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APOSTILA QUEST INTER 02

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 Sobre carta rogatória 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES INTERDISCIPLINARES 
 
6. Mandado judicial, oriundo de processo criminal, contempla sequestro como medida cautelar de constri-
ção de bens, que determina: anotação em cartório de registro de imóveis do estado do Rio de Janeiro, 
bloqueio de ações negociadas em mercado de Bolsa de Valores, bloqueio, via BACENJUD, de contas ban-
cárias e, via RENAJUD, de veículos em nome de Francisco, casado com Maria. Neste caso, Maria pode se 
valer de embargos de terceiro para defender a sua meação. Com base nesse tema, assinale a alternativa 
correta: 
 
A) O Juiz poderá determinar o sequestro de bens, de ofício, antes do oferecimento da denúncia ou queixa. 
B) O sequestro de bens imóveis adquiridos com proventos da infração é cabível, desde que recebida a denúncia, 
ainda que os bens já tenham sido transferidos para terceiros. 
C) As Comissões Parlamentares de Inquérito – CPI podem determinar o sequestro de bens, dentre as medidas 
assecuratórias possíveis para garantia da eficácia de eventual sentença condenatória. 
D) O julgamento dos embargos interpostos contra o sequestro, opostos pelo acusado ou por terceiros, independe 
do julgamento da ação penal. 
 
7. Em determinado processo, após encerrar a instrução oral dos autos e por não haver qualquer diligência 
a ser requerida pelas partes, o magistrado, diante da complexidade do caso, determinou que estas se ma-
nifestassem em alegações finais por escrito. Durante a abertura de vista ao Ministério Público, a acusação 
requereu a nova oitiva de uma testemunha que havia sido arrolada pela defesa e ouvida na audiência de 
instrução e julgamento, o que foi deferido. Obedecidos os pressupostos e requisitos legais, assinale a al-
ternativa que contém o remédio jurídico cabível para desafiar a decisão judicial: 
 
A) apelação; 
B) recurso em sentido estrito; 
C) embargos de declaração; 
D) habeas corpus. 
 
8. Em relação às ações de impugnações e aos recursos no processo penal, é correto afirmar que 
 
A) o Código de Processo Penal não prevê a legitimidade do Ministério Público para impetração de habeas corpus, 
sendo esta decorrente da legitimidade geral para os recursos. 
B) o Código de Processo Penal, ao tratar da revisão criminal, prevê expressamente a legitimidade do Ministério 
Público para sua propositura. 
C) os embargos de declaração são recurso exclusivo da defesa. 
D) no mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida em processo penal, é 
obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo. 
 
9. (XXIII EXAME DE ORDEM) Paulo foi preso em flagrante pela prática do crime de corrupção, sendo enca-
minhado para a delegacia. Ao tomar conhecimento dos fatos, a mãe de Paulo entra, de imediato, em contato 
com o advogado, solicitando esclarecimentos e pedindo auxílio para seu filho. 
 
De acordo com a situação apresentada, com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores, deverá o 
advogado esclarecer que: 
 
A) diante do caráter inquisitivo do inquérito policial, Paulo não poderá ser assistido pelo advogado na delegacia. 
B) a presença da defesa técnica, quando da lavratura do auto de prisão em flagrante, é sempre imprescindível, de 
modo que, caso não esteja presente, todo procedimento será considerado nulo. 
C) decretado o sigilo do procedimento, o advogado não poderá ter acesso aos elementos informativos nele cons-
tantes, ainda que já documentados no procedimento. 
D) a Paulo deve ser garantida, na delegacia, a possibilidade de assistência de advogado, de modo que existe uma 
faculdade na contratação de seus serviços para acompanhamento do procedimento e sede policial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. Foi concedido habeas corpus contra ato de funcionário público, objetivando o trancamento de inquérito 
policial instaurado para apurar o crime descrito no art. 1º, inciso II, da Lei n.º 8.137/1990: “Fraudar a fiscali-
zação tributária, inserindo elementos inexatos ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento 
ou livro exigido pela lei fiscal”. A ação de habeas corpus objetivava a obtenção de provimento jurisdicional 
que concedesse a ordem para restauração da liberdade de dois pacientes que se entenderam ameaçados 
por falta de elemento subjetivo do tipo penal em questão e, conseqüentemente, por falta de justa causa para 
o inquérito, sob o argumento da atipicidade. A ordem de habeas corpus foi negada. Qual a peça privativa de 
advogado cabível neste caso? 
 
A) Habeas corpus no Tribunal. 
B) Recurso ordinário constitucional. 
C) Recurso administrativo por se tratar de crime contra ordem tributária. 
D) Recurso em sentido estrito. 
 
11. Com relação ao tema COMPETÊNCIA, assinale a alternativa falsa: 
 
A) Para que se afirme a competência federal para processar e julgar os crimes previstos em tratados ou convenções 
internacionais não basta a mera previsão do delito em tais diplomas, sendo necessária a presença de uma relação 
de transnacionalidade; 
B) A Emenda Constitucional n. 45/04, comumente chamada de Reforma do Judiciário, estabeleceu a competência 
exclusiva da Justiça Federal para processar e julgar os crimes contra os direitos humanos; 
C) A Justiça Federal é competente para processar e julgar, ressalvada a competência da Justiça Militar, os crimes 
cometidos a bordo de navios ou aeronaves, entendendo-se por navio apenas as embarcações de grande porte, 
aptas a realizar viagens marítimas. No que se refere às aeronaves, a jurisprudência tende a incluir na competência 
federal quaisquer delitos cometidos a bordo de aviões que estejam realizando transporte aéreo entre aeroportos; 
D) Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho nos quais tenham sido 
afetadas as instituições do trabalho ou os direitos dos trabalhadores coletivamente considerados; 
 
12. O Delegado de Polícia, desconfiado de que Adriano é o líder de uma quadrilha que realiza assaltos 
à mão armada na região, decide, com a sua equipe, realizar uma interceptação telefônica sem autorização 
judicial. Durante algumas semanas, escutaram diversas conversas, por meio das quais descobriram o local 
onde a res furtiva era armazenada para posterior revenda. Com essa informação, o Delegado de Polícia re-
presentou pela busca e apreensão a ser realizada na residência suspeita, sendo tal diligência autorizada 
pelo Juízo competente. Munidos do mandado de busca e apreensão, ingressam na residência encontrando 
diversos objetos fruto de roubo, como joias, celulares, documentos de identidade etc., tudo conforme indi-
cou a interceptação telefônica. Assim, Adriano foi conduzido à Delegacia, onde se registrou a ocorrência. 
Acerca do caso narrado, assinale a opção correta. 
 
A) A realização da busca e apreensão é admissível, tendo em vista que houve autorização prévia do juízo com-
petente, existindo justa causa para ajuizamento da ação penal. 
B) A realização da busca e apreensão é admissível, apesar da interceptação telefônica ter sido realizada sem au-
torização judicial, existindo justa causa para ajuizamento da ação penal. 
C) A realização da busca e apreensão não é admissível porque houve representação do Delegado de Polícia, não 
existindo justa causa para o ajuizamento da ação penal. 
D) A realização da busca e apreensão não é admissível, pois derivou de uma interceptação telefônica ilícita, apli-
cando-se a teoria dos frutos da árvore envenenada, não existindo justa causa para o ajuizamento da ação penal. 
 
13. Felipe foi reconhecido em sede policial por meio de fotografia como o autor de um crime de roubo. O 
inquérito policial seguiu seus trâmites de forma regular e o Ministério Público decidiu denunciar o indiciado. 
O oficial de justiça procurou em todos os endereços constantes nos autos, mas acitação pessoal ou por 
hora certa foram impossíveis. Assim, o juiz decidiu pela citação por edital. Marcela, irmã de Felipe, ao passar 
pelo fórum leu a citação por edital e procurou um advogado para tomar ciência das consequências de tal 
citação, pois ela também não sabe do paradeiro do irmão. 
Diante da situação descrita, acerca da orientação a ser dada pelo advogado, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
 
 
 
 
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A) Felipe deve comparecer em juízo, sob pena de ser processado e condenado sem que seja dada oportunidade 
para a sua defesa. 
B) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão sus-
pensos, sendo decretada a sua prisão preventiva de forma automática. 
C) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão sus-
pensos, sendo determinada a produção antecipada de provas de forma automática, diante do risco do desapareci-
mento das provas pelo decurso do tempo. 
D) Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão sus-
pensos e, se for urgente, o juiz determinará a produção antecipada de provas, podendo decretar a prisão preventiva 
se presentes os requisitos expressos no artigo 312, do CPP. 
 
14. A respeito da citação no processo penal, assinale a alternativa correta. 
 
A) Como regra, no processo penal, a citação inicial será feita por carta, com aviso de recebimento, assim como no 
processo civil. 
B) Se o réu, tendo sido citado ou intimado pessoalmente, deixar de comparecer justificadamente a um ato proces-
sual, suspender-se-á a ação penal, visto que não se admite o instituto da revelia no processo penal. 
C) Diversamente do que ocorre no processo civil, não se admite a citação por hora certa no direito processual penal. 
D) Se o acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes 
e, se for o caso, decretar a prisão preventiva do réu. 
 
15. Caso os embargos declaratórios sejam opostos fora do prazo para seu manejo (5 dias no Código de 
Processo Civil e Juizados Especiais, e 2 dias no Código de Processo Penal), além de não serem conhecidos, 
também não suspenderão ou interromperão o prazo recursal. No Direito Processual Penal, em ritos ordiná-
rios, se for oposto tempestivamente, os embargos de declaração 
 
A) suspendem o prazo de outro recurso (recurso ordinário, especial, recurso extraordinário, embargos infringentes 
e de nulidade etc.) aplicando-se, analogicamente, o disposto no artigo 538, caput, do CPC. 
B) interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, devido a alteração no artigo 538, caput, do CPC, 
criada pela Lei no 8.950, de 13-12-94. 
C) suspendem o prazo somente dos recursos especial e extraordinário, aplicando-se, analogicamente, o disposto 
no artigo 538, caput, do CPC. 
D) interrompem o prazo para a interposição dos recursos especial e extraordinário, devido a alteração no artigo 538, 
caput, do CPC, criada pela Lei no 8.950, de 13-12-94. 
 
16. Um empresário foi denunciado em 2008 como incurso no crime do art. 2.º, inciso I, da Lei n. 
8.137/1990 (Lei dos Crimes contra a Ordem TributáriA) por declaração falsa feita à Receita Federal em 
1999. A pena máxima cominada em abstrato para este crime é de 2 (dois) anos. O juiz de primeiro grau 
recebeu a denúncia. Todavia, enquadrou os fatos narrados no tipo do art. 1.°, inciso I, do mesmo di-
ploma legal, cuja pena máxima é de 5 (cinco) anos e que trata da efetiva omissão de tributos. Sobre a 
conduta do juiz, pode-se afirmar que foi 
 
A) equivocada, pois deveria ter declarado extinta a punibilidade em virtude da ocorrência de prescrição ao invés de 
receber a denúncia. 
B) correta em virtude do princípio iura novit curia. 
C) equivocada, pois deveria ter alterado a capitulação jurídica apenas no momento da prolação da sentença. 
D) correta, pois os crimes do artigo 2.º são absorvidos pelos crimes do artigo 1.º da Lei n. 8.137/1990. 
 
17. No que respeita aos princípios da presunção de inocência e da não autoincriminação, é correto 
afirmar que: 
 
A) o direito ao silêncio pode ser utilizado em desfavor do réu. 
 
 
 
 
 
 
 
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B) segundo a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a sentença condenatória tem eficácia tão logo 
confirmada em segundo grau de jurisdição, não importando em violação ao princípio da presunção de inocência. 
C) o princípio constitucional da não culpabilidade não é óbice ao lançamento do nome do réu no rol dos culpados 
antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
D) é possível a invocação de investigações e ações penais em andamento como maus antecedentes na fase da 
aplicação da pena. 
 
18. Suponha que o réu em determinado processo criminal tenha indicado como testemunhas o presi-
dente da República, o presidente do Senado Federal, o prefeito de Goiânia – GO, um desembargador 
estadual aposentado, um vereador e um militar das Forças Armadas. Nessa situação hipotética, con-
forme o Código de Processo Penal, poderão optar pela prestação de depoimento por escrito 
 
A) o presidente do Senado Federal e o desembargador estadual. 
B) o prefeito de Goiânia – GO e o militar das Forças Armadas. 
C) o desembargador estadual e o vereador. 
D) o presidente da República e o presidente do Senado Federal. 
E) o presidente da República e o vereador. 
 
19. Acerca da ação penal, suas características, espécies e condições, assinale a opção correta. 
 
A) A perempção incide tanto na ação penal privada exclusiva quanto na ação penal privada subsidiária da ação 
penal pública. 
B) Os prazos prescricionais e decadenciais incidem de igual forma tanto na ação penal pública condicionada à 
representação do ofendido quanto na ação penal pública condicionada à representação do ministro da Justiça. 
C) De regra, não há necessidade de a queixa-crime ser proposta por advogado dotado de poderes específicos para 
tal fim, em homenagem ao princípio do devido processo legal. 
D) Tanto na ação pública condicionada à representação quanto na ação penal privada, se o ofendido tiver menos 
de vinte e um anos de idade e mais de dezoito anos de idade, o direito de queixa ou de representação poderá ser 
exercido por ele ou por seu representante legal. 
E) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido, 
para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. 
 
20. A Constituição da República e o Código de Processo Penal prevêem regras e princípios para solu-
cionar conflitos no tema “a lei no tempo”. À lei puramente processual penal aplicam -se os seguintes 
princípios: 
 
A) da irretroatividade da lei prejudicial ao réu e da retroatividade da lei benéfica; 
B) da aplicação imediata e do tempus regit actum (tempo rege o ato); 
C) da inalterabilidade e da ultratividade da lei benéfica; 
D) da ultratividade e da retroatividade da lei benéfica ao réu; 
E) da retroatividade da lei prejudicial e da ultratividade da lei benéfica. 
 
21. Relativamente aos princípios de direito processual penal, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. O juiz poderá aumentar a pena do réu condenado que tiver, durante o processo, fornecido padrões gráficos 
deliberadamente falsos de modo a impedir que os peritos policiais descobrissem que a falsificação era prove-
niente do punho do réu. 
II. A prova ilícita não é admissível, devendo ser descartada pelo juiz, salvo quando constitui a única fonte de 
prova, caso em que poderá ser considerada para efeito de condenação de um criminoso. 
III. O Supremo Tribunal Federal já firmou posição no sentidode que os princípios do contraditório e da ampla 
defesa se aplicam a todos os procedimentos administrativos, inclusive no inquérito policial 
IV. O princípio do juiz natural é uma garantia constitucional que somente poderá ser excepcionada mediante 
decisão da maioria dos integrantes do tribunal ao qual estiver submetido o juiz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Assinale: 
 
A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
C) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
D) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
 
 
22. Relativamente aos princípios processuais penais, é incorreto afirmar que: 
 
A) o princípio da presunção de inocência recomenda que em caso de dúvida o réu seja absolvido. 
B) o princípio da presunção de inocência recomenda que processos criminais em andamento não sejam considera-
dos como maus antecedentes para efeito de fixação de pena. 
C) os princípios do contraditório e da ampla defesa recomendam que a defesa técnica se manifeste depois da 
acusação e antes da decisão judicial, seja nas alegações finais escritas, seja nas alegações orais. 
D) o princípio do juiz natural não impede a atração por continência nos casos em que o co-réu possui foro por 
prerrogativa de função quando o réu deveria ser julgado por um juiz de direito de primeiro grau. 
E) o princípio da vedação de provas ilícitas não é absoluto, sendo admissível que uma prova ilícita seja utilizada 
quando é a única disponível para a acusação e o crime imputado seja considerado hediondo. 
 
 
23. Analise as afirmativas a seguir. 
 
I. Desde a reforma do Código de Processo Penal realizada pela Lei 11.690 de 2008, as perguntas às teste-
munhas devem ser formuladas diretamente pelas partes. Contudo, de acordo com a jurisprudência majoritária 
dos Tribunais Superiores, se o magistrado iniciar as perguntas haverá apenas nulidade relativa. 
II. Conferindo efetividade ao princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si e ao direito ao 
silêncio, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que o condutor de veículo automotor não é obrigado a se 
submeter ao teste do bafômetro e que tal recusa não pode implicar consequências penais. 
III. De acordo com o Código de Processo Penal, entendendo conveniente, o juiz poderá ouvir as pessoas 
referidas pelas testemunhas, ainda que não constassem originalmente do rol indicado pelas partes. 
 
Assinale: 
 
A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
24. Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, testemunha, etc.), diante de qualquer 
indagação por autoridade pública de cuja resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante. 
II. O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser instado pela autoridade a 
fornecer padrões vocais para realização de perícia sob pena de responder por crime de desobediência. 
III. O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, sendo certo que o silêncio não 
importará em confissão, mas poderá ser valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu. 
IV. O Supremo Tribunal Federal já pacificou entendimento de que não é lícito ao juiz aumentar a pena do 
condenado utilizando como justificativa o fato do réu ter mentido em juízo. 
 
Assinale: 
 
 
 
 
 
 
 
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A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
C) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
D) se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
25. Acerca de competência, assinale a alternativa correta. 
 
A) Consoante o CPP, o tempo de prisão temporária, de prisão administrativa ou de intervenção, no Brasil e no 
estrangeiro, não será necessariamente computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de 
liberdade. 
B) De acordo com o atual entendimento do STF, nos crimes ambientais, para ser admitida a denúncia oferecida 
contra a pessoa jurídica, é essencial denunciar concomitantemente as pessoas físicas em tese responsáveis. 
C) Suponha-se que Marcelo tenha sido condenado por crime político em primeiro grau. A sentença condenatória foi 
proferida por juiz federal da seção judiciária do Distrito Federal. Nesse caso, compete ao Tribunal Regional Federal 
da 1.ª Região julgar o recurso interposto por Marcelo contra a sentença. 
D) Conforme o STF, havendo condenação criminal, não se admite a aplicação retroativa da suspensão condicional 
do processo. 
E) É de competência da justiça comum estadual o julgamento de contravenções penais, mesmo que conexas com 
crimes de competência da justiça comum federal de primeiro grau. 
 
26. Acerca da aplicação da lei processual penal e da competência, assinale a opção correta. 
 
A) Em caso de crime doloso contra a vida cometido por duas pessoas, aquele que não ostentar foro por prerrogativa 
de função não deverá ser julgado perante o júri popular, mas perante o tribunal competente para o julgamento do 
corréu detentor do foro especial. 
B) A cláusula de inviolabilidade constitucional, que impede a responsabilização penal do membro do Congresso 
Nacional por suas palavras, opiniões e votos, não abrange as entrevistas jornalísticas, visto que tais manifestações, 
ainda que vinculadas ao desempenho do mandato, não se qualificam como natural projeção do exercício das ativi-
dades parlamentares. 
C) A prerrogativa de os parlamentares federais poderem ser inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados 
entre eles e o juiz criminal prevalece, ainda que eles figurem, no processo penal, como indiciados ou réus. 
D) Desde que haja expressa previsão na constituição estadual, o processo e julgamento dos conselheiros do tribunal 
de contas estadual nas infrações político-administrativas pode ser inserido na esfera de competência da assembleia 
legislativa local. 
E) Caso o delito de denunciação caluniosa dê origem a procedimento administrativo no âmbito do MPF e a inquérito 
policial federal, competirá à justiça federal processar e julgar a pertinente ação penal, independentemente das ca-
racterísticas da vítima desse crime. 
 
27. Acerca da ação penal, suas características, espécies e condições, assinale a opção correta. 
 
A) A perempção incide tanto na ação penal privada exclusiva quanto na ação penal privada subsidiária da ação 
penal pública. 
B) Os prazos prescricionais e decadenciais incidem de igual forma tanto na ação penal pública condicionada à 
representação do ofendido quanto na ação penal pública condicionada à representação do ministro da Justiça. 
C) De regra, não há necessidade de a queixa-crime ser proposta por advogado dotado de poderes específicos para 
tal fim, em homenagem ao princípio do devido processo legal. 
D) Tanto na ação pública condicionada à representação quanto na ação penal privada, se o ofendido tiver menos 
de vinte e um anos de idade e mais de dezoito anos de idade, o direito de queixa ou de representação poderá ser 
exercido por ele ou por seu representante legal. 
E) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido, 
para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9GABARITO: 
 
6- A 7- D 8- D 9- D 10- B 
11- B 12- D 13- D 14- D 15- B 
16- A 17- B 18- D 19- E 20- B 
21- D 22- E 23- E 24- C 25- E 
26- E 27- E

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