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OAB1FASE FILOSOFIA BANCO DE QUESTOES AULA 01

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Banco de Questões 
 
• MORAL, ÉTICA E JUSTIÇA 
• ZETÉTICA E DOGMÁTICA JURÍDICA 
• HERMENÊUTICA JURÍDICA 
• HISTÓRIA DA FILOSOFIA DO DIREITO E DO DIREITO 
 
1. (CESPE, MPE-AC, promotor de justiçA) considerando os aspectos filosóficos relacionados ao conceito 
de justiça, assinale a opção correta. 
 
A) um dos principais sofistas, protágoras defendia que a assunção do absolutismo da definição de justiça deveria 
ser rigorosamente observada no plano da reflexão acerca do justo e do injusto em face dos fatos e valores huma-
nos. 
B) segundo a teoria numérica pitagórica, a ideia de justiça se expressa pela tríade ou pela tetraktys, correspon-
dendo esta última à representação da omónoia, isto é, à harmonia dos contrários existentes entre os lados do 
quadrado. 
C) consoante aristóteles, a justiça distributiva, embora definida como igualdade de natureza proporcional, não 
deve ser construída a partir de um critério do tipo geométrico, a partir de uma relação matemática, mas da obser-
vação da proporcionalidade da participação de cada qual no critério eleito pela constituição. 
D) segundo anaximandro, seguidor da escola jônica, autor do primeiro fragmento filosófico acerca da diké, justiça 
é sinônimo de equilíbrio pautado necessariamente na justiça ponderada e métrica de cada situação, tomada isola-
damente. 
E) nos fragmentos éticos de demócrito, seguidor da escola da pluralidade, destaca-se o sentimento de justiça, que 
deve ser o móvel da ação, não se concebendo que a injustiça, ainda que cometida por erro ou por desvio de con-
duta, seja admitida como algo comum, ao argumento de pertencer à própria natureza humana. 
 
2. (CESPE, DPE-TO, defensor público) com relação ao conceito de justiça, assinale a opção correta. 
 
A) o vocábulo justiça é empregado, em sentido lato, como equivalente a organização judiciária. 
B) o sentido estrito de justiça está associado ao conjunto das virtudes que regulam as relações entre os homens. 
C) de acordo com a doutrina majoritária, caracterizam o sentido lato de justiça a alteridade, o débito e a igualdade. 
D) consoante a doutrina aristotélica, a justiça comutativa caracteriza-se como aquela em que o particular dá a 
outro o bem que lhe é devido. 
E) na antiguidade clássica, platão definiu justiça como a vontade constante e perpétua de dar a cada um o que lhe 
pertence. 
 
3. (FCC, DPE-PR, defensor público) A concepção de justiça que mais se aproxima de um dos objetivos, 
positivado, das defensorias públicas no brasil é: 
 
A) justiça enquanto tranquilidade. 
B) justiça enquanto cumprimento da lei. 
C) justiça que manda dar aos iguais coisas iguais e aos desiguais coisas desiguais. 
D) justiça como realização da liberdade. 
E) justiça enquanto vida feliz do homem, que só é atingida na paz individual ou social. 
 
4. (FCC, DPE-SP, Defensor público) Ao comentar a doutrina aristotélica da justiça, Tercio Sampaio Ferraz 
Júnior, em sua obra Estudos de Filosofia do Direito, indica aquele que seria o "preceito básico do direito 
justo, pois só por meio dele a justiça se revelaria em sua atualidade plena". 
 
Este preceito, que também pode ser definido como "uma feliz retificação do justo estritamente legal" ou 
ainda "o justo na concretude", é denominado: 
 
A) dignidade. 
B) vontade. 
C) equidade. 
D) piedade. 
E) liberdade. 
 
 
 
 
 
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5. (FCC, DPE-SP, Defensor público) Em sua Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen concebe o Direito como 
uma "técnica social específica". Segundo o filósofo, na obra O que é justiça?, "esta técnica é caracteriza-
da pelo fato de que a ordem social designada como 'Direito' tenta ocasionar certa conduta dos homens, 
considerada pelo legislador como desejável, provendo atos coercitivos como sanções no caso da conduta 
oposta". Tal concepção corresponde à definição kelseniana do Direito como: 
 
A) uma ordem estatal facultativa. 
B) uma ordem axiológica que vincula a interioridade. 
C) um veículo de transformação social. 
D) uma ordem coercitiva. 
E) uma positivação da justiça natural. 
 
6. (CESPE, DPE-RO, defensor público) considerando os conceitos de direito e de moral, assinale a opção 
correta à luz da filosofia do direito. 
 
A) kant desenvolveu a teoria do mínimo ético, segundo a qual o direito representa todo o conteúdo moral obrigató-
rio para que a sociedade possa sobreviver minimamente. 
B) hans kelsen formulou a teoria da bilateralidade atributiva, asseverando que a moral não se distingue do direito, 
mas o complementa por meio da bilateralidade ou intersubjetividade. 
C) christian thomasius propôs a distinção entre o direito e a moral, sob a inspiração pufendorfiana, com base na 
ideia de coação. 
D) thomas hobbes desenvolveu a teoria da atributividade, segundo a qual direito e moral estão inter-relacionados, 
tendo ambos origem no direito natural. 
E) max scheler preconizava uma espécie de moral pura, condição para a existência de um comportamento que, 
guiado pelo direito e pela ética, não muda segundo as circunstâncias. 
 
7. (FGV, OAB, Exame de Ordem Unificado- XVII- primeira fasE) Mister é não olvidar que a compreensão do 
direito como 'fato histórico-cultural' implica o conhecimento de que estamos perante uma realidade es-
sencialmente dialética, isto é, que não é concebível senão como 'processus', cujos elementos ou momen-
tos constitutivos são fato, valor e norma (...)" (Miguel Reale, in Teoria Tridimensional do Direito) 
 
Assinale a opção que corretamente explica a natureza da dialética de complementaridade que, segundo 
Miguel Reale, caracteriza a Teoria Tridimensional do Direito. 
 
A) A relação entre os polos opostos que são o fato, a norma e o valor, produz uma síntese conclusiva entre tais 
polos. 
B) a implicação dos opostos na medida em que se desoculta e se revela a aparência da contradição, sem que, 
com esse desocultamento, os termos cessem de ser contrários. 
C) a síntese conclusiva que se estabelece entre diferentes termos, conforme o modelo hegeliano de tese, antítese 
e síntese. 
D) a estrutura estática que resulta da lógica de subsunção entre os três termos que constituem a experiência jurí-
dica: fato, norma e valor. 
 
8. (FGV, OAB, exame de ordem unificado- XIX- primeira fasE) segundo o filósofo immanuel kant, em sua 
obra fundamentação da metafísica dos costumes, a ideia de dignidade humana é entendida: 
 
A) como qualidade própria de todo ser vivo que é capaz de sentir dor e prazer, isto é, característica de todo ser 
senciente. 
B) quando membros de uma mesma espécie podem ser considerados como equivalentes e, portanto, iguais e 
plenamente cooperantes se eles possuem dignidade. 
C) como valor jurídico que se atribui às pessoas como característica de sua condição de sujeitos de direitos. 
D) como algo que está acima de todo o preço, pois quando uma coisa tem um preço pode-se pôr em vez dela 
qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o preço, e portanto não permite 
equivalência, então ela tem dignidade. 
 
9. (FCC, DPE-SP, defensor público) segundo a explicação de H. Kelsen, na obra O que é justiça?, A doutri-
na do direito natural pressupõe que o valor é 
 
A) imanente à realidade e é contingente. 
 
 
 
 
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B) imanente à realidade e é relativo. 
C) consequente da conduta e é contingente. 
D) consequente da conduta e é relativo. 
E) imanente à realidade e é absoluto. 
 
10. (FGV, OAB, Exame de Ordem Unificado- XXI- primeira fasE) De acordo com o contratualismo proposto 
por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível em função de uma lei da natureza 
que expresse, segundo o autor, a própria ideia de justiça. 
 
Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza. 
 
A) tratar igualmente os iguaise desigualmente os desiguais. 
B) dar a cada um o que é seu. 
C) que os homens cumpram os pactos que celebrem. 
D) fazer o bem e evitar o mal. 
 
11. (TJDFT, segunda etapa-discursiva, juiz de direito substituto da justiça do DF) explique o que se enten-
de por “teoria do mínimo ético”, abordando especialmente os seguintes aspectos: 
 
A) qual sua importância para a filosofia do direito; 
B) quais as principais críticas que se fazem a essa teoria; 
C) qual ou quais teorias representam alternativas viáveis à teoria do mínimo ético e as razões pelas quais dela se 
diferenciam. 
D) fazer opção crítica pela teoria que entende mais adequada, explicitando os motivos que o levam a assim deci-
dir. 
 
12. (CESPE - DPU - Sociólogo) É correto afirmar que processo justo, como meio de acesso à justiça, é 
aquele que realiza uma composição da lide que satisfaça a concepção média da sociedade em torno do 
justo e que cumpra a contento a meta da paz. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
13. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira FasE) A principal tese sustentada pelo para-
digma do positivismo jurídico é a validade da norma jurídica, independentemente de um juízo moral que se 
possa fazer sobre o seu conteúdo. No entanto, um dos mais influentes filósofos do direito juspositivista, 
Herbert Hart, no seu pós-escrito ao livro O Conceito de Direito, sustenta a possibilidade de um positivismo 
brando, eventualmente chamado de positivismo inclusivo ou soft positivism. 
 
Assinale a opção que apresenta, segundo o autor na obra em referência, o conceito de positivismo bran-
do. 
 
A) O reconhecimento da existência de normas de direito natural e de que tais normas devem preceder às normas 
de direito positivo sempre que houver conflito entre elas. 
B) a jurisprudência deve ser considerada como fonte do direito da mesma forma que a lei, de maneira a produzir 
uma equivalência entre o sistema de common law ou de direito consuetudinário e sistema de civil law ou de direito 
romano-germânico. 
C) o positivismo brando ocorre no campo das ciências sociais, não possuindo, portanto, o mesmo rigor científico 
exigido no campo das ciências da natureza. 
D) a possibilidade de que a norma de reconhecimento de um ordenamento jurídico incorpore, como critério de 
validade jurídica, a obediência a princípios morais ou valores substantivos. 
 
14. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira FasE) Um sério problema com o qual o ad-
vogado pode se deparar ao lidar com o ordenamento jurídico é o das antinomias. Segundo Norberto Bob-
bio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, são necessárias duas condições para que uma antino-
mia ocorra. 
 
Assinale a opção que, segundo o autor da obra em referência, apresenta tais condições. 
 
 
 
 
 
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A) as duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento; as duas normas devem ter o mesmo 
âmbito de validade, seja temporal, espacial, pessoal ou material. 
B) ambas as normas devem ter procedido da mesma autoridade legislativa; as duas normas em conflito não de-
vem dispor sobre uma mesma matéria. 
C) ocorre no âmbito do processo judicial quando há uma divergência entre a decisão de primeira instância e a 
decisão de segunda instância ou quando um tribunal superior de natureza federal confirma a decisão de segunda 
instância. 
D) as duas normas aplicáveis não apresentam uma solução satisfatória para o caso; as duas normas não podem 
ser integradas mediante recurso a analogia ou costumes. 
 
15. (FGV - OAB - exame de ordem unificado - XX - primeira fasE) O raciocínio analógico é típico do pensa-
mento jurídico. Esse é um tema debatido por vários teóricos e filósofos do direito. Para norberto bobbio, 
na obra teoria do ordenamento jurídico, trata-se de um método de autointegração do direito. 
 
Assinale a opção que, segundo esse autor, apresenta o conceito de analogia. 
 
A) subsunção de um caso (premissa menor) a uma norma jurídica (premissa maior) de forma a permitir uma con-
clusão lógica e necessária. 
B) existindo relevante semelhança entre dois casos, as consequências jurídicas atribuídas a um caso já regula-
mentado deverão ser atribuídas também a um caso não-regulamentado. 
C) raciocínio em que se produz, como efeito, a extensão de uma norma jurídica para casos não previstos por esta. 
D) decisão, por meio de recurso, às práticas sociais que sejam uniformes e continuadas e que possuam previsão 
de necessidade jurídica. 
 
16. (FGV - OAB - exame de ordem unificado - XX - primeira fase (reaplicação - salvador/BA) “O direito não é 
uma simples ideia, é uma força viva.” (Rudolf von ihering). Em seu texto “a luta pelo direito”, o jurista ale-
mão rudolf von ihering apresenta o conceito de direito a partir da ideia de luta social. 
 
Assinale a afirmativa que expressa o sentido que, no trecho citado, ihering confere ao direito. 
 
A) trabalho incessante e uma luta sem tréguas nos quais participam o poder público e toda a população, isto é, 
qualquer pessoa que se veja na contingência de ter de afirmar seu direito. 
B) uma luta permanente que é travada por parlamentares no âmbito da arena legislativa, que o fazem em nome 
da população a partir das eleições que configuram o processo democrático de legitimação popular. 
C) o resultado dinâmico da jurisprudência que cria e recria o direito a partir das demandas de cada caso concreto, 
adaptando a lei ao mundo real. 
D) o produto das relações industriais e comerciais que são livremente travadas por agentes econômicos, trabalha-
dores e empregadores e que definem, no contexto de uma luta concreta, o sentido próprio das leis. 
 
17. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação - Salvador/BA) Na sua mais 
importante obra, a Summa Theologica, Santo Tomás de Aquino trata os conceitos de justiça comutativa e 
de justiça distributiva de uma tal maneira, que eles passariam a ser largamente utilizados na Filosofia do 
Direito. 
 
Assinale a opção que apresenta esses conceitos, conforme expostos na obra citada. 
 
A) A justiça comutativa regula as relações mútuas entre pessoas privadas e a justiça distributiva regula a distribui-
ção proporcional dos bens comuns. 
B) a justiça distributiva destina-se a minorar o sofrimento das pessoas e a justiça comutativa regula os contratos 
de permuta de mercadorias. 
C) a justiça comutativa trata da redução ou diminuição das penas (sanção penal) e a justiça distributiva da distri-
buição justa de taxas e impostos. 
D) a justiça comutativa regula a relação entre súditos e governante e a justiça distributiva trata das relações entre 
diferentes povos, também chamadas de direito das gentes. 
 
18. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira FasE) A partir da leitura de Aristóteles (Ética a 
Nicômaco), assinale a alternativa que corresponde à classificação de justiça constante do texto: “... uma 
espécie é a que se manifesta nas distribuições de honras, de dinheiro ou das outras coisas que são divi-
 
 
 
 
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didas entre aqueles que têm parte na constituição (pois aí é possível receber um quinhão igual ou desigual 
ao de um outro)..." 
 
A) justiça natural. 
B) justiça comutativa. 
C) justiça corretiva. 
D) justiça distributiva. 
 
19. (FEPESE, DPE-SC, Defensor público)Tércio Sampaio Ferraz Júnior analisa o fenômeno jurídico de ma-
neira sistêmica. Para ele, a ciência do direito deve ser percebida como um pensamento tecnológico que 
dogmatiza os pontos de partida e problematiza a sua aplicabilidade na solução dos conflitos. 
 
A ciência jurídica, por conseguinte, contém questões dogmáticas e zetéticas. Nesse sentido, quando Fer-
raz Júnior afirma que o direito, como objeto, comporta a investigação filosófica, metodológica e lógica - 
formal das normas, ele entende que, desse ponto de vista, o teórico se ocupa com os pressupostos últi-mos e condicionantes bem como com a crítica dos fundamentos formais e materiais do fenômeno jurídico 
e do seu conhecimento. 
 
Essa definição, encontrada no livro Introdução ao estudo do direito, é classificada pelo autor como: 
 
A) zetética analítica pura. 
B) zetética analítica aplicada. 
C) zetética empírica aplicada. 
D) zetética empírica analítica. 
E) zetética empírica pura. 
 
20. (FCC, DPE-SP, Defensor público) No panorama histórico da Ciência do Direito, realizado por Tércio 
Sampaio Ferraz Júnior, na obra A Ciência do Direito, o autor caracteriza a prática dos glosadores da se-
guinte forma: “Tomando como base assentada os textos de Justiniano, os juristas da época passaram a 
dar-lhes um tratamento metódico, cujas raízes estavam nas técnicas explicativas usadas em aulas, sobre-
tudo no chamado Trivium, composto de gramática, retórica e dialética, que compunham as artes liberales 
de então. Com isto, eles desenvolveram uma técnica especial de abordagem de textos pré-fabricados e 
aceitos por sua autoridade, caracterizada pela glosa gramatical e filológica, pela exegese ou explicação do 
sentido, pela concordância, pela distinção". 
 
Neste sentido, o autor considera que neste confronto do texto estabelecido e do seu tratamento explicati-
vo, presente na prática dos glosadores, é que nasce a 
 
A) jurisprudência medieval com seu caráter eminentemente dialético. 
B) ciência do direito com seu caráter eminentemente dogmático. 
C) ciência do direito com seu caráter eminentemente zetético. 
D) ciência do direito com seu caráter exclusivamente interpretativo. 
E) jurisprudência romana com seu caráter prioritariamente comparativo. 
 
21. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - X - Primeira FasE) A hermenêutica aplicada ao direito formu-
la diversos modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração principalmente os 
objetivos para os quais um diploma legal foi criado é chamada de 
 
A) interpretação restritiva, por levar em conta apenas os objetivos da lei, ignorando sua estrutura gramatical. 
B) interpretação extensiva, por aumentar o conteúdo de significado das sentenças com seus objetivos historica-
mente determinados. 
C) interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem dar autenticidade à interpretação. 
D) interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser considerado à luz de seus objetivos. 
 
22. (CESPE - DPE-RO - Defensor Público) Considerando a hermenêutica jurídica, e ainda considerando a 
interpretação do direito, a superação dos métodos de interpretação mediante puro raciocínio lógico-
dedutivo e o método de interpretação pela lógica do razoável, assinale a opção correta. 
 
 
 
 
 
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A) há um princípio geral informador de todo o ordenamento jurídico nacional, necessário à interpretação, que pode 
ser inferido da existência de várias normas e ao qual se chega por meio da indução. 
B) de acordo com o método de interpretação da lógica do razoável, devem ser considerados os fins em função 
dos quais a lei seja editada e haja de ser compreendida pela sua causa final. 
C) no processo lógico, a lógica formal, de tipo puro, a priori, só é adequada na análise dos conceitos jurídicos 
essenciais e, para tudo que pertence à existência humana — a prática do direito, inclusive —, impõe-se o uso da 
lógica do humano e do razoável (lógica material). 
D) interpretar a norma jurídica corresponde a integrar, preencher lacunas e aplicar, de forma lógica, o direito ao 
caso concreto. 
E) atualmente, utiliza-se, na interpretação das leis, a exegese escolástica, partindo-se do conjunto principio lógico 
existente nas normas 
 
23. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - X - Primeira FasE) “Manter os próprios compromissos não 
constitui dever de virtude, mas dever de direito, a cujo cumprimento pode-se ser forçado. Mas prossegue 
sendo uma ação virtuosa (uma demonstração de virtudE) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa 
ser aplicada. A doutrina do direito e a doutrina da virtude não são, consequentemente, distinguidas tanto 
por seus diferentes deveres, como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona um motivo ou outro 
com a lei”. 
 
Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito e a moral. A esse res-
peito, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O direito e a moral são idênticos, tanto na forma como no conteúdo prescritivo. Assim, toda ação contrária à 
moralidade das normas jurídicas é também uma violação da ordem jurídica. 
B) A conduta moral refere-se à vontade interna do sujeito, enquanto o direito é imposto por uma ação exterior e se 
concretiza no seu cumprimento, ainda que as razões da obediência do sujeito não sejam morais. 
C) A coerção, tanto no direito quanto na moral, é um elemento determinante. É na possibilidade de impor-se pela 
força, independentemente da vontade, que o direito e a moral regulam a liberdade. 
D) Direito e moral são absolutamente distintos. Consequentemente, cumprir a lei, ainda que espontaneamente, 
não é demonstração de virtude moral. 
 
24. (FCC - DPE-PR - Defensor Público) A contribuição da Filosofia para o exercício do ser Defensor Público 
que somente se realiza sendo Defensor Público, é: 
 
A) A Filosofia contribui na medida em que é, unilateralmente, visão de mundo e da Ciência, confere ao Defensor 
Público uma visão 
Peculiarmente distante e abrangente das partes. 
B) a filosofia torna livre no defensor o seu ser, a necessidade interna de resgate de sua essência mais própria, de 
modo a conferir a essa essência a sua dignidade de ser defensor público. 
C) a filosofia é o pensar do pensar descompromissado, ainda que eventualmente, possa alcançar qualquer utilida-
de prática ou teórica para a função de defensor público. 
D) a filosofia é a visão panorâmica e histórica dos filósofos e a partir daí, a escolha de uma delas para filtragem do 
olhar e elaboração de teses de defesa. 
E) a filosofia é erudição, conhecimentos abrangentes sobre a vida, conferindo ao defensor público experiência na 
solução de problemas e desafios do cotidiano forense. 
 
25. (CESPE, DPE-RO, Defensor público) Assinale a opção correta à luz da filosofia do direito. 
 
A) Consoante as ideias de Binding, há, no direito, sanção exterior necessária a atingir seu objetivo, sendo o direito 
a moral imposta pelo poder. 
B) Piaget preocupou-se em demonstrar a heteronomia tanto da norma moral quanto da norma jurídica, bem como 
o fato de ambas, em suas origens, pressuporem uma autoridade, passando a norma moral, gradualmente, da 
heteronomia para uma autonomia relativa. 
C) Segundo Ripert, diferentemente do que se verifica na regra jurídica, na regra moral há coercibilidade. 
D) De acordo com a teoria formulada por Windscheid, a moral implica a ideia de humanidade e de mitigação, e o 
direito, a realização da positivação das normas. 
E) Segundo Rudolf Stammler, as normas jurídicas ou éticas sujeitam-se à violação, o que não ocorre com a lei em 
sentido científico. 
 
 
 
 
 
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26. (FCC, DPE-SP, Defensor público) A Ciência do Direito (...), se de um lado quebra o elo entre jurispru-
dência e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o 
caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de sistema, que se constrói a partir de 
premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. 
 
A teoria jurídica passa a ser um construído sistemático da razão e, em nome da própria razão, um instru-
mento de crítica da realidade”. 
 
Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do Direito, evoca 
elementos essenciais do 
 
A) jusnaturalismo moderno. 
B) historicismo. 
C) realismo crítico. 
D) positivismo jurídico. 
E) humanismo renascentista. 
 
27. (CESPE, DPE-RO, Defensor público) Com relaçãoao conceito de direito e de equidade, assinale a op-
ção correta. 
 
A) Equidade pode ser definida como o conjunto de princípios que, atribuídos a Deus, à razão, ou havidos como 
decorrentes da natureza das coisas, independem de convenção ou legislação, e que seriam determinantes, infor-
mativos ou condicionantes das leis positivas. 
B) Define-se equidade como a autorização, dada pelo direito objetivo, de fazer ou ter o que não pode ser impedido 
ou tirado, sem violação da norma jurídica. 
C) O direito, definido como conjunto de princípios imanentes, constitui a substância jurídica da humanidade, se-
gundo a sua natureza e o seu fim; tais princípios, imutáveis em essência, se adaptam à realidade histórica e geo-
gráfica. 
D) Segundo Dante, o direito representa uma proporção real e pessoal, de homem para homem, que, conservada, 
conserva a sociedade, e, corrompida, corrompe-a. 
E) O direito pode ser definido como a justa aplicação da norma jurídica geral ao caso concreto para que o 
summum jus não se transforme em summa injuria. 
 
28. (FCC, AL-SP, Procurador) No que diz respeito às formas de atuação do direito como fator de mudança 
social, aquela que se caracteriza pela aplicação de um novo sistema jurídico para substituir o direito do 
Estado e responder às necessidades sociais é denominada direito 
 
 
A) globalizado. 
B) alternativo. 
C) vinculante. 
D) transformador. 
E) social. 
 
29. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira FasE) Rudolf Von Ihering, em A Luta pelo Di-
reito, afirma que “O fim do direito é a paz, o meio de atingi–lo, a luta." Assinale a afirmativa que melhor 
expressa o pensamento desse autor. 
 
A) O direito de uma sociedade é a expressão dos conflitos sociais desta sociedade, e ele resulta de uma luta de 
pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso, o direito é uma força viva e não uma ideia. 
B) o direito é o produto do espírito do povo – volksgeist –, que é passado de geração em geração. 
Por isso, quando se fala em direito, é preciso sempre olhar para a história e as lutas sociais. O direito romano é a 
melhor expressão desse processo. 
C) o direito é parte da infraestrutura da sociedade e resulta de um processo de luta de classes, em que a classe 
dominante o usa para manter o controle sobre os dominados. 
D) o direito resulta da ação institucional do estado, e no parlamento são travadas as lutas políticas que definem os 
direitos subjetivos de uma sociedade. 
 
 
 
 
 
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30. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVII - Primeira FasE) Hans Kelsen, ao abordar o tema da 
interpretação jurídica no seu livro Teoria Pura do Direito, fala em ato de vontade e ato de conhecimento. 
Em relação à aplicação do Direito por um órgão jurídico, assinale a afirmativa correta da interpretação. 
 
A) prevalece como ato de conhecimento, pois o direito é atividade científica e, assim, capaz de prover precisão 
técnica no âmbito de sua aplicação por agentes competentes. 
B) predomina como puro ato de conhecimento, em que o agente escolhe, conforme seu arbítrio, qualquer norma 
que entenda como válida e capaz de regular o caso concreto. 
C) a interpretação cognoscitiva combina-se a um ato de vontade em que o órgão aplicador efetua uma escolha 
entre as possibilidades reveladas por meio da mesma interpretação cognoscitiva. 
D) a interpretação gramatical prevalece como sendo a única capaz de revelar o conhecimento apropriado da mens 
legis. 
 
31. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira FasE) “A solução do conflito aparente de 
normas dá-se, na hipótese, mediante a incidência do critério da especialidade, segundo o qual prevalece a 
norma específica sobre a geral." É conhecida a distinção no âmbito da Teoria do Direito entre antinomias 
aparentes (ou antinomias solúveis) e antinomias reais (ou antinomias insolúveis). 
 
Para o jusfilósofo norberto bobbio, uma antinomia real se caracteriza quando estamos diante 
 
A) de duas normas colidentes que pertencem a ordenamentos jurídicos diferentes. 
B) de normas que colidem entre si, porém essa colisão é solúvel mediante a aplicação do critério cronológico, do 
critério hierárquico ou do critério de especialidade. 
C) de normas colidentes e o intérprete é abandonado a si mesmo pela falta de um critério ou pela impossibilidade 
de solução do conflito entre os critérios existentes. 
D) de duas ou mais normas que colidem entre si e que possuem diferentes âmbitos de validade temporal, espaci-
al, pessoal ou material. 
 
32. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira FasE) Segundo o jusfilósofo alemão Karl 
Larenz, os textos jurídicos são problematizáveis porque estão redigidos em linguagem corrente ou em 
linguagem especializada, mas que, de todo modo, contêm expressões que apresentam uma margem de 
variabilidade de significação. 
 
Nesse sentido, assinale a opção que exprime o pensamento desse autor acerca da ideia de interpretação 
da lei. 
 
A) Deve-se aceitar que os textos jurídicos apenas carecem de interpretação quando surgem particularmente como 
obscuros, pouco claros ou contraditórios. 
B) Interpretar um texto significa alcançar o único sentido possível de uma norma conforme a intenção que a ela foi 
dada pelo legislador. 
C) Os textos jurídicos, em princípio, são suscetíveis e carecem de interpretação porque toda linguagem é passível 
de adequação a cada situação. 
D) A interpretação dada por uma autoridade judicial a uma lei é uma conclusão logicamente vinculante que, por 
isso mesmo, deve ser repetida sempre que a mesma lei for aplicada. 
 
33. (CESPE - DPU - Defensor Público Federal de Segunda CategoriA) Segundo Rawls, idealizador do libera-
lismo-igualitário — proposta que relaciona os conceitos de justiça e de equidade —, cada pessoa deve ter 
um direito igual ao sistema total mais extenso de liberdades básicas compatíveis com um sistema de li-
berdade similar para todos, o que ele considera o primeiro princípio da justiça. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
34. (CESPE - DPU - Defensor Público Federal de Segunda CategoriA) Com relação à filosofia do direito, 
julgue o próximo item: 
 
O utilitarismo é uma espécie de ética normativa segundo a qual se considera correta uma ação se ela co-
laborar para promover a felicidade, de modo que um indivíduo egoísta, por exemplo, pode ser valorizado, 
com base nessa proposta. 
 
 
 
 
 
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Certo ( ) Errado ( ) 
 
35. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira FasE) O Art. 126 do CPC afirma que o juiz não 
se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. A questão das lacunas tam-
bém é recorrente no âmbito dos estudos da Filosofia e da Teoria Geral do Direito. 
 
O jusfilósofo Norberto Bobbio, no livro Teoria do Ordenamento Jurídico apresenta um estudo sobre essa 
questão. 
 
O autor denomina por lacuna ideológica a falta de uma norma 
A) legitimamente produzida pelo legislador democrático. 
B) justa, que enseje uma solução satisfatória ao caso concreto. 
C) que atenda às convicções ideológicas pessoais do juiz. 
D) costumeira, que tenha surgido de práticas sociais inspiradas nos valores vigentes. 
 
36. (CESPE - DPU - Defensor Público Federal de Segunda CategoriA) O positivismo jurídico representa o 
conjunto das teorias da Escola da Exegese. De acordo com essa escola, o direito só pode ser considerado 
como fruto do trabalho do legislador (direito estatal) e as leis devem ser interpretadas racional e logica-
mente. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
37. (CESPE - DPU - Defensor Público Federal de Segunda CategoriA) No que se refere à ideia de direito 
como ciência, o formalismo jurídico, que surgiu no século XIX e serviu para constituir a ciência jurídica, 
teve seus fundamentos a partir da ciência empírica da realidade social, ou seja, da sociologia. 
 
Certo ( ) Errado( ) 
 
38. (CESPE - DPU - Defensor Público Federal de Segunda CategoriA) Herbert Hart considera que o direito é 
identificado a partir de um critério de validade de regras, enquanto Ronald Dworkin entende ser o direito 
um conceito interpretativo. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
39. (MPE-PR - MPE-PR - Promotor) Assinale a alternativa incorreta: 
 
A) aporia é a convergência entre opiniões provenientes de várias argumentações, todas igualmente concludentes 
em resposta a uma mesma questão que será considerada verdade, dada a uniformidade das ilações produzidas; 
B) ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de 
vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto; 
C) deontologia é o estudo ou tratado dos deveres ou das regras de natureza ética; 
D) silogismo é a dedução formal tal que, postas duas proposições, chamadas premissas, delas se tira uma tercei-
ra, nelas logicamente implicada, chamada conclusão; 
E) zetética é o conjunto de preceitos para resolver um problema ou investigar a razão de uma coisa. 
 
40. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Primeira FasE) Na doutrina do Direito, Kant busca um 
conceito puramente racional e que possa explicar o direito independentemente da configuração específica 
de cada legislação. Mais precisamente, seria direito entendido como expressão de uma razão pura-prática, 
capaz de orientar a faculdade de agir de qualquer ser racional. 
 
Assinale a opção que contém, segundo Kant, essa lei universal do direito. 
 
A) age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e 
simultaneamente como fim, e nunca como meio. 
B) age exteriormente, de modo que o livre uso de teu arbítrio possa se conciliar com a liberdade de todos, segun-
do uma lei universal. 
C) age como se a máxima de tua ação se devesse tornar, pela tua vontade, lei universal da natureza. 
D) age de forma que conserves sempre a tua liberdade, ainda que tenha de resistir à liberdade alheia. 
 
 
 
 
 
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41. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Primeira FasE) Ao explicar as características fundamen-
tais da Escola da Exegese, o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio afirma que tal Escola foi marcada por 
uma concepção rigidamente estatal de direito. Como consequência disso, temos o princípio da onipotên-
cia do legislador. 
 
Segundo Bobbio, a Escola da Exegese nos leva a concluir que: 
 
A) A lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la, mas, ao 
contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria lei. 
B) o legislador é onipotente porque é representante democraticamente eleito pela população, e esse processo 
representativo deve basear-se sempre no direito consuetudinário, porque este expressa o verdadeiro espírito do 
povo. 
C) uma vez promulgada a lei pelo legislador, o estado-juiz é competente para interpretá-la buscando aproximar a 
letra da lei dos valores sociais e das demandas populares legítimas. 
D) a única força jurídica legitimamente superior ao legislador é o direito natural; portanto, o legislador é soberano 
para tomar suas decisões, desde que não violem os princípios do direito natural. 
 
42. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIV - Primeira FasE) O jusfilósofo alemão Gustav Radbruch, 
após a II Guerra Mundial, escreve, como circular dirigida aos seus alunos de Heidelberg, seu texto “Cinco 
Minutos de Filosofia do Direito", na qual afirma: “Esta concepção da lei e sua validade, a que chamamos 
Positivismo, foi a que deixou sem defesa o povo e os juristas contra as leis mais arbitrárias, mais cruéis e 
mais criminosas." De acordo com a fórmula de Radbruch, 
 
A) embora as leis injustas sejam válidas e devam ser obedecidas, as leis extremamente injustas perderão a vali-
dade e o próprio caráter de jurídicas, sendo, portanto, dispensada sua obediência. 
B) apenas a lei justa pode ser considerada jurídica, pois a lei injusta não será direito. 
C) o direito é o mínimo ético de uma sociedade, de forma que qualquer lei injusta não será direito. 
D) o direito natural é uma concepção superior ao positivismo jurídico; por isso, a justiça deve sempre prevalecer 
sobre a segurança. 
 
43. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIV - Primeira FasE) O filósofo inglês Jeremy Bentham, em 
seu livro Uma introdução aos princípios da moral e da legislação, defendeu o princípio da utilidade como 
fundamento para a Moral e para o Direito. 
 
Para esse autor, o princípio da utilidade é aquele que: 
 
A) estabelece que a moral e a lei devem ser obedecidas porque são úteis à coexistência humana na vida em so-
ciedade. 
B) aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou diminuir a felicidade das 
pessoas cujos interesses estão em jogo. 
C) demonstra que o direito natural é superior ao direito positivo, pois, ao longo do tempo, revelou-se mais útil à 
tarefa de regular a convivência humana. 
D) afirma que a liberdade humana é o bem maior a ser protegido tanto pela moral quanto pelo direito, pois são a 
liberdade de pensamento e a ação que permitem às pessoas tornarem algo útil. 
 
44. (UFPR - DPE-PR - Defensor Público) É uma característica fundamental da teoria da justiça de John 
Rawls, na interpretação de Roberto Gargarella: 
 
A) utilitarismo, na forma da postura que considera um ato como correto quando maximiza a felicidade geral. 
B) minimização do papel do estado junto à sociedade, cuja intervenção deve reservar–se a corrigir ilegalidades 
patentes. 
C) a ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que melhora as expecta-
tivas dos membros menos favorecidos da sociedade. 
D) a eleição de um rol determinado e imutável de bens de vida que deve estar disponível a todos os membros da 
sociedade, em qualquer época. 
E) a concepção de um estado que privilegie a meritocracia, eis que é necessário recompensar adequadamente o 
esforço individual que, se utilizado em todo seu potencial, terminará por favorecer toda a sociedade. 
 
 
 
 
 
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45. (FEPESE - DPE-SC - Defensor Público) Norberto Bobbio afirma que a teoria do ordenamento jurídico 
“constitui uma integração da teoria da norma jurídica”. Em livro nomeado Teoria do ordenamento jurídico, 
ele afirmou que não lhe foi possível definir o Direito do ponto de vista da norma jurídica considerada de 
maneira isolada. 
 
Segundo ele, importa alargar o “horizonte para a consideração do modelo pelo qual uma determinada 
norma se torna eficaz a partir de uma complexa organização que determina a natureza e a entidade das 
sanções, as pessoas que devam exercê-las e a sua execução”. Para Bobbio, essa organização complexa é 
o produto de um ordenamento jurídico e, a partir deste, o Direito pode ser definido. 
 
Isso porque, conforme o autor, o problema da definição do Direito é localizado na teoria do ordenamento 
jurídico, não na teoria da norma. O pensador apresentou essa conclusão baseado na ideia de organização 
do sistema normativo, extraída da noção de sanção jurídica. 
 
Segundo Bobbio, a sanção jurídica é aquela cuja execução é garantida por uma sanção: 
 
A) interna e não-institucionalizada. 
B) interna e institucionalizada. 
C) externa e institucionalizada. 
D) externa e não-institucionalidade. 
E) processual e não-institucionalizada. 
 
46. (UFPR - DPE-PR - Defensor Público) De acordo com a jurista francesa Simone Goyard–Fabre, a ques-
tão central da filosofia jurídica é a discussão acerca do fundamento para o ordenamento jurídico, que his-
toricamente foi tomada pelo debate entre naturalismo e positivismo. 
 
Acerca do tema, é correto afirmar: 
 
1– Na filosofia hegeliana, a realização da razão no direito prescinde do Estado, eisque o direito positivo é arbitrá-
rio e naturalmente tendente à alienação, e a verdadeira cidadania só pode aflorar de uma sociedade autônoma 
face ao poder estatal. 
2– A teoria autopoiética de Luhmann necessita da referência a um sistema jurídico “aberto", cuja redefinição dos 
elementos é possível somente por meio de um referencial externo social, político ou cultural. 
3– O advento do constitucionalismo anda lado a lado com o triunfo do racionalismo moderno, eis que possibilitou a 
interpretação racional do ordenamento jurídico enquanto “sistema" hierarquizado. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) somente a afirmativa 1 é verdadeira. 
B) somente a afirmativa 3 é verdadeira. 
C) somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
D) somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
E) as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
 
47. (MPE-PR - MPE-PR - Promotor Substituto) 
 
I- “A liberdade natural do homem consiste em estar livre de qualquer poder superior sobre a Terra e em não estar 
submetido à vontade ou à autoridade legislativa do homem, mas ter por regra apenas a lei da natureza. 
A liberdade do homem em sociedade consiste em não estar submetido a nenhum outro poder legislativo senão 
àquele estabelecido no corpo político mediante consentimento, nem sob o domínio de qualquer vontade ou sob a 
restrição de qualquer lei afora as que promulgar o legislativo, segundo o encargo a este confiado. 
A liberdade, portanto, não corresponde ao que nos diz Sir R. F., ou seja, uma liberdade para cada um fazer o que 
lhe aprouver, viver como lhe agradar e não estar submetido a lei alguma. Mas a liberdade dos homens sob um 
governo consiste em viver segundo uma regra permanente, comum a todos nessa sociedade e elaborada pelo 
poder legislativo nela erigido: liberdade de seguir minha própria vontade em tudo quanto escapa à prescrição da 
regra e de não estar sujeito à vontade inconstante, incerta, desconhecida e arbitrária de outro homem. Assim co-
mo a liberdade da natureza consiste em não estar sujeito a restrição alguma senão à lei da natureza”; 
II - "Por outro lado, os homens não têm nenhum prazer na companhia dos outros (mas, pelo contrário, um enorme 
desprazer), quando não existe um poder capaz de inspirar respeito a todos. Porque todo homem espera que seu 
 
 
 
 
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companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele se atribui. (...) Com isso é evidente que, durante o tempo em que 
os homens vivem sem um poder comum capaz de inspirar respeito a todos, eles estão naquela condição a que se 
chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos"; 
III - “Muitas vezes existe uma grande diferença entre a vontade de todos e a vontade geral; a última considera 
apenas o interesse comum, ao passo que a primeira leva em conta o interesse privado e não é mais que uma 
soma das vontades particulares; mas tire-se dessas mesmas vontades os mais e os menos que se anulam, e a 
vontade geral permanecerá como a soma das diferenças. (...) Terminarei este capítulo e este livro com uma ob-
servação que deverá servir de base a todo o sistema social: o pacto fundamental, em lugar de destruir a igualdade 
natural, pelo contrário substitui por uma igualdade moral e legítima aquilo que a natureza poderia trazer de desi-
gualdade física entre os homens, que, podendo ser desiguais na força ou no gênio, todos se tornam iguais por 
convenção e direito”; 
IV - “Utilidade significa aquela propriedade em qualquer objeto, através do qual tenda a produzir benefício, vanta-
gem, prazer, bem ou felicidade (tudo isso, no presente caso vem a ser a mesma coisA) ou (o que também vem a 
ser a mesma coisA) impedir a ocorrência de dano, dor, mal ou infelicidade à parte cujo interesse é considerado; 
se aquela parte for a comunidade em geral, então a felicidade da comunidade; se de um indivíduo particular, en-
tão a felicidade daquele indivíduo”; 
V - “Quando penso, generalizando, um imperativo hipotético, não sei de antemão o que conterá; nada saberei até 
que tal condição me seja dada. Mas se imagino um imperativo categórico, já sei precisamente o que o mesmo 
contém. Pois com o imperativo, além da lei, não contém mais do que a necessidade da máxima (9) de conformar-
se com essa lei, e a lei, todavia, não contém nenhuma condição a que seja limitada, não ficando, pois, nada mais 
do que a universidade de uma lei em geral, à qual há de conformar-se a máxima da ação, e essa conformidade é 
tudo o que o imperativo representa propriamente como necessário. O imperativo categórico é, pois, único, e é 
como segue: age só, segundo uma máxima tal, que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal”. 
 
Após ler os excertos acima que contêm elementos identificadores de ideias e conceitos intimamente as-
sociados a pensadores de referência para a Filosofia do Direito, assinale a alternativa a seu ver mais ade-
quada para a provável identificação dos autores dos excertos transcritos: 
 
A) Hobbes, Locke, Rawls, Bentham e Alexy, respectivamente; 
B) Bentham, Hart, Hobbes, Kant e Rousseau, respectivamente; 
C) Locke, Hobbes, Rousseau, Bentham e Kant, respectivamente; 
D) Habermas, Hobbes, Hart, Rousseau e Kant, respectivamente; 
E) Kant, Bentham, Marx, Rousseau, Locke, respectivamente. 
 
48. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Ao discorrer sobre o conceito de norma, no livro A ciência do direi-
to, Tércio Sampaio Ferraz Júnior aborda a chamada Teoria Imperativista da norma, que possui Rudolf von 
Jhering como um de seus principais representantes. As análises do autor sobre esta Teoria explicitam que 
o seu centro nuclear é a noção de: 
 
A) normatividade. 
B) verificação. 
C) vontade. 
D) falsificação. 
E) verdade. 
 
49. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XII - Primeira FasE) Considere a seguinte afirmação de Her-
bert L. A. Hart: Seja qual for o processo escolhido, precedente ou legislação, para a comunicação de pa-
drões de comportamentos, estes, não obstante a facilidade com que atuam sobre a grande massa de ca-
sos correntes, revelar-se-ão como indeterminados em certo ponto em que a sua aplicação esteja em ques-
tão. (HART, Herbert. O Conceito de Direito. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1986, p. 141) 
 
Hart admite um grau de indeterminação nos padrões de comportamento previstos na legislação e nos pre-
cedentes judiciais. 
 
A respeito, assinale a afirmativa correta. 
 
A)trata-se do fenômeno chamado na doutrina jurídica de lacuna material do direito, em que o jurista não consegue 
dar uma resposta com base no próprio direito positivo para uma situação juridicamente relevante. 
 
 
 
 
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B)trata-se da textura aberta do direito, expressa por meio de regras gerais de conduta, que deve ganhar um senti-
do específico dado pela autoridade competente, à luz do caso concreto. 
C)trata-se da incompletude do ordenamento jurídico que, por isso mesmo, deve recorrer aos princípios gerais do 
direito, a fim de promover uma integração do direito positivo. 
D)trata-se do fenômeno denominado de anomia social pelos sociólogos do direito, em que existe um vácuo de 
normas jurídicas e a impossibilidade real de regulação de conflitos juridicamente relevantes. 
 
50. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XII - Primeira FasE) O utilitarismo é uma filosofia moderna 
que conquistou muitos adeptos nos séculos XIX e XX, inclusive no pensamento jurídico. As principais 
características do utilitarismo são: 
 
A) convencionalismo, consequencialismo e antifundacionalismo. 
B) consequencialismo, transcendentalismo e fundacionalismo. 
C) convencionalismo,materialismo e fatalismo. 
D) mecanicismo, fatalismo e antifundacionalismo. 
 
51. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira FasE) Considere a seguinte afirmação de Aris-
tóteles: 
“Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação jus-
ta é intermediáriaentre o agir injustamente e o ser vítima da injustiça; pois um deles é ter demais e o outro 
é ter demasiado pouco”. (Aristóteles. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 
1973, p. 329.) 
 
De efeito, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser entendida como: 
 
A) produto da legalidade, pois o homem probo é o homem justo. 
B) espécie de meio termo. 
C) relação de igualdade aritmética. 
D) ação natural imutável. 
 
52. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Na obra O que é justiça?, Hans Kelsen explicita que sua Teoria Pura 
do Direito formula a regra de Direito (usando o termo em sentido descritivo) como um juízo: 
 
A) hipotético em que o delito surge como condição essencial e a sanção como a consequência. 
B) categórico em que o delito surge como condição essencial e a sanção como a consequência. 
C) hipotético em que a sanção surge como condição essencial e o delito como a consequência. 
D) hipotético em que a moral surge como condição essencial e a sanção como a consequência. 
E) categórico em que a sanção surge como condição essencial e o delito como a consequência. 
 
53. (CESPE - DPE-TO - Defensor Público) Assinale a opção correta com relação à interpretação do direito. 
 
A) A interpretação autêntica é a que se realiza pelo próprio legislador. 
B) Consoante o sistema da livre pesquisa, o direito só pode ser interpretado com base na lei. 
C) A escola de interpretação da teoria pura do direito foi criada por Carlos Cossio. 
D) A hermenêutica e a interpretação, conceitos sinônimos, consistem em revelar o sentido da norma jurídica. 
E) Segundo a doutrina, toda norma jurídica se ampara em um texto legal que lhe é correspondente. 
 
54.(FCC - DPE-SP - Defensor Público) Segundo Norberto Bobbio, na obra Teoria do Ordenamento Jurídico, 
em cada grau normativo dos ordenamentos estatais modernos encontra-se normas destinadas a regular a 
produção de outras normas e normas dirigidas diretamente a regular a conduta das pessoas. O autor de-
nomina estas normas, respectivamente, 
 
A) normas de produção e normas de conduta. 
B) normas de conduta e normas de estrutura. 
C) normas de estrutura e normas de interação. 
D) normas de produção e normas de interação. 
E) normas de estrutura e normas de conduta. 
 
 
 
 
 
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55. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Considere as seguintes afirmações sobre a Teoria Pura do Direito 
de Hans Kelsen: 
 
I. A Teoria Pura do Direito trata o Direito como um sistema de normas válidas criadas por atos de seres humanos. 
II. A Teoria Pura do Direito, assumindo o sincretismo metodológico, pretende ser a única ciência do Direito possí-
vel ou legítima. 
III. A Teoria Pura do Direito limita-se a uma análise estrutural do Direito positivo. 
 
Está correto APENAS o que se afirma em: 
 
A) I e III. 
B) I. 
C) II. 
D) III. 
E) I e II. 
 
56. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Na obra O que é justiça?, ao discorrer sobre a justiça como um pro-
blema de justificação do comportamento humano, Hans Kelsen afirma: (...) não é de admirar que as inúme-
ras teorias de justiça apresentadas desde tempos imemoriais até os dias de hoje se deixem reduzir facil-
mente a dois tipos básicos. 
 
Estes dois tipos básicos são denominados pelo autor: 
 
A) intuitivo-indutivo e racional-dedutivo. 
B) científico-racional e emotivo-cognitivo. 
C) metafísico-religioso e pseudo-racionalista. 
D) idealista-jusnaturalista e realista-positivista. 
E) lógico-dedutivo e axiológico-valorativo. 
 
57. (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira FasE) Boa parte da doutrina jusfilosófica con-
temporânea associa a ideia de Direito ao conceito de razão prática ou sabedoria prática. Assinale a alter-
nativa que apresenta o conceito correto de razão prática. 
 
A) Uma forma de conhecimento científico (epistemE) capaz de distinguir entre o verdadeiro e o falso. 
B) Uma técnica (technE) capaz de produzir resultados universalmente corretos e desejados. 
C) A manifestação de uma opinião (doxA) qualificada ou ponto de vista específico de um agente diante de um 
tema específico. 
D) A capacidade de bem deliberar (phronesis) a respeito de bens ou questões humanas. 
 
58. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Na obra A Ciência do Direito, o jurista Tercio Sampaio Ferraz Júnior 
desenvolve uma análise que o conduz a concluir que o problema central da Ciência do Direito é a decidibi-
lidade. Assim, ao envolver uma questão de decidibilidade, essa Ciência manifesta-se, para o autor, como 
pensamento: 
 
A) tecnocrata. 
B) teleológico. 
C) fenomenológico. 
D) tecnológico. 
E) demonstrativo. 
 
59. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Na perspectiva da Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen, é possível 
distinguir uma jurisprudência que trata da validade do Direito de outra que considera a eficácia do Direito. 
Para o pensador, estas jurisprudências andam lado a lado e nenhuma é capaz de substituir a outra, porque 
cada uma trata de problemas diferentes. 
 
Daí a Teoria Pura do Direito insistir em distingui-las claramente. Segundo a nomenclatura que lhes é atri-
buída por Kelsen, na obra O que é justiça?, elas podem ser chamadas, respectivamente, de: 
 
A) jurisprudência validativa e jurisprudência eficiente. 
 
 
 
 
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B) jurisprudência sociológica e jurisprudência normativa. 
C) jurisprudência eficiente e jurisprudência validativa. 
D) jurisprudência normativa e jurisprudência sociológica. 
E) jurisprudência normativa e jurisprudência eficiente. 
 
60. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Na classificação das normas jurídicas proposta por Norberto Bob-
bio, em sua obra Teoria da Norma Jurídica, encontra-se a distinção formal entre a norma que estabelece 
que uma determinada ação deve ser cumprida quando se verifica uma certa condição e a norma que esta-
belece que uma determinada ação deve ser cumprida. 
 
Estas normas são chamadas, respectivamente, 
 
A) norma indefinida e norma definida. 
B) norma categórica e norma eficaz. 
C) norma hipotética e norma categórica. 
D) norma indefinida e norma hipotética. 
E) norma categórica e norma hipotética. 
 
61. (FCC - DPE-PR - Defensor Público) Um argumento correto quanto à doutrina da norma para Hans Kel-
sen é: 
 
A) Para Kelsen as normas jurídicas são juízos, isto é, enunciados sobre um objeto dado ao conhecimento. São 
apenas comandos do ser. 
B) Para Kelsen, na obra Teoria Pura do Direito, norma é o sentido de um ato através do qual uma conduta é pres-
crita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. 
C) Kelsen não reconhece a distinção entre normas jurídicas e proposições normativas. 
D) Para Kelsen a norma que confere validade a todo o sistema jurídico ou conjunto de normas é a norma funda-
mental que se confunde com a Constituição, já que ambas são postas e impostas. 
E) Segundo Mata Machado, Kelsen, enquanto jusnaturalista, reduz o direito à norma, mas desenvolve a noção de 
direito objetivo enquanto coisa devida e a de justiça como Direito Natural. 
 
62. (FEPESE - DPE-SC - Defensor Público) Hans Kelsen afirmou que a teoria pura do direito é uma teoria 
geral do direito positivo. Para ele, o Direito é uma ordem normativa da conduta humana, ou seja, um sis-
tema de normas que regulam o comportamento humano. Com o termo norma, Kelsen buscou significar 
algo que deve ser ou acontecer, especialmente que um homem se deve conduzir de determinada maneira. 
 
Na obra Teoria Pura do Direito, que leva o mesmo nome da teoria de Kelsen, o autor afirma que essa teoria 
pura busca única e exclusivamente conhecer o seu próprio objeto, ou seja: 
 
A) o que é e como é o Direito. 
B) como deve ser o Direito. 
C) como deve ser feito o Direito. 
D) como deve ser feita a política do Direito. 
E) como ocorre a relação entre o Direito e as demais áreas do saber. 
 
63.(MPE-PR - MPE-PR - Promotor de JustiçA) Marque a alternativa incorreta: 
 
A) Para John Rawls, dois “princípios de justiça” emergem na posição original através de um acordo unânime: 1) 
Cada pessoa tem um direito igual a um esquema plenamente adequado de liberdades básicas iguais que seja 
compatível com um esquema similar de liberdade para todos; 2) As desigualdades sociais e econômicas devem 
satisfazer duas condições. Primeira, elas devem estar associadas a cargos e posições abertos a todos em condi-
ções de igualdade equitativa de oportunidades. Segunda, elas devem ser para o maior benefício dos membros 
menos favorecidos da sociedade; 
B) Quanto às possibilidades e limites da atividade judicial, os procedimentalistas separam os discursos de funda-
mentação dos de aplicação. Defendem que uma norma somente pode ser aplicada legitimamente, em uma situa-
ção concreta, se antes forem levadas em consideração todas as características relevantes desta situação, a fim 
de assegurar uma interpretação coerente de todas as normas aplicáveis. 
 
 
 
 
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Assim, uma norma jurídica particular somente é correta quando se apoia em normas válidas e sua aplicação é 
adequada; isto é, quando a norma aplicada foi fundamentada em um processo discursivo anterior, em que tenham 
participado todos os possíveis afetados e tenham sido levadas em conta todas as circunstâncias do caso; 
C) As exigências de objetividade ética, na teoria desenvolvida por Amartya Sen, relacionam-se estreitamente com 
a capacidade de enfrentar a argumentação pública aberta, a qual tem ligações estreitas com o caráter imparcial 
das posições propostas e dos argumentos que as apoiam; 
D) Pelo método concretista da “Constituição Aberta” de Friedrich Müller, reconhece-se a existência de um proces-
so simultâneo de complexização e de articulação do Estado com a sociedade: um Estado policêntrico, uma socie-
dade plural. Como a sociedade se estruturou em organizações de natureza diversa (econômicas, profissionais, 
feministas, ambientais etc.), tornando-se centros de imputação e de agregação de interesses setoriais ou corpora-
tivos, constitucionalmente protegidos, para promover os seus interesses em face aos da maioria, a Constituição 
deixou de ser apenas a Constituição do Estado, para ser a Constituição do Estado e da sociedade (a ordem jurídi-
ca fundamental da comunidadE); 
E) Um princípio não implica a obrigação de que os destinatários se adequem totalmente a ele, realizando uma 
atividade específica, mas equivale a estabelecer uma razão que, prima facie, suporta qualquer comportamento 
que contribui com a efetivação daquele princípio; logo, sua esfera de aplicabilidade é relativamente indeterminada, 
sendo suscetíveis de expansão e de compressão: para saber qual o alcance efetivo do princípio é preciso não 
apenas observar seu teor literal, mas também o conteúdo dos outros princípios concordantes potencialmente apli-
cáveis, se existentes, bem como as circunstâncias do caso concreto. 
 
64. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Toda a atividade orientada segundo a ética pode ser subordinada a 
duas máximas inteiramente diversas e irredutivelmente opostas. Esta afirmação precede as análises de 
Max Weber, no ensaio A Política como Vocação, acerca da oposição entre, de um lado, a atitude daquele 
que, convencido da justeza intrínseca de seus atos, é indiferente aos efeitos que estes atos podem acarre-
tar e, de outro lado, a atitude daquele que leva em conta as consequências previsíveis de seus atos. Se-
gundo a terminologia empregada por Weber no ensaio mencionado, estas duas atitudes referem-se, res-
pectivamente, àquilo a que o autor denomina: 
 
A) ética de justeza e ética de consequência. 
B) ética de justeza e ética de responsabilidade. 
C) ética de convicção e ética de responsabilidade. 
D) ética de convicção e ética de consequência. 
E) ética de responsabilidade e ética de convicção. 
 
65. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) "Esse princípio tem, nas regras de Direito, uma função análoga a 
que tem o princípio da causalidade nas leis naturais por meio das quais a ciência natural descreve a natu-
reza. Uma regra de direito, por exemplo, é a afirmação de que, se um homem cometeu um crime, uma pu-
nição deve ser infligida a ele, ou a afirmação de que, se um homem não paga uma dívida contraída por ele, 
uma execução civil deve ser dirigida contra sua propriedade. Formulando de um modo mais geral: se um 
delito for cometido, uma sanção deve ser executada". 
 
No trecho reproduzido acima, em sua obra O que é justiça?, Hans Kelsen refere-se ao princípio: 
 
A) do monismo metodológico. 
B) da imperatividade do direito. 
C) da validade. 
D) da eficácia. 
E) da imputação. 
 
66. (TJ-PR - TJ-PR - Juiz) O pensador inglês Herbert Hart, tido como um dos principais representantes da 
escola do Positivismo Jurídico, que teve lugar na segunda metade do século XX, manteve a defesa da tese 
kelseniana da separação entre o Direito e a Moral, sendo que, a partir dessa premissa metodológica, pro-
pôs um conceito analítico de Direito. 
 
Os críticos do pensamento de Herbert Hart normalmente lhe atribuem a aceitação de cinco teses que seri-
am consequências lógicas deduzidas da ideia de separação entre Direito e Moral, entre as quais apenas 
alguma(s) foi/foram verdadeiramente defendida(s) por Herbert Hart e, de resto, pelos principais autores 
positivistas do século XX, sob o argumento de que as tais cinco teses são logicamente independentes e 
que, nessa condição, pode-se aceitar a validade de alguma(s) e, ao mesmo tempo, rechaçar outras sem 
 
 
 
 
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que se caia em contradição. Das cinco teses abaixo que os críticos de Herbert Hart associam ao seu pen-
samento, marque como falsa(s) (F) aquela(s) que ele não defendeu e como verdadeira(s) (V) aquela(s) que 
ele de fato sustentou. 
 
Em seguida, assinale a opção CORRETA. 
 
( ) A tese da Lei, segundo a qual o conceito de Direito deve ser definido mediante o conceito de Lei. 
( ) A tese da Neutralidade, segundo a qual o conceito de Direito tem que ser definido prescindindo-se de seu con-
teúdo. 
( ) A tese da Subsunção, segundo a qual a aplicação do Direito pode ser levada a cabo em todos os casos medi-
ante uma subsunção livre de valorações. 
( ) A tese do Subjetivismo, segundo a qual os critérios do Direito "reto" são de natureza subjetiva. 
( ) A tese do Legalismo, segundo a qual as normas do Direito devem ser obedecidas em todas as circunstâncias. 
 
A) F, V, V, F, F 
B) V, F, F, V, F 
C) V, F, V, V, V 
D) F, V, F, V, F 
 
67. (CESPE - DPU - Defensor Público) Muitas têm sido as explicações das causas históricas para a origem 
da filosofia na Jônia. Alguns consideram que as navegações e as transformações técnicas tiveram o poder 
de desencantar o mundo e forçar o surgimento de explicações racionais sobre a realidade. 
 
Outros enfatizam a invenção do calendário (tempo abstrato), da moeda (signo abstrato para a ação de tro-
cA) e da escrita alfabética (transcrição abstrata da palavra e do pensamento), que teriam propiciado o de-
senvolvimento da capacidade de abstração dos gregos, abrindo caminho para a filosofia. 
Idem, ibidem 
 
Tendo como referência inicial o texto acima, julgue o item a seguir. A formação da pólis, a cidade-Estado, 
é a principal determinação histórica para o nascimento da filosofia. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
68. (CESPE - DPU - Defensor Público) Conhecemos pouco dos sofistas. Em primeiro lugar, porque, com 
exceção de um sofista tardio, Isócrates, de quem temos as obras, não possuímos senão fragmentos dos 
dois principais sofistas: Protágoras de Abdera e Górgias de Leontini. Em segundo, porque os testemu-
nhos recolhidos pela doxografia foram escritos por seus inimigos — Tucídides, Aristófanes, Xenofonte, 
Platão e Aristóteles —, que nos deixaram relatos altamente desfavoráveis nosquais o sofista aparece co-
mo impostor, mentiroso e demagogo. Esses qualificativos acompanharam os sofistas durante séculos e a 
palavra sofista era empregada sempre com sentido pejorativo. 
Marilena Chaui.INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA – DOS PRÉ-SOCRÁTICOS A ARISTÓTELES. São 
Paulo: Cia. das Letras, 2002 (com adaptações). 
 
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens que se seguem. 
 
Desde o final do século XIX, tem-se observado uma reabilitação da sofística. Historiadores da filosofia, a 
partir de então, consideram os sofistas fundadores da pedagogia democrática mestres da arte da educa-
ção do cidadão. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
A sofística é uma arte e uma ciência. Além de um modo de ensinar, ela designa uma doutrina, tal qual a dos filó-
sofos diferindo da destes apenas por seus desdobramentos práticos e por suas implicações políticas. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
69. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) "Na fase madura de seu pensamento, a substituição da lei pela con-
vicção comum do povo (Volksgeist) como fonte originária do direito relega a segundo plano a sistemática 
lógico-dedutiva, sobrepondo-lhe a sensação (Empfindung) e a intuição (Anschauung) imediatas. 
 
 
 
 
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Savigny enfatiza o relacionamento primário da intuição do jurídico não à regra genérica e abstrata, mas 
aos 'institutos de direito' (RechtsinstitutE), que expressam 'relações vitais' (LebensverhältnissE) típicas e 
concretas". 
 
Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do Direito, corres-
ponde a aspectos essenciais da seguinte escola filosófico-jurídica: 
 
A) Normativismo. 
B) Positivismo jurídico. 
C) Jusnaturalismo. 
D) Historicismo Jurídico. 
E) Realismo Jurídico. 
 
70. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Segundo as análises de Michel Foucault em seu livro Vigiar e punir, 
a necessidade de uma classificação paralela dos crimes e dos castigos, assim como a necessidade de 
uma individualização das penas em conformidade com as características singulares de cada criminoso 
são elementos que se referem: 
 
A) à reforma do modelo prisional, no século XIX. 
B) ao suplício corporal, do século XVIII. 
C) à reforma humanista do Direito penal, no século XVIII. 
D) à reforma judiciária do Direito, no século XX. 
E) às penas físicas, no século XVII. 
 
71. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Apoiando-se na doutrina de Adolfo Ravà, Norberto Bobbio, em seu 
livro Teoria da norma jurídica, apresenta a concepção que compreende o direito como norma técnica. 
 
Segundo esta concepção, que se inspira na distinção kantiana entre imperativos categóricos e imperati-
vos hipotéticos, as normas jurídicas são imperativos 
 
A) hipotéticos e podem ser expressas pelo esquema: “Se você quiser Y, deve X”. 
B) categóricos e podem ser expressas pelo esquema: “Se você quiser Y, deve X ou Z”. 
C) categóricos e podem ser expressas pelo esquema: “Você deve X”. 
D) categóricos e podem ser expressas pelo esquema: “Se você quiser Y, deve X”. 
E) hipotéticos e podem ser expressas pelo esquema: “Você deve X”. 
 
72. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) “A exigência de uma sistematização do Direito acabou por impor 
aos juristas a valorização do preceito legal no julgamento de fatos vitais decisivos. Daí surgiu, na França, 
já no século XIX, a poderosa ‘École de l’Exégèse’, de grande influência nos países em que o espírito napo-
leônico predominou, correspondendo, no mundo germânico, à doutrina dos pandectistas. 
 
A tarefa do jurista circunscreveu-se, a partir daí, cada vez mais à teorização e sistematização da experiên-
cia jurídica, em termos de uma unificação construtiva dos juízos normativos e do esclarecimento dos seus 
fundamentos (...)”. No trecho acima, extraído de seu livro A Ciência do Direito, Tércio Sampaio Ferraz Jú-
nior refere-se a características do: 
 
A) Jusnaturalismo jurídico. 
B) Historicismo jurídico. 
C) Positivismo jurídico. 
D) Realismo jurídico. 
E) Neopositivismo jurídico. 
 
73. (CESPE- DPE-TO- Defensor Público) De acordo com o método de interpretação jurídica desenvolvido 
por Recaséns Siches, o processo de investigação dos fatos, na ordem jurídica vigente, assegura maior 
satisfação e legitimidade na solução e na interpretação jurídica. 
 
Segundo a jurisprudência, a melhor interpretação do direito não se subordina servilmente ao texto legal 
nem se vale de raciocínios artificiais para enquadrar friamente os fatos em conceitos prefixados, mas se 
 
 
 
 
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direciona para a solução justa. Essas definições correspondem ao método de interpretação jurídica de-
nominado: 
 
A) lógico-dedutivo. 
B) hipotético-condicional. 
C) lógica do razoável. 
D) modo final de aplicação. 
E) conflito normativo. 
 
74. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Em Vigiar e Punir, Michel Foucault explicita os mecanismos disci-
plinares de poder que, segundo o filósofo, caracterizam a forma institucional da prisão do início do século 
XIX. De acordo com as análises deste autor, pode-se afirmar que a modalidade panóptica do poder disci-
plinar: 
 
A) não está na dependência imediata nem é o prolongamento direto das estruturas jurídico-políticas de uma soci-
edade e, portanto, é absolutamente independente destas estruturas. 
B) está na dependência imediata e é o prolongamento direto das estruturas jurídico-políticas de uma sociedade e, 
desse modo, é absolutamente dependente destas estruturas. 
C) está na dependência imediata, mas não é o prolongamento direto das estruturas jurídico-políticas de uma soci-
edade e, desse modo, é absolutamente dependente destas estruturas. 
D) não está na dependência imediata, mas é o prolongamento direto das estruturas jurídico-políticas de uma soci-
edade e, entretanto, não é absolutamente dependente destas estruturas. 
E) não está na dependência imediata nem é o prolongamento direto das estruturas jurídico-políticas de uma soci-
edade e, entretanto, não é absolutamente independente destas estruturas. 
 
75. (CESPE- MPE-AC- Promotor de Justiça Substituto) No que concerne à interpretação do direito e ao 
método de interpretação pela lógica do razoável, assinale a opção correta. 
 
A) A aplicação do direito pressupõe a utilização do lógos do razoável, uma vez que os procedimentos decisórios 
não obedecem a qualquer tipo de predeterminação de seus conteúdos. 
B) Ao considerarem regras e princípios, aspectos pessoais e sociais, circunstâncias e finalidades, assim como ao 
analisarem o direito a ser aplicado no caso concreto, os juízes exercem atividade dedutiva. 
C) A segurança jurídica, objetivo superior da legislação, depende mais do processo lógico de interpretação das 
normas jurídicas que dos princípios extraídos das normas escritas, considerando-se a roupagem mais ou menos 
apropriada como eles se apresentam. 
D) No que diz respeito aos resultados, a interpretação especificadora emana da própria lei ou ato normativo, sur-
gindo do próprio poder que interpreta seu ato normativo. 
E) A interpretação lógico-sistemática investiga a finalidade da norma, aquilo que se busca servir ou tutelar, ou 
seja, consiste na investigação do fim ou da razão de ser da lei. 
 
76. (FCC- DPE-SP- Defensor público) A Ciência do Direito(...), se de um lado quebra o elo entre jurispru-
dência e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o 
caráter dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade desistema, que se constrói a partir de 
premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. 
 
A teoria jurídica passa a ser umconstruído sistemáticoda razão e, em nome da própria razão, um instru-
mento decríticada realidade”. 
 
Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obraA Ciência do Direito, evoca 
elementos essenciais do: 
 
A) jusnaturalismo moderno.B) historicismo. 
C) realismo crítico. 
D) positivismo jurídico. 
E) humanismo renascentista. 
 
 
 
 
 
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77. (FCC - DPE-SP - Defensor Público ) Um dos instrumentos do poder disciplinar, caracterizado por Mi-
chel Foucault em seu livro Vigiar e Punir, consiste em uma forma de punição que é, ao mesmo tempo, um 
exercício das condutas dos indivíduos. Este instrumento da disciplina é denominado, pelo autor, 
 
A) pena capital. 
B) sanção normalizadora. 
C) execução normativa. 
D) sanção repressora. 
E) poder soberano. 
 
78. (FCC-DPE-SP-Defensor Público) Em sua teoria da norma jurídica, Noberto Bobbio distingue as sanções 
jurídicas das sanções morais e sociais. Segundo esta distinção, a sanção jurídica, diferentemente da san-
ção moral, é sempre uma resposta de grupo e, diferentemente da sanção social, a sanção jurídica é regu-
lada em geral com as mesmas formas e através das mesmas fontes de produção das regras primárias. 
 
Para o autor, tal distinção oferece um critério para distinguir, por sua vez, as normas jurídicas das normas 
morais e das normas sociais. Considerando-se este critério, pode-se afirmar que são normas jurídicas as 
normas cuja execução é garantida por uma sanção: 
 
A) interna e não-institucionalizada. 
B) interna e institucionalizada. 
C) externa e não-institucionalizada. 
D) interna e informal. 
E) externa e institucionalizada. 
 
79. (FEPESE - DPE-SC - Defensor Público) Pontes de Miranda buscou a construção de uma ciência positi-
va do direito que se vinculasse ao mundo real dos fatos. Para ele, ela é entendida como a “sistematização 
dos conhecimentos positivos das relações sociais, como função do desenvolvimento geral das investiga-
ções científicas em todos os ramos do saber”. 
 
Em sua obra Sistema de Ciência Positiva do Direito, o pensador divide a ciência do direito em: 
 
A) prática, empírica e técnica. 
B) teorética, histórica e técnica. 
C) teorética, empírica e metodológica. 
D) teorética, abstrata e metodológica. 
E) prática, histórica e metodológica. 
 
80. (FEPESE - DPE-SC - Defensor Público) Em seu livro Teoria dos Direitos Fundamentais, Robert Alexy 
afirma que é possível solucionar um conflito entre regras quando se introduz uma cláusula de exceção em 
uma das regras, a fim de eliminar o conflito, ou quando ao menos uma das regras for declarada inválida. 
Isso porque, segundo o autor, os conflitos entre regras ocorrem na dimensão da validade jurídica, o que 
não é graduável. 
 
No que se refere à solução da colisão entre princípios, Alexy entende que: 
 
A) um dos princípios deve ser declarado inválido em uma determinada condição. 
B) um dos princípios terá precedência em face do outro em determinadas condições. 
C) deve ser introduzida uma cláusula de exceção em um dos princípios. 
D) existem princípios que sempre têm precedência em face de outros. 
E) deve ser resolvida na dimensão da validade jurídica. 
 
81. (FCC-DPE-SP-Defensor Público) Em sua teoria do ordenamento jurídico, Norberto Bobbio estuda os 
aspectos da unidade, da coerência e da completude do ordenamento. Relativamente ao aspecto da coe-
rência do ordenamento jurídico, “a situação de normas incompatíveis entre si” refere-se ao problema: 
 
A) das antinomias. 
B) da analogia. 
C) do espaço jurídico vazio. 
 
 
 
 
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D) das lacunas. 
E) da incompletude. 
 
82. (FCC - DPE-SP - Defensor Público) Em relação à hermenêutica e interpretação constitucional, conside-
re as seguintes afirmações abaixo: 
 
I. Segundo Mauro Cappelletti, as atividades legislativa e jurisdicional constituem processos de criação do direito, 
porém o legislador se depara com limites substanciais menos frequentes e menos precisos. Portanto, do ponto de 
vista substancial, a única diferença entre essas atividades não é de natureza, mas de grau. 
II. No processo de concretização das normas constitucionais de Konrad Hesse, a tópica é pura, ou seja, o intér-
prete só pode utilizar na tarefa de concretização aqueles pontos de vista relacionados ao problema. Ao mesmo 
tempo, o intérprete está obrigado a incluir na interação do ciclo hermenêutico, composto pelo programa normativo 
(análise dos elementos linguísticos) e pelo âmbito normativo (análise da realidade concretA), os elementos de 
concretização que lhe ministram a norma constitucional e as diretrizes contidas na Constituição. 
III. Nos casos difíceis, a ideia de Dworkin é a limitação da discricionariedade do juiz, impondo-lhe o dever de deci-
dir conforme as exigências morais da comunidade, evitando a arbitrariedade interpretativa do jusrealismo. O juiz é 
obrigado a se separar do preceito legal quando estiver em contradição com o sentimento moral da maioria. 
Os princípios são criados para substituir o ingênuo silogismo e afastar a arbitrariedade, atendendo às exigências 
da comunidade. 
IV. As consequências práticas das decisões remetem ao pragmatismo norte-americano, em que a justiça é medida 
pelas consequências, e não pelo direito. A grande vantagem é a percepção de que determinada interpretação 
pode gerar resultados indesejáveis na prática. 
Entretanto, a extrema flexibilização do direito e o antiformalismo do pragmatismo conduzem à insegurança jurídi-
ca. 
V. O originalismo norte-americano consagra a living Constitution, ou seja, a abertura das normas constitucionais à 
realidade e às mutações da sociedade para a contínua evolução do texto constitucional. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
 
A) III, IV e V. 
B) II e III. 
C) I, II e V. 
D) I, III e IV. 
E) II, III e IV. 
 
 
 
 
 
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23 
GABARITO 
 
01 B 
02 D 
03 C 
04 C 
05 D 
06 C 
07 B 
08 D 
09 E 
10 C 
11 
12 CERTO 
13 D 
14 A 
15 B 
16 A 
17 A 
18 D 
19 A 
20 B 
21 D 
22 C 
23 B 
24 B 
25 B 
26 A 
27 D 
28 B 
29 A 
30 C 
31 C 
32 C 
33 CERTO 
34 ERRADO 
25 B 
36 CERTO 
37 CERTO 
38 CERTO 
39 A 
40 B 
41 A 
42 A 
43 B 
44 C 
45 C 
46 B 
47 C 
48 C 
49 B 
50 A 
51 B 
52 A 
53 A 
54 E 
55 A 
56 C 
57 D 
 
 
 
 
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24 
58 D 
59 D 
60 C 
61 B 
62 A 
63 D 
64 C 
65 C 
66 D 
67 CERTO 
68 C / E 
69 D 
70 C 
71 A 
72 C 
73 C 
74 E 
75 A 
76 A 
77 B 
78 E 
79 B 
80 B 
81 A 
82 D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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