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ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E QUESTÃO SOCIAL

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ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E QUESTÃO SOCIAL
AULA 1
QUEM INVENTOU O TRABALHO?
Para muitas pessoas o trabalho é algo penoso, forçado, um esforço obrigatório, pouco reconfortante. Isso pode ser percebido na origem da palavra trabalho, que vem do latim tripallium, o nome de um instrumento com o qual se castigavam os escravos no tempo do Império Romano. 
A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO MATERIAL NA REPRODUÇÃO DA VIDA SOCIAL.
Na obra A ideologia Alemã, Marx e Engels afirmam que o primeiro pressuposto de toda a existência humana, de toda história, é que homens devem estar em condições de viver para fazer história.
TRABALHO, PENSAMENTO E AÇÃO. 
Para Marx o trabalho é a ação do homem sobre a natureza, o que somente se torna possível através da capacidade humana de conceber com antecedência o que produz (trabalho imaterial) e transformar o mundo natural em produto (trabalho material).
TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO. 
CENTRALIDADE DO TRABALHO
“Com justa razão se pode designar o homem que trabalha, ou seja, o animal tornado homem, através do trabalho, como um ser que dá respostas. É inegável que toda atividade laborativa surge como uma solução de respostas ao carecimento que provoca . Todavia, o núcleo da questão se perderia caso se tornasse aqui como uma relação imediata. Ao contrário, o homem torna-se um ser que dá respostas precisamente na medida em que ele generaliza transformando em perguntas seus próprios carecimentos e suas possibilidades de satisfazê-los...” G. Lukács 
PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DA VIDA SOCIAL
Pelo trabalho dá-se a aproximação entre os homens, a vida em sociedade. O trabalho acaba se tornando muito importante para a constituição da sociabilidade humana, ou seja, para a produção e reprodução da vida social.
PELO TRABALHO O “HOMEM SE FEZ HOMEM” 
Em poucas palavras, por produção entende-se o processo através do qual o homem retira da natureza seus meios de vida.
Apesar de determinada pelo trabalho, a reprodução extrapolará os objetivos propostos na produção.
O TRABALHO É A PRINCIPAL FORMA DE PRÁXIS
Através do trabalho, o homem não apenas se adapta a natureza, como o animal, mas passa agir sobre ela, transformando-a de acordo com seus objetivos. Ao perguntar pelo hoje o homem projeta o amanhã. (BARROCO, 2000:39).
SERVIÇO SOCIAL E PRÁXIS PROFISSIONAL
Guerra (2009,p.14) em seu entendimento sobre práxis profissional vai definí-la como um conjunto de ações não somente limitadas ao trabalho, mas sendo a criação de relações sociais inerentes ao ser humano.
DESIGUALDADE SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL
Ainda na discussão sobre Serviço Social e práxis, Guerra menciona que esta tem o seu traço vital na atividade do assistente social como um canal de intervenção transformador ligando a teoria na produção de fins imediatos.
OS ASSITENTES SOCIAIS DEVEM PENSAR E AGIR
Neto (1999) sinaliza a incorporação teórica de conceitos filosóficos como de práxis pelos assistentes sociais por si só, não garante a realização objetiva dos valores éticos da profissão. É preciso que os assistentes consigam pensar e agir, ou seja, que sejam capazes de dimensionar a importância do compromisso ético e político da profissão.
AULA 2
EXPANSÃO DA DIVISÃO DO TRABALHO
Com o aumento da produtividade e o desenvolvimento de novos métodos de cultivo do solo, ocorreu uma expansão gradual das atividades agrícolas, pois o homem acabou por produzir mais do que precisava para sobreviver.
A divisão do trabalho, pouco a pouco, tornou-se mais complexa. As atividades passaram a ser mais divididas. Algumas pessoas dedicavam-se à agricultura e outras, especializaram-se, por exemplo, na produção artesanal.
PRODUÇÃO SOCIALIZADA E DIVISÃO DO TRABALHO
Os homens não realizavam mais a mesma função na produção e passavam a se diferenciar uns dos outros, através do tipo de atividade que exerciam. 
Diante deste excedente, os homens passaram a trocar mercadorias cujo objetivo inicialmente era ainda a manutenção do produtor e da comunidades que pertencia. 
Apesar da divisão de trabalho, nas comunidades primitivas, a produção era socializada com as pessoas que as integravam. 
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Segundo Marx e Engels, a partir da complexificação da divisão social do trabalho tem início o processo de desigualdade entre os homens e a exploração do trabalho humano como fonte de acumulação de riqueza.
COMPLEXIFICAÇÃO DA DIVISÃO DO TRABALHO
Na sociedade cuja reprodução baseia-se na exploração do homem pelo homem, o trabalho deixa de ser expressão das necessidades do trabalhador para expressar as necessidades de acumulação de riqueza da classe dominante.
DIMENSÃO NEGATIVA DO TRABALHO 
Esta dimensão negativa do trabalho, resultante das desumanidades socialmente produzida pelos homens, é denominada por Marx em suas obras Elementos para a Crítica da Economia Política (1857 -58) e Os Manuscritos Econômicos – Filosóficos de 1844 como alienação, ou seja, a desigualdade social gerada pela divisão da sociedade entre duas classes: uma que explora e outra que é explorada e garante a riqueza daquela que a explora (MARX, 1932). 
Segundo Marx (1984:44), a divisão do trabalho inicialmente se dava “naturalmente” como resultado de disposições naturais, vigor físico, necessidades, acasos.
Quando há uma cisão entre o interesse particular e o interesse comum as atividades não são dividida voluntariamente, a própria ação do homem converte-se num poder estranho e a ele oposto, que o subjuga ao invés de ser por ele dominado. 
A EXPLORAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM
O progresso material tornou possível que nem todos precisassem trabalhar. Foi desta forma que começaram a surgir algumas figuras novas na sociedade humana que se destacavam da produção material, como os sacerdotes e os artistas. 
As riquezas sempre foram produzidas pelo trabalho humano, mas este foi concentrado nas camadas pobres da sociedade, sendo apropriado pelas minorias privilegiadas. 
Segundo Marx, a história da humanidade tem sido a história da exploração do trabalho da grande maioria por uma minoria. 
Na Idade Média europeia encontramos outra forma de exploração do homem pelo homem, o trabalho servil, base econômica do feudalismo. As constantes invasões de povos que vinham do Oriente da Europa e, depois, do Norte da África, provocaram muito medo e as populações fugiam das cidades para o campo procurando abrigo e permissão para morar em suas terras. 
ACUMULAÇÃO PRIMITIVA
Segundo Marx, a origem do modo de produção capitalista não está ligada a uma pura e simples racionalização da divisão do trabalho social, mas sim a um processo violento de expropriação da produção familiar, artesanal, camponesa, corporativa etc., que separou o produtor direto dos seus meios de produção e formou enormes massas de indigentes e desocupados, na verdade uma volumosa reserva de força de trabalho livre e disponível para ser comprada, o proletariado.
Por outro lado, a exploração das colônias ultramarinas através de saques, especulação comercial, tráfico de escravos e monopólios mercantis propiciaram enormes oportunidades de enriquecimento para uma parcela da burguesia. 
PRODUÇÃO CAPITALISTA 
“No sistema capitalista... todos os meios para desenvolver a produção se convertem em meios para dominar e explorar o produtor, mutilam o operário reduzindo-o a um homem parcial, degradam-no a uma insignificante peça de máquina; aniquilam, com o tormento do seu trabalho, o conteúdo do próprio trabalho; deformam as condições nas quais ele trabalha... transformam o período de sua vida em tempo de trabalho... sob o rolo compressor do capital”. Karl Marx
ALIENAÇÃO NA PRODUÇÃO CAPITALISTA
AULA 3
ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DO CAPITAL
A acumulação do capital pressupõe a mais valia, a mais valia a produção capitalista, e esta a existência de grandes quantidades de capital e de força de trabalho nas mãos dos produtores de mercadorias. Todo esse movimento tem assim a aparência de um círculo vicioso do qual só poderemos escapar admitindo uma acumulação primitiva, anterior à acumulação capitalista, uma acumulação que não decorre do MODO

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