​ ​O​ ​consumidor​ ​não​ ​paga,​ ​em 
dinheiro,​ ​ao​ ​site​ ​pela​ ​utilização​ ​da​ ​conta​ ​de​ ​e-mail,​ ​mas​ ​enriquece​ ​o​ ​patrimônio​ ​do​ ​provedor 
toda​ ​vez​ ​que​ ​acessa​ ​sua​ ​conta​ ​de​ ​e-mail​ ​(de​ ​fato,​ ​o​ ​provedor​ ​se​ ​remunera​ ​pelo​ ​número​ ​de 
usuários​ ​que​ ​acessa​ ​seu​ ​site,​ ​pois​ ​deste​ ​número​ ​consegue​ ​mais​ ​anunciantes,​ ​investidores​ ​e 
rendimentos). 
 
Se​ ​os​ ​produtos​ ​e​ ​serviços​ ​são,​ ​via​ ​de​ ​regra,​ ​essenciais​ ​à​ ​existência​ ​digna​ ​dos 
consumidores,​ ​o​ ​CDC​ ​tratou​ ​de​ ​estabelecer​ ​que​ ​os​ ​produtos​ ​e​ ​serviços​ ​colocados​ ​no 
mercado​ ​de​ ​consumo​ ​não​ ​acarretarão​ ​riscos​ ​à​ ​saúde​ ​ou​ ​segurança​ ​dos​ ​consumidores, 
salvo​ ​se​ ​esta​ ​periculosidade​ ​resultar​ ​da​ ​própria​ ​natureza​ ​da​ ​prestação​ ​(art.​ ​8º),​ ​devendo​ ​o 
fornecedor,​ ​neste​ ​último​ ​caso,​ ​advertir​ ​os​ ​consumidores.​ ​É​ ​o​ ​caso​ ​de​ ​produtos​ ​inamáveis, 
tóxicos​ ​e​ ​que​ ​causam​ ​alergia:​ ​não​ ​podem​ ​ser​ ​comercializados​ ​sem​ ​advertências​ ​expressas 
e​ ​ao​ ​alcance​ ​do​ ​consumidor.​ ​Exemplo​ ​de​ ​adequação​ ​no​ ​Brasil​ ​pode​ ​ser​ ​visto​ ​nas 
embalagens​ ​de​ ​alimentos,​ ​nas​ ​quais​ ​os​ ​fornecedores​ ​devem​ ​identicar​ ​se​ ​o​ ​produto​ ​contém 
ou​ ​não​ ​contém​ ​glúten​ ​(elemento​ ​encontrado​ ​no​ ​trigo​ ​e​ ​seus​ ​derivados),​ ​em​ ​razão​ ​de​ ​uma 
doença​ ​chamada​ ​celíaca​ ​cujo​ ​organismo​ ​do​ ​consumidor​ ​tem​ ​rejeição​ ​ao​ ​glúten​ ​e​ ​sofre 
diculdades​ ​em​ ​sua​ ​digestão.​ ​Uma​ ​vez​ ​alertado,​ ​antes​ ​mesmo​ ​da​ ​compra,​ ​o​ ​consumidor 
consegue​ ​se​ ​proteger. 
 
Nem​ ​sempre​ ​é​ ​necessário​ ​que​ ​haja​ ​a​ ​compra/utilização​ ​efetiva​ ​de​ ​um​ ​produto​ ​ou​ ​serviço 
para​ ​que​ ​o​ ​fornecedor​ ​ofenda​ ​direito​ ​do​ ​consumidor.​ ​O​ ​CDC​ ​cuida​ ​de​ ​outras​ ​situações​ ​que 
ocorrem​ ​antes​ ​mesmo​ ​do​ ​fornecimento​ ​do​ ​produto/serviço​ ​como​ ​é​ ​o​ ​caso​ ​do​ ​modo​ ​pelo​ ​qual 
será​ ​este​ ​ofertado​ ​ao​ ​público​ ​(por​ ​exemplo,​ ​publicidades​ ​e​ ​anúncios).​ ​Em​ ​outros​ ​casos, 
como​ ​a​ ​indevida​ ​inclusão​ ​do​ ​nome​ ​de​ ​um​ ​consumidor​ ​em​ ​cadastro​ ​de​ ​devedores​ ​decorrente 
do​ ​uso​ ​fraudulento​ ​de​ ​seu​ ​CPF​ ​(Cadastro​ ​de​ ​Pessoas​ ​Físicas)​ ​para​ ​contratação​ ​de​ ​uma 
linha​ ​telefônica,​ ​sequer​ ​houve​ ​utilização​ ​efetiva​ ​do​ ​serviço,​ ​mas,​ ​houve​ ​relação​ ​de​ ​consumo.

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